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História Chanyeol Pra Quê Te Quero - Mas esse travesseiro sofre, viu


Escrita por: baabiction

Notas do Autor


DEMOREI PRA CARAMBA EU SEI estou aqui nos últimos minutos do segundo tempo do dia do amigo trazendo esse presente!!!
Tive um bloqueio terrível e o negócio não saía de jeito nenhum! Mas nessa madrugada eu virei vários shots de toddynho empenhada a terminar o capítulo, por isso deve estar cheio de erros absurdos, perdão, perdão.
NOTARAM A CAPA NOVA LINDA DEMAIS? Foi um presente repentino da Mag, eu amei tanto. Ela colocou até o famigerado jacaré, dei um berro. Obrigada mais uma vez, Mag. <33
QUASE ESQUECI, eu fiz uma playlist fofinha pra fanfic, eu recomendo vocês escutarem depois. Vou colocar o link lá nas notas finais!
A música desse capítulo é Revolution, dos Beatles.
Boa leitura!

Capítulo 6 - Mas esse travesseiro sofre, viu


Que situação estranha, meu povo. Eu não fazia ideia do que se passava na cabeça dos namorados trevosos ao meu lado, que continuavam se encarando com o cenho franzido. Parecem doidos. Tentei fugir dos olhares de Sehun, Jongin, e até de Jongdae que parou de contar piadas, curioso com a cena que se passava ali, talvez estranhando a cara de diarreia que Soyeon fazia. Abaixei o rosto, mas tomei um susto com o bichinho do toddynho, até ele me encarava!

Se vocês procurarem pela definição de ‘torta de climão’, uma foto nossa aparecia.

Claro que eu sabia o motivo da tensão era a mãozinha, não tão inha, do Chanyeol fazendo carinhos esporádicos na minha, o que diga-se de passagem, era a coisa mais incrível e gostosa que eu já tinha sentido na vida. Uma vozinha em cima do meu ombro esquerdo falava: ''Viado, tira essa mão daí, tira, tira.'' pra evitar mais constrangimento, mas outra vozinha, esta em cima do meu ombro direito, dizia: ''NÃO TIRA, é uma oportunidade única, ele que pegou a tua mão e tu me inventa de querer TIRAR? SEU GAY.'' em capslock e tudo. Aí eu fiquei nesse impasse, nesse vou ou não vou, tiro ou não tiro. Chanyeol se remexeu um pouco, me tirando do travamento cerebral, e riu. RIU. Agora era sério, eu iria me levantar, ir à enfermaria e pegar um vidrinho de gardenal e dar na boquinha desse rapaz, porque ele não é normal, hm hm, não mesmo. Eu, que sou o rei da estranheza, me surpreendi agora. Me surpreendi e fiquei triste, pois no momento seguinte, Chanyeol já não me tocava mais. Vi até o mundo ficar em preto e branco, a câmera congelar na minha cara e a música triste do Naruto começar a tocar. Minha mão de repente se transformou numa pedra de gelo sem o seu calor. Será que ele percebeu que a Soyeon ficou desconfortável e agora nunca mais vai encostar em mim? Amiga, não me tire o que eu já não tenho.

Fiquei meio perdido no meu cantinho, tomando todo o conteúdo da caixinha como se aquilo fosse aliviar o rebuliço dentro de mim, mas nem adiantou. Só me deu gases. Eita, segura a bufa, Baekhyun.

É engraçado como as pessoas brincam com os nossos sentimentos, não é? Chanyeol, no caso, nem tinha conhecimento deles, mas era um exímio jogador.

– Você vai sair com a gente hoje, Baekhyun? – Estava imerso nos meus pensamentos sofridos, que só fui perceber que Soyeon falava comigo quando Chanyeol balançou a mão na frente dos meus olhos.

Tentei detectar algum traço de irritação ou outra coisa negativa em seu tom de voz, mas não encontrei nada, ela só me olhava esperando a resposta, com um sorriso pequeno. Sabe, porque se eu notasse algo, eu não ia. Ahh, eu não ia mesmo! Inventaria que o meu cachorro, que eu nem tenho, tinha morrido ou sei lá. Nem me interessaria pelo fato de eu sair com Chanyeol e tal. Quando a gente nota que a pessoa não quer nossa presença, a melhor coisa é dar o fora, entenderam? Anotem meus conselhos do caderninho da vida. Contudo, fiz apenas um 'sim' com cabeça, e voltei a atenção pro toddynho já vazio. Mais nojento que eu impossível, não é? Mas a real é que eu estava meio deprimidinho naquele banco, acho que é um efeito colateral depois de passar mais de um minuto tendo esses choques de realidade. Poxa, Chanyeol, podia ser só nós dois, mas você não colabora…

– Como eu sou um rapaz muito verdadeiro, eu digo que só vou porque o Baekhyun vai também. – Ouvi a voz de Sehun. O olhei surpreso, mas não contive o sorriso. Ele me mandou uma piscadela.

– O que é isso agora? Virou a sombra do Baek? – Chanyeol reclamou ao meu lado, me olhando meio indignado. Admirei a boquinha formando um bico e o cenho franzido. Eu não tive muitas oportunidades, mas agora que eu vejo essa expressão tão de perto, podendo até aquela pintinha linda no nariz, afirmo com todas as letras que Chanyeol fica maravilhoso com a cara séria. Ba dum, meu coração quase que sai pelo ouvido agora.

– Deixa disso, Chanyeol… – Respondi, dando um empurrãozinho em seu ombro com o meu. Seu corpo tombou para o lado oposto, e no momento seguinte, voltou se inclinando em minha direção. Prendi a respiração quando senti a lateral de nossos corpos se encostarem.

– Mas, sabe… – Sehun continuou, sorrindo arteiro. – Cada um tem as suas próprias sombras aqui.

Imediatamente entendi o que ele quis dizer e fiquei abismado com a audácia daquele menino. Adorei. Eu estava gritando um ''Uoooooooooou'' internamente.

Kris perguntou que tipo de erva Sehun usava, e ele respondeu que era a erva do amor. Aquele assunto estranho se encerrou depois da risada escandalosa de Jongdae.

Só esperava que esse tal passeio me trouxesse bons frutos.

Sabe, porque se desse tudo errado, pelo menos eu não ficaria com fome.

악어

O local marcado era numa cafeteria temática que havia sido inaugurada recentemente no centro. O tempo melhorou quando a tarde chegou, então escolhi apenas um moletom fino pra vestir. Eu sei, eu sei, vocês devem estar se perguntando: ''Mas esse menino só tem moletom no guarda-roupa?'', pois se for o caso, eu respondo que vocês estão certíssimos. Mas, olha, eu garanto que esse moletom rosa da Cours Toujours é a coisa mais linda que existe, e é de marca, bem chique.

Fiquei em dúvida entre pôr as lentes ou usar óculos, porque subitamente me lembrei das palavras de Jongin. Pode ser que ele tinha falado por falar, mas como eu sou abestado, eu fico feliz quando recebo elogios. Quem não fica, não é? Se ele disse que eu fico bonito de óculos, então usarei os óculos, quem sabe o Chanyeol não compartilharia da opinião?

Que tristeza essa minha situação, praticamente usando métodos que as fêmeas usavam pra atrair os machos.

Falando em atração de machos, eu havia perguntado ao ilustríssimo Kyungsoo como andava o trabalho com o Jongin, porque, minha Nossa Senhora, o meu amigo não deixava nem o coitado se aproximar da ''zona Kyungsoo'', que era os arredores da mesa dele, imagina discutir sobre o trabalho cheio de detalhes. Geralmente ele me usava como pomba-correio, opa, pombo, porque nem dirigir a palavra pro Jongin ele se dava o trabalho, aí eu que tinha que servir como garoto de recados. Eu só aceitava porque eu meio que me divertia vendo o Jongin com aquela carinha de ursinho me perguntando o porquê de certas coisas, e a veia pulsando na têmpora de Kyungsoo. Ah, era muito engraçado, hehe. Mas, ao que parecia, eles tinham conseguido estabelecer um acordo e trabalhavam cada um em seu canto, só quero ver no que vai dar isso.

Como a caminhada até a cafeteria era curta, acabei chegando sem perceber. O vento frio não incomodava tanto, pois ainda dava para sentir o calor do sol. Sabe a sorte de ter a carona da minha mãe? Então, ela não acontece duas vezes. Aliás, eu nem sei por onde anda essa mulher, que não parou em casa desde ontem. Eu que queria saber o que ela tanto faz na rua e onde arranja tanta disposição, porque eu saio duas vezes de casa e já não quero mais, fico enfurnado no quarto que nem o homem das cavernas.

Deixei um murmúrio surpreso escapar quando vi a faxada da cafeteria. Era um banner enorme com a cara do John Lennon estampada. Wow, então o tema era The Beatles? Acabaram de dar um tiro das minhas duas pernas, porque aquela banda era a minha maior fraqueza, depois do Chanyeol, claro. Me coloquem pra escutar um álbum deles que eu fico numa mistura de lágrimas e vontade de ralar a bunda no chão.

Um sininho soou quando abri a porta, mas nem prestei muita atenção, porque, caralho, ali dentro era o paraíso! Vários quadros dos garotos de Liverpool enfeitavam as paredes que em muitas partes mostravam só tijolos propositalmente, a iluminação era feita por luminárias enfeitadas como discos, e eu quase caí pra trás quando vi um Ringo Starr de papelão em tamanho real ao lado do cardápio. Fora que no momento estava tocando ''Day Tripper'', lembrem bem do que eu falei antes sobre ralar a bunda no chão e no quanto eu estou me segurando pra não passar vexame. Eu provavelmente parecia um idiota parado no meio da cafeteria, mas era o lugar mais incrível que eu já tinha visto. Queria morar aqui pra sempre.

Resolvi me mexer quando percebi o atendente me olhando estranho. Oi, querido.

Me dirigindo para os fundos, vi uma mesa grande ocupada e a primeira pessoa que vi foi Jongdae, que se dobrava de tanto rir de alguma coisa. Eu gostava dele, era o tipo de pessoa que a gente adoraria ter como amigo. Todos já haviam chegado, então eu era o especial que aparece por último.

Uma coisinha aqui rapidinho de novo, eu deveria mesmo ir me consultar com algum ortopedista para ver se essas fraquezas que eu sinto nas pernas toda vez que eu vejo o Chanyeol são normais, porque eu me sinto como se estivesse me desmontando todo. Ele estava tão, tão bonito, parece que hoje é o dia de dizer ''Nossa, o Chanyeol está especialmente bonito.''. Eu estava até me sentindo meio sem graça por não ter caprichado um pouco mais no visual, porque ele parecia ter saído de uma revista de moda. Usava um casaco jeans por cima de uma camiseta preta, com as mangas dobradas até o cotovelo, e, gente, que chapéu estiloso era aquele? A franja estava arrumada num topete jogado pro lado e eu estava jogado pro outro. Chanyeol nunca me pareceu tão boyfriend material. Mas a tristeza era que no caso era boyfriend de outra pessoa material.

Tenho que parar de fazer piadinha com a minha própria tristeza.

– Oi, oi. – Falei quando me aproximei da mesa.

Chanyeol se levantou da cadeira com um sorriso grande, chega a luz do sol refletiu naqueles dentes e quase me cegou. Espera, por que ele tá com os braços abertos?

Fui levantado do chão e sacudido no ar. Só tive tempo de segurar em seus ombros, e imediatamente senti o seu perfume. Foi como se eu mexesse numa colmeia e um monte de abelha saísse, porque aquele cheiro penetrou nas minhas narinas como ferrões. Os braços de Chanyeol faziam uma volta completa no meu corpo e eu sentia a pontinha do nariz dele pressionada na gola do meu moletom. Eu esperava muito que ele não sentisse o tremor que me acometeu assim que fui colocado no chão, porque eu sentia o chão todo tremer, tive até a impressão que o café da xícara da mulher na mesa ao lado estava tremendo.

Tempestade em xícara de café. Haha.

Meu Deus.

– Eu não sou nenhuma criança, Chanyeol. – Resmunguei enquanto ajeitava a barra do moletom. Era isso ou dizer ''Faz de novo, pelo amor de Deus''. Já sabem o que escolhi, né.

– Mas parece. – Cutucou minha bochecha. – Não sabia que usava óculos.

– Ah, pois é… – Cocei a nuca.

– Agora combinamos. – Apontou para os próprios óculos sorrindo.

Ele nem sabe o quanto isso me afetou.

– Baek! – Jongin falou um pouco alto. Virei e ele estava dando batidinhas no lugar ao seu lado. – Senta aqui.

Não tive tempo de responder, porque Chanyeol pegou no meu pulso, me conduzindo para o lado da mesa onde ele estava sentado anteriormente.

– Não mesmo, o Baekhyun vai sentar comigo. – Cruzou os braços.

Depois eu era a criança! Chanyeol parecia que havia acabado de nascer. Sentei entre o bebezão com quase dois metros de altura e Jongdae.

– O retorno da leoparda. – Sehun falou baixinho à minha frente. Cobri o riso com a mão.

– Bom, já que o Baekhyun chegou, vamos fazer nossos pedidos. – Kris gesticulou para um jovem garçom que passava.

Quando me entregaram o cardápio, resisti à tentação de pedir tudinho. Os bolos e tortas me enchiam os olhos, e eu estava louco pra a encher a barriga também. Acabei pedindo um bolo de chocolate com recheio de creme de morango que vinha docinhos de coco por cima, e um latte macchiato tamanho grande que estava implorando para ser tomado por mim. Podia até me sentir constrangido pela minha gula, mas por hora eu queria era comer mesmo.

Quando nossos pedidos chegaram, o meu era o maior de todos. Olhei para o de Soyeon e vi que ela havia pedido um cupcake bonitinho com uma xícara de café expresso. Bom, se ela não tinha fome, eu tenho, meus amores.

Comecei a comer o meu bolo, que parecia um pedaço de paraíso que derretia na boca, enquanto escutava Yifan reclamar sobre suas notas no último teste do bimestre.

– É sério, caras, se eu continuar assim vou pegar recuperação no couro até dizer chega. – Falava de boca cheia. – Aquela prova de química estava o demônio de lacinho.

– Eu quero saber que moral você tem pra falar já que cabulou praticamente todas as aulas importantes. – Jongin disse arqueando uma sobrancelha.

– E eu quero saber como você sabe disso se nem estuda comigo.

Jongin deu um sorriso simpático em direção a Zitao, que soltou uma risadinha maléfica.

– Esse Zitao é uma velha fofoqueira. – Sehun zombou.

– Teu rabo.

Chanyeol se engasgou e eu ri.

– E então, Baekhyun? Se juntou à nossa gangue e sabemos pouco sobre você. – Jongdae apoiou o queixo na mão. – Qual sua banda favorita?

– Ótimo jeito que conhecer uma pessoa. – Soyeon disse.

– Estamos num local cheio da minha banda favorita. – Sorri.

– Ah, não acredito! Mais um beatlemaníaco. – Jongdae falou dramaticamente. – Já bastava o Chanyeol nos encher de Beatles toda vez que formamos uma rodinha de violão.

– Pois eu vou enchê-los de novo hoje, e se não quiserem, eu toco só pro Baek.

Ele apontou para algo e pela primeira vez eu notei o violão encapado no cantinho da parede.

Rodinha de violão? Chanyeol? Oi? Boa noite?

Até dei uma bocada grande de creme de morango.

– Ei, não esquece de mim, você sabe que eu gosto de Beatles também. – Soyeon passou as mãos nos braços de Chanyeol e eu nunca senti tanta inveja de alguém, até me benzi mentalmente porque minha avó dizia que invejar as pessoas são presta. No caso, invejar as mãos de outras pessoas, apesar de eu amar as minhas mãozinhas. – E gosto ainda mais de vê-lo tocar.

Chanyeol ficou todo tímido, sorrindo do jeito que fazia aquela covinha linda, a personagem mais querida dessa história, aparecer. Soyeon segurou seu rosto e deu um beijo na bochecha.

Hm, esse latte macchiato sempre foi amargo assim?

– Você tá fazendo uma careta engraçada, Baek. – Sehun, que se inclinava o bastante para ficar por cima do corpo de Yifan, sussurrou no meu ouvido. – Toda vez que vê essas cenas, arregala os olhos e fica com um sorriso de psicopata. Eu morro de rir.

Eu sabia que careta era, porque eu cansei de fazê-las vendo os dois pelos corredores da escola. Resolvi me recompor e virar meu rosto.

– Bom saber que você ri às minhas custas, Sehun. – Enfiei a mão na cara dele e lhe empurrei, mas ele não saiu do lugar.

– Sai de cima, porra! – Yifan chutou Sehun por debaixo da mesa, e o menino sentou normalmente resmungando que Yifan era uma bruxa. O mais alto o mandou tomar naquele lugar.

– Olha o palavreado! Aposto que o Baekhyun já está se arrependendo de sair de casa pra aturar vocês. – Jongdae falou. Mal sabia ele que eu falava pior, parecia mano das quebradas.

– Que nada. – Ri. – Eu e Kyungsoo não somos diferentes nas conversas.

– Quem? O menino que odeia todo mundo?

– Aham, principalmente o Jongin. – Não perdi a piada.

Rimos muito, chamando a atenção do moreno que até o momento havia ficado calado.

– Até hoje eu não sei o porquê de ele me odiar tanto. – Falou cabisbaixo. – Kyungsoo já comentou algo com você, Baek?

– Pior que não, porém eu acho que é o fato de você insistir muito pra falar com ele. – Dei de ombros. – Kyungsoo é doido.

Jongdae riu, prosseguindo:

– Eu pensava que você era mais ou menos como ele, já que não fazia questão de falar com ninguém. Mas aí o Chanyeol chega pra gente e fala que você é super legal e engraçado.

Arregalei os olhos.

– Não precisa ficar falando isso pra ele, Jongdae! – A voz de Chanyeol soou ao meu lado, e eu tomei um susto.

– Ah, por que não? Foi tão fofinho ver você fazendo uma nova amizade tão rápido. Pode até parecer que não, mas o Chanyeol é bem tímido, sabe, Baekhyun? – Falou em tom provocador.

O pior é que eu sabia sim, eu sabia esses detalhes mesmo não falando com eles antes, por observá-lo demais. Óbvio que não falei nada disso, apenas assenti, entrando na brincadeira.

– É porque ele achou a alma gêmea. – Sehun falou com uma voz fofa, encostando a cabeça no ombro de Yifan, que por sua vez, deu uma cabeçada nele.

O olhei indignado, ação essa que foi compartilhada por Jongin.

– Olha que às vezes eu penso isso mesmo. – Me surpreendendo, Chanyeol pegou uma de minhas mãos. – Ele é tão bonitinho que eu queria que fosse minha alma gêmea.

Me deu até uma vertigem. Eu sabia que Chanyeol estava brincando, mas como o idiota que sou, a felicidade foi inevitável. Entrelacei inconscientemente os meus dedos nos dele. Como eu estava meio fora do ar, lembrei de Kyungsoo falando que ''bonitinho'' é o feio arrumado. Com esse pensamento, acordei do transe, sentindo o peso da cena que se desenrolava, e, com muito custo, puxei minha mão exasperadamente.

– Credo, Chanyeol. – Dei um risinho forçado.

– Chanyeol liderando a desprezados tour dois mil e dezesseis. – Zitao falou subitamente.

Eu estava muito envergonhado, até me afastei um pouco de Chanyeol, e fiquei mais perto de Yifan consequentemente. Tomara que ele não ache que eu estava dando encima dele.

– Baekhyun quer é distância de você agora. – A voz grossa de Yifan saiu divertida.

Chanyeol percebeu a minha distância e franziu as sobrancelhas.

– Baek, volta aqui, foi porque eu disse que você é a minha alma gêmea? – Falou inocentemente.

Um arrepio subiu na minha espinha. Esse capetão está brincando comigo, vocês estão vendo essa baixaria? Estou começando a ficar puto.

– Cala a boca, Chanyeol. – Disse baixinho, brincando com um docinho que sobrou no prato, fingindo descaso.

– Vem calar. – A resposta veio rápida.

Parei de brincar na hora. Todo mundo ficou em silêncio. Só ouvi um som bem baixinho de riso engasgado vindo de Jongdae, e pela visão periférica, vi Sehun virar a garrafinha de água de uma só vez.

– Gente! Vamos tirar uma foto? O lugar é tão bonito! – Soyeon levantou de repente, com uma câmera na mão.

Eu sei que ela sentiu o clima estranho, todo mundo sentiu, afinal, e eu não sabia se agradecia ou não ela ter quebrado-o. Só não sei o que se passava na cabeça dela agora.

Aliás, foto?

Sorri, meio forçado porque eu estava perturbado, me inclinando pra frente porque Chanyeol era um muro entre eu e a câmera.

Lembrei da vez que Sehun fez a mesma coisa, imagino o que Soyeon colocaria na legenda dessa foto. Talvez um: ''Eu, meu amor, meus melhores amigos e o Baekhyun.''.

Ri sozinho com as minhas besteiras. Ou não, podem ser verdades.

Após pagarmos a conta, saímos da cafeteria, claro que antes pedi para Jongin tirar uma foto comigo abraçado ao Ringo Starr que me conquistou. Chanyeol surgiu do nada e abraçou a figura do outro lado. Provavelmente saí com cara de bunda suja na foto. Mas era a primeira e, provavelmente, a única foto que eu tirava com os dois homens da minha vida.

Andávamos em direção ao parque central, que ficava a algumas quadras dali. Eu caminhava um pouco pra trás do pessoal, contando os meus passos, repassando os momentos desde a minha intenção de entrelaçar meus dedos naquela mão tão linda, o que eu me perguntava se Chanyeol percebeu meus movimentos sutis, até o vem calar, pois, gente, GENTE, isso não é coisa que se diga. Não para mim e todos os meus sentimentos. Se eu morrer, no meu testamento vai constar vem calar a ser escrito na minha lápide.

Senti um peso em cada ombro.

– Se eu quase perdi minhas estribeiras, imagina você. – Sehun falava todo embolado.

– Eu quase te puxei dali. – Jongin resmungou. – Eu sei que Chanyeol não tem conhecimento de nada, mas simplesmente não é justo.

Acariciei a cabeça dos dois, pareciam cachorrinhos.

– Tá tudo bem. Somos amigos, apesar de tudo. Amigos fazem essas brincadeiras.

– Fazem, mas o clima não fica tão pesado quanto ficou mais cedo. – Sehun falou. – Eu tive que beber aquela água de Jesus, porque eu senti que ia rir tanto.

– Será que Chanyeol não sente algo por você, Baek? – Jongin perguntou em tom confuso. – Porque não é possível.

Nem quis pensar na possibilidade, que nem possibilidade chegava a ser.

– Nem, Jongin. – Segurei nos braços dos dois, caminhando entre eles. – Vamos deixar isso pra lá.

Eles assentiram, mudando de assunto.

– Ei, ei, não se isolem! – Jongdae veio correndo. – Vamos socializar, pessoal.

– Eu não. – Sehun respondeu.

– Para de ser um merdinha, Sehun, aposto que Baekhyun finge gostar de você.

Sehun fez com uma cara ofendida tão engraçada que eu não aguentei e ri, me apoiando em Jongin.

– Baekhyun, não ria, me defenda! Diz pra ele que eu sou um bebê e que não podem falar comigo assim!

– Que bebê o que, tamanho velho babão. – Yifan surgiu por trás de Jongdae.

Sehun juntou a ponta dos dedos indicadores.

– Corta aqui, vagabundo, não existe mais amizade de brother na nossa relação.

– Cadê? – Yifan fingia procurar algo nos bolsos do casaco grande que vestia. – Essa relação eu quero cortar com o terçado!

Minha barriga já doía, tive que parar de andar para respirar melhor.

– Está morta a menina amizade de Yifan e Sehun. – Falei enxugando as lágrimas.

– Vamos, Baekhyun, não quero que fique perto desse ninho de cobras. – Sehun me puxou com um bico enorme.

Mais afrente estava Zitao, Chanyeol e Soyeon, que conversavam. Observei Chanyeol andando com o violão nas costas e pensei se era possível eu me apaixonar mais. Só acelerei o passo com Sehun porque vi que estávamos chegando ao parque. Chega de emoções por hoje, era o que eu pensava.

As folhas das árvores estavam meio secas por causa do frio, mas as flores permaneciam em cores vibrantes. No meio do parque havia um grande lago, uma ponte passava por cima dele. Era lindo.

Sentamos embaixo de um grande carvalho, descansei minhas costas no tronco da árvore e me espreguicei, o local era ótimo para tirar um cochilo.

– Mas você é preguiçoso mesmo, hein. – Ouvi a voz de Chanyeol. Abri os olhos, que nem percebi que tinha fechado, vendo-o sentado à minha frente, sorrindo. Como eu estava meio deitado, eu o via por baixo, e fiquei triste ao constatar que ele ficava mais lindo a cada minuto. O céu estava coberto por nuvens meio acinzentadas, e era o cenário que eu via atrás de seu rosto. O friozinho, o sorriso que ele me dava, o local, tudo contribuía para uma paz inexplicável dentro de mim.

– Uhum. – Assenti. – Tá me dando um soninho. Ih, acho que vou entrar no mundo dos sonhos. – Brinquei.

Ele riu, passando a mão na minha franja. Mas não era para bagunçar, como vivia fazendo, e sim um carinho lento que me fez sentir que estava flutuando.

– Mas não é pra dormir, não! Eu quero que participe da nossa rodinha. – Deu um peteleco fraco na minha testa, e eu resmunguei, sentindo falta do cafuné gostoso.

Chanyeol posicionou o violão em seu colo, e eu me sentei pra ver a cena direito. Só não suspire, faça o favor, Baekhyun.

– Qual artista? – Zitao perguntou animado.

– Beatles. – Chanyeol estufou o peito sorrindo.

– Ô, meu caralho. – Yifan revirou os olhos, deitando na grama. – Me acordem quando for a vez de um pagode, sei lá, mas algo diferente.

– Seu chato. – Chanyeol mostrou a língua. – Hoje é especial porque o Baek vai cantar comigo.

Eu quase caí pra trás e bati a cabeça na madeira, provavelmente morrendo depois.

– O quê?

– Gente, vocês precisam ouvir o Baekhyun cantando. – Chanyeol falava enquanto afinava as cordas do violão. – Apesar de eu estar com um sentimento conflitante sobre deixar ou não vocês o ouvirem.

– Sério? Eu quero ouvir! – Jongdae bateu palmas. – Por favor, Baekhyun. – Juntou as mãos ao lado do rosto. Sehun deu um tapa na nuca dele, dizendo pra ele parar de ser fingido.

– O-ok, mas que música, Chan? – Mordi a parte interna das bochechas quase instantaneamente depois que deixei escapar o apelido, pois a única vez que eu havia o chamado assim foi no dia que eu fui até a casa dele.

Chanyeol ficou sorrindo pra mim por alguns segundos, até pigarrear, estalando os dedos. Em um movimento, tirou o chapéu de sua cabeça e colocou na minha, o que me fez sorrir, então eu pude ver adequadamente o topete discreto.

Ele estava tão lindo com as mangas dobradas, usava um relógio bonito no pulso direito.

Eita, que tá me dando uns negócios aqui.

Acalme-se.

– Sabe cantar Revolution?

– Sei, é uma das minhas músicas favoritas. – Passei a língua no lábio inferior, ajeitando o chapéu estiloso na cabeça. Ele bem que poderia me dar. – Revolution 1, não é?

– É sim.

Ele dedilhou as cordas algumas vezes, testando-as para ver se estavam afinadas. Sorriu quando o som saiu perfeito.

– Pronto, vamos começar?

Assenti, nervoso.

A melodia característica da versão mais lenta soou, eu me limitava a olhar apenas para os dedos habilidosos de Chanyeol, pois estava com vergonha por cantar pela primeira vez na frente de mais de duas pessoas.

Limpei a garganta antes de começar.

You say you want a revolution
Well you know
We all want to change the world

You tell me that it's evolution
Well you know
We all want to change the world

Subi meu olhar, parando sem querer, eu juro, na boca de Chanyeol. Ele sorria, performando com os olhos fechados, balançando a cabeça. Seus olhos abriram de súbito, e me fitaram atentamente.

But when you talk about destruction
Don't you know you can count me out

Sorri quando ele se juntou a mim naquela parte, sua voz grave unida a minha, mais aguda, soavam inesperadamente em harmonia. Chanyeol sorriu de volta. Então, continuamos a cantar, sem quebrar a troca de olhares.

Don't you know it's gonna be alright
Alright
Alright

Na verdade, ele me encarava tão profundamente que eu comecei a ficar sem graça e senti a obrigação de desviar o olhar. O tom de riso ficou presente na minha voz. Que vergonha, Jesus.

You say you got a real solution
Well you know
We'd all love to see the plan

You ask me for a contribution
Well you know
We're doing what we can
But when you want money for people with minds that hate
All I can tell you is
Brother, you have to wait
Don't you know it's gonna be alright
Alright
Alright

Pensei que já estava mais do que na hora de me virar pra frente. Yifan estava apoiado nos cotovelos, ainda com a sua carranca, mas vi que ele cantava baixinho, olhando pra mim. Mexi com a cabeça, o incentivando a cantar. Jongdae foi mais rápido e se juntou a nós na cantoria, depois vieram Soyeon, Zitao, Jongin e por fim o rapaz que queria pagode no início.

A última estrofe se transformou numa confusão de vozes animadas, palmas e risadas. Eu me balançava pra lá e pra cá, de vez em quando lançando olhadelas para Chanyeol, que voltou a fechar os olhos.

Eu nunca tinha me divertido tanto. Só queria que Kyungsoo estivesse lá conosco.

Sonhar mais um sonho impossível.

Mais umas três músicas foram escolhidas, com direito a uma dança de Jongin, que me impressionou. Apenas resolvemos parar porque estava escurecendo e deveríamos ir pra casa.

Jongdae me abraçou, dizendo que tinha adorado passar um tempo comigo e pediu meu número. Yifan e Zitao também fizeram questão de me pedir. Todos elogiaram tanto a minha voz que quase me enterrei no chão de tanta vergonha.

Já Soyeon? Hm, não muito. Mas eu queria dar meu número pra ela, poxa, eu a achei tão divertida. Mas é aquele ditado.

– Quer que eu te acompanhe, Baek? – Jongin me perguntou, quando estávamos nos despedindo. O sorriso dele era tão charmoso, eu não cansava de achá-lo bonito. Ele e Sehun eram do tipo raro, entendem? Vai saber que tipo de magia é essa pra pessoa nascer tão bonita.

– Não precisa, eu vou com ele, nossas casas são na mesma direção. – Chanyeol apareceu ao nosso lado. O pai de Soyeon tinha ido buscá-la.

Quase protestei, estranhando porque as nossas casas eram longes uma da outra, mas resolvi ficar quieto.

– Então tá. – Jongin falou lentamente, com os olhos cerrados. – Tomem cuidado.

O abracei, dizendo que ele se preocupava demais.

– Você sabe o porquê. – Me respondeu no meio do abraço, baixinho.

Não respondi, apenas sorri, me despedindo também de Sehun.

Tornei a caminhar ao lado de Chanyeol. Não estava tão escuro, o céu apresentava tons alaranjados e rosados. Olhei nossas sombras nos muros e percebi que o chapéu dele ainda estava na minha cabeça. Cutuquei a aba com o indicador.

– Chanyeol, seu chapéu.

Ele, que estava estranhamente calado, me olhou de canto brevemente antes de voltar seu olhar para o caminho.

– Pode ficar com ele, fica melhor em você.

Lembrei de que até aquele dia eu não tinha devolvido o casaco que ele havia me emprestado. Que horror, Chanyeol poderia pensar que eu sou só interesse.

Bom, em parte eu era, mas não apenas por suas roupas. Eu o queria por inteiro. Hmm, como falar isso?

– Tem o seu casaco também, Chan, eu vou devolver quando chegarmos em casa.

– Baek… – Falou arrastado e eu reprimi um suspiro. – Pode ficar, sério.

– Tem certeza?

– Tenho, pare de ser teimoso.

– Ok, então.

Voltamos a ficar em silêncio, mas eu o via abrir a boca várias vezes, como se quisesse falar algo.

– Baekhyun?

– Sim?

– Você se divertiu hoje? Quer dizer, espero que você não tenha ficado desconfortável em nenhum momento. – Me olhou.

– Não se preocupe, eu gostei muito de hoje. – Sorri. – O pessoal é bem legal.

– Verdade. – Sorriu de volta, mas voltou a ficar sério logo em seguida. – Outra coisa… Você não gostou daquela brincadeira na cafeteria, não é?

Engoli em seco, olhando pra baixo.

– Qual?

– Sabe, o negócio sobre almas gêmeas… – Continuou. – Se você não gostou, eu juro que não faço de novo, me doeu quando vi você se afastando, doeu mesmo. Eu não quero fazer você ficar desconfortável, sério, é a última coisa que eu faria.

Mordi o lábio com força. Como explicar? Me ajudem.

– Eu não fiquei… Desconfortável. – Comecei, mas parei a fala na metade. Me sentia perdido.

É óbvio que eu estava mentindo, eu tinha ficado sim, mas não pelos motivos que ele provavelmente pensava.

– Então o que foi? – Chanyeol insistiu.

O ar frio entrava e saía dos meus pulmões, sentia minhas mãos se molharem com um suor gelado. Ele ainda esperava que eu falasse algo.

– Não foi nada. – Abanei o ar com as mãos, sorrindo. – Você deve ter se confundido, eu não me afastei não.

Mentirosa tour.

Chanyeol desconfiou, eu sei que sim, mas agradeci quando ele assentiu com a cabeça, sem falar mais nada.

Com mais alguns minutos de caminhada, chegamos ao meu bairro.

– Chan, eu já posso seguir sozinho, a sua casa é um pouco longe daqui. Aliás, eu nem sei porque você falou aquilo pro Jongin.

– Ele e o Sehun vivem grudados em você, é quase irritante. – Falou com a voz rouca.

– Eles são gentis comigo. – Retruquei, não levando a sério a sua implicância.

– É, e sabem sobre você mais do que eu. – Foi aí que eu percebi a expressão do Chanyeol mais rígida do que de costume.

– Como assim?

– Eles sabem de segredos seus. Escutei o que Jongin te falou enquanto te abraçava.

Esse menino só me vem com essas coisas. Ele inconscientemente me deixava encurralado entre a cruz e a espada.

– Aquilo não é nada demais. – Falei firme.

– Se não é nada demais, então por que eu não sei? – Arqueou uma sobrancelha. – Eles começaram a falar com você recentemente, e eu já te considero como um amigo próximo faz um tempo… E você, não me considera?

É esse o problema, cabeça de vento. Você me considera como amigo, e nunca me consideraria algo mais. Acha mesmo que vou arriscar perder a sua amizade?

Ele se preocupava tanto com as minhas relações, que se esquecia da sua, a que deveria ser mais importante.

Me estressava tanto que não me surpreenderia se encontrasse rugas quando me olhasse no espelho de manhã.

– Chan, escuta, não há nada que você precise saber. – Toquei em seu ombro. – Eu te considero sim como um amigo.

E muitas coisas mais, mas não vem ao caso.

Chanyeol franziu o nariz de um jeito tão fofo que não aguentei e apertei entre meus dedos, antes de, num segundo de coragem, tirar o chapéu e passar meus braços ao redor de seu tronco e deitar minha cabeça em seu ombro. Fechei os olhos, aspirando devagar aquele perfume gostoso, escutando meus próprios batimentos cardíacos enlouquecidos fazerem uma festa nos meus ouvidos. Esses meus ímpetos de dar carinho pra ele ainda vão acabar comigo um dia.

Eu cheguei a temer que ele me afastasse, porém todos os meus medos se desfizeram como pó quando senti duas mãos grandes e quentes pressionarem minhas costas e o rosto de Chanyeol se inclinar levemente no topo da minha cabeça. E então, me abraçou de volta.

Tomara que ele não sentisse meu coração desenfreado, porque poderia achar que tinha um bicho doido dentro do meu peito.

Ali, meus amigos, eu achei o meu lugar no mundo. Entre os braços de Chanyeol, os dedos dele fazendo um carinho nas minhas costas.

Não me perguntem quanto tempo passamos abraçados, porque eu não saberia responder, eu só sabia que aquele abraço durou mais que o normal. Ele não fazia menção de se afastar, e eu, bom, por mim eu viveria ali até o fim dos tempos. Minha bochecha estava pressionada contra seu ombro, me fazendo ficar com um bico, e isso, aleatoriamente, me fez soltar uma risadinha.

Chanyeol também riu sem entender, levantando uma das mãos para fazer um carinho agora na minha nuca.

– O que foi? – Senti a vibração de sua voz com um tom divertido. Eu estava mole, mole, sentindo seus dedos subindo e descendo entre meus cabelos lentamente, me fazendo ter arrepios engraçados no corpo todo.

Eu estava quase babando, credo.

– Nada, ué.

Seu corpo se afastou um pouco, porém suas mãos não me largaram, ainda estávamos bem próximos.

Afastei a cabeça o suficiente para olhá-lo.

Chanyeol sorriu tímido, a bendita covinha aparecendo, tão bonitinha que, dessa vez, eu não resisti e enfiei o dedo nela, rindo.

Só que o meu sorriso foi morrendo aos poucos quando gostei de tocar em seu rosto mais do que deveria, minha mão repousou na lateral dele, o dedão descendo até o canto de sua boca vermelhinha.

Engoli em seco, sabendo que aquilo era perigoso.

Chanyeol apenas me olhava, agora também sério, ostentando a expressão de mais cedo.

Não, aquilo não era certo. Ele tinha namorada, eu era apenas seu amigo.

Não, não.

Não tinha chances.

Dei um último sorriso triste, revirando todas as mesas do meu cérebro quando, ousado, deixei um beijo em seu pescoço descoberto.

Virei com tudo, não querendo saber de mais nada, apenas falando um 'tchau' fraco, sem olhá-lo, antes de desatar na corrida.

Menina, mas do que eu estava fugindo eu não sei. Talvez de sua cara surpresa? Chocada? Irritada? Dos meus sentimentos tão reprimidos que começavam a doer?

Só o Sebastian atrás da porta e o meu travesseiro que amanheceu cheio de ranho e lágrimas sabem.

 


Notas Finais


http://8tracks.com/baabiction/chanyeol-pra-que-te-quero
Pooooooooooooxa, até eu fiquei triste aqui.
Críticas, dúvidas, xingamentos? Estou na minha mesa no @baekayaro
Até maissss


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