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História Chase - The beginning of everything


Escrita por: Happy-End

Notas do Autor


Oie cambada 💚
Era pra ter postado ontem mas eu tinha umas coisas para melhorar e deixei pra hoje de manhã. Eu acordei as 10 ,-,

Mas aqui estamos, desculpa demora ~ fazendo aegyo (?) ~

Capítulo 5 - The beginning of everything


Meus pais nasceram e foram criados em uma cidade no meio do nada onde todo mundo se conhece, mas ironicamente eles não.

Meu pai estudou em casa desde criança e não tinha permissão para sair, nunca teve o interesse também. Mas quando fez 18 ele quis saber como eram as pessoas da idade dele. Então no último ano do ensino médio ele se matriculou na escola local.

Minha mãe sempre foi brilhante de mais para um cidade como aquela: pequena, com as mesmas pessoas, onde não acontecia nada. Isso foi até conhecer meu pai.

A  omma era a presidente da turma então foi a primeira a conhecer aquele garoto tímido, acanhado e todo vermelho. Eles acabaram passando muito tempo juntos, falando sobre tudo que gostaram, queriam e sonharam.

Demorou um pouco para pai chamou a minha mãe pra sair, já que ele era muito acanhado, mas quando o fez, com o rosto vermelho como um tomate e gaguejado, sendo fofo e inesquecível segundo minha mãe, ele confirmou que a omma também gostava dele. Pouco tempo depois eles começaram a namorar e a omma o apresentou aos meus avós maternos. E ele mesmo a contra gosto à apresentou a sua mãe.

Foi aí que tudo começou a dar errado. A minha avó paterna era uma escritora MUITO famosa, excêntrica, mal humorada e rígida. Meu Appa foi criado com uma mão de ferro, cheio de regras e na cabeça o que deveria ser. Namorar não estava nos planos. Sair do país para estudar advocacia ou medicina estava. Ela nunca perguntou o que ele queria. Também não gostou nem um pouco quando meu pai foi para uma escola. Não preciso dizer que logo de cara detestou minha mãe.

Mesmo com o fato da sua mãe ser contra, eles foram felizes. O appa começou a se divertir, aproveitar tudo que ele tinha perdido ao lado da omma, desafiar minha avó e a levar o sonho dele a sério.

Mas o ano acabou.

Meus pais não terminaram como ela queria, eles decidiram ir para a mesma faculdade fora da cidade que ambos odiavam. Foi quando minha avó o expulsou de casa e disse que podia voltar se fosse sozinho.

Mesmo com tudo isso eles foram felizes. Minha mãe cursava designer gráfico enquanto ele cursava astrologia e um ano depois eles já tinham se casado.

Quando me tiveram acharam que minha avó e meu appa fariam as pazes mas não foi bem assim. O ódio dela aumentou ainda mais, não bastava ele ter casado com uma zé ninguém, tinha um filho com ela.

Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu só tinha seis anos e a Hanbyul dois. Nós perdemos o pai, nossa omma o marido, e minha vó o filho. Ela nunca perdoou minha mãe mesmo que nada disso tivesse sido culpa dela.

Eu não a conheci. Ela não nos ajudou nem quando a Hanbyul desapareu. E por toda dor que ela fez minha mãe passar,  por nos ter abandonado assim, eu a odeio. A odeio mesmo sabendo que agora está morta.

É sujo estar indo para sua casa e viver com o dinheiro deixado por ela. Se eu me sinto péssimo fazendo isso? Sim. Mas eu acho que posso fazer isso. Ela deve muito a mim e a minha família.

Eu realmente posso fazer isso?

Apesar disso eu não pensei seriamente em recusar. Por mim teríamos mudado no mesmo dia.

Eu sou um hipócrita não sou?

No dia seguinte da minha conversa com o Senhor Kim eu pedi demissão dos meus empregos apesar de ter ficado em todos eles por uma semana até contratarem alguém para me substituir.

Eu só quero sair daqui o mais rápido possível

Inquietação

Medo

Frustração

Não conseguir sair de casa sem pensar nas milhões se possibilidades. Ele estaria por perto? Estaria me vendo agora?

Porque no final das contas todos que chegam perto de mim parecem assustadores. Todos os olhos parecem me observar.

Todos parecem suspeitos.

E isso tudo é loucura. É completamente loucura.

Eu joguei tudo que era necessário em uma mochila e nos mudamos pra um hotel barato no mesmo dia.
Nesse tempo Senhor Kim me ajudou a por a casa a venda, revisar a cópia do testamento da minha avó e a arrumar um bom hospital por perto para minha mãe.

O mais velho também me ensinou um pouco de auto defesa e mandou evitar situações perigosas como o meu trabalho na boate, sair sozinho e sem o celular.

Não posso dizer que me sinto seguro, porque eu não me sinto. Mas minha quantidade de remédio diária duplicou e isso é uma das coisas que me ajudam a ficar calmo.

Alguns dias depois Senhor Kim tirou um dia de folga pra ir comigo empacotar as coisas, para não me deixar sozinho naquele lugar. Toda vez que eu vejo seu rosto me arrependo de novo por ter gritado com ele. No final das contas aquele homem quarentão é como um pai.

Não demorou muito para empacotar todos os nossos objetos pessoais, mesmo que eu tenha feito tudo sozinho. Não temos muitos coisas e os móveis seriam vendidos juntos com a casa.

Mas por algum motivo eu não conseguia empacotar as coisas da minha irmã. Eu sinto que se alguma forma eu estou a traindo, deixando para trás uma parte dela, a casa onde nos passamos nossos momentos juntos.

No fundo eu sei que Hanbyul estaria feliz por finalmente estar indo embora, mas ainda dói.

Depois de algumas horas eu consegui empacotar todas as suas coisas. Não joguei nada seu fora durante todo esse tempo, não vou jogar agora também.

Talvez eu tenha o sonho ridículo que ela volte e que encontre tudo isso do mesmo jeito que deixou.

Dentro de uma semana a casa já estava na imobiliária e todas as caixas já tinham sido enviadas para nossa nova casa, mesmo que ainda seja estranho chamar aquele lugar assim.

Duas semanas que passaram para mim como dois meses. Duas semanas que pareciam uma piada de mal gosto ou um sonho horrível do qual eu queria acordar o mais rápido possível.

Duas semanas nas quais eu não consegui dormir.

Sinto um misto de alívio e algo parecido com felicidade dentro do carro do Senhor Kim, este que se ofereceu a nos levar depois do trabalho para nossa nova casa.

Finalmente estamos indo embora

Olho pelo espelho a expressão da minha mãe. Essas últimas semanas foram mais difíceis pra ela do que pra mim. Se eu desejava que a Hanbyul em alguma hora voltasse, para minha mãe isso não era uma possibilidade mas sim um fato. Mesmo que ela não diga nada eu sei que ela está com raiva de mim e talvez me odeie.

Eu estou tão cansado… meu corpo e minha cabeça doem sem parar. Eu não consigo parar de questionar se fiz a escolha certa.

Sentir o olhar protetor do mais velho sobre mim de certa forma é confortável, e  sorrio sem perceber meio sem perceber antes de virar meu rosto para a janela.

Seul é tão bonita a noite...

As luzes, os sons e os cheiros fazem essa cidade única. Nesse momento ela não  parece a mesma cidade que nasci e fui criado. Não parece a mesma cidade que eu odiei. Seul parece amistosa e convidativa, misteriosa e confortável. Parece um lar que estou deixando.

Vou sentir saudade

A casa da minha avó, minha casa e a da omma a partir de hoje, fica a cerca de duas horas de Seul. A cidade em si não é pequena mas não chega aos pés de Seul ou Busan, a pesar disso fica a uma hora de Incheon onde está faculdade que estou matriculado.

Viajamos em um silêncio confortável e finalmente sinto que posso respirar, meus olhos ficam pesados e meu corpo fica mais leve. Não sei quando dormi mas quando abro os olhos o carro está parado e sinto um chacoalhar leve no ombro.

- Hanbin? - Ouço o mais velho quebrando o silêncio - Chegamos.

Olho de boca aberta para a casa a minha frente.

Uma casa de dois andares, feita inteiramente de madeira e janelas de vidro. Não estávamos fora da cidade, mas as árvores ao redor dela dão uma sensação de estar muito longe de qualquer lugar habitável, parece um bosque ou algo assim que dão sensação de estar fora da Coreia.

Mesmo de noite ela era linda. O tipo de casa que você vê em revistas e se imagina morando nelas mas sabe que é completamente impossível.

Não sei porque minha avó me deixou isso, mas me faz sentir culpado por aceitar. É muito a pesar de não ser tudo meu, ainda é muito.

Quando senhor Kim disse sobre a herança pela primeira vez não falou sobre isso, mas dá segunda me contou que tudo tinha sido partido no meio. Não sei a ligação dos dois mas ele também escolheu não vender a parte dele da casa. A outra pessoa mora em Incheon então é possível que nunca nos vejamos.

Saio do devaneio com o som da porta batendo.

O mais velho sai primeiro do carro, logo seguido por mim. Olho na sua direção com um sorriso torto e senhor Kim com sua expressão mal humorada tão familiar. Acho que vou sentir falta dessas coisas também.

- Boa sorte Hanbin -  Kim diz ao meu lado

Respiro fundo um pouco nervoso mirando o homem agora com um sorriso caloroso. Acabo sorrindo também enquanto olho nos seus olhos estranhamente marejados.

- Seu velho, obrigado por tudo. - Digo acrescentando logo depois - Chorar não faz seu perfil de policial durão

O mais velho ri e me abraça sem jeito.

- Eu não vou chorar piralho - responde logo acrescentando - Respeite os mais velhos.

- Vou sentir sua falta Kim.

Como não sentir falta de alguém que foi como pai e uma mãe? Que esteve desdo começo comigo?

Senhor Kim me solta sorrindo de um jeito triste

- Você não se livrou de mim - diz me dando um soco de leve no ombro - Eu venho uma vez por mês para conferir se está tudo bem.

- Eu sei - Respondo meio desajeitado.

Não é a mesma coisa

- Eu… vou entrar velhote. - Digo em tão de brincadeira, mesmo que as palavras pareçam um pouco tristes aos meus ouvidos.

- Vai lá.

Abro a porta traseira pegando minha mãe a carregando em meus braços com cuidado para não acorda-la.

Dou um último sorriso para Kim, que já estava no carro dando partida, antes de girar a chave e entrar na casa.

O outro dono da casa me mandou por mensagem todos os detalhes que eu precisava saber logo de cara, como por exemplo que todas as luzes na casa são ligadas com um controle remoto.

Pego o controle que estava no meu bolso e ligo às luzes e fico de boca aberta.

Não há nenhuma parede para dividir os cômodos e sim uma divisão subentendida por áreas.

A direita está a sala com dois sofás de curo branco de aparecia cara, uma mesa de centro de vidro sobre um tapete de padrão geométricos coloridos que davam um pouco de cor ao lugar, uma luminária de chão e uma televisão de 50 polegadas na parede.
E um pouco mais afastado há um pequeno jardim de inverno.

A esquerda a cozinha, com um balcão longo de madeira escura, uma espécie de armário cumprido e uma mesa para quatro pessoas da mesma cor.

Agora dentro da casa consigo ver que tudo é revestido por grandes janelas de vidro que dão uma visão linda das árvores do lado de fora. E se não bastasse há  lustres nos dois cômodos e quadros de arte por toda parte que junto com as poucas paredes de cor bege, dão um ar ainda mais sofisticado a casa.

Onde eu fui me meter?

Olho mais um pouco em volta, ainda com minha mãe em meus braços quando a sinto mexer de leve. O outro dono também havia mandado por mensagem que caminho seguir para chegar aos quartos que tinham sido limpos, deixando bem detalhado qual caminho seguir.

No começo eu achei um pouco ridículo, uma casa não podia ser tão grande podia? Mas ao ver aquela casa por dentro tudo fez muito mas sentido. Aquela casa era realmente gigante.

Seguindo reto tem uma escada que dá acesso ao segundo andar onde estão os quartos. Para minha sorte o quarto da omma era o primeiro do corredor, o que não foi difícil de achar

Subo as escadas levando minha mãe até o quarto que foi indicado por mensagem pelo outro dono. Abro devagar a porta, ligando a luz e vendo o quarto maior que a cozinha da nossa antiga casa, mobiliado com uma escrivaninha, um guarda roupa embutido, mesa de centro, poltrona de leitura com uma luminária de aparência retrô com direito a um tarde felpudo. Sem contar a enorme casa no centro com milhões de travesseiros impecavelmente arrumada e com um cobertor dobrado aos pés da mesma.

As caixas com as coisas da omma estavam perfeitamente arrumadas em um canto.

A omma gostaria disso

Suspiro a deitando e a cobrindo com delicadeza, beijo sua testa e caminho sem fazer barulho até a porta a fechando.

Eu deveria ir dormir? Deveria. Mas eu tinha uma casa gigante pra explorar e isso é bem mais legal que dormir.

Desço novamente as escadas indo em direção a uma das janelas da cozinha, que davam uma visão bonita das árvores e de um pedaço da estrada.

- Senti sua falta Hanbin. - Ouço uma voz masculina dizer atrás de mim.

Porque tem alguém aqui…? E quando chegou?

Me viro em buscando a voz, dando de cara com um garoto sorridente olhando na minha direção, com um eye smile perfeito.

Seu sorriso aberto deixa bem visível seus dentes da frente um pouco grandes,  parecidos com o de um coelho, mas completamente adorável. Um sorriso de tirar o fôlego que não sei por qual motivo achei o mais bonito que já vi na vida.

- Hanbin? - ouço novamente o estranho dizer, agora mais próximo de mim próximo o suficiente para o tocar se estendesse o braço.

Prendo levemente a respiração

Quando ele se aproximou?

- Quem é você e porque sabe meu nome? - Respondo dando um passo para trás, em uma tentativa inútil de aumentar a distância entre nós.

Seu sorriso morre, sumindo rápido como apareceu.

Analiso melhor a pessoa a minha frente. Ele é um pouco mais alto que eu, talvez  mais novo, seus olhos são bem pequenos... Sua boca também, mas rosto em si tem traços fortes. Suas roupas folgadas caem bem em seu corpo deixando levemente marcado os músculos dos braços e seu cabelo bagunçado parece incrivelmente macio.

Ele é lindo

Não sei quantos segundos passaram naquele silêncio desconfortável e tenso no qual nós encaramos, onde o maior parecia confuso  me olhando nos olhos.

Não precisei de mais de cinco segundos para começar a me irritar com o com aquela pessoa. Super normal alguém entrar na casa dos outros assim falando que sente saudade e ficando mudo depois. Acontece todo dia.

- Quem é você? - Pergunto seco.

- Você não lembra de mim - murmura

- Eu transei com você?

Deveria ter perguntando isso? Não.
O idiota precisava rir daquele jeito? Definitivamente não.

- Porque está rindo? - Digo o fuzilando. Se olhares matassem aquele coelho gigante estaria se contorcendo no chão pedindo por clemência.

O estranho me olha de lado tentando recuperar o fôlego - Você - começa a dizer antes de cair na risada de novo.
Idiota.

- Eu o que?

O maior finalmente para de rir fazendo a risada ser substituída por um sorriso quase infantil - Você mudou tanto...

- QUEM. É. VOCÊ?

O coelho começa a andar em minha direção e eu  instintivamente dou passos para trás tentando ficar o mais longe possível daquela pessoa quando sinto minhas costas na parede e sentir seu corpo colado no meu segundos depois.

Ele está tão perto…

A parede é tão fria nas minhas costas, mas o corpo daquele estranho tão perto do meu é tão quente.. Sua respiração bate de leve no meu rosto e seu olhar é uma mistura de diversão e curiosidade.

Eu não faço ideia do que está acontecendo aqui e porque eu ainda não chutei esse idiota. Seu cheiro é bom.. parece um pouco familiar também apesar de não lembrar de onde já o senti.

- Eu estou curioso sobre que tipo de pessoa você se tornou Hanbin.- diz baixo. Sinto um arrepio mas ignoro isso.

- Porque sabe meu nome?

O maior olha para mim, realmente olha para mim, e quando nota minha bochechas coradas a toca com as pontas dos dedos.

Que droga ele pensa que está fazendo?

E antes que eu o empurre - ou tente fazer isso - o mais alto se afasta dando um sorriso de tirar o fôlego estendendo a mão.

- Eu sou Jiwon - responde sorrindo, se é possivel, ainda mais, enquanto estende a mão a minha frente - e sou o dono da metade da casa.

-Ma-as, não era para você estar aqui - Murmuro confuso.

- Eu não perderia a oportunidade de morar com você.


Notas Finais


Vou terminar assim? Vou :3

Vocês não fazem ideia como os comentários me deixam feliz. Dá vontade de sair escrevendo pelas paredes 😂

Essa casa é a minha casa dos sonhos? Imagina.

Fachada da casa:
http://umacasacomopoucas.com.br/wp-content/uploads/2016/02/sum.jpg

Sala:
http://assimeugosto.com/wp-content/uploads/2011/11/debora-aguiar1.jpg

Cozinha:
http://umacasacomopoucas.com.br/wp-content/uploads/2016/02/casa-dos-cullen-esta-a-venda-crepusculo-10.jpg

As janelas são tipo isso:
https://i2.wp.com/www.lojaskd.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/02/casa-dos-cullen-esta-a-venda-crepusculo-17.jpg?ssl=1

Jardim de inverno para quem não sabe são aqueles jardim de interior.

Desculpe os erros e espero que tenham gostado ( o começo ficou muito chato? SOCORRO )

Até semana que vem 💞


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