Abri a porta e me certifiquei de meus olhos estavam bem fechados, pois eu sabia que precisaria de calma e paciência para aguentar meus pais.
- Saber mandar você sabe né Claudia? Na verdade você também saber transar com o vizinho – ele disse gritando – Ahhhh, mas essa parte você sabe de cor e salteado.
- Meu Deus em Artur o quão baixo você sabe ser? Não consegue conversar igual uma pessoa normal? Tem sempre que voltar nesse assunto? – ela retrucou.
- Você quer mesmo falar de maturidade? Sim eu sempre vou voltar nesse assunto enquanto eu puder. A errada foi e sempre será você. Maturidade pra mim é ser honesto, é ser fiel, é aguentar as turbulências que se tem um casamento e não trair com o primeiro que aparecer – ele disse a encarando.
- Vai embora daqui – ela apontou para a porta.
- Ele fica – eu disse entrando na cozinha e caminhando para abraçar meu pai em gesto de cumprimento;
-Maria Luíza você não manda em nada – ela disse zangada.
- Posso até não mandar mãe, mas acho que querer que meu pai jante pelo menos uma noite comigo depois de tanto tempo eu posso ne? – disse a olhando – Mas claro, se isso é um problema para você. Eu me retiro.
- Que tal jantarmos em algum restaurante? – ele disse me olhando
- Acho uma ótima ideia – respondi enquanto eu caminhava para pegar minha bolsa.
- Espere – ela disse com a cabeça baixa – Eu vou por mais um prato na mesa - olhei para meu pai e dei uma piscadela.
Jantamos macarrão com queijo, especialidade da mamãe. Eu a amava, muito na verdade, mais eu não suportava a ideia de que ela tinha traído meu pai, eu sempre abominei a traição e depois de tudo isso esse sentimento de nojo só cresceu. O homem com quem ela traiu meu pai se mudou daqui faz uns anos acho que foi pelo fato da mulher dele não querer a ameaça por perto, afinal que corna quer a amante por perto?
Depois que terminei meu jantar pedi a licença e me retirei da mesa, subi para meu quarto e tomei um banho quando recebi uma ligação da minha amiga Clara.
- Aonde você ta doida? – ela me perguntou
- To em casa gata, por quê? – respondi
- Posso ir para ai? Acho que se eu for para casa agora meu pai me mata – olhei no relógio e eram 00h58min
- Por mim claro que sim, mas minha mãe esta num clima do cão hoje – disse.
- Teu pai foi ai né? – ela disse – Vi o carro dele assim que tava saindo pra ir ao Marcos
- Ahhhh então descobri aonde a mocinha foi – dei risada
- Agora sabe, mas enfim amiga –ela disse – Obrigada mesmo assim eu vou dar meu jeito.
- Ok amiga, desculpa por não conseguir te ajudar.
- Relaxa – ela riu e desligou
Caminhei-me para a cama e deitei e quando eu menos esperei me peguei pensando n o Jorge, no noivado e em tudo que andava acontecendo comigo e me questionei se eu teria tanta sorte com o casamento quanto pensava ou se seria um fracasso igual o dos meus pais quando derrepente eu adormeci.
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