História Cheerleader - Problems

Eu não conseguia olhar para o lado, sua mão estava apertando muito aquela região que eu sentia que ia apagar a qualquer momento. Ouvi os passos de Justin se aproximando e isso me fez lembrar-se da primeira vez em que ele me defendeu. Foi quando eu estava entrando no colégio. Sinto que foi naquele dia em que meus sentimentos por ele começaram a existir. Em toda a minha vida, o único cara de quem eu realmente gostei, foi Mark.

Desde então, eu implorava para que eu não estivesse me apaixonando por ele. Estava com medo de que o mesmo que aconteceu com Mark, acontecesse com ele. Eu sempre fui o tipo de garota que gosta de se privar de sentimentos como esse, mas Justin é diferente. Ele mostrou que realmente se importa e que sempre estará aqui para o que eu precisar.

Ouvi um barulho como se alguém tivesse sido jogado na parede, forcei meus olhos a se abrirem e finalmente consegui ver o que estava acontecendo. Mark estava sendo prensado na parede ao meu lado e Justin falava algo para ele, mas eu não conseguia ouvir direito. Eu estava tão vidrada em cada movimento em que Bieber fazia que fiquei incapacitada de ouvir qualquer coisa ao meu redor.

Voltei a fechar os olhos e tentei fazer com que minha respiração ficasse normal novamente. Levei minhas mãos em direção ao meu pescoço, massageando aquela região e pensando que teria que gastar bastante maquiagem para esconder as marcas que permanecerão ali.

Eu ouvia os múrmuros que Mark dava, mas a única coisa que eu queria era ir para casa, deitar e pensar em todas as coisas que eu fiz. Eu fui uma completa babaca por ter aceitado fazer essa brincadeira de fazer ciúmes com o Mark. O que eu não sabia, era que ele realmente estava gostando de mim. Depois do que ele fez comigo, eu nunca imaginaria que ele voltaria a sentir a mesma coisa por mim.

Senti uma mão em minha cintura e outra por minhas pernas. Abri meus olhos e vi que era Justin quem estava me carregando. Aconcheguei-me mais em seu corpo e fechei mais uma vez os olhos. Não sabia para onde ele estava me levando, mas contanto que eu esteja com ele, eu não me importo para onde ele me levar.

Meu corpo ficou apoiado em algo macio, suspeitei ser o banco do carro dele. Abri os olhos e tive total certeza disso. O rosto de Justin estava muito perto do meu, abri um sorriso fraco sendo retribuída pelo mesmo. Pus minhas mãos em seu pescoço e o puxei para mim, encostando nossos lábios e começando um beijo.

Ouvimos alguém dar batidas na janela do carro fazendo eu e Justin pararmos de nos beijar e olhar quem era, revirei os olhos quando percebi que era Ryan. O garoto em cima de mim bufou e saiu de dentro do carro, fechando a porta, me sentei e abri a janela em que o Ryan estava.

– Ainda bem que eu cheguei a tempo. – Ele levantou as mãos como se estivesse agradecendo. – Já pensou eu pegar vocês transando dentro do carro e no estacionamento do colégio? – Fez cara de nojo e eu continuei o olhando com uma sobrancelha erguida.

– O que você está fazendo aqui, Ryan? – Justin perguntou e ele desviou o olhar.

Fiquei de joelhos no banco e pus minha cabeça para fora do carro. – O que você está fazendo aqui? – Perguntei e ele bufou e se deu por vencido.

– Eu ouvi uma discussão no corredor e fui ver, mas eu vi o Justin indo em direção e fui para o banheiro e fiquei espiando de lá. – Eu prendi o riso ao ver o rosto do Justin.

– Você é um puta de um fofoqueiro, Ryan. Puta merda! – Eu soltei uma risada e ele ficou com raiva. – Já está tudo resolvido, já pode voltar para a sua aula que eu vou levar a Kate para casa. – Eu olhei para cara dele e ele me lançou uma piscadela, abri um sorriso tímido.

Ryan abriu um sorriso malicioso. – Sei muito bem o que vai acontecer na casa da Kate. – Disse e saiu andando, acenando para a gente e voltando para o colégio.

Voltei para dentro do carro e pulei para o banco da frente, vendo Justin entrar no carro. – Você está bem? – Perguntou e eu apenas assenti. – Seu pescoço está com as marcas dos dedos daquele desgraçado. Eu deveria ter matado ele. – Ele deu um soco no volante me fazendo soltar um pulo pelo susto que eu levei.

– Ele já teve o que merece, não precisa se preocupar com isso. – Coloquei minhas mãos em cima das dele e lhe lancei um sorriso. Ele precisava saber que eu estava bem, por mais que meu pescoço ainda doesse, ele tinha que ter certeza disso.

Justin apenas balançou a cabeça e ligou o carro, saindo de dentro do estacionamento e pegando o caminho da casa dele. Abri um sorriso fraco e balancei a cabeça, eu sabia que ele não ia me levar em casa. Volta e meia meu olhar pairava no rosto de Justin. Eu sabia o quanto ele estava preocupado com o que tinha acabado de acontecer, ele deixava isso nítido em sua feição.

Fechei meus olhos por alguns segundos desejando chegar logo e dormir, para esquecer tudo o que aconteceu hoje. Senti as mãos de Justin em minha coxa, ora ele massageava, ora ele dava alguns apertões.

– Chegamos! – Senti o carro parar e abri os olhos, abrindo um sorriso fraco.

Abri a porta do carro e fui em direção ao portão de sua casa, assim que entrei, fui em direção ao sofá e me joguei no mesmo, o cansaço era nítido.

– Oi para você também, Kate. – Ouvi a voz de Pattie.

Abri apenas um olho e senti minhas bochechas corarem. – Desculpa, Pattie. Eu estou um caco. – Disse, me levantando e indo a sua direção, a abraçando. – Como você está? – Perguntei.

– Eu estou bem. Como eu vi que você está cansada, vou lhe deixar descansar. – Assenti e lhe dei um beijo na bochecha. Olhei para porta e vi um Justin pensativo, com os braços cruzados, encostado no batente da porta.

Fui em sua direção e colei meus lábios nos seus, ele se assustou um pouco por estar distraído demais. Ele retribuiu o beijo e pôs suas mãos em minha cintura, me deixando mais perto dele.