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História Chase - Mourn


Escrita por: Happy-End

Notas do Autor


Oi ^^ agora que a história começa de verdade. Espero de gostem e desculpem os erros.

Capítulo 2 - Mourn


                          1 ano atrás
                        24 de Janeiro

- Hanbyul! - Berro rindo.

Hanbyul estreita os olhos sorrindo - Oppa mas você é mesmo gay não é? Admita!

Sinto minhas orelhas esquentado e minhas bochechas ficando mais vermelhas.

- Não sei porque eu te contei isso.

Hanbyul sorri ainda mais, agora dando alguns pulinhos como uma criança que comeu açúcar de mais.

- Hanbin, você achou seu sunbaenim bonito. E ficou vermelho falando disso!

- Eu não estou vermelho. - Digo dando os ombros - E também não sou gay

-Hanbin você é um mentiroso. Seu sunbaenim é um homem, ou seja, você é gay.

- Não é assim.- Bufo, virando de costas para ela e voltando a lavar a louça -  Achar alguém bonito não quer dizer que você goste dessa pessoa. Eu admiro muito o meu sênior e eu disse que ele deve fazer sucesso com as mulheres por ser bonito. - A ouço dar um aqueles suspiros que sempre faz quando vê seus casais nos dramas - Você é muito nova para entender essas coisas.

- Eu tenho 15, senhor sou-um-idoso-de-18-anos. E achar alguém bonito é igual a ter interesse.

- Você anda vendo dramas demais.

Não preciso me virar para saber que ela está com a cara amarrada e os braços cruzados na típica posse de eu-sei-mais-que-você que sempre dá quando está emburrada, o que se não acontecesse com tanta frequência seria completamente fofo.

- Você é tão chato. Não coloque meus dramas no assunto.

Termino de lavar a louça e sorrio para ela, o que a faz me devolver um dos seus sorrisos radiantes.

- Ok, ok. Mas suas notas caíram. Pensa um pouco na sua faculdade porque seus oppas não vão casar com você e te sustentar. - sinto minhas costas queimarem com um olhar cheio de raiva que ela me lança, o que só faz rir mais - Eu também não vou.

-Oppa! A faculdade está tão longe.. eu preciso me divertir um pouco também certo?? - Hanbyul pula em minhas costas e eu a seguro antes que caia - Ceeeeerto Hanbin?

- Sai dai Hanbyul, você engordou e minhas costas não são se ferro, então sai logo.

As vezes eu penso que não criei essa menina direito pela quantidade de suspiros, bufos e resmungos que ela é capaz de fazer em tão pouco tempo.

- Para de bufar. Não faz esse biquinho também. Respeite seu oppa.

- Mas eu não engordei.

- Engordou sim. Faça mais salada no almoço e não faça sempre lamén no jantar. Se quer engordar problema seu, mas não me leva pro mesmo caminho.

Sinto meu celular vibrar e o tiro do bolso.

' Onde você está? '

Sinto os cantos da minha boca levantarem em um sorriso

Clico nas teclas rapidamente ' Em casa sunbaenim. Aconteceu alguma coisa? Precisa da minha ajuda?'

Escuto o familiar toque do meu celular e olho rapidamente para os lados, vendo Hanbyul arregalar os olhos e dar pequenos gritinhos.

- É ele não é??? Aí meu deus, atende!!!!

- Fica quieta

- Ateeeende!

Lhe lanço um olhar feio e respiro fundo antes de atender.

- Sunbaenim?

- Hanbin? - sinto um arrepio leve ao ouvir sua voz, que parecia preocupa e um pouco receosa mas ainda em um tom suave que acho tão charmoso - Estava ocupado? Demorou a atender... Eu posso ligar outra hora.

- Ah, hum, NÃO. Tudo bem. Só estava cuidando da minha irmã. Ela é um pouco elétrica.

Sinto um soco no meu braço mas ignoro rolando os olhos e sussurrando " eu não menti, projeto de ser humano "

- Se ela for como você, ela é com certeza uma dongsaeng incrível.

Sinto minhas bochechas corarem e com minha visão periférica vejo minha irmã fazer corações dando um sorriso gigantesco. Seus lábio fórmulas sem soltar nenhum som: Liga o viva voz

Desisto de tentar esconder algo dessa menina. Eu posso me trancar no banheiro pra terminar essa ligação e quando eu sair tenho certeza que ela já vai ter decorado algumas coisas que dissemos.

Dou os ombros em um claro sinal de de desistência o que rende algumas palminhas de felicidade da parte dela quando ponho o celular mais perto de si de forma que escute tudo com clareza.

- Hanbin? Você ainda está aí ?

- Ah, me desculpe. O que disse?

- Aconteceu alguma coisa? Não te vi na faculdade hoje.

Ele ligou só para saber isso?

- Só tenho aulas de tarde hoje. - Respondo

- Hum, ok. Só senti sua falta.

Ele sentiu minha falta?? Olho para Hanbyul que escuta tudo tão atentamente que nem pisca.

- Sunbaenim? - Digo meio envergonhado

- O que?

- Você precisa de alguma coisa? Me avisaram que os sunbaenins são bem exigentes então pensei que seja isso..

- Ah, não. - Responde apressado e escuto uma risadinha da minha irmã o que me faz rir um pouco também. Quando ele age assim não parece de forma alguma um sênior - Só queria saber o que aconteceu. Hanbin?

- O quê?

- Pode me Jinhwan se quiser. Ouvir sempre sunbaenim é um pouco estranho.

- Sunbae… - Sinto um beliscão recebendo logo o tapa no braço, o que na linguagem da minha irmã significa que eu sou um idiota. - Jinhwan? - Arisco dizer e recebo um polegar afirmativo de Hanbyul.

- Hum, Ah, tchau Hanbin. Boa sorte com sua irmã. A gente se vê na faculdade.

E antes que eu possa dizer algo ele desliga.

- Aí meu deus, vocês são tão doces juntos. Pra quando é o casamento?

- Hanbyul!

- Olha que fofo você corado. Não espera, que nojo. Mas é tão lindo te ver todo apaixonadinho. Vai me apresentar ele quando?

Meu deus. Por mais que eu ame minha irmã, quando ela se empolga não para de falar por um segundo.

- Cala a boca Hanbyul. Meu deus. Não começa.

Pego meu celular rapidamente e praticamente corro para o quarto jogando meus materiais na mochila. Por mais que tente, meu rosto continua com um daqueles sorrisos gigantes que mostram todos os dentes e nem a chatise  da Hanbyul vai conseguir tira-lo, mesmo quando a ouço gritar " Trás seu namorado pra me apresentar" antes de sair de casa o mais rápido possível para a faculdade.

                            Presente

Sinto o sol batendo em meu rosto me fazendo resmungar ao começar a acordar. Sinto minha cabeça latejar  e não consigo achar força de vontade de abrir os olhos. Minha boca está com um gosto ruim e minha garganta arranha de tão seca. Não há um milímetro que não doa em meu corpo. 

É assim que eu sei que fiz de novo.

Aperto meus  olhos com mais força tentando controlar a súbita vontade de vomitar. Toda a adrenalina quando eu acordo se torna raiva. Toda a sensação de liberdade se torna vergonha e nojo.

Depois que Hanbyul sumiu as coisas se tornaram insuportáveis. Para nós, para as pessoas ao nosso redor, para a polícia. As coisas saíram do controle em todos os sentidos.

O maior arrependimento da minha vida é tê-la deixando sair por aquela porta. As pessoas dizem que algumas coisas acontecem sem um motivo e outras dizem que acontecem por destino. Mas eu simplesmente não consigo entender. Não consigo aceitar, porque esse tipo de coisa não deveria acontecer. Não com ela.

Ela sorria tanto, aquele tipo sorriso que ilumina o dia das pessoas. Hanbyul sempre foi assim, alegre, energética e adorável. Sempre saindo com os amigos, se divertindo, cuidando mais de mim do que eu cuidava dela. E é por isso que eu sei que culpa é minha por não tê-la protegido.

Talvez se eu tivesse sido mais cuidadoso. Talvez se eu tivesse prestado mais atenção nela. Talvez se eu fosse mais presente, isso não teria acontecido com minha irmãzinha. Talvez ela não tivesse desaparecido.

Me preparo mentalmente antes de forçar meus olhos a abrirem. Já acordei em todos os tipos de lugares com todos os tipos de pessoas. E por mais que eu me odeie por isso é a única forma que eu achei de conseguir dormir. São os únicos momentos que eu esqueço que ela não está aqui. Tudo me lembra ela, e eu não consigo viver em um mundo sem sua presença.

Abro meus olhos lentamente. Eu estou em casa..? Não lembro de absolutamente nada.

Viro meu rosto na direção da familiar foto de nós dois, ambos sorrindo para a câmera fazendo careta. Parece que foi tirada a tanto tempo..

Nossos últimos dias passam pela minha cabeça como um filmes me fazendo pensar novamente em todas as coisas que eu não fizemos.

Forço meu corpo para cima e consigo me sentar na cama. Olho com água nos olhos para meu corpo. Marcas. Em todos os lugares visíveis... meu tronco roxo pelos chupões, vermelho e púrpura por marcas de dedos. Levanto e vou em direção ao banheiro cambaleando me sentindo um boneco de pano.

Levanto os olhos e vejo um Hanbin olhando para mim naquele espelho. Aquele Hanbin  tinha chupões por todo o pescoço. Marcas em toda clavícula. Marcas em minhas cochas.

As lágrimas escorrem pelas minhas bochechas enquanto eu toco com as pontas dos dedos cada uma delas sentindo um nó na garganta. Eu não sinto minhas pernas e pisco furiosamente apertando os olhos. Eu… o que eu fiz? Quem fez isso comigo?

Estou no chão soluçando enquanto tento desesperadamente lembra de algo. Qualquer coisa.

Eu… o que eu fiz? Porque alguém fez isso? Abraço minhas pernas como uma criança abandona. Sinto meu estômago embrulhar e vômito tudo.

Não sei quanto tempo fiquei ali, deitado no meu próprio vômito e  chorando, mas por um momento consigo me por de pé e me apoiar nas paredes abrindo o box. Ligo o chuveiro desejando que a água levasse todo aquilo que me faz sujo.

Passo com força o sabão por cada uma daquelas marcas e quando eu acabo encosto minha testa na parede fria.

Eu quero gritar alto, gritar como um louco, não que isso me faça sentir melhor. Fecho os punhos e soco a parede. Dói um pouco mas mesmo com a dor incomoda fechando o registro ignorando o sangue descendo das marcas e da minha mão.


Notas Finais


Gente! Não se sintam decepcionados ok? A história segue a linha mistério e suspense então não ter aquela putaria toda não. Ou não ( aquela carinha ). Não desistam de mim <3


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