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História Cheap Thrills - Free up yourself, get outta control


Escrita por: brodreyshipper

Notas do Autor


Boa noite, sim, porque semana que vem tem especial de halloween. E mais: Scream foi renovada! Amém, Brandon James!

Esse capítulo foi escrito em dias de tpm. Espero que ninguém queira me matar. haha

Boa leitura, estrelinhas. :)

Capítulo 12 - Free up yourself, get outta control


Fanfic / Fanfiction Cheap Thrills - Free up yourself, get outta control

O caminho parecia mais extenso, mesmo que Audrey já o soubesse até de olhos fechados. A morena andava visando o chão, e cerrava as unhas nas palmas das mãos, enquanto tentava conter o nervosismo. Repassou diversas vezes o que queria conversar com Brooke, em sua cabeça, mas esperava que a loira a fizesse mudar o roteiro, como de costume. E tudo bem, porque era o que sempre acontecia com elas. Audrey sentia saudade até das brigas com a amiga, para exigir qualquer coisa que a fizesse ficar longe, outra vez.

“E o senhor sabe quanto tempo ela vai ficar nesse lugar? Eu realmente preciso falar com ela. É importante.”, Stavo estava parado na porta da mansão dos Maddox, gesticulando sem parar, enquanto falava. “Bom, se você insiste tanto, eu posso passar o endereço e o telefone, e vocês resolvem o que for importante. Se ela ligar, aviso que você esteve aqui.”, o pai de Brooke estava do outro lado da mesma porta, que se encontrava aberta, e Audrey observava a movimentação de longe. Quando percebeu que não tinha sido a única a procurar pela loira mais baixa, a morena sentou em uma das cadeiras que haviam na sacada principal, de modo que conseguisse escutar a conversa, mas que não fosse percebida ali.

Após descobrir que Brooke não estava na cidade, e seria inútil ir atrás da loira, pois seu ex namorado já estava á caminho, Audrey agora voltava pra casa, sem a pressa e o nervosismo que a fizeram companhia em todo o caminho de ida. Ao sentir um vento gelado percorrer pelo seu corpo, e bagunçar seus cabelos, a morena levou uma mão até os fios desarrumados para ajeitá-los e, em seguida, acomodou as mãos nos bolsos do que estava vestindo. Mas alguma coisa já ocupava espaço em um deles. Quando Audrey retirou o que nem lembrava que estava guardado ali, percebeu que os guardanapos onde Brooke escreveu seu último bilhete estavam todos amassados, e com umas borras de batom, entre umas frases e outras. Desdobrou com cuidado, para não deixar as palavras ilegíveis e parou, no meio do caminho, para sentar no cordão da calçada em que estava, e ler ali mesmo, o que a loira havia deixado na cama, após a última vez que se viram.

Lembra daquele dia que olhamos filme, juntas, pela última vez e você me perguntou o que eu faria se tivesse a chance de voltar no tempo, igual os personagens? Se me perguntasse hoje, a resposta não seria muito diferente. Realmente gostaria de não ter me apaixonado pelo Stavo, quando ele atravessou as cortinas, depois de entrar pela janela do meu quarto, direto pro meio do meu peito. Mas, se eu pudesse reviver um dia, outra vez, eu teria voltado naquela festa, em volta da piscina, e, mesmo que eu quisesse te beijar, exatamente como eu fiz, escolheria outras razões. É uma pena que a gente não escolhe o que sente, né. E é um alívio podermos decidir o que fazer com isso. Não posso voltar pro dia no sofá da sala, e admitir que qualquer balada seria vazia sem você. Que aquele filme teve outro significado depois que vimos juntas. E que eu nunca fiquei tão nervosa diante de outra pessoa, como estava todas as vezes em que esses olhos azuis encontravam os meus. Você, que me acolheu quando mais precisei, mas que também me deu um tempo quando estive sufocada. Você, que foi minha namorada, minha amiga colorida, uma válvula de escape, mas, acima de qualquer coisa, foi o abraço que mais me fez sentir protegida nos últimos meses. Talvez eu tenha aparecido tarde, mesmo estando aqui desde bem cedo. Talvez eu esteja ocupando um lugar que era pra ser de outra pessoa, mesmo que ela já ocupe esse lugar na vida de outra. Mas é a última vez que vou abrir meu coração dessa maneira pra você, com a esperança de que ainda possa haver um ‘sim’ aí que seja meu. Mais uma vez eu bebi além da conta, e você salvou a noite. Só que não é justo eu atrapalhar seus sentimentos, além de estragar sua diversão. Estou indo passar um dia longe daqui, não sei quando volto, mas eu sempre encontro o caminho pra casa, que você sabe onde fica. Quero arrumar a cabeça e o coração. Ou pelo menos tentar organizar da melhor maneira possível. Escrevo pra você o que nunca conseguiria verbalizar, embora esteja tudo gritando aqui dentro. Você dormia tão bonitinha no sofá, que seria um pecado acordar. Mas bom dia, ou boa tarde, quando terminar de ler. Independente da sua escolha, vou continuar aqui. E, como você diz, tempo para superar as coisas é o que não falta. Conto com isso. Um beijo, B.”

Audrey terminou de ler e colocou os papéis de volta no bolso, mas continuou sentada onde estava, agora com um olhar apreensivo e a respiração pesada. Pegou o telefone, procurou pelo número de Noah, e assim que o amigo atendeu, falou em um suspiro: “Você tá com tempo? Acho que agora eu quero terminar aquela nossa conversa sobre a minha vida amorosa, porque se eu tava perdida ontem, hoje eu preciso de um mapa, uma bússula...”. Do outro lado da linha o garoto soltou uma risada e, em seguida, respondeu: “Pra você eu sempre tenho tempo, Jensen. Te encontro na cafeteria do centro, em meia hora. Já estou ansioso!”. A morena nem se despediu e já desligou, guardando o aparelho no bolso traseiro da calça jeans, e voltando a caminhar, mas agora não era mais pra sua casa.

“Qual a flor favorita delas?”, Noah estava sentado no sofá da cafeteria, com Audrey deitada ao seu lado, com a cabeça escorada em uma de suas pernas, enquanto ele mexia no computador. “O que isso tem a vê, meu deus...”, a morena arregalou os olhos, e levantou a cabeça, até seu olhar parar no loiro. “Você sabe, vamos, me fala.”. Audrey ergueu o corpo, mas não levantou, apenas virou um pouco: “Lírios. As flores favoritas da Emma são lírios. E rosas vermelhas, da Brooke.”, voltou para a posição original, enquanto Noah prosseguia: “Isso diz muito sobre elas, veja bem.”. Audrey soltou uma risada: “E desde quando esse conhecimento sobre flores e garotas, Foster?”. Ele desviou os olhos do computador, para mirar nos dela: “Desde que eu tenho uma garota apaixonada por elas, que me ensina um pouco sobre isso, a cada dia.”. “Ok, você tem minha atenção.”. Audrey virou de lado, para poder olhar melhor Noah. “Lírios significam amizade que deseja se tornar romance, os amarelos. Os brancos e lilás são inocência, matrimônio. E os azuis são permanência de um sentimento.”, o loiro fez uma pausa e sorriu. “Hmmm...”, Audrey fez sinal para que continuasse. “Os lírios também significam: eu te desafio a me amar.”. “E as rosas vermelhas?”, a morena agora tinha uma cabeça borbulhando de pensamentos, ligando todos os pontos daquela conversa. “As rosas são ligadas ao amor, e a paixão...”, Noah nem terminou de falar e a morena suspirou, em resposta: “A Brooke também é!”.

“Talvez a Emma tenha começado a prestar mais atenção em você exatamente porque você já não era mais uma opção pra ela. Ela que sempre teve várias pessoas ao seu dispor. Se é que você me entende...”, o loiro agora estava sentado com as duas pernas cruzadas em cima do sofá, olhando fundo nos olhos azuis da morena que estava sentada igualmente, na sua frente: ”Mas eu também não facilitei, escondendo o que sentia durante anos, e vomitando as informações em cima dela, de uma só vez, sob pressão...”. “Audrey, uma vez que você faz uma pergunta, tem que estar preparado para qualquer resposta. Descobrir é deixar de encaixar o que você quer que tenha naquele buraco vazio, e saber exatamente a peça que vai no lugar. Não existe mais dúvida quanto ao que você sentia, a partir do momento em que verbalizou isso. Poderia ter sido em uma conversa amigável, ou até através de um bilhete, mas não foi. E isso não muda a sua resposta. Nem o sentimento.”. Noah fez sinal para uma das moças que estava passando por ali, para pedir mais um café, antes de continuar. “Esse é meu medo, sabe? Que ela só me queira quando não pode ter, por achar que eu não sei mais ser só amiga dela. Só que eu tô sendo amiga dela o tempo todo. Aqueles nossos beijos foram acidentes. Ela gosta do Kieran, porque ela disse isso. Só que ela disse que também gosta de mim, e não tem como negar que mexeu com tudo que eu sentia por ela... Ou ainda sinto... não sei. Tô confusa!”, a morena bufava, enquanto mexia nos cabelos. Noah continuou: “Depois que você disse que era apaixonada, ela não ficou pra esperar a poeira baixar. Quando ela voltou, não tinha mais o direito de cobrar de você uma coisa que ela não fez.”. “O quê?”, Audrey parecia perdida. “Se não sabia o que podia acontecer, que ficasse pra descobrir.”, o loiro arqueou uma das sobrancelhas. “Ah...”, Audrey mordeu o lábio e se escorou no encosto do sofá, “Foster, ela tem namorado. Mesmo que ela quisesse alguma coisa, lá atrás, não era simplesmente chegar na festa e falar sobre isso... sei lá...”. “Mas ela teve a oportunidade de conversar, na festa, também. E mais uma vez ela não ficou. Na festa seguinte, a Brooke estava bêbada, e era uma brincadeira, eu sei, mas, de novo, ela fugiu. Talvez isso não tenha a ver com você. Talvez isso seja quem ela é. Quando as coisas saem do controle, ela sai de cena, ao invés de ficar pra ver o que mais pode acontecer. Infelizmente.”, Noah agora se ajeitava com as pernas pra baixo, assim que avistou seu café sendo trazido por uma das atendentes do local. “E quanto a Brooke, já falei o que eu acho, né? Ela sempre esteve aberta para todos os lados. E isso é uma das coisas mais legais sobre ela, porque a gente não espera que uma garota como a Brooke seja bi, nem tão cheia de surpresas boas. Embora ás vezes ela peque pelo excesso de álcool no sangue. E fique um pouco difícil controlar sua impulsividade.”, os dois riram, concordando com o loiro. “Porém... sempre tem um ‘mas’, né... Agora que eu sei que vocês não estavam namorando de verdade, ela pode estar apenas carente, ou tão confusa quanto a Emma, em relação a você. Jensen, se eu não fosse apaixonado pela minha namorada, depois de tudo que conversamos ultimamente, até eu entraria na fila de pessoas que tem sentimentos amorosos fortes em relação a você.”. “Foco, Noah!”, a morena deu um soco de leve no braço do loiro, enquanto ria, meio sem jeito com o que acabara de ouvir. “Não quero ser rec repete, mas não quero deixar você sozinha nessa. E não vou. Então, independente da sua decisão, saiba que vou continuar aqui, sempre pronto para mais incríveis aventuras, nessa sua vida bandida. Que anda roubando tantos corações por aí, que vou ligar pro meu advogado, só por precaução. Peraí!”, Noah faz menção a pegar o celular, mas Audrey ri e balança a cabeça, em deboche, e o loiro larga o aparelho em cima da mesinha onde está o notebook. A morena pega a caneca de café da mão do loiro, toma um gole demorado, e pisca para o mesmo, dizendo logo depois de beber: “Obrigada por sempre me salvar, Foster.”. Ele agarra a caneca, de volta, e acomoda em um espaço vazio da mesinha. Em seguida puxa a morena para junto de si, e abraça forte: “É pra isso que servem os amigos. Não só pra fingir que não detesta dividir a caneca de expresso que acabou de ser feito.”.


Notas Finais


O trecho da conversa em que o Noah fala sobre os lírios significarem "eu te desafio a me amar" foi inspirado em um filme que eu adoro, e se ainda não viram, fica a dica. Chama "Imagine eu e você". <3

Como vocês perceberam, não acabou ainda. Vai ter mais um capítulo. Mas, como será o último, eu quero deixar avisado que talvez não fique pronto até semana que vem, e vocês precisem esperar mais. Prometo tentar escrever nos próximos dias, mas quero colocar tudo o que planejei pra essa final, principalmente por ser uma forma de me despedir de vocês, também.

Obrigada pelos comentários de sempre. Cês são uns lindos.
Um beijo. vários! Até a season finale ;)


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