Sinto um frio na minha espinha a questionar de quem ele estava falando. Abro na caixa de mensagens, e começo a ler a conversa dos dois.
Domingo ás 23:03. Mahone: Conseguiu convencê-la a ir?
Ela aceitou.
Domingo ás 23:03. Mahone: Ela irá com você?
Sim.
Domingo ás 23:04. Mahone: Foi ótimo fazer negócios com você, parceira.
Espero que cumpra o que prometeu “parceiro”.
Domingo ás 23:04. Mahone: Não se preocupe. Irei cumprir.
Era óbvio de quem eles falavam: Eu mesma. Estas conversas foram na mesma noite cujo ela me convidara a ir a esta festa. Como ela pode fazer isto comigo? Senti um ódio imenso de Kelsey! Agora entendia o porquê de ela tentar me convencer de que o fato de que eu e ele estarmos na mesma festa fora apenas uma coincidência, além do que ela apenas convidou-me por que Austin estava tramando algo, e aquilo só reforçava o fato de eu achar que ele era o responsável da mensagem de hoje mais cedo. Isto não iria ficar assim, sem respostas. Ela teria que me dar explicações quando acordasse!
Já eram sete e meia da manhã e meu sono fora de péssima qualidade, não apenas por culpa dos roncos de Kelsey, também por que não conseguia tirar aquelas mensagens da cabeça. À noite mal dormida fez-me pensar em várias outras coisas, como o motivo de Kelsey ter me visitado no hospital no domingo, e na mesma noite Austin ter invadido o quarto. Como ele sabia qual o quarto que eu estava? Era claro que ela havia dito a ele! Mas o que ele queria comigo? Por que ela estava ajudando ele? Ela estava sendo falsa comigo todo esse tempo? Odiava pensar nestas coisas. Saio de baixo das cobertas e percebo que o clima estava mais rigoroso e como não tinha carro, teria que ir para o trabalho andando. Era improvável que Eleanor me emprestaria o seu outra vez.
Olho-me no espelho e vejo que minha pálpebra inferior estava escurecida pelo cansaço. Abro minha mala e pego minha base, e passo por cima das olheiras disfarçando um pouco minha cara de sono. Tiro o curativo que protegia o corte do meu braço, já não doía tanto, porém ainda não havia cicatrizado. Passo pomada e troco o curativo. Visto uma blusa de manga comprida de lã preta, uma meia calça grossa e uma calça jeans branca para aquecer-me mais. Pego meu casaco de frio, calço minhas botas e a deixo dormindo em meu quarto e vou para a cozinha, onde minha mãe estava tomando café, ainda de pijama.
— Não vai trabalhar? — Pego uma xicara.
— O detetive Branson pediu para que fossemos na delegacia, às oito e meia e sua avó quer sua ajuda para faxinar a casa. — Respondeu sem olhar-me. — Como foi a tal “festa”?
— Foi bom. — Dei de ombros.
— Ótimo, pois será a última. Após você sair eu e Eleanor conversamos, e não queremos que saia com pessoas que são más influencia, como aquela garota de cabelos curtos que veio lhe buscar aqui ontem.
— Desde quando você e Eleanor entram em um consenso sobre algo?
— Desde que envolve você, nós nos preocupamos com você.
— Quantos anos acham que eu tenho? Doze? Sou responsável por mim mesma!
— Sou sua mãe, e eu decido por você, Esmeri! — Falou séria.
— É minha mãe, mas não é minha responsável, você perdeu este direito quando perdeu a minha guarda para meu pai e caso não se lembre deste detalhe, eu tenho dezoito anos. Sou responsável por mim mesma, sempre fui! Não preciso que ninguém decida nada por mim.
Ela parou e me encarou por alguns minutos, com uma expressão de surpresa congelada em sua face. Levantou-se vermelha pela possível raiva e saiu da cozinha, esbarrando em mim, provavelmente furiosa. Ouço a porta da sala sendo aberta e fortemente fechada em seguida.
Sem acreditar no que eu acabara de dizer, fecho meus olhos e suspiro ainda tonta pela discussão. Será que tinha sido muito cruel?
— Você não vai atrás dela, não é? — Kelsey surgiu na porta, inesperadamente assustando-me. Ela tinha tirado o pijama e colocado a mesma roupa da festa.
— Eu não sei. — Engulo seco. — Escutou tudo? — Pergunto nervosa.
— Acordei com vozes e vim para cá, não ouvi muita coisa. Somente a última parte. — Deu de ombros. — Não sei o que vocês passam, mas ambas precisam esfriar a cabeça. — Concluiu e eu assinto. — Minha cabeça está explodindo, sinto que vou morrer. — Colocou a mão na testa, fazendo um pouco de drama.
— Ninguém mandou beber tanto. — Falo irônica, enchendo minha xícara com café.
— A vida me obrigou! — Defendeu-se, mas logo parou de falar assustada. — Meu carro! — Anunciou. — Onde ele está? — Perguntou desesperada.
— Está lá fora, não se preocupe. Eu te trouxe para cá, o dirigindo.
— Ótimo! — Disse aliviada. — Onde estão as chaves?
— Na mesa da sala.
— Ok. Falando nisto, obrigada por tudo... Se não fosse por você, é bem provável que eu estaria jogada no chão da casa de Vinay.
— Se não fosse por mim, Lorrane teria te levado para casa. — Conserto. — Ele só não fez, por que eu ofereci primeiro.
— Ele só tem dezesseis anos, não dirige. — Pegou o copo na pia e o encheu com água.
— Ele estava preocupado com você. — Solto no ar e ela sorri, em seguida bebendo a água. — Está com fome? — Ela assente e se senta.
— Prince é um doce. Eu o amo muito, ele é como um irmão mais novo para mim! — Falou tirando o telefone do bolso. Aquilo me fez lembrar as mensagens, que eu havia esquecido por conta da discussão com Eva.
— Kyung disse. — Falo seca pegando uma fatia de pão, sentando-me. Não sabia como falar com ela. Não podia ser completamente direta, e dizer que havia xeretado em seu celular e lido suas conversas com Austin. — Vinay não se importou de eu ter ido? — Pergunto tranquila.
— Não, claro que não! — Despejou suco de maçã em um copo. — Por quê?
— Só achei um pouco estranho, ele ter deixado uma estranha adentrar numa festa na sua própria casa.
— Você não foi penetra, foi a minha convidada. — Corrigiu.
— E... Por que me convidou?
— Você é nova aqui e estava de cabeça quente e como já disse, achei legal que se enturmasse com meus amigos, para não ficar perdida e preocupada de mais.
— E por que toda esta preocupação comigo?
Ela arqueou a sobrancelha, com uma expressão de confusão em seu rosto.
— Por que somos amigas. — Falou como se fosse óbvio, devorando uma torrada. — Por que todas estas perguntas de repente, Esmeri?
— Não foi de repente foi só... Curiosidades. — Dou uma risada sem graça, para descontrair. — Austin não se importou?
— Austin? Que aleatório Esmeri!
— Bem, é que... Nós não dos damos muito bem. — Ela suspirou fundo.
— Precisa parar de pensar de que Austin tem algo contra você, pois ele realmente não tem! E mesmo que ele tenha se importado com sua presença ou não na festa de Vinay, eu estaria pouco me ferrando para a opinião dele. — Kelsey parecia tão sincera que quase havia conseguido convencer-me de que aquilo era verdade. Seu celular vibra, indicando uma nova mensagem e depois de lê-la revira os olhos.
— Quem é? — Pergunto curiosa.
— Minha mãe. — Bufou. — Ela pensou que eu estava na casa de Carter, e quando chegou lá e não me viu, quase teve um ataque. Preciso ir. — Se levantou. — Tem que ir para lá as oito, não é? Não quer carona?
— Não vou poder ir à parte da manhã, o detetive quer me ver às oito e meia, e minha avó quer me ajuda depois. — Bato minha mão uma na outra, limpando os farelos. — Pode avisar a Carter para mim? — Ela assente. — Diga a ele que irei as 13h00min, para lá, sem falta.
— Tudo bem. — Terminou de beber seu suco.
Ela pegou sua chave em cima da mesa, e eu a acompanhei até a porta.
— Mais uma vez, obrigada Meri, eu te devo uma!
Dou um sorriso de canto e a observando entrar no carro e partir. Vejo Eleanor em frente sua casa, prestes a entrar no carro também, ela olha em minha direção, acena e faz um sinal para que eu fosse até lá. Fecho a porta atrás de mim e vou até o seu encontro. Ela estava completamente agasalhada.
— Nós estamos com quase doze graus negativos hoje Esmeri, por que não está agasalhada? — Perguntou preocupada, tirando de sua cabeça seu gorro preto e colocando cuidadosamente na minha. — Quer ficar doente?
— Eu estou bem agasalhada, vovó, não se preocupe! — Reviro os olhos.
— Onde sua mãe está? Já são quase oito e meia, iremos nos atrasar para ir à delegacia!
— Nós tivemos uma pequena discussão mais cedo e... Ela saiu.
— Ela “saiu”? — Perguntou indignada.
— Sim.
— E para onde Eva foi?
— Eu não sei. Pensei que estivesse com você! — Bufou e destravou as portas do carro. — Não vou ficar aqui esperando por ela, não estou com paciência. Entre e vamos. — Ordenou e assim fiz.
Eleanor entrou logo em seguida, ligou o aquecedor e fechou as janelas, dando a partida.
Em pouco menos de dez minutos, estávamos no centro e ela estaciona em frente há um pequeno prédio antigo e bege com uma placa pendurada escrita “Delegacia de Airdrie”. Entramos e fomos até a recepção, não estava tão cheio como a de Calgary.
— Em que posso ajuda-los? — Uma policial que ficava por trás do balcão principal pergunta.
— O Detetive Branson pediu para que viéssemos às oito e meia. — Eleanor falou gentilmente.
— Nome? — A mulher falou olhando em uma agenda preta.
— Eleanor Harper e Esmeri Campbell.
— Ele já está à espera de vocês. — Sorriu. — Podem entrar, o escritório do Detetive é a terceira porta a esquerda no corredor.
— Obrigada.
Entramos e fomos para o corredor, e batemos na terceira porta. Havia uma placa pregada na porta, com seu nome “Detetive Daniel Branson”. Ouvimos sua voz gritando do lado de dentro um “entre” e abrimos a porta.
A sala era média, iluminada com a lâmpada fraca, suas paredes, pisos e teto eram de madeiras, igual a todo o resto de móveis que tinha ali. A samambaia que havia no canto, já estava quase morta, e não havia um único retrato de sua família sob a mesa, apenas papeis e livros. Ele parecia um cara fechado e reservado.
— Bom dia detetive. — Eleanor disse simpática.
— Senhora Harper. — A cumprimentou e eles se cumprimentaram com um aperto de mão. Ele olhou para mim e sorriu, e eu retribuo falsamente. Ainda sentia remorsos por ele ter ignorado minhas acusações no dia da invasão. — As donzelas vieram para o depoimento sobre as invasões, certo?
— Sim.
— E... Onde está Eva Lancaster? — Perguntou.
— Ela... Não veio conosco, mas com certeza irá aparecer! — Eleanor disse.
— É bom que ela venha. Colher os depoimentos das três vítimas é essencial.
— Já tem alguma pista de quem seja?
— Estamos investigando. Mas, foram invasões seguidas, na mesma rua. O intervalo de tempo foi bem curto de uma para outra então acreditamos que invasões foram feitas pela mesma pessoa. — Falou pegando um notebook na gaveta. — Podemos começar com você, senhorita Campbell? — Assinto. — Poderia nos dar licença Eleanor?
— Claro. Irei esperar do lado de fora. — Saiu.
— Sente-se. — Falou apontando par a cadeira do outro lado de sua mesa. — Aceita um café ou uma água?
— Não, obrigada.
— Então vamos começar. — Disse tranquilo. — Está conversa está sendo gravada. — Assinto, e então ele apertou um botão de um objeto que parecia ser um controle de TV, um possível gravador. — Nome?
— Esmeri Campbell.
— Idade?
— Dezoito.
— Tudo bem... — Falou digitando. — Iremos tratar da primeira invasão, na noite de 23 deste mês. Relate tudo o que ocorreu, conte todos os detalhes possíveis.
— Eu estava em casa, e fui dormir cedo naquela noite...
— Horário? — Interrompeu-me.
— Lá pelas sete.
— Tudo bem, continue.
— Eu acordei eram quase meia noite com o vento entrando em meu quarto, e foi ai que estranhei, pois tinha certeza de que havia fechado a janela antes de adormecer. — Ele digitou, sem olhar-me. — Então, eu ouvi alguém batendo na porta e quando fui atender não havia ninguém e as luzes não estavam acendendo, estava completamente escuro. Então ouvi barulhos na cozinha, e foi ai que ele me atacou. Empurrou-me contra um dos móveis e depois me empurrou no chão, fazendo com que eu caísse em cima de cacos de vidro e cortando meu baço. Depois disto simplesmente não aconteceu mais nada, ele simplesmente fora embora e depois minha mãe apareceu e ligou para a polícia, e então depois de toda esta tensão eu desmaiei.
— No dia da invasão da casa de sua avó, você apareceu alterada acusando... Austin Mahone, certo? — Assinto. — Por que o acusa?
— Minutos antes de ser atacada, eu recebi mensagens em meu celular. Mensagens dele, me ameaçando.
— Mostre-as, por favor. — Tiro meu celular da bolsa e abro no inicio do chat das conversas. Ele as lê, sem nenhuma emoção em seu olhar. — Mas o número está em anônimo, Esmeri. Como pode ter tanta certeza de que o filho de Carter Mahone, realmente lhe enviou estas mensagens?
— Eu sei que foi ele. — Falo dura.
— Por quê?
— Mais cedo no mesmo dia ele me propôs uma coisa... Uma coisa... “fora da lei”. — Engulo seco. — Ele me deu doze horas para fazer tal coisa, mas eu não fiz. — Minto.
— Estou começando a entender o enredo da mensagem.
— E poucos segundos antes de ele me atacar, ele me enviou está penúltima mensagem, dizendo que meu tempo estava esgotado.
— Conte-me um pouco mais sobre você e Austin Mahone. De onde o conhece, seu relacionamento com o mesmo... — Falou, pegando uma câmera na gaveta e começou a tirar fotos das mensagens de meu celular.
— Trabalho para Carter, sou a babá da filha mais nova dele a menos de uma semana. Meu novo emprego requere que eu fique boa parte do dia na casa deles. — Guarda a câmera e começa anotar novamente. — Nós não nos damos muito bem. Ele parece não se dar bem com todo mundo, é muito antipático, mas comigo é pior! Ele pega no meu pé desde que eu cheguei aqui.
— Está na cidade e no seu emprego há poucos dias, não acha cedo de mais criar uma “inimizade” com alguém, que mal conhece?
— Eu também acho detetive Branson. — Concordo ironicamente. — Agora diga isto para Austin Mahone.
— O que ele pediu para que você fizesse?
— Eu teria que roubar algo de minha avó.
— O que seria este “algo” exatamente? — Perguntou com um ar de curiosidade e interesse.
— Um amuleto, que ele alegava ser dele, mas eu sei que não o pertencia. Ele disse que o tinha perdido e que minha avó havia achado e ficado com ele, e que o amuleto tinha um valor emocional para ele.
— E dois dias depois, ou seja, ontem invadiram a casa de Eleanor Harper e reviraram a casa. — O detetive parecia ter ficado entusiasmado. — Se isto que me relatou for verdade, já tenho o caso montando! Irei chamar Austin Mahone aqui e recolher o depoimento dele. — Dou um sorriso. — Seu depoimento fora de muita ajuda Esmeri. Podemos encerrar por aqui, tenha um bom dia.
— Um bom dia para você também, detetive Branson. — Levanto-me, pego meu celular e abro a porta, vendo Eleanor sentada em um dos bancos de espera. — É a vez da senhora.
Levantou-se e veio até mim, ela estava tensa, era visível em seu rosto.
— Já liguei mais de cinquenta vezes para a sua mãe, e ela não atende. Ela precisa vir dar o depoimento, tente ligar para ela também enquanto eu estiver lá dentro. — Cochichou rápido. Concordo com a cabeça e ela entra.
Sento-me em uma das cadeiras, disco para minha mãe e depois de dois toques ela desliga. Eva estava com o celular, mas não iria me atender. Será que havia sido rude de mais? Ligo pela segunda, terceira, quarta e quinta vez, porém ela continuava desligando.
Eleanor entrou na sala do Detetive já faz um tempo, em breve será a vez de seu depoimento. Onde você está? Responda! — Envio por mensagens. Cinco minutos se passaram e nada.
Bufo, ela estava apenas fazendo seu típico drama. Se toda essa infantilidade de não vir até o detetive, ignorar minhas ligações e mensagens fizesse parte do seu “plano” de me deixar com sensação de culpa, iria falhar!
Dez minutos depois, Eleanor saiu junto do detetive, olhou para mim e depois para os lados provavelmente a procura de minha mãe.
— Onde ela está? — Ele perguntou, procurando também.
— Eva disse que viria, não entendo por que não está aqui ainda! — Vovó disse preocupada. — Ligou para ela Esmeri?
— Ér... Sim. — Minto. — Ela não está se sentindo muito bem e... Disse que virá amanhã, se houver um horário disponível com o senhor.
Ele pareceu insatisfeito com a resposta.
— Diga a ela que ela pode vir amanhã as dez, sem falta. — Tentou ser educado. — Em fim, já podem ir. Tenham um bom dia. — Entrou na sala e fechou a porta.
— Você ligou para ela? — Explodiu.
— Seis vezes...
— Onde ela está? — Interrompeu-me alterada.
— Eu não sei. Ela não me atendeu!
Ela bufou e pegou as chaves dentro da bolsa.
— Vamos embora daqui. — Disse sem paciência.
Saímos da delegacia e entramos no carro. Eleanor estava visivelmente alterada, e não era comum para eu vê-la de mau humor.
— Sua mãe é uma irresponsável! — Disse colocando o cinto de segurança.
— Hoje cedo tivemos uma discussão, e ela está fazendo drama. Não atende minhas ligações nem responde minhas mensagens. — Faço o mesmo.
— Que maduro da parte dela. — Falou irônica. — Eu agradeço todos os dias por Jacob ter-me dado Tristan e você como netos, mas nunca por ele ter me dado Eva como nora. — Eu pensei em dizer algo, mas o fato de ela mencionar meu pai fez-me perder-me nas palavras. A perda ainda era recente, apenas duas semanas, e quando eu começava a superar e esquecer alguém me lembrava dele.
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