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História Chelsea's Tales - First Tale - The Old Life


Escrita por: luvnikiforov

Notas do Autor


Olá, pessoal!
Eu ando muito inspirada ultimamente e acabei de pular de cabeça no universo shifter (muito melhor que o universo ABO, na minha opinião) e resolvi começar essa fanfic hétero original mais ou menos longa, só para dar uma treinada. Gostaria de avisar que escrever sobre sentimentos correspondidos não é minha praia então NÃO leiam achando que terá será uma história de amor super envolvente. Foca nos shifters pq é o que eu estou fazendo. Eu me baseei um pouco num jornal maravilhoso (link nas notas finais), mas é claro que tenho algumas coisas a dizer sobre ESTA FANFIC;
1) Aqui não existe o conselho. Por isso a ética não é levada muito a sério e a hostilidade entre os shifter é bem intensa. Eles basicamente podem fazer o que quiserem.
2) Aqui um humano pode se transformar em shifter através da mordida. Entretanto, eles só são quase tão poderosos quanto um nascido shifter. Isso não costuma acontecer porque humanos raramente sobrevivem à ataques de shifters, a menos que seja intencional ou o shifter seja impedido no meio do ataque. Um shifter pode, pelo cheiro, saber se outro shifter é nascido ou transformado.
3) Como eu disse, é minha primeira história no universo, então para não complicar, os shifters são as únicas criaturas sobrenaturais que existem aqui. Sem vampiros, bruxas, licantropia nem nada do tipo.

Recomendo darem uma boa olhada no mapa para entenderem melhor o primeiro/segundo capítulos.

Capítulo 1 - First Tale - The Old Life


Fanfic / Fanfiction Chelsea's Tales - First Tale - The Old Life

Era uma tarde tranquila e comum. Mas isso não significava que todos estavam em uma situação tranquila e comum. Não em MercyCreek. Não na floresta densa que rodeava a cidade.

Dentro de sua cabana, localizada entre as montanhas, estava Chelsea, a alfa da alcateia. A cabana em si era minúscula: apenas dois cômodos. Em um deles, um tapete e um sofá simples. No outro, estantes repletar de livros iam do chão ao teto. As únicas duas janelas e a porta ficavam no primeiro cômodo.

Ela estava deitada no tal sofá, relendo um volume qualquer. A loba possuía diversos diplomas, que iam de psicologia à direito e engenharia. Além disso, era fluente em pelo menos sete idiomas. A longa expectativa de vida dos shifters estava à seu favor. Rápida como um raio, ela terminada as últimas linhas do livro em francês quando sentiu o cheiro, seguido de batidas na porta.

— Pode entrar, Shelby. — Murmurou baixinho.

Em menos de um segundo, uma loura baixinha estava à seu lado. Tratava-se de um dos membros menos notáveis da matilha. Apesar de ser fraca, não era uma ômega. A alfa só reconheceu o cheiro porque seu companheiro era um dos sentinelas.

— Precisa de mim para alguma coisa? — Chelsea podia farejar o medo alheio.

— Não exatamente, mas...

— Então saia daqui. Não vê que estou ocupada?

— Sim, mas pediram que...

— O que quer que seja, a resposta é não. Sem discussões. Agora dê o fora e por favor, não volte.

A líder da alcateia foi rapidamente obedecida. Sabia o que haviam pedido. O beta queria que ela fizesse algumas amizades humanas. Por isso, ocasionalmente enviava algum pobre coitado para chamá-la para algum passeio ou coisa do tipo. A resposta era sempre não.
Chelsea não se importava com os humanos. Ela não se importava com muita coisa, na verdade. Só se misturava com eles para conseguir mais diplomas ou comprar coisas para seus companheiros de alcateia. Dedicava-se completamente ao grupo, não dando atenção á qualquer outra coisa, como amizades ou socialização.

Ela deixara bem claro que só se tornara alfa para não ter de questionar ninguém antes de tomar decisões importantes. O antigo líder não achava que fêmeas eram aptas à tarefas importantes e defendia que deveriam ser mantidas na ignorância. Ironicamente, foi morto por uma.

Se algum humano se aproximasse da cabana, Chelsea provavelmente o comeria. De qualquer forma, ela só comia comida humana (ou humanos) quando era absolutamente necessário, ao contrário dos outros shifters, que costumam viver como eles. O mais próximo que ela tinha de um amigo era seu beta, Cole. Todas as manhãs ela re-traçava os planos e tragetórias que as patrulhas deveriam seguir. Ele repassava as ordens. Ele era provavelmente quem a via com mais frequência.

Cansada de seu livro, resolveu que faria uma visita à cidade. Em forma animal, é claro. Sbia que isso deixaria os sentinelas nervosos, mas não estava nem aí. Quando saiu e trancou bem a porta, deixou-se ficar livro da prisão que a forma humana significava para si.
Em uma fração de segundos, era uma loba negra com mais de um metro de altura. Como assim passava a maior parte do tempo, não precisava  de muitos relatórios. Sentia de tudo o odor. Soube que gatos selvagens caçaram camundongos ao redor da cabana e que um lince tentara entrar na cidade logo antes de ser barrado por uma patrulha.

Um cheiro lha atraía a atenção. Cervos. Não muito grandes, certamente apenas veados. Outros shifters, acostumados à vida e mentalidade humanas, sentiam nojo desse seu hábito de se alimentar como um lobo, mas para ela isso era um bom exercício e treinamento de combate e estratégia. Atravessou trotando um riacho, que confundiu momentaneamente seus sentidos, mas ela logo recuperou o rastro. E então parou. Diviam estar bem perto. Por um instante ela desejou estar caçando à noite para ter uma vantagem decisiva, mas não ficou se lamentando. Para um animal que sozinho poderia matar um puma jovem, um veado não seria problema.

As presas eram extremamente abundantes porque ela era a único predador caçando naquele território. Os outros membros da alcateia preferiam comida humana e qualquer caçador vindo de fora seria afastado. Havia praticamente um banquete à sua disposição, mas ela nunca abusava.

Selecionou aleatoriamente uma presa adulta e abocanhou seu lombo. Seria uma façanha complicada se já não tivesse feito isso milhares de vezes. O animal se debateu e ela se debateu junto, enquanto o feria pouco a pouco. Certamente o pobre cervo sentia uma dor insuportável por resistir tante, mas a autopreservação falava mais alto do que qualquer coisa naquele momento. Quando enfim não suportou ficar de pé, Chelsea o deixou livre por milisegundos antes de morder o pescoço da presa e assim buscando uma morte mais rápida, e foi o que aconteceu.

Imediatamente, a loba começou a comer, buscando primeiro o coração. Não comia havia dias, justamente para poder se livrar de todos os restos quando caçasse. Ela levou horar para acabar com tudo, já estava anoitecendo quando terminou.
Enquanto continuava seu caminho para a cidade, agora de barriga cheia, Chelsea agradeceu mais uma vez às leis humanas que proibiam a caça naquele local. Matar humanos era irritante e a maioria deles não oferecia muita carne, tinha o sangue envenenado por drogas e seus gritos chamavam muita atenção.

A lua crescente iluminava o céu quando, por trás de algumas árvores, ela observava um dos parques da cidade. Os pais reuniam as crianças, preparando-se para partir. Isso a fez lembras da possibilidade inexistente de ter filhotes. Para ter filhotes era necessário acasalar-se primeiro, e isso era uma coisa que Chelsea não estava acostumada a fazer. Resolveu sair de lá.
O limite do bosque normalmente possuía muros do fundo de casas. Em poucos lugares a passagem era livre. Todos, ou pelo menos a maioria dos shifters, morava próxima do limite, ou até mesmo na beira.

Agora seu andar já era mais lento e relaxado. A maior parte da alcateia devia saber que ela estava próxima. Finalmente, resolver descansar nos fundos do quintal de alguém, deitada próxima à uma pedra. Shifters não gostavam de quintais cercados.

Uma pessoa abriu a porta dos fundos. Era Clay, um sentinela de cabelos ruivos. Ele desceu os degraus do deque: — Olá, alfa. Não sei porque a senhorita está aqui, mas se precisar de qualquer coisa, basta dizer.

Chelsea se transformou e saiu da floresta. — Nada importante. Só queria ouvir de você como as coisas estão.

Ele pareceu ficar inquieto: — Bem, seguimos o trajeto de Cole nos passou. Um lince chegou bastante perto da fronteira. Não quis se transformar para conversar, então tivemos de expulsá-lo. Ele fugiu bem rápido.

— Faz sentido. Deve ter ficado intimidado com a quantidade de lobos. Eu até ficaria mais um pouco, mas sua companheira está vindo. Diga para ela não me incomodar de novo quando eu estiver nas montanhas.

Ela se transformou novamente. Havia mais um lugar para visitar. Adentrando a floresta mais uma vez, começou a dar a volta. A sede onde aconteciam as reuniões importantes ocasionais ficava no outro lado da cidade, perto da estrada. Era lá que Cole morava e dava instruções para os sentinelas.

Já era madrugada quando Chelsea chegou lá. O beta havia sentido seu cheiro e estava do lado de fora. Era um lobo cinzento, com apenas a ponta da cauda sendo preta, e bonitos olhos amarelos. Muitos chegavam a pensar que tornariam-se companheiros, mas a parceria entre os dois só existia por causa do cargo. Frequentemente desafiavam um ao outro repentinamente, como forma de treinamento de combate. E foi o que fizeram mais uma vez.

Como sempre, Chelsea foi a primeira a atacar. Avançou para o ombro de Cole, quando o verdadeiro alvo era a jugular. Ela não ficou para trás, mordendo sua face repetidas vezes. Ela rapidamente golpeou sua pata dianteira esquerda. Em seguida, eles se separam e voltaram à forma humana como se nada tivesse acontecido. Assim como sempre faziam.

Não se deram ao trabalho de se cumprimentarem. Entraram no casarão, já totalmente recuperados. Haviam sentinelas em todas as entradas. Quando estavam lá dentro, Cole imediatamente lhe deu papel e caneta.

Chelsea explicou rápida e detalhadamente as instruções enquanto desenhava as rotas de forma caprichada. Assim que ela terminou, o beta convocou os líderes de metade das patrulhas do dia seguinte. O restante estava descansando e seriam avisados posteriormente.
A alfa ainda estava no salão quando as ordens foram repassadas. Os sentinelas acharam isso uma grande honra, já que a maioria não havia visto a líder mais de quatro ou cinco vezes. Chelsea não se despediu, apenas deu as costas e mudou de forma assim que passou pela porta. Voltou correndo para sua isolada cabana e tirou um cochilo duranto as últimas horas de escuridão.

Quando acordou e saiu da cabana aos primeiros raios de Sol, sua reação imediata não foi sair da forma humana  como normalmente fazia. Pelo contrário, até mesmo caminhou um pouco. Essa forma piorava seus sentidos, apesar de ainda serem bem mais apurados que os dos seres humanos comuns.

O solo era bem íngreme naquela área do relevo. Suas patas seriam bem mais adequadas para o trabalho. Ela se transformou pela primeira vez desde o nascer do Sol. Mais uma vez, estava com seus olhos brilhantes, pelo preto lustroso e músculos endurecidos pelo exercício diário. Uma perfeita obra dos deuses.

A loba de pelagem escura analisou mentalmente a coordenação dos sentinelas no momento para decidir aonde iria. Fazia um tempo que ninguém checava a fronteira atrás das montanhas. Desde ontem pensava em verificar. Nem mesmo ficava tão longe de sua cabana. As patrulhas lideradas por Clay e seus irmãos provavelmente já estavam circundando o outro cume, já dentro do território, mas certamente não tardariam a chegar caso algo de ruim acontecesse.

A caminhada foi mais lenta do que no solo plano da floresta, mas loboa não eram exatamente ruins em montanhas, então não houve muito problema. Quando chegou ao outro lado da montanha, começou a dar mais atenção a quaisquer sinais de atividade estranha. Mas falhou miseravelmente. O vento inconstante estava bagunçando seus sentidos

Ao se dar conta disso, percebeu que era melhor voltar. O cheiro da alcateia, das plantas, das atividades meteorológicas e de estranhos se confundiam. Chelsea recuou para dentro das montanhas, pois pelo menos assim teria algum poder. Ela sabia que qualquer predador próximo continuaria se aproximando. Isso a irritava. Onde estavam os sentinelas?
A alfa continuou recuando de volta para a cabana, mas havia um intruso que não parecia estar sentindo o cheiro de qualquer outro membro da alcateia. Deveria haver lobos checando aquela área, mas não havia sequer um rastro recente. Por fim, quando estava bem no meio, entre as duas montanhas principais, o desconhecido a alcançou.

Chelsea viu apenas uma silhueta por trás da vegetação antes de surgir um grande urso-negro. O fedor abundante e repentino invadia suas narinas.

A única desvantagem dos ursos é terem de lutar usando apenas a força bruta. Ele avançou como um touro enquanto ela se esquivava, mordia seus ombros e recuava novamente. Depois de muitos minutos como ambos usando as mesmas estratégias, o urso-negro estava com os dois ombros e o peito dilacerados, enquanto Chelsea estava exausta e totalmente arranhada.

Por causa do cansaço, ela não pôde desviar daquela vez. O atacante abocanhou seu peito enquanto ela se contorcia e mordia-lhe a cabeça. Conseguiu apenas arrancar uma das orelhas. Suas esperanças foram renovadas ao ver um lobo conhecido chegando, mas acabou perdendo a consciência depois de mais uns segundos de luta.

Quando Chelsea acordou, percebeu que ainda estava muito dolorida. Então se tocou que tinha se transformado em humana. Ela não conseguia se curar na forma humana. Olhou ao redor: estava em outro lugar. Mais especificamente, na clareira atrás de sua cabana, mas não sabia como tinha ido parar lá. Transformou-se momentaneamente e soltou um longo uivo, chamando sentinelas. Mas e então, farejou seu beta, Cole. Estava muito perto. Finalmente, ele apareceu.

— Olá, minha querida alfa. Não se preocupe, já espantei aquele intruso. Porém, essa foi a prova de que eu precisava: fêmeas não servem para liderar. — Transformou-se em lobo e a atacou.

A líder estava incapaz de se esquivar de seus ataques, então precisava resistir. Cole saltou sobre ela para assim tentar ficar por cima. A alfa tentava não ganir sempre que havia pressão em seu lombo dolorido pela batalha contra o urso. Uma nova batalha apenas atrasaria sua recuperação e a deixaria enfraquecida por várias horas, mas ela precisava sobreviver. O beta grunhiu ultrajado quando ela quebrou sua pata dianteira direita com apenas uma mordida. Ossos quebrados levavam dias para se curarem.

Conseguiu se soltar dele e recuou, mas ele logo avançou novamente. Chelsea mordeu-lhe a testa, fazendo escorrer sangue em seus olhos, mas quase imediatamente ele conseguiu derrubá-la. Antes que ela pudessa recolocar o peso sobre as pernas, ambos sentiram o cheiro familiar da alcateia. Cole rosnou e latiu, raivoso, não esperando que os sentinelas atendessem ao chamado da líder. Ele correu para a direção contrária, sabendo que seus dias como beta estavam contados, mas que se fosse rápido poderia escapar e sobreviver.

Clay e outros sentinelas de sua equipe chegaram na clareira, agora na forma humana. Chelsea ainda estava tentando se levantar. Eles a olharam de forma interrogativa, ainda que pudessem sentiro cheiro do ex-beta temendo pela vida. Ela rosnou, cheia de cólera. Eles não podiam entendê-la, mas o significado era claro: "Matem-no."


Notas Finais


Bem, espero que tenham gostado. Não revisei muitas vezes, então pode ter algum errinho. Até^^
jornal; https://spiritfanfics.com/jornais/universo-shifters-conheca-e-apaixone-se-9342568


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