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História Chapeuzinho Negro e o Lobo Bom - O acordo


Escrita por: JessTommo

Notas do Autor


Olha só, quem é vivo sempre aparece! Depois de quase quatro anos eu volto sem vergonha nenhuma na cara para compartilhar com vocês mais um capítulo dessa história.

Essa é uma história muito cobrada por uma pessoa importantíssima da minha vida e eu não podia deixá-la sem esse presentinho, então, bebê, eu espero que você goste do capítulo e dos próximos!

Caso tenha alguém por aqui, espero que gostem e boa leitura. Beijinhos da titia Jess Xx

Capítulo 4 - O acordo


Quando Mabelle recebeu a ligação do prefeito do pequeno vilarejo no interior de Yorkshire ela havia acabado de finalizar um trabalho, ainda tinha as mãos sujas de sangue quando o atendeu e ouviu a voz suplicante do outro lado linha lhe pedir para matar um lobisomem que estava destruindo a pequena vila. 

Ela o achou louco quando o ouvira por telefone, mas agora, enquanto falava com ele pessoalmente, depois de viajar por tanto tempo até o local, ela tinha certeza de que ele não era mentalmente lúcido. 

― Você realmente quer me fazer acreditar que um dos jovens moradores dessa vila se transforma em uma criatura lendária e fictícia? ― Mabelle não consegue acreditar que realmente se enfiou no fim do mundo por causa de uma loucura, estava raivosa e não escondia isso. ― Quando você me disse ao telefone que precisava da minha ajuda para matar um lobisomem eu te achei maluco, mas aceitei acreditando que estava falando metaforicamente ou que era apenas um apelido. Mas não, você está falando de um lobisomem de verdade, com direito a lenda do sétimo herdeiro e todo o resto! ― ela ri de escárnio, desacreditada. ― Se me der licença, eu tenho um trabalho de verdade para fazer. 

― Não, espere! ―  o homem baixinho e rechonchudo se exaspera ao vê-la pegando sua mochila para se levantar e a impede se colocando em pé. ― Não é só uma lenda, já perdemos criações inteiras de gado, todas foram encontradas destroçadas, ouvimos seus uivos a noite e alguns juram de pés juntos o viram correndo a noite. ― ele a encara pedinte, com os olhos brilhando em desespero com a ideia de perder sua única opção do momento. ― Meu medo é que ele passe a atacar as pessoas, eu sou o prefeito fui escolhido para cuidar desse povo, é meu dever defendê-los.

― Eu definitivamente não me importo, de verdade. ― ela passa por ele após respirar profundamente criando coragem para toda a caminhada de volta. ― Boa sorte com esse problema, eu estou indo.

― Eu dobro o valor inicial da oferta! ― a proposta é quase gritada, mas atinge Mabelle em cheio, a faz parar antes de alcançar a porta de saída do simples gabinete do prefeito. ― Eu falo sério quando digo que você é minha última esperança no momento, eu dobro o valor se você fizer o serviço.

― Agora estamos falando a mesma língua. ― ela volta a se sentar de frente para ele, cruzando as pernas e se debruçando sobre os cotovelos para o encarar de perto. ― Mas vamos supor que eu aceite e seja realmente um lobisomem ― ela se sente idiota no mesmo segundo que as palavras deixam sua boca, mas prossegue mesmo assim. ―, como vou matá-lo? Tenho experiência com pessoas, não com bestas assassinas que sequer acredito que existem.

― Lobisomens só se transformam nas noites de Lua cheia, você o atacaria na sua forma humana, como já está acostumada a fazer. ― ele explica tranquilo, ciente de que a proposta é tentadora demais para a jovem recusar.

― Certo, e já que vocês sabem quem é o humano por trás da aberração porque não o matam vocês mesmos? ― Mabelle é arisca e muito astuta, não lhe passou despercebido que todos os homens que viu na pequena caminhada até o gabinete eram todos fortes como grandes lenhadores ou caçadores, certamente podiam lidar com uma única pessoa, algo não fazia sentido na história.

― Ele é um jovem muito querido por aqui, ninguém teve coragem de aceitar esse serviço. ― ele diz simplista como se contasse sobre a chuva que formava do lado de fora. ― Eu mesmo não teria coragem se tivesse a força necessária, todos o amamos muito por aqui.

― Mas me contratou para matá-lo. ― ela pontua maldosa, deixando o mais velho sem graça. ― A hipocrisia não é uma virtude senhor prefeito. 

― Estou fazendo isso por um bem maior! ― ele se exaspera novamente, perdendo a compostura na frente da jovem. ― Mas e então, você aceita ou não?

― Eu aceito o trabalho, mas saiba que eu vou apenas matá-lo no entanto a culpa da morte dele será única e exclusiva sua. ― o prefeito engole seco e evita fazer qualquer apontamento sobre isso, se limitando a procurar algo dentro de suas gavetas. ― Não quero saber de parte burocrática por hoje, vou descansar e amanhã te procuro para que me mostre uma foto e me fale mais sobre a vítima.

― Temos um acordo! ― se levanta ao mesmo tempo que a jovem e a acompanha até a porta.

― É claro que temos. ― Mabelle diz e se retira da sala.

 



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