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História Charles XVII - Fim!


Escrita por: Guih-Monteiro

Notas do Autor


Espero que gostem, ignorem os erros de português, cuidado com as linhas temporais.
Boa leitura!!

Capítulo 1 - Fim!


Seculo XVII. d.c.
Em algum lugar proximo a costa da Carolina do Norte.

Dia 30 de outubro.

A lua estava alcançando seu apce, tornando o brilho prateado das bordas das nuvens em um brilho rubro, a lua de sangue surgia.
O vento chicoteava entre os galhos das arvores, deixando um rastro de folhas verdes,  secas e faiscas de fogo sobre o ar, como se as mesmas estivessem dançando, em um ritmo macabro e sombrio.
A pequena colonia, feita de pedras, madeira e palha estava lutando freneticamente contra o fogo, mais da metade das casas ja haviam se transformado em uma pilha de escombros e carvão, até mesmo a antiga igreja e as duas casas maiores e principais da pequena cidade, a dos fundadores, os Morrison's e os Whites, foram as primeiras a abraçar o chão de barro e lama, possivelmente foram as primeiras a arderem, por sorte ou azar do destino, mais da metade dos moradores do pequeno vilarejo estavam ocupados demais no julgamento de três pessoas suspeitas de praticar bruxaria, que foram detidas na noite de ontem, em meio ao floresta, o restante tentava desesperadamente apagar as chamas, salvando objetos pessoais ou ajudar os demais presos nos escombros.
O caos reinava entre a gritaria.
A colina junto com a floresta encobriam o clarão causado pelo incendio desgovernado, as execusões ou julgamentos, costumavam serem realizados em meio a praça principal, em frente a antiga igreja porém após o incidente com a escrava Bartalinie, o local foi mudado para proximo ao cemitério, que ficava também proximo ao penhasco, onde os cadaveres dos chamados indigentes ou blasfemicos eram jogados em uma vala aberta para apodrecerem. Foi construida uma nova igreja, no local, para que sempre houvesse alguem de olho nos tumulos dos mais 'ricos', e não houvessem furtos de cadaveres, praticamente identica a não ser pelas portas, a da antiga são quadradas ja as da nova ovalais.
Era dificil escutar qualquer coisa além dos murmuros de dor e os berros de ofensas, Sr Angus Morrison, estava com um sobretudo preto, apontando seu dedo rechonchudo com uma mão e balançando uma biblia com a outra, seus olhos fundos azulados, se destacavam entre sua barba cinzenta e longos cabelos desgranhados pretos, sua pele enrrugada carregava diversas cicatrizes, provavelmente das caçadas ou construção da vila, cerca de cinquenta pessoas faziam parte do julgamento, metade dos habitantes estavam la segurando suas tochas para apreciar e ver melhor ao grotesco show, outra metade estava ali para 'orarem' pelas almas que supostamente estava nas mãos do diabo.
Em frente a igreja haviam montado três palanques, o primeiro montaram uma base , um pira, o segundo haviam montado uma especie de quadro gigante com cordas dependuradas, e o terceiro uma forca.
- Vocês foram estam sendo acusadas de bruxaria, de compactuar com o diabo! - exclamou Angus com fogo nos olhos.
- bruxas! Morram! Queimem em nome do santo deus! - alguns gritavam um por cima do outro, quase impossivel de destinguir as vozes.
- solte me! Eu sou inocente! - gritou o homem que estava parado ao lado do que parecia um quadro, seu rosto estava sujo de sangue e terra, com varios hematomas, um de seus olhos nem abria, de seu nariz quebrado pingava uma mistura de ranho e sangue, ele estava gemendo sem parar, mal conseguia respirar sem tossir luvadas respingos de sangue, seu cabelo curto e loiro apresentava varias falhas, provalvelmente pela forma que cortaram suas longas madeixas.
- Inocente?! - Argus riu. - você foi pego junto com essa mulher e esse homem fornicando! Fazendo rituais! Assuma! - algumas pessoas jogaram algumas verduras podres - carrasco amarreo! - ordenou ele com um gesto para o senhor com cartola e mascara de couro, o mesmo cumpriu as ordens, amarrando cada membro em uma extremidade do quadro de madeira, o homem se rebateu no primeiro palanque um pouco mais, como uma minhoca em um anzol, mas foi amarrado. Angus apontou para o segundo palanque, a pira, uma mulher de cabelos longos e negros foi amarrada a um tronco, seus olhos eram azuis, mas pareciam brancos como se não houvesse vida, sua boca estava inchada possivelmente algum soco, ela não disse nada, nenhuma palavra desde que fora aprisionada, parecia ter aceitado seu destino, todos usavam um roupão de trapos marrom.
- Você bruxa se diz culpada? - ele olhou com um olhar superior como de desaprovação, ela se manteve em silencio com o rosto abaixado.
- Eu!!!  - o terceiro gritou enquanto encarava a forca com um sorriso desdentado de orelha a orelha, seus olhos castanhos tinham um brilho prateado, nariz pontudo e torto, careca, com uma barba ruiva, rosto sujo e sem o braço esquerdo, aleijado.
- Você assume seu pacto?!- olhou curioso para o estranho cara.
- Sim... Sim.. - sua voz era forte e firme, mesmo na presença de dor.
Fazendo o mesmo jesto, Argus pediu para o carrasco colocar a corda em volta de seu pescoço dele.
- Caros habitantes de White Village, estas são as maçãs pobres que trouxeram a praga e a fome para nossa vila santificada!!
- blah.. Blah blah!!!!.. - a voz do homem da forca mudou, afinou, chegando a  parecer dupla, uma mistura de sons animaliacos e sua voz ardida. Todos que estavam em voltados palanques calaram-se por imediato. - Euu!!! - rosnou, revirando os olhos para os outros dois condenados, e  como se não estivessem lá, calaram se. - Sou o unico fruto bom... Tirado desta terra amaldiçoada!!
- Cale se bruxa!! - Ordenou Argus..
- Bruxa?- o homem gargalhou então como uma coruja virou seu pescoço em 220 graus, e voltando causando estralos altos nos ossos, Argus e os demais arregalaram os olhos de medo. - Malditos puritanos tolos!! - suas gargalhadas pareciam ser acompanhadas por um barulho que remete a um felino grande.
- Queime em nome de Deus! - gritou umasenhora da multidão.
- Vocês iram queimar em nome dele!! - ele gargalhou denovo.
- Besta imunda eu te purifico em nome de Deus!
Logo após as palavras de Argus o carrasco puxou uma alavanca, então em plena gargalhada o homem despenca com força, o barulho de um galho sendo quebrado, seu pescoço, o homem se debate como um peixe fisgado, então  o silencio, a urina escorre entre suas pernas e faz uma poça de agua a poucos centimetros de seu pé.
Argus trocou rapidamente seu espanto por uma feição de prazer, e um sorriso quase que demoniaco, os habitantes pareciam compartilhar da mesma sensação que seu lider.
- Sou como a erva daninha!! - gritou o jovem ruivo espancado, sua voz era a mesma do que o primeiro homem.- Corte que eu retornarei mais forte!! - ele gargalhou.
- Vejam!!- exclamou Argus com odio nas palavras - Demonios, bruxas, infieis!!!
- Não se esqueça dos pagões!!! - gritou agora a jovem mulher de cabelos longos presa ao tronco, com a mesma voz que o loiro, ambos começaram a falar juntos, como uma só voz pertubaforamente estranha.
- Os mesmos pagões que voces massacraram aqui... Para colonizar esse pedaço de merda!
- Blasfêmia!!! Demonio!!! - gritou um dos homens na multidão.
Os demais camponeses ficaram observando de olhos arregalados e boca aberta.
- ah ah ah... Vocês matam... Mutilam... Roubam... Estrupam.. Tudo em nome de um misero Deus que não liga para vocês ... Macacos sem pelos!!!- ele gargalhou.
- existe coisas nesse mundo que vocês homens ignorantes jamais consiguiram entender! Sou apenas um pião como vocês - Argus transitava de um lado ao outro, seus olos expressavam puro odio.
- Não escutem o demonio... Ele fara de tudo para que deixemos nossa santa terra prometida..
- essa terra é maldita!!
Argus fez um sinal com a cabeça, então o carrasco  empurrou dois pedregulhos grandes, que estavam amarrados nos membros, as pedras pesavam o dobro dele, a cada centímetro que elas dessiam, podia se ouvir o som dapele rasgando e ossos quebrando, seus braços e pernas ja haviam esticado cerca de 10 cm, ele por incrível que pareça continuou com o sorriso cintilante.
- arranque os braços, as pernas ,a cabeça!!! - eles gargalharam em sincronia. - o coração se você quizer caro Argus... Mais uma coisa eu lhe digo...
O jovem foi interrompido pelo som de sua pele rasgando, e ossos quebrando, então em segundos o sangue rubro e expesso, começou a sair pelos cortes, que viraram rasgos, suas arterias expostas esguicharam sangue por alguns metros, braços e pernas cada para um lado, e como um springers rega as flores, os curiosos foram regados, a voz grotesca do endemoniado loiro começou a falhar, até que seus grunidos de dor se tornaram silencio, os gritos das mulheres, e dos homens de espanto e horror,  dominaram o local, Argus ficou petrificado, enquanto sangue espirrava em sua boca.
A jovem deu uma gargalhada, que rompeu a histeria, algumas mulheres correram devolta para a vila.
- Me queime!!! - a jovem gritou com sua voz normal, aquele grito trouxe devolta a sanidade de Argus, o corpo do jovem loiro ja estava quase seco.. sem sangue, apenas gotejava agora.
- Mary.. - sussurrou ele para si.
- Gustus... - os olhos da jovem direcionaram para Argus, tornaram a ganhar cor, um  verde claro - eu não vou conseguir det.. - ela grita, o vazio a toma, um sorriso demoniaco destorcido surge.
- Maldito seja você demônio!!- exclamou Argus - em nome de Deus eu bano você!!!
- Eu queimarei mas levarei junto sua preciosa vila maldito herege!! - ela gargalhou, enquanto ele pegava uma tocha de um dos puritanos.
- Eu lhe bano demonio em nome de Deus!!! - ele joga a tocha então as chamas se propagam pela banha nas palhas, e como um palito de fosforo, o tronco arde em chamas.
- Eu rogo e conjuro, aqui eu sepulto - a jovem gritou com sua voz destorcida de dor - sou o espírito o obscuro!! o deus!! - outro grito - esse planeta é apenas mais um!!
- Pai!! - um grito jurge por traz da multidão, um garoto loiro de cerca de nove anos atravessa a multidão, seu rosto estava sujo de carvão.
- Charles!!! - Argus se jogou em cima do garoto.
- A villa esta pegando fogo!!
A jovem berra de dor, podia se ouvir os estralos da palha e da carne dela queimando.
- Morra demonio!! - Argus se virou para o povo que ja corria pela trilha - todos vamos! Temos que salvar nosso lar!!
- Charles... - a jovem sussurrou, o garoto que corria de mãos dadas com Argus, ele olhou para traz, viu os três palanques, e em destaque a pira e os ultimos gritos da jovem que mais estava completamente carbonizada. - Venha!!
Ele soltou a mão de seu pai, e lentamente caminhou, parando a cerca de dois metros das chamas, como se estivesse hipnotizado.
- Charles!! - Argus voltou correndo em desespero.
- Meu sangue seu sangue, sua hipocrisia sua perda... - Charles deu dois passos a frente, Argus correu proximo dele e antes que ele o toca se, o chão aos seus pés se tornou uma água suja, ele caiu em uma especie de fossa, o mergulhando ate a cintura. - torno Charles o ponto a conecção.. - o garoto parou a poucos passos da jovem em chamas.
- Charles!!!!. Charles!!!..- Argus tentava inutilmente chama lo, e sair da armadilha grudenta.
Quando o garoto emplode em uma bola de fogo, a jovem da sua ultima gargalhada, e Charles suas ultimas palavras.
- Pai socorro!!
As chamas apagam, somem junto com Charles, deixando em seu lugar uma gosma negra, que parece uma mistura de piche e agulhas, e o cadaver carbonizado da jovem.
- Charles!!! Não!!!! - Argus em panico consegue sair do buraco que estava se solidificando, ele ajoelha em frente a gosma negra e mergulha suas mãos nela. Já não havia mais nada a ser feito.



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