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História Chapeuzinho Negro e o Lobo Bom - Como tudo termina


Escrita por: JessTommo

Notas do Autor


Olha eu aqui atualizando essa fic que estou adorando escrever!
Espero que gostem tanto quanto eu e, por favor, não me matem!
Boa leitura!

Capítulo 2 - Como tudo termina


Agosto de 2012

A chuva ricocheteava nas enormes árvores com extrema força, as grossas gotas caiam sobre o chão formando buracos na terra fofa, a floresta fechada ao lado da vila já começa a se alagar e, por culpa do vento, as folhas dançavam de um lado para o outro junto aos galhos finos.

Mabelle corria ora desviando de um buraco no chão ora se abaixando dos galhos dançantes, seu corpo todo tremia de cansaço e de frio e sua camiseta antes clara como a neve agora se parecia com a coloração das árvores que a cercava.

A chuva não dava trégua, o vento zunia em seus ouvidos e pouco mais atrás Joshua gritava por seu nome. O jovem corria rápido, conhecia a floresta como a palma de sua mão, sabia exatamente onde pisar para desviar dos buracos, os galhos que acertavam seu peitoral nu e o rasgavam pouco a pouco parecia não o incomodar. Seus cabelos encharcados grudaram sobre os olhos e testa dificultando sua visão, a bermuda velha e amarelada, por conta do serviço braçal que fazia todo dia, pendia sob a cintura deixando a mostra sua cueca vermelha.

– MABELLE! – o grito rouco e incrivelmente alto ecoa pela floresta fazendo com que alguns animais que se escondiam da chuva ali perto saíssem correndo e em revoada assustados. Não foram os únicos.

Mabelle que corria a frente se assusta e tropeça na raiz de uma árvore, o baque que seu pequeno corpo faz ao atingir o chão e o grito esganiçado de dor que solta faz Joshua correr ainda mais chegando ao seu amparo em míseros segundos.

– Vá embora Joshua! – ela reluta perante as mãos calejadas que tentam a levantar e com um galho caído ao seu lado acerta a perna de Joshua fazendo-o cair também. – Não complique as coisas, vá embora.

– Você sabe que não vou, Mabelle. – respirando fundo em busca do ar que perdeu na corrida ele puxa os incômodos fios de cabelos dos olhos. – Por favor, não fuja de mim, não vá embora. – ele segura ambas as mãos de Mabelle e as leva aos lábios levemente roxos de frio e as beija. – Vai ficar tudo bem eu prometo.

– Não vai ficar nada bem! – ela grita e recolhe as mãos fechando-as com força. – Como pode ficar tudo bem, Joshua?! Eu tenho que te matar esqueceu? – ela mesma se assusta ao perceber que salgadas lágrimas rolavam por seus olhos se juntando as gotas de chuva. – Eu tenho que te matar... – o sofrido sussurro é parcialmente encoberto pelo ensurdecedor som da chuva.

– Você não precisa, você pode desistir, é um trabalho Mabelle, você pode recusar quando quiser. – ele argumenta numa quase súplica. – Se você não quiser me matar você não precisa.

– Entenda Joshua, nada é tão simples quanto parece! – ela leva os dedos ao cabelo os desgrenhando em desespero. – Eu não posso simplesmente desistir.

– Eu sei que você não quer me matar, Mabelle. – a confiança que Joshua carregava nos olhos era perturbadora, nem mesmo Mabelle podia dizer se queria ou não matar Joshua, estava tudo tão confuso para ela. – Vamos voltar para a cabana, Mabelle, você está tremendo de frio.

– Eu não vou voltar com você! – ela o empurra e volta a correr, não tão rápido quanto antes devido à dor em seu tornozelo. – Vá embora Joshua! – se debate para escapar dos musculosos braços do rapaz.

 – Eu vou, mas você vai junto! – ele passa os braços pelos joelhos da menina jogando-a sobre os ombros e corre em direção a sua pequena cabana enquanto Mabelle soca suas costas em uma vã tentativa de escapar.

Joshua corria a consideráveis minutos, seus pés já doíam e Mabelle ainda tentava escapar. A cada passo que o rapaz dava parecia que a cabana se afastava, a chuva ficava mais forte e fria e Mabelle mais pesada em suas costas. Estava cansado, machucado e principalmente magoado. A dor física era como cócegas se comparada à emocional, nunca imaginou ser traído dessa forma. Ingênuo, sempre confiando demais nas pessoas, quando ele iria aprender que nem todos têm um bom coração como o dele?

Quando finalmente parou frente sua cabana e esticou a mão para abrir a porta, ele riu de sua própria desgraça, como poderia ser tão idiota assim? Seu rosto se contorcia enquanto ele segurava o choro, não, ele não era tão fraco assim e ela não poderia ser tão vadia com ele. Talvez, mas só talvez, tenha algo bom dentro dela. Talvez ele possa fazê-la mudar de ideia. Talvez ela possa corresponder a seus sentimentos. Claro! Talvez ela o ame também!

Joshua sorri com seus pensamentos, claro, isso seria incrível, afinal quem não sonha em ter um amor correspondido?

– Nem pense em correr. – ele avisa. As palavras levemente tremidas por conta de seus dentes se chocando pelo frio. Mabelle para de se debater assentindo a ordem do garoto, ela estava cansada demais para tentar correr e queria apenas se livrar do frio que fazia seu corpo todo chacoalhar e, claro, se livrar também de todos seus problemas, indecisões.

Assim que seus pés tocam o assoalho de madeira ela geme, seu tornozelo doía, maldita árvore! Maldito Joshua!

– Acho que torci meu tornozelo. – choraminga. Joshua a senta na velha cadeira, ao lado do fogão a lenha que bruxuleava, antes de se virar para ela e tratar o tornozelo machucado, ele coloca uma panela grande para esquentar água.

– Bem feito! – ele zomba e ri ao notar a cara emburrada que Mabelle faz. – Isso é castigo, sua mãe nunca lhe ensinou que “aqui se faz aqui se paga”? – ele torna a rir agora acompanhado da pequena loira a sua frente. – Deixe-me ver, sim? – ele pede se ajoelhando e toma o pé de Mabelle com cuidado.

Lentamente deslizada o zíper da bota de Mabelle até finalmente abri-la, retira o aparelho celular encharcado e a faca firmemente presa a seu suporte. Guarda ambos sobre a pequena mesa de madeira que ele mesmo se aventurou fazer e volta sua atenção ao ligeiramente roxo e inchado pé da menina, aperta-o com delicadeza e o vira de um lado para o outro, Mabelle resmunga de dor e tenta se livrar da tortura.

– Quieta Mabelle! – exclama segurando-a firmemente, puxa a barra da calça jeans dela para liberar totalmente o tornozelo e a solta para alcançar uma de suas camisas jogada no canto da cabana. – Por hora vou enfaixá-lo, quando a chuva passar vá até Yorkshire e procure um médico, tudo bem? – os grandes olhos cor de avelã dela faiscaram em direção ao rapaz de cabelo escuro, Mabelle adorava ver a forma que ele se preocupava com ela, Joshua certamente não merecia estar em sua lista. Claro que não! Ele não faria mal a uma mosca sequer, mas como duvidar de todas as provas? E às vezes em que Joshua desapareceu e aquela besta assassina misteriosamente matou todas as criações dos ricos fazendeiros? Não, simplesmente não tinha como ele ser tão inocente assim, porém ele não teria culpa, não é mesmo? Quero dizer, quando se torna uma besta como essa não se deve ter controle de suas ações ou mesmo lembrar-se de algo depois, não é? – Mabelle você ouviu o que eu disse? – a voz suave e carinhosa de Joshua a tira de sua linha de pensamentos, ela balança a cabeça negativamente e ele sorri. – Pedi para tentar ficar em pé, precisa tirar essa roupa e se limpar. – seu tornozelo já estava devidamente enfaixado, apertado e bem amarrado. Mabelle sorri e com a ajuda de Joshua se põe de pé com facilidade, a água começa a borbulhar dentro da panela e Joshua a retira do fogo deixando-a em um canto.

– O que vai fazer? – os olhos de Mabelle se estalam assustados quando Joshua lentamente se aproxima de sua blusa a puxando pela barra. – Eu sei tirar minha própria roupa, Joshua! – ela exclama dando dois passos pra trás, seu pé lateja e ela resmunga vencida.

– Shiu... – ele deita o dedo indicador sobre o lábio arroxeado de Mabelle fazendo-a se calar. Torna a segurar a barra da blusa molhada e a puxa calmamente, espera ela levantar os braços para passar a blusa por eles, e assim que termina solta a blusa que cai pesada sobre o chão.

Ambos os olhares não se desviavam, os enormes olhos azuis de Joshua buscavam qualquer sinal de sentimento dentro dos cor de avelã de Mabelle, era frustrante, nada além do desejo brilhava ali. Tudo bem, ele pensa, talvez esse seja seu carma, amar um demônio sem coração. Ele se perguntava por que justo ele, o que ele havia feito de mal para isso acontecer? Nada, sempre fora honesto, prestativo, disposto a ajudar... Novamente ele ri, oh doce desgraça!

Com pressa Mabelle busca os lábios trêmulos dele e inicia um beijo cheio de desejo. Como era bom ter os lábios dele contra os dela, trazia uma sensação de paz, enquanto tivesse os lábios e corpo dele colados ao dela tudo ficaria bem, nenhum mau os assolaria. O beijo era quente e contrastava com a temperatura de seus corpos, as mãos dela abriram com rapidez a bermuda dele que escorreu calmamente até o chão, logo sua calça jeans fazia o mesmo caminho, com um pouco mais de dificuldade por ser justa, apenas segundos haviam passado e ambos trajavam apenas suas roupas intimas. Era sempre assim, bastava um beijo e suas mentes se esvaziavam, eles eram movidos pela luxúria, não deviam se envolver assim, eles sabiam disso, era arriscado, perigoso, eles deveriam ser inimigos, mas dormiam juntos. Ah como é delicioso o gosto do errado!

Afobados eles se jogam sobre a cama que range em protesto, Mabelle senta sobre Joshua e mexe o quadril o provocando, o rugido que escapa da boca do garoto a deixa ainda mais excitada. Ela leva as mãos com presa e abre o sutiã deixando-o cair no chão como uma pena silenciosa, um trovão estronda do lado de fora da cabana e a chuva parece triplicar de intensidade. Os longos dedos de Joshua atacam a pele fina dos seios de Mabelle sem pudor, os massageando e beliscando os sensíveis mamilos, fazendo-a arfar e se curvar em uma súplica silenciosa. Durou pouco a diversão do garoto, Mabelle gostava de dominar e nunca perderia a chance de ver Joshua submisso aos seus caprichos, sem cuidado algum ela prende os pulsos dele sobre a cabeça e abaixa até ter os lábios do garoto preso entre seus dentes em uma mordida nada agradável, mas muito excitante.

– O que você quer Joshua? – ela rosna de forma provocante quando o garoto se debate sob ela tentando soltar suas mãos. – Fala pra mim o que você quer bebê... – morde o lóbulo dele com força e rebola com calma forçando suas pélvis, Joshua geme frustrado e tomba a cabeça no velho travesseiro, Mabelle era melhor e muito mais experiente que ele e o vencia facilmente na cama. A verdade é que Mabelle o vence facilmente em qualquer situação. Ela era seu ponto mais fraco, era seu podre, seu problema deliciosamente perfeito e sufocante.

– Não me provoque... – ele implora ao sentir suas pélvis se esfregando com força, seu membro já quase estourando as barreiras de sua box vermelha. Mabelle ri malvadamente e continua a friccionar seu corpo contra o dele. – Só, por favor, termine com isso logo... – ele se rende, sabia que ela não pararia com a tortura, mas ele até gostava disso, mesmo que não admitisse, seu lado masoquista e submisso adorava quando Mabelle o torturava. E no fim a recompensa era muito melhor.

Mabelle solta as mãos de Joshua e antes que ele possa fazer algo ela crava suas unhas curtas em seu abdômen, causando uma calorosa sensação dolorida. Ela escorrega calmamente pelo corpo do garoto, seguindo a lenta descida que suas mãos faziam na barriga dele deixando um grosso e ardente vergão sob cada unha cravada ali. Joshua ofega quando as mãos de Mabelle param brevemente no elástico de sua cueca e logo continua sua descida levando junto o pedaço de pano vermelho, o membro ereto do rapaz pula para fora como um sobrevivente de um afogamento buscando por ar. Os olhos de Mabelle brilham perversos e Joshua se retorce na cama sabendo o que aconteceria a seguir. Onde está o autocontrole quando se precisa dele?

Os dedos finos e compridos de Mabelle circularam a base do reluzente membro de Joshua e apertou fazendo-o soltar um murmuro incompreensível. Com calma subiu por toda extensão e mais lentamente ainda desceu, de novo, de novo e de novo. Subindo e descendo, subindo e descendo... Joshua já apertava os amarelos lençóis de sua cama de madeira bruta na vã tentativa de achar seu autocontrole, mas, ah, ela sabia o que estava fazendo, e o fazia magistralmente!

O rapaz apertou os olhos em espanto quando sentiu o interior quente da boca de Mabelle o acariciar calmamente, era enlouquecedor! Ela nunca havia feito isso antes. Aquilo era novo para ambos, Mabelle também experimentava pela primeira vez a deliciosa sensação de ter um pênis em sua boca, e se soubesse que se sentiria tão completa e satisfeita teria o feito antes. Ou, talvez, se sentia assim por ser Joshua o dono do membro que ela sugava com força, acariciando cada centímetro com a língua. De qualquer forma não tinha como saber o real motivo daquilo ser tão bom, o máximo que podia fazer agora era o empurrar até o fundo da garganta e o deslizar para fora de maneira calma e apertada por seus lábios.

A mão de Joshua puxa os cabelos de Mabelle fazendo-a se afastar de seu novo passatempo, o olhar que ele lançou para ela a fez entender o porquê daquilo, ele estava vermelho, suor escorria por sua testa e os músculos fortemente comprimidos. Ele não aguentaria muito tempo aquela nova e maravilhosa forma de receber prazer sem se despejar dentro da garganta dela.

Mabelle leva a mão de Joshua até o fino elástico de sua calcinha preta, sorri para ele e sacode a cabeça afirmando. Em milésimos o tecido se transformou em trapos. E sem aviso algum o membro de Joshua invadiu Mabelle, fundo, muito fundo. O fogo pairou no ar, então os movimentos fortes e rápidos se iniciaram, era assim, eles simplesmente não conseguiam se amar calmamente. Era sempre bruto. O que rendia belas marcas roxas no corpo de Mabelle no dia seguinte.

As mãos firmes de Joshua na cintura de Mabelle a ajudavam a subir e descer com força e rapidez, os pés dela a impulsionando para cima também eram de grande ajuda. Seus corpos se chocavam com força fazendo um estrondo ecoar pela pequena cabana, a chuva do lado de fora parecia agora seguir o ritmo seus movimentos, ou eles a usavam como música para essa louca e excitante dança. A cama rangia e batia contra a parede de madeira em protesto aos movimentos árduos que eram feitos sobre ela.

Mabelle, pequena demais, parecia um brinquedo preso entre os grossos dedos calejados de Joshua, ela subia e descia em uma rapidez que era difícil contar cada um de seus movimentos. Podiam ser três por segundo, ou vinte por milésimo, era realmente rápido. Ela gemia, Joshua gemia, a chuva gemia e a cama urrava sob seus corpos. Era barulhento, excitante e perigoso demais. Mesmo com a forte chuva do lado de fora qualquer um poderia passar ali e escutar os gritos prazerosos de Mabelle, mas isso era a última coisa que passava pela cabeça de ambos.

Algo brilhou sobre a mesinha ao lado da cama e chamou a atenção de Mabelle. Sua faca. Parecia gritar: “Me pega e me usa, agora, esse é o melhor momento!”. Mabelle sacolejou a cabeça fazendo seus cabelos molhados, pelo suor e pela chuva, gotejar sobre o peito quente de Joshua. Os movimentos eram ainda mais intensos, a cama protestou mais alto e Mabelle jurava que ela ruiria a qualquer momento. Ambos se tocavam brutalmente, buscavam a liberação como animais no cio, estavam no mais irracional estado de êxtase.

Novamente a faca brilhou sobre a mesa, Mabelle pousou seu olhar ali, Joshua a acompanhou sem parar os movimentos. Ela voltou a olhar o rapaz bronzeado sob ela, ele suplicava por algo que ela pensava não ser capaz de dar, ele suplicava por misericórdia. Ela sabia que ele não merecia morrer, mas ela seria capaz de deixá-lo vivo? Acho que a pergunta certa é: Ela seria capaz de matá-lo?

Seu coração palpitou, ela fechou os olhos e flashes dos momentos partilhados com ele vieram em sua mente. Risadas, beijos, carinhos, sexo, sexo, sexo... Seus olhos se umedeceram, ela esticou a mão e alcançou a faca. Incerta ela a empunha com perfeição, a centímetros do pescoço de Joshua que a encarava nos olhos.

Seus corpos ainda se chocavam, ambos estavam próximos de alcançar o ápice. Sobe e desce, sobe e desce, sobe e desce. Mabelle geme e sente seu corpo se relaxar, mesmo assim não para os movimentos, Joshua estava próximo, muito próximo. E ele ainda a encara nos olhos, buscando a resposta que o assustava. Ela o mataria? Seu corpo se tencionou e relaxou com seu longo urro. Ele se despejava calmamente dentro de Mabelle.

Os olhos de Mabelle faiscaram, era agora, ela se decidira. Joshua sabia sua decisão e não tinha mais medo. A faca toma distância do rapaz e reluz sobre a luz das velas. Um trovão ecoa por toda a cabana. Mabelle choraminga.

– Eu não posso fazer isso. – ela resmunga apertando a faca.

– Eu sei... – responde Joshua de olhos fechados.

[...]

I knew you were trouble when you walked in

Trouble, trouble, trouble...


Notas Finais


E ai? O que pensam que acontece? Mabelle o mata? O deixa viver? Mabelle se mata? Mata ambos? Faz um chacina na pequena vila? Façam suas aposta, joguem a dinheiro e me deixem muitos comentários!
Beijos, domingo tem atualização de Pleasures, pelo menos vou tentar atualizar...


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