1. Spirit Fanfics >
  2. Chaos >
  3. Proposta aceita

História Chaos - Proposta aceita


Escrita por: babyofcamila

Notas do Autor


EAEEE GALERA, what's up?
Não me matem nenes, acho que ninguém mais lê isso aqui, então vou dedicar a yasmin porque sei que quando ela souber que atualizei vai surtar, não vou fazer promessa de postar frequentemente porque tá parecendo promessa de político. Se vocês ajudarem a titia aqui a divulgar a fic, vou ter umas surpresinhas vindo aí, porque preciso de resultados de vcs também pra motivar titia né, mas vamo lá, aqui vão rolar uns negocinho... vai ter uns camrenzinho, mas to achando que ta tendo mt camrenzinho momento, então já já vou dar aquelas troca de foco pra ngm enjoar, é nois
V xx

Capítulo 5 - Proposta aceita


Uma semana depois de Bel Air...

Há exatamente sete dias, ocorreram uma lista de coisas que tiveram uma consequencia nos dias atuais. Para começar, o beijo com Camila Cabello, a latina que não saia de minha mente no dia seguinte, ou nos próximos dias. Ainda me lembro de cada detalhe que o alcóol permitiu que recordasse...

No dia seguinte de Bel Air, acordei perdendo de 2 x 0 para a claridade, me deparando com uma morena ao meu lado da cama, que parte de mim pensou que fosse ela, mas a outra parte lembrava que provavelmente não era, pois eu lembrava que depois de tantas provocações e tantos beijos, a mulher do sorriso bonito e pele negra, que decifrei ser Normani, amiga que Camila havia falado sobre quando a perguntei quem era, havia levado a menina bêbada. A mulher que havia acordado ao meu lado era Lucy, obviamente, me dando certo alívio. Dei a ela remédios de ressaca, enquanto a mesma me perguntava se havíamos feito sexo, e obviamente neguei porque sabia que não. Inclusive, infelizmente não tinha transado com ninguém depois daquele dia, não havia beijado mais ninguém depois daquele extase, acho que aquela falta não se preencheria com um sexo barato, ou com beijos vazios, mas de fato eu precisava de sexo, ainda mais depois de toda aquela situação. Vives havia me perguntado de Camila também, que quando expliquei quem era ficou erotizando um pouco pelo fato de sermos da mesma empresa, iniciando todo aquele fetiche.

O detalhe daquela noite foi que quando fui procurar a tal Normani para levar a menina bêbada para casa, um babaca, idiota, imbecil, resolveu estragar as coisas. Inicialmente segurou o braço de Camila, chamando-a de gostosa. De fato ela era, mas isso não é algo que se diz a uma mulher que não está te dando o direito de fazê-lo. Continuamos andando e ele puxou o braço de Camila seguindo a gente, dizendo "qual é gatinha, vamos conversar melhor, larga essa sapatão e vem comigo pra eu te mostrar como se faz com uma mulher" Oh... eu me lembro até hoje como o meu sangue ferveu ouvindo aquelas palavras saindo da boca imunda daquele ser desprezível. O alcóol juntamente com a raiva em meu sangue não me deixaram pensar e quando fui ver tinha socado com tudo o nariz daquele otário. Afastei Camila dele, e quando me virei, o desgraçado deu um soco em minha testa fazendo aquela merda doer por uns dias e sangrar na hora juntamente com seu nariz. Mas eu não parei, continuei socando a cara dele enquando dizia que nunca, jamais, ele saberia como é tratar uma mulher, como é satisfazer uma, e que a sapatão aqui sabia muito mais onde ficava o clitóris e o ponto G de uma mulher, coisa que ele devia achar que era mito, o xingava de milhares de coisas e dizia o quanto ele era machista e homofóbico, quando ele ia tentar me atingir de novo alguém segurou ele por trás e antes de me segurarem eu dei um chute bem no meio de suas bolas, dizendo que se ele ficasse estéril seria um favor pra sociedade, para não criar os filhos dele com o mesmo pensamento estúpido e preconceituoso. Assisti-o ajoelhar no chão gritando de dor e xingando, enquanto a roda ao nosso redor crescia. Pude ver Normani encontrando Camila, lancei um olhar para a mesma que tinha um olhar preocupado e confuso, lembro de ouvi-la gritando "Não, Lauren, não precisa" "Para, Lauren, deixa isso pra lá, não ouça". Depois de ter quase ido parar na cadeia, apenas tentei explicar aos seguranças que ele estava nos assediando, fazendo com que ele focasse no cara, aliviando a barra para mim.

 Saí logo dali levando Lucy, que também apareceu na roda da briga de bar. Na saída encontrei Normani e Camila, que veio em minha direção e me abraçou "Não precisava ter feito isso por mim, Lauren, podia ter se machucado mais", disse beijando o machucado que escorrida sangue, fazendo seus lábios ficarem na coloração vermelha, e a latina fez de forma mais que sensual de morder os lábios limpando o sangue. Aquilo doía, mas era sexy. Eu disse que não fiz isso apenas por ela embora fosse a causa inicial, mas também sim por mim e por outras mulheres, Normani chegou dizendo o quando eu tinha sido foda fazendo aquilo e eu sorri. Ela e Camila sorriram enquando iam embora, e eu levava Lucy para casa de táxi.

No dia seguinte minha sombrancelha doía demais. Precisei fazer curativos e pedir para Lucy explicar como se faz uma maquiagem para esconder aquilo no trabalho, se é que eu conseguiria. Falando em trabalho... Quando voltamos ao trabalho segunda-feira, as coisas ficaram estralhas. Quero dizer, Camila e eu mal haviamos nos esbarrado, nem sequer nos falamos para ser sincera, pois a mesma não se encontrava em sua mesa no escritório ao meu lado. Achei estranho mas preferi apenas realizar meu serviço. Contas, Excell, contas, mais papel, mais números. Por que diachos eu resolvi me envolve com contabilidade mesmo? Números as vezes são um saco de plástico cheio de areia que você soca quando se estressa e acaba fazendo a besteira de espalhar areia por todo o chão, tendo que limpar toda a bagunça em seguida. Estava perto do horário do almoço e eu terminava de passar as contas para o computador, quando ia me preparar para ir almoçar, me deparo com a senhorita Camila e a senhora Delevingne na entrada de minha sala, aquele cubículo pequeno. Levantei-me de imediato quando as vi direcionando o olhar para mim, fazendo sinal para que entrassem.

— Senhorita Jauregui. — A sra. Delevingne, chef de todo aquele prédio, me saudou, enquanto adentrava ao pequeno escritório. Me fazendo pensar em que merda eu havia feito dessa vez, e me fazendo também pensar no quanto meu gaydar disparava para aquela mulher alta, loira de olhos azuis. Se não fosse minha chef eu teria investido, admito, mas negócios são negócios, sexo à parte.  Exceto por uma pessoa em especial que dificultaria essa regra que aprendi com... ah, com a vida mesmo.

- Olá, srta Jauregui. - Quando aquele olhar cruzou o meu, foi difícil não lembrar de toda a situação que haviamos passado. Mas era possível ver incerteza em seus olhos. Seu corpo esbelto ressaltando suas curvas numa saia cinza social e em uma blusa de mangas branca, faltando dois botões para estar completamente fechada.

— Senhora Delevingne, senhorita Cabello. — Apertei as mãos das duas, sentindo algo novo ao apertar a da mais baixa. — Sentem-se. A que devo a honra de suas visitas? — Tentei soar formal, espero que tenha dado certo.

— Nós viemos falar de negócios, e te propor algo. — Sinalizei com a cabeça para que a loira continuasse. — Não sei se já chegou aos seus ouvidos, mas a senhorita Jane, gerente geral, sofreu um acidente neste último domingo. Conversei com a senhorita Cabello, e pensei em colocá-la para substituir a srta Jane. — ela deu uma pausa e eu já imaginava o que poderia vir. — E... como gerenciamento é muito trabalho, e a srta Cabello já possui muitos afazeres, pensei em dividir as tarefas da srta Jane com duas pessoas. E como a senhorita é novata aqui, e eu gosto de testar a capacidade dos novatos para ver até onde podem ir, pensei em te propor a dividir esse cargo com a senhorita Cabello. Legal, não? — Ela deu um sorriso que juro que eu tentava entender se aquilo era sarcasmo ou empolgação.

— Bom, senhora Delevingne, sinto muito pela senhorita Jane. Mas... não acha que isso seria um pouco demais para nós, tendo as tarefas que temos aqui dentro?

— A senhorita Cabello já está dentro, srta Lauren. E caso queira saber, eu posso ajudar com um aumento relativo nesse tempo de substituição no salário de ambas. — Isso me interessa. — basta saber se é capaz de aceitar ou não. — Esse foi o tipo de sorriso que eu chamo de desafiador. Já dise que amo desafios? Não?

— Se for realmente ajudar a empresa e a tirar a dúvida que resta à senhora de minha capacidade. - Camila me encarava juntamente a nossa chef. — Ok, eu aceito. — Retruibui seu sorriso.

— Ótimo! Quero que comecem amanhã, vá com Camila almoçar e ela lhe explicará as demais coisas que estão a detalhes. Espero que consigam criar algum vinculo e aprendizado com essa experiência. — Ela disse enquanto virava-se em direção a porta — ah, e senhorita Jauregui... espero que não ande se metendo em confusões, cuide disso. - Disse apontando em direção ao meu recente machucado. As técnicas de maquiagem de Lucy não haviam funcionado, eu estava ferrada.

Camila permanecia ali encarando a janela a parede, quando subiu seu olhar a mim. Sozinhas novamente. Parecia incerta, até que não sei de onde surgiu coragem e começou a falar.

— Você não precisa ir almoçar comigo, mas já que está dentro da proposta e preciso te explicar algumas coisas, suponho que devemos ir.

— Tudo bem, sem problemas. — assenti, a mesma só disse que iria buscar sua bolsa e voltaria para descermos.

O caminho até o elevador foi silencioso, talvez um pouco constrangedor considerando que agiamos como se nada tivesse realmente acontecido. Entramos naquele cubículo apertado e não pude deixar de olhar através do espelho o rosto da srta Cabello. Seus traços tão latinos, boca carnuda que eu tanto havia beijado e permanecia insaciada, olhos cor de chocolate, tão doces e ao mesmo tempo tão sedutores, nariz delicado, máxilar modelado, pescoço coberto por fios de cabelo, me perguntava se eles cubriam alguns chupões meus... Não sei quanto tempo me vi perdida nos traços de Camila, apenas sei que o elevador fez um bip e abriu-se.

Optamos por almoçar no Brookes, um restaurante dos mais reconhecidos do estado por sua culinária espetacular. Fizemos nossos pedidos, e enquanto isso ela iniciava a conversa, colocando umas papeladas na mesa. É, aquele dia foi longo. Falamos de todo tipo de cuidado sobre empresa que se pode imaginar, só a teoria me deixou exausta, imagine a prática. Pois é. Nada que vencer o desafio da minha patroa, um aumento de salário temporário, e uma temporada ao lado de Camila Cabello não valesse à pena.

Estávamos de volta à Vignes e estava pensando sobre coisas que descobri aquele dia. Como por exemplo, que minha colega de escritório desliza a franja quando vai comer e faz um "hmmmm" delicioso quando come algo que gosta e quando come chocolate na sobremesa, e isso é tão fofo e que por um segundo de distração me vi pensando nela fazendo aquela cara e gemido de desejo para outro tipo de prazer. Descobri também que eu estava ferrada aceitando essa proposta da sra Delevingne.

Na volta para casa, Camila me ofereceu carona, perguntei se não incomodaria e ela disse um "se eu estou oferecendo, é obvio que não é um incômodo, srta Jauregui", me fazendo aceitar. Havia pouca gente na empresa, era mais os aprendizes que pegavam horário noturno e os que faziam hora extra. Pegamos novamente o elevador, só que dessa vez foi um pouco diferente... Continuei a traçar o caminho que havia parado mais cedo, passando o olhar por sua blusa e imaginar como seria sua pele por baixo daquela simples peça. Descendo mais o olhar para sua cintura, então aquele volume todo que era nomeado de bunda. Puta merda, que vontade absurda me deu de aperta-la novamente. "Calma, Lauren, Calma, respira." era o mantra que eu criava em minha mente para não cometer uma atroc.. Camila levantou o olhar do chão e olhou o espelho, no exato momento que eu olhava sua saia. Jurava que podia ver através do espelho a morena abrir um maldito sorriso provocador. Podia ser apenas alguma alucinação minha de desejo, mas eu jurava que era real. Então o elevador abriu no estacionamento, caminhando em silêncio e olhando para os poucos carros que estavam ali. Ela havia apertado um botão na chave e seu carro sinalizou. Aquele mesmo Jeep da outra vez, do dia que nos conhecemos, nos aguardava ali. Ela abriu a porta para mim, o que foi um ato estranho, pois eu não estava acostumava com isso. Sorri para ela agradecendo esperando-a entrar no lado do motorista e dar partida. No rádio tocava alguma música bem gostosa de se ouvir dirigindo enquanto o céu tomava um tom mais noturno, destacando as estrelas. 

Pensava se deveria tocar no assunto agora que estávamos fora de horário de trabalho e fora da empresa. Mas se até agora ela não se pronunciou sobre nada, talvez devessemos apenas deixar esse acontecimento passar.

- Acho que teremos um grande trabalho daqui pra frente, senhorita Jauregui. - Camila quebrou o silencio entre nós, me olhando por breves segundos e voltando a olhar para a pista noturna, com o vento batendo em seus cabelos, pude notar uma pequena marca em seu pescoço. Conti um sorriso e não pude deixar de admirar a marca que eu havia feito.

— Passaremos bastante tempo juntas também - percebi que o que eu disse ficou estranho e tentei aliviar isso — espero que não se enjoe de mim tão cedo, senhorita Cabello. — minha "motorista particular" abriu um sorriso gostoso. — E teremos que negociar isso de você me dar carona toda vez, daqui a pouco terei de lhe pagar para ser minha motorista particular, e o nosso aumento mal chegou para ter essa luxúria toda. — Foi minha vez de sorrir e Camila gargalhar.

— Pode deixar que não enjoarei, senhorita Jauregui. Não ache que vai fugir de mim também. — ainda riamos daquilo. — Eu não me importaria de ser sua motorista particular, e você não precisa pagar com dinheiro por enquanto, há outras coisas... — Parei de rir, engolindo em seco e automaticamente levando aquilo para outro lado — Oh, não, não desse jeito, pode me pagar com.. com DOCES por exemplo, do tipo, comida sabe, alimento e tal! — ela deu enfâse no "doces" enquanto tentava desenrolar o clima que criou, me fazendo rir com sua enrolação.

— Tudo bem, eu entendi, srta comilona. — ela olhou pra mim e disse um "hey!" com uma cara ofendida. Me fazendo levantar as mãos em rendimento.

O caminho seguinte havia sido um pouco mais silencioso, mas do tipo descontraído. Estavamos chegando perto de onde ela havia me deixado da ultima vez e o carro foi seguindo até ao antigo endereço dado por mim na primeira noite em que me deu carona. Quando ela parou o carro, ficamos em silêncio. Soltamos nossos cintos e ela olhava para o volante brincando com os dedos e mordendo os lábios pensativa.

— Senhorita Jauregui? - ela me olhava um pouco incerta.

— Nós estamos fora da empresa, já te disse que pode me chamar só pelo meu nome, Camila. - Ela assentiu.

— Disse? - ela ergueu uma sombrancelha

— Talvez você estivesse um pouco alterada para lembrar... - o carro ficou em um silêncio esquisito.

— Lauren... - dizia se aproximando de meu rosto. - Não precisava ter feito isso. - disse olhando para minha sombrancelha esquerda que tinha um curativo. - Mas mesmo assim, obrigada por me defender.

— Eu faria tudo de novo. — Falei, não me referindo apenas à briga. - Isso não foi nada, só quis te proteger e defender nossos direitos, mesmo que de forma meio violenta. — Sorri para ela, que olhou preocupada para mim.

— Eu posso? - Segurou meu rosto com as mãos. Fazendo meu coração acelerar ao sentir sua respiração tão próxima da minha.

— Não precisa, eu to bem... ai! - Reclamei quando ela tocou na ferida. Em seguida distribuindo beijos ao redor da ferida, no final depositando um beijo em cima da mesma. Dei um sorriso, reprimindo o desejo de que Camila descesse os beijos até chegar em meus lábios. Quando ela terminou o beijo na pequena ferida, encarei seus lábios lembrando-me de quando fez o mesmo ato deixando seus lábios em um tom vermelho de meu sangue. Nossas respirações estavam tão próximas que tive que cortar isso e acordar do extase antes que cedesse aos meus desejos de beija-la. - Obrigada pela carona, Camila, vá antes que fique muito tarde. - Depositei um beijo em sua bochecha e saí daquele carro que havia tomado um certo clima. Me sentindo um plástico, como se aquela morena fosse o fogo de um isqueiro. Nem mesmo precisava encostar em mim para me derreter.

Naquela noite, quando cheguei em casa, coloquei uma playlist para tocar, relaxei ao som da música enquanto tomava banho, em seguida resolvi preparar algum macarrão e me alimentei, saboreando do vinho que havia comprado há uns meses, não é como se eu tivesse um estoque deles... bem, talvez eu tenha. Fazer o que se vinho é uma das minhas bebidas favoritas, faz bem pro coração também. Sempre bom manter a saúde em dia. Estava cansada, então apenas chequei algumas coisas no computador e dormi bem leve e mal esperando para mais um dia sendo atentada, sobrevivendo e me sustentando naquele emprego.

Assim se seguiram os dias, no começo conseguimos agir como duas mulheres normais e super profissionais, cujo único interesse em comum era negócios. 

A senhorita Cabello explicava todas as coisas para eu entender e ajuda-la a pôr em prática. Durante esses dias de desafio na substituição ao cargo da senhorita Jane, descobri que a srta Delevingne, a desafiadora, pode ser mais irritante que o aparente. A mulher sempre que esbarrava comigo e minha parceira de trabalho, exigia coisas em um nível além que se deve exigir, sempre subestimava e duvidava de nossa capacidade. Sinceramente, não sei como Cabello consegue aguentá-la por tanto tempo, sendo sua secretaria. Srta Camila diz que no fundo, srta Delevingne é uma boa pessoa, apenas preocupada com manter sua postura e com sua amada empresa. Eu costumo dizer que isso é falta de sexo mesmo. Sempre que esbarravamos, eu tentava manter minha postura e responder em seu mesmo tom, porém o mais respeitosa possível. Camila dizia que eu era louca por desafia-la de volta. Eu dizia que eu era livre.

Nos primeiros dias de trabalho juntas, na parte do almoço, almoçavamos no Brookes. Era nossa rotina, e quando sobrava tempo nós conversavamos sobre coisas que não fossem o trabalho, mas geralmente eramos interrompidas, nunca era o suficiente do que eu precisava saber. Mas conseguia tempo para admira-la, e cada vez mais eu sentia que havia algo nela que me chamava atenção, algo além de toda a beleza exterior, porque tudo nela me chamava atenção, cada movimento, era fascinante o poder de uma mulher latina sobre mim. Latina? Sim, eu descobri nessa semana que a mesma era cubana, para completar meu inferno pessoal, Camila Cabello, assim como seus fortes traços, é latina.

Torcia para a chegada de sábado. E ao mesmo tempo, estava curtindo tudo isso. Essa mudança repentina na minha rotina. Estava me sentindo uma mulher mais madura.

Já se passaram cinco dias, é sexta-feira, para minha alegria e acho que de boa parte da empresa, ou seja, apenas sábado e finalmente folga. Porém a rotina hoje foi diferente, era dia de ver como estava a senhorita Jane no hospital, era dia de visita, e sim, a srta Jane estava sob nossa observação, afinal eramos nós ajudando a seu cargo não cair. Tenho que comentar que ir a hospitais me da uma sensação um tanto estranha, todas aquelas pessoas de branco, o cheiro do ambiente, pessoas sentindo angustia e com esperança, agulhas, sangue... sangue, por aí vai... era uma sensação meio estranha, me recorda sobre essa vontade que eu sentia de algum dia fazer algo.. arriscado, mas também me faz pensar que pessoas não merecem doenças e acidentes e seja lá mais o que tenha as colocado naquele local. Pedimos informação da srta Jane, na entrada. Camila estava com uma calça jeans preta, e com uma blusa branca, eu vestia uma calça cinza e blusa preta, estavamos o tipico preto no branco, branco no preto. A mulher no balcão de atendimento insistia em dizer que não poderiamos subir porque não eramos da família, a menor tentou a todo custo convencê-la. Minha paciência se esgotou, então decidi jogar o famoso charme para cima da atendente.

- Senhorita, é realmente grave, viemos de longe para chegar aqui, porque os pais de Dinah disseram que podia ser grave, ficamos com tanto medo — olhei no fundo de seus olhos enquanto me debruçava sobre o balcão. — Nós somos praticamente irmãs, nos conhecemos desde a infância, seria muito importante para nós se conseguisse nos deixar vê-la. — mordi os lábios — por favor, senhorita, seriamos muito gratas, não é Camila? — fiz a cara mais atriz possível e a morena parece entender o que eu tento fazer.

— Sim, moça, por favor, nós estamos tão preocupadas. — Camila agarrou-se em meu braço enquanto fazia uma cara de choro. A mulher parecia pensativa. Então olhou no computador e disse:

- Dinah Hansen Jane, certo? A prima de vocês está no quinto andar, quarto 557. Façam uma boa visita. — disse enquanto colava os selos de visitante em nossas camisas.

— Muito obrigada, senhorita. Garanto que não irá se arrepender. — pisquei para a mesma e entramos no elevador antes que a mulher voltasse atrás. Aperto no 5º andar e duas pessoas entram e o elevador se fecha. No andar seguinte entram mais duas pessoas. Camila, ao meu lado toca em minha mão. Sinto um arrepio percorrer meu corpo com o simples toque.

— Ainda bem que conseguimos, não é? Quer dizer, você conseguiu. Jogando seu charme. — Ela semicerrou os olhos. E eu ri de sua reação redendo minhas mãos.

— Então quer dizer que eu tenho charme, cabello? — segurei em sua cintura, era mais fácil com o elevador já cheio. Dei uma leve puxada para mim, levantando uma sombrancelha e dando meu sorriso de lado.

— E-está enganada srta Jauregui, eu nunca disse isso. — balancei a cabeça e retirei minhas mãos dali, afinal agora o assunto é sério e se trata de uma colega de trabalho nossa. Troquei rapidamente a postura para uma séria e profissional, empática, diria.

Quando saimos do elevador, ao andar por todo aquele corredor, senti vontade de chorar. Acho que qualquer ser que se colocar no lugar de outro, sentiria. É tão triste ver pessoas em situações assim. E são diversas situações, cada tipo de história que possa imaginar para as pessoas que estão ali, algumas em estado grave e repousando, respirando através de equipamentos, outras com tubos, algumas com partes do corpo quebradas, outras mal conseguem se mover ou falar, há diversos casos tristes que se pode imaginar. E entre os casos tristes, há aqueles que estão internados há dias e não há sequer uma alma para visitá-los. Ninguém para conforta-los, ninguém para dizer que "você vai sair dessa, estarei ao seu lado vendo isso". É difícil demais, ver esse tipo de coisa, você sente vontade de visitar cada sala daquele hospital para abraçar cada um e conforta-los como puder. Há também a dor dos familiares vendo o sofrimento de alguem importante e sabendo que tudo que podem fazer é orar e ter fé e esperança de que irão se recuperar... Hospitais me deixam emotiva, é realmente difícil.

Engulo uma lágrima que insiste em tentar sair, e chegamos ao 557. Ouço Camila suspirar um "meu deus..." e pelo que parece é a moça loira e aparentemente maior que é Dinah Jane, em um estado realmente grave. Com a perna direita suspensa e engessada, com cicatrizes com pontos e só de pensar nisso sinto um arrepio pensando em como aquilo doeu. Ao seu lado, na outra cama, há uma mulher aparentemente baixa e loira, que não está em estado melhor que srta Jane. Provavelmente estava no acidente com a mesma.

— Dinah...- A morena pegou em sua mão. — Sou eu, Camila. — A loira abriu vagamente os olhos, com um olhar ainda perdido para a mesma. — Essa aqui é a Lauren, também do nosso trabalho. — Dei um "Oi" e forcei um sorriso, acenando.

Minha curiosidade foi para a mulher na cama ao lado, e havia um senhor acariciando a mão da mesma, que reconheci um pouco. E uma senhora acariciando sua face cicatrizada.

— É o sr. Brooke, dono do restaurante que nós vamos, juntamente com sua esposa, que está ao seu lado. — Camila sussurrou em meu ouvido. — Ela não está muito consciente ainda, assim como Dinah não aparenta est.. — foi cortada quando a mulher deitada segurou sua mão. — Ei, olha só quem está aqui.

— Camila.. e— a interrompi

— Lauren.

—Laura — ela forçou um sorriso. Eu e a menina ao meu lado sorrimos.

— Não podemos tomar muito tempo, só vinhemos ver como estava, vejo que está se recuperando aos poucos, isso é bom. — Dinah balançou a cabeça. — Se alimente bem mocinha, afinal eu e a bonita aqui estamos ajudando a te substituir, mas queremos que volte bem.

— Isso que ela falou e beba bastante água. — confirmei. Enquanto Camila se dirigia a cama ao lado.

— Como ela está?

— Recuperando-se aos poucos. Creio que em uns cinco dias estará melhor. Já estará firme e forte.

— É o que esperamos sra Brooke, melhoras Allyson, tchau senhor e senhora Brooke. — sussurrou para a menina que descansava. Dirigiu-se até Dinah. — Tchau srta Dinah, espero que melhore e fique bem o mais rápido possível. Te cuida, temos que ir senão sua tia nos bate.

- Tchau srta Dinah, prazer em conhecê-la. Melhoras. - sorri para a mesma tocando sua mão e saimos do local.

 

— Lauren, está tudo bem? — Camila me olhou já dentro do carro, no sinal, a caminho do Delevingnes.

— É, tá.

— Está mentindo.

— Não estou.

—Está.

— Okay, não está tudo bem.

— Aconteceu algo?

— É só que... ir naquele local me deixa triste. São tantas situações e tanto sofrimento que me da vontade de chorar, ir em cada quarto e abraçar cada um ali dentro. — senti uma lágrima escorregar, a maldita.

— Ei... Eu te entendo. Também fico mal vendo essas situações, acredite. Mas sei que se não segurar a barra fica dificil. As pessoas ali já estão sensível, nós que estamos indo vê-las, temos que estar fortes para acolhe-las, sabe? — Disse acariciando minha mão. Suspirei logo em seguida. — Tudo bem sentir empatia. Tudo bem ser humana nessas horas. — "mas eu não sou humana" eu pensava... O que ela disse era certo, de certa forma foi acolhedor.

— Você está certa... Obrigada por isso.

— Não tem que agradecer.

— Me deixou mais tranquila. Porque eu preciso ser forte por quem está lá dentro.

— Tudo bem chorar as vezes, isso não é sinal de fraqueza.

Nesses dias, temos passado ao menos 3 horas juntas diariamente, minha companheira de dividir trabalho substituto, tem se tornado realmente companheira. Digo, é bom sentir isso. Estamos nos tornando mais que apenas colegas de trabalho. Alguns dias eu ajo apenas como se fosse isso. Como se nunca tivéssemos nos beijado. Como se aquilo não tivesse mexido com minha cabeça. Como se as nossas conversas não me deixassem mais leve. Mas é só uma mudança de humor que acontece as vezes, ou o medo de me apaixonar... Porque se apaixonar por Camila Cabello não é difícil, pelo contrário. Então as vezes eu me escondo em um muro que crio para que isso não aconteça e no final das contas acabemos nos machucando como sempre acontece em romances da vida real. E porque sinceramente, não sei se outra pessoa além de mim mesma aguentaria meu caos. Eu mesma nem sei o que é o amor. Digo, o amor romântico.


Notas Finais


Enton galera, nossa lorenzinha de chaos tá curtindo a companhia da camila (quem não estaria não é mesmo), me ajudem que eu ajudo vocês, só uma motivação p ajudar né gente. Até a próxima (espero não ter ficado curto) xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...