História Chansoo 18 - A verdade.

- Você lembra de mim? - Uma voz distante soou, e era feminina, trazendo-me quase a realidade, quando entrei na escuridão e tudo que eu lembro foi de fechar os olhos. Ela prosseguiu dizendo.  - D.O, volte aos seus sentidos, por favor. - Agora ela parecia mais assustada, quando o pavor no tom de sua voz me fazia estremecer, mas eu simplesmente não conseguia vê-la, por mais que eu tentasse abrir os olhos, era em vão.  

 Kyungsoo... - Era o Channie! Eu conhecia aquela voz em qualquer lugar, mas porque eu só estava os ouvindo tão distantes e não conseguia enxerga-los? Que droga estava acontecendo?   

Depois disso, eu não conseguir escutar mais nada e muito menos pensar no ocorrido. 

Chanyeol veio de encontro aos meus lábios, selando-os. Aproveitei cada segundo aquele momento para saborear a textura dos seus, pouco carnudos, porém, de perfeito encaixe aos meus mais volumosos. Sua respiração rebatendo contra a minha boca, já eram uma só, quando eu conseguia perceber o silêncio de nossos corpos dançando naquele ritmo quase que coreografado.  

Minha cintura cavalgava sobre sua pelve, em movimentos ondulatórios e lentos, e Channie inclinava suas costas em minha direção enquanto me beijava, já que não podia fazer muito, estando limitado de movimentos mais abertos. Ele se esforçava para não quebrar aquela conexão de nossos lábios e eu conseguia sentir toda a reciprocidade.  

Talvez eu estivesse satisfeito e continuaríamos daquela maneira. O que me fazia esquecer da garota, e focar em seus toques. Ele não sairia mais com ela, isso eu tinha certeza. Porque ele teria coragem de ainda sair com ela depois de todo esse carinho? Não faria sentido. 

- Me solta. - Chanyeol mandou sussurrando contra meus lábios, fazendo-me abrir os olhos e ver os seus fechados, com aquela expressão tão entregue a mim, que eu não pensei em duas vezes em fazer o que ele pedia. Desamarrei ambas as mãos e ele segurou minha cintura com força, e abruptamente, assustando-me um pouco pela agressividade.  

O que eu não esperava era que ele fosse me empurrar, jogando-me ao seu lado na cama. Novamente passei a vê-lo em câmera lenta, assim como meu corpo se chocando contra o estofado da cama, e encarando-o surpreso.  

- Aonde você vai? - Eu gostava quando ele era agressivo, mas Chanyeol não fazia o estilo que me maltratava, quando eu que tinha esse lado, e a prova viva estar naqueles utensílios que eu trouxe sem ele saber.  

- Ver o estrago que você fez. - Ele tinha um tom raivoso, novamente chocando meus sentidos, porque eu achei que tudo estava bem entre nós, mas parecia que não, e novamente eu me enganava.  

De joelhos sob a mesa, o encarei seguir até o banheiro, sem perdê-lo de vista. E ao que tinha ao meu lado o chicote, o peguei e arrastei meu corpo para fora da cama, seguindo até o banheiro onde ele estava.  

- Kyungsoo... - Ele parou de analisar sua orelha de abano e pronunciou meu nome, em um tom ameno, como se gostasse de falar meu nome, apenas por motivo nenhum. E encarando-o lateralmente, passei a olha-lo também do espelho, onde nossos olhos se encontraram e meu coração que antes saltava desregulado, passou a parar aos poucos.  - limpa isso pra mim. - Depois de longos segundos me observando sem dizer uma palavra, como se tentasse ler minha mente, ele me pediu para limpar o que eu causei em sua orelha, eu não sabia a proporção do corte e se eu realmente cortei só ao puxar, mas eu faria.  

Sua blusa parcialmente aberta no tórax, dava aquele ar charmoso de sua parte, realçando ainda mais sua beleza e sexualidade divina. Eu estava encantado por aquele homem.  

Levei ambas as mãos para seus ombros e o fiz virar em minha direção, para em seguida passar o chicote contra seu peito, alisando lentamente a região, antes de seguir a procura do kit de primeiros socorros debaixo do cômodo da pia, já que eu estava ciente daquele objeto naquele lugar, devido alguns dias atrás quando entrei em uma briga querendo defender a pessoa inocente e acabou que eu sair como vitima.  

Mais tarde, no entanto, Chanyeol disse que precisava resolver uns problemas, e como eu sou curioso, insistir que me dissesse, mas ele negou veementemente e eu desistir de perguntar, deixando-o ir. 

Nisso, passei a pensar no que ele faria no decorrer daquelas horas que se passavam... E eu iria atrás dele, custe o que custar. Não importava como o procuraria. Eu o encontraria.