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História Chi Ase Namida (Vhope) - Suas Mentiras.


Escrita por: poestic e SexxLi

Notas do Autor


Boa leitura 💞

Capítulo 14 - Suas Mentiras.


– Ela acordou pior essa manhã. – Jin explicou preocupado, enquanto fitava a face abatida de seu dongsaeng.

Jin estava explicando a Taehyung sobre as condições de sua mãe, e que o acontecido da noite anterior poderia ter piorado sua situação.

Seu hyung foi cuidadoso na hora de falar, mas Hoseok não deixou de se sentir culpado pelo acontecido. Ele havia falado de forma petulante com uma mulher mais velha, pior, doente. E se sentiu mal por isso, ao pensar bem.

Outrora, vê-la culpando o Kim mais velho, o maltratando de forma injusta. Era demais para seus olhos, então, apenas revidou sem pensar nas consequências.

Respirou fundo, e entendeu que o melhor seria voltar para casa. Dando essa opção ao seu hyung, que não gostou da ideia, mas aceitou em relutância.

Taehyung também não foi contra, e de alguma forma até se animou. O que deixou o moreno bem preocupado porquê, ambos ficariam finalmente sozinhos por mais alguns dias. E, tinha medo que o loiro quisesse repetir a experiência passada, que na verdade, nunca deveria ter acontecido.

Foi a conclusão na qual Hoseok chegou.

Aquilo só alimentaria os sentimentos do outro, e ainda não tinha certeza do que estava sentindo.

Claro, não era bobo o suficiente ao ponto de não saber onde todos aqueles sentimentos que sentia ao se aproximar de Taehyung iam chegar, porém, temia o que isso poderia causar em sua mente ou em sua vida. 

Já tinha problemas demais para lidar.

Não tornaria o mais velho um deles.

Apesar de estar tudo aparentemente bem alí, com seus hyungs, e agora com Taehyung. Sabia que uma hora tinha que mudar, tinha que controlar aquela vontade intermitente de se drogar. Uma hora, teria que aceitar o passado que carregava, ou morreria por causa dele.

Mas, não seria uma má ideia; morrer.

– Não se culpe Hobi, não é sua culpa. – Jin concluiu sorridente, até notar que o moreno não havia ouvido uma só palavra do que tinha dito. – Hoseok! – Bravejou, enfezado.

Das poucas coisas que o Kim mais velho não gostava, estava na lista; ser ignorado.

O rapaz ainda perdido em seus devaneios respondeu seu hyung com um murmúrio baixo e um olhar de "você disse alguma coisa?", era normal ver Hoseok pensativo ou cabisbaixo, então Seokjin apenas suspirou cansado.

Até quando as coisas seriam complicadas?

– Hyung, quando vai voltar para casa? – Hoseok se adiantou em perguntar, o olhando com as retinas cintilantes. E jin não o deixou de compará-lo com um cãozinho carente.

– Em breve Hobi. Namjoon está procurando uma enfermeira que possa cuidar da minha omma. – Alertou, enquanto preparava um chá. – Vou ter que trabalhar em dobro agora... – Resmungou aos quatro ventos, parecendo irritado. Não era normal vê-lo tão nervoso, e Hoseok até acharia fofo, se não fosse estranho. – Talvez Nam volte primeiro do que eu, já que sua licença é mais curta que a minha. Enquanto isso, prometam que vão se cuidar, principalmente você, Hobi. – O olhou com um olhar apelativo, causando-lhe um leve arrepio na espinha.

– S-sim hyung. – Respondeu com a voz trémula. Era realmente muito estranho ver Jin com aquele olhar ordeiro.

Taehyung sorriu de seu semblante por um instante, supondo que era a primeira vez que o moreno vira o mais velho irritado.

– Do que está rindo Taehyung?! – Hoseok perguntou, franzindo o cenho.

Não era a primeira vez que o pegava rindo desde que seu hyung parou para conversarem. E não se sentia confortável com os risinhos descontraídos dele, já que nada que Seokjin falava era algo para se rir.

– Vai ficar velho mais rápido desse jeito. – Ele respondeu simplista, sem qualquer deboche no tom de voz. – Posso contar as ondas em sua testa uma por uma. – O moreno fez uma careta contra gosto, elevando a destra imediatamente a testa; massageando-a na intenção de deixá-la menos tensa.

– Aconteceu algo entre vocês? – O Kim mais velho perguntou, nada lento, crente de que o clima entre os dois garotos havia mudado de alguma forma.

Ao ouvi-lo, Hoseok sentiu uma onde de choque correr por sua espinha, fazendo-o olhar imediatamente para o loiro, oferecendo à ele uma chance de inventar qualquer coisa que contrariasse os pensamentos de Jin, mas Taehyung parecia estar dormindo em pé, com os pensamentos longe demais para serem trazidos à órbita.

– Nada. – Hoseok por fim respondeu, suspirando. Estranhando a forma que o Kim vinha agindo desde que parou em frente aquele quarto.

Jin o fitou por alguns segundos para logo em seguida deixar um sorriso sutil se formar em seus lábios. Estava feliz apenas por olhá-los, mas não sabia explicar exatamente porquê.

Quando Hobi chegou em sua vida, nunca pensou que o mesmo lhe daria tanto trabalho e tanta felicidade ao mesmo tempo. As coisas eram realmente diferentes quando o moreno estava longe das drogas, esperava que ficasse assim para sempre. Não queria ter que tomar medidas drásticas.

Bocejou satisfeito com a situação, voltando a beber de seu chá.

– Hobi, eu estava pensando nisso há um tempo, que tal começar um curso, para manter sua mente ocupada com algo. – Ponderou, relutante em tocar no assunto.

– Não acho uma boa idéia. – Taehyung se pronunciou enfim, fitando torto para seu primo. Enquanto que sem perceber, apagava o brilho que se intensificava nos olhos do Jung; ao ouvir a proposta. – Hoseok, você precisa se tratar... – Disse com muita dor no coração, ao ver aqueles olhinhos cabisbaixos ao ouvi-lo falar aquilo de modo tão frio e cortante. – Frequentar um curso, com outras pessoas de sua idade seria pior. Digo... – Pensou em uma forma de não magoar o mais novo. – Eles vão querer te arrastar para festas, e alguns podem até te perturbar. – Novamente olhou torto para o Kim mais velho. Ele sabia que Hoseok não podia frequentar nada no estado atual, e ainda alimentava algo do tipo?

– Não irei para clínica nenhuma, se é o que estão pensando! – Mordeu o lábio inferior, envolvendo-se em seu próprio corpo. Clínicas lhe davam medo. Já havia frequentado o ambiente depois que fugira de seu pai, e a experiência não foi nada boa para querer voltar para uma.

– E um psicólogo? – Tae sugeriu, sorrindo quadrado. – Eu vou com você, em todas as sessões, irei te esperar do lado de fora da sala. Mas vou está lá, te esperando. – Fitou-o intensamente, lhe causando calafrios por todo o corpo.

Era quase impossível encarar o loiro enquanto ele o olhava de uma forma tão acolhedora e esperançosa. Com certeza se fitasse por mais alguns segundos aquele sorriso e aquela carinha de cachorro pidão, aceitaria fazer qualquer coisa. Ou não.

– Já chega dessa conversa! – Exclamou, voltando-se contra o loiro.

– Que conversa? – Perguntou Namjoon, ao adentrar a cozinha.

– Não é nada hyung. – Respondeu logo em seguida. Não queria insistir no assunto, não iria à um psicólogo, ou à uma clínica.

Se não fosse para estudar, não estudaria. Nunca precisou exatamente de estudo, não precisaria agora. Saber ler e escrever era o suficiente, então, ele o tinha.

– Bem, Jin, So-hye disse que sua mãe quer falar com você. – Seu sorriso levemente murchou, mas o manteve.

Sua mãe não havia ficado nada satisfeita com a "petulância" de Hoseok, e a noite anterior ouviu poucas e boas depois que o moreno dormiu. Porém, dessa vez não apenas ouviu, como também debateu. Pela primeira vez enfrentará sua mãe, e não que isso fosse certo ou errado mas, não poderia deixar ser humilhado assim. Mesmo que pela pessoa que lhe deu a "vida".

– Estou indo. Enquanto à vocês dois, liguem ou mandem uma mensagem quando chegarem no apartamento. – Avisou, seguindo corredor a fora.

– Como se sente? – Namjoon perguntou, olhando fixamente para o dongsaeng.

Por mais que Nam cuidasse do Jung, ele sempre fora o mais reservado na hora de mostrar seus sentimentos. O que era fofo porquê, Hoseok sentia que ele queria fazer algo por ele, e que o mesmo se culpava sempre de ser incapaz em ajuda-lo.

Era isso que o feria. Seus hyungs sempre estão alí para protegê-lo, e ele agia como se não desse valor ao lar que possuia agora. Só que, era tão difícil abandonar os velhos hábitos. Estava tão acostumado com aquilo que, não sabia se poderia mudar.

 A morte era sua única saída, então.

– Me sinto bem Nam-hyung. – Sorriu, calmo. – Não se preocupe. – Era o que Hoseok sempre dizia a Namjoon, "não se preocupe."

Ahr, se ele soubesse o efeito reverso que essas palavras causavam ao maior.

Namjoon apenas assentiu, após se aproximar e afagar rapidamente suas mãos pesadas em seus cabelos negros, e agora macios como algodão.

– Logo estarei em casa. – Proferia, antes de sair do cômodo.

Hoseok concordou com um murmúrio, queria ter seus hyungs de volta logo, eles faziam tanta falta quando não estavam apor perto que se perguntava como sobreviveria sem eles.

» ☆ «

Após uma longa viagem de volta ao apartamento, Hoseok percebeu o quão quieto aquele lugar ficava sem seus hyungs, o que era dolorosamente assustador.

Taehyung entrava logo em seguida no local, mas com sua atenção voltada ao celular. Desde que estavam dentro do carro, várias mensagens foram trocadas, e o mesmo quase não abrira a boca para falar; só teclando naquele maldito celular. Era estranho, não entendia porquê estava tão irritado com aquilo, afinal, o loiro não era obrigado a lhe dar atenção, mas céus. Deixa-lo jogado ao silêncio ensurdecedor de um carro, enquanto ouvia o celular vibrar de dois em dois segundos era agonizante!

– Quer soltar esse celular! – Ordenou, sisudo. Fazendo com que Taehyung formasse um risinho cínico no rosto. Tal que fez seu coração ofegar em seu peito. – Por que desse sorrisinho? – Reclamou torcendo os braços.

– Nada. Só achei fofo a forma que exigiu para que eu parasse de mexer no celular. – Disse, sobrepondo o aparelho no balcão que separava a sala da cozinha.

Hoseok, por sua vezz fez uma careta, andando até o sofá. Precisava manter-se em guarda, já que qualquer ação do mais velho parecia lhe deixar envergonhado.

– Não à nada de fofo nisso. – Ligou a TV, não ignorando o fato de que o loiro se sentava no outro sofá.

Por que ele estava se sentando tão longe?

Colocou em um canal qualquer, onde passava um desenho japonês muito amado pelos coreanos, e parecia que para Taehyung não era uma excessão. Assim que começou a opening, o rapaz praticamente esqueceu de tudo à sua volta. Inclusive o aparelho.

Hoseok por um lado estava feliz pelo garoto está distraído, mas por outra, ele só desejava atenção?

O que diabos estava havendo?

Ele queria mesmo à atenção de Taehyung ? Era nisso mesmo que estava pensando?

Os minutos se passavam e Hobi se amaldiçoava por não conseguir tirar os olhos do mais velho. Mas, como poderia? Ele estava tão animado com o desenho, que até parecia uma criança boba.

Os olhos amendoados brilhavam, e seu sorriso quadrado não cessava um segundo sequer. Por um momento, sentiu inveja daquele anime, que conseguia tirar do loiro sorrisos bonitos tão facilmente.

[...]

Quando anoiteceu, o desenho já havia acabado e o Kim havia voltado para o celular.

Com quem ele tanto falava?

Aquilo aos poucos foi o corroendo por dentro, se sentia ainda mais nervoso por está com... ciúmes?

Por que?

– Isso só pode ser brincadeira. – Sussurrou mais para si mesmo do que para Taehyung, que pemanecia no outro sofá. E acabara por ouvir suas palavras, o questionando de volta com um, "o que?".

O moreno o encarou como se quisesse mata-lo, e se levantou andando até a cozinha. Sentia o estômago vazio, a medida que seu formigamento na pele voltava. Estava sentindo falta, muita falta. E não era de pessoa alguma.

Hobi pôs uma das marmitas no microondas, enquanto comia do bolo. Estava no sexto pedaço quando sua comida ficou pronta para comer; após ter deixado no canto para esfriar um pouco.

Quando terminou, procurou um pacote de bolacha, depois, de salgadinhos. Em seguida, doces, salgados, massas e etc... Continuou nesse ritmo de comilança até Taehyung perceber e intervir.

– Está exagerando Hoseok. – O rapaz o fitou, prestes a morder um sanduíche.

Suas pupilas estavam dilatadas e suas mãos tremiam. Olhou a sua volta, como se tivesse despertado de um transe, notando a bagunça que havia feito na cozinha.

– Estou com fome. – Murmurou baixinho, pondo o sanduíche de volta no prato.

O Kim o encarou por uns minutos, depois lhe puxou até o sofá.

– Que tal assistimos um filme? – Sugeriu.

– Se você não ficar focado nesse celular estúpido! – Resmungou sem se dar conta de suas palavras na hora, e se praguejou por isso.

O outro apenas sorriu em resposta.

– Vou pegar um cobertor, está começando a esfriar. – Desconversou, indo até o quarto.

Hobi ficou ali quieto, emburrado consigo mesmo por ter agido de forma tão estranha. Idai que ele estava no celular, não era como se realmente se importasse. Ou tivesse direito de lhe ditar algo.

Desventurado, Taehyung acabou que esquecendo seu celular em cima do sofá onde estava, e o mesmo começou a vibrar; quando a tela se iluminou.

Alguém estava o ligando?

Mandando mensagem?

Quem?

E se fosse seu hyung?

"Não faça isso."

Avisou a si mesmo quando pegou o celular do loiro e viu a conversa aberta no bate papo. Correu rapidamente os olhos no nome de quem havia enviado a mensagem escrita, apenas para confirmar que não era Jin;

16:40 PM — Você não faz idéia do quanto eu te amo, Taehyung-ah. — Park Jimin (bolinho).

Mas, se arrependimento matasse, nunca sequer teria tocado naquele aparelho; que largou na mesma hora que ouviu o barulho de Taehyung abrindo a porta.

Seu coração batia em descompasso, sentindo que o ele fosse explodir a qualquer momento. Sabia que sua face estava vermelha, pois a sentia queimar. Se estava nervoso antes, agora estava furioso. Queria socar a cara de Taehyung, e nem sabia porquê.

– Mentiroso. – Deixou escapar, enrolando os braços uns nos outros.

– Quem é mentiroso? – O loiro perguntou assim que adentrou a sala e se sentou ao lado do moreno; que rapidamente o olhou com "sangue" nos olhos.

– As pessoas. Elas são mentirosas. – Continuou, encarando o garoto confuso a sua frente.

– As vezes as pessoas precisam mentir para manter a ordem, Hoseok. – Prosseguiu com a conversa sem entender muito bem do que o mais novo falava.

Assim que o ouviu, o empurrou, se levantando bruscamente do sofá.

– Ótimo, aposto que está mentindo pra mim quando diz que me ama! – Suas bochechas ficaram ainda mais coradas. Estava simplesmente surtando e não conseguia explicar o porquê de tudo aquilo.

Taehyung arqueou as sobrancelhas sem entender o porquê do garoto está falando aquilo tão de repente, mas amou a forma que ele expressava a raiva em saber que talvez ele estava mentindo sobre amá-lo. O que não era verdade, visto que, ele amava Hoseok mais do que a si mesmo.

– Hoseok... – Disse, segurando em sua mão, e o puxando para cima de seu colo. O jung até tentou evitar, mas as mãos quentes e macias de Taehyung conseguiam com apenas um toque, desarma-lo por completo. – Não faça isso. – Pediu suavemente, fazendo com que cada um de seus poros se dilatassem. – Você não tem ideia... – Pousou sua destra na face aveludada do moreno, enquanto mantinha seus olhos fixos nos lábios de Hoseok. – Do quanto me seguro para não fazer nada que te faça se sentir desconfortável depois. – Depositou um selinho nos lábios já molhados de Hoseok; que no momento, sentiu sua alma florescer.

A respiração de Taehyung estava ofegante, e ao senti-la sobre seu rosto, desejou que ele simplesmente juntasse seus lábios mais uma vez, e dessa vez, que demorasse mais.

Seu coração nunca ficou tão aquecido e tão ardente quanto ficava ao lado do Kim. Era tão bom, seu corpo todo amolecia, e uma paz interior percorria por cada cantinho de si.

As borboletas em sua barriga já nem era um incomodo, e o frio na boca do estômago que sentia ao pensar que o loiro o beijaria de novo nem era de lá tão ruim. Pelo contrário, cada toque que o mesmo desferia sobre sua pele era estranhamente agradável. E tudo, simplesmente tudo, parecia não existir, era apenas ele e Taehyung.

– E vê-lo tão nervoso por pensar que não te amo, só me deixa com vontade de beijá-lo ainda mais para prova-lô o quanto está errado. – Continuou, dando mais um selinho rápido no moreno.

Ambos respiravam pesadamente, olhando-se fixamente, perdidos um na íris do outro.

Hoseok se aproximou o suficiente para que o loiro o beijasse, e foi isso que ele fez ao notar que Hobi queria isso mais do que qualquer um, mas talvez não mais do que ele.

Conforme os lábios se tocaram e se aprofundaram em um beijo cheio de movimentos, Taehyung calmamente deitou o mais novo no sofá, ficando por cima e dentre as pernas dele. Ele mordeu seus lábios com delicadeza, e os lambeu em seguida. Sorrindo ao notar que gradativamente, os ombros tensos de Hoseok amoleciam.

Quando a respiração de ambos se tornou escassa, suas bocas se afastaram alguns míseros centímetros. Molhadas e ansiando por mais. Seus olhos se encontraram novamente e Hoseok nunca teve tanta certeza de que estava completamente excitado quanto teve naquele momento.

Ele nunca havia se sentindo assim.

Seu membro pulsava, pedindo para ser tocado, assim como sua entrada, que se contraía ao pensar em Taehyung.

Aquilo realmente estava acontecendo?!

– Tae eu... – Suspirou, manhoso, quase que como um gatinho miando. O que fez o loiro sorrir, e deixar um leve beijinho na testa de Hoseok.

— Eu sei... — Respondeu, procurando se manter no controle.

Com muita relutância, se afastou do moreno e se sentou, ajudando-o a se sentar também logo em seguida. Estavam um de frente para o outro, e Hoseok estava muito vermelho com o fato de que o mais velho parou com os beijos do nada quando ele claramente estava gostando daquilo.

Ele não estava gostando?

E por que pensar nisso o machucava?

– Hoseok... Eu... – Pausou, estava tão tímido. Nunca havia feito tal pergunta à um homem. – Eu não sei se sente o mesmo por mim... Não sei se me ama como eu te amo. Mas sei que, se corresponde cada beijo meu, é porquê sente algo por mim, não é? – Ele ainda não tinha parado para pensar.

Ele realmente sentia?

Fitou o loiro alí, todo envergonhado por está falando sobre aquilo, e mordeu os lábios, deixando um sorriso bobibescapar.

Droga, ele sentia... Sentia e muito.

Mas como ia falar? Não era capaz de dizer aquilo em voz alta, nem que quisesse.

– Tudo bem se não sentir... – Taehyung reagiu ao silêncio do moreno, se aproximando do mesmo, dando-lhe um beijo na bochacha. – Eu vou continuar te amando. – Concluiu, antes de voltar a se afogar nos lábios do Jung; que no momento queria dizer, dizer que gostava dele, dizer que estava começando a se apaixonar, ou que na verdade, já estava apaixonado. Dizer cada sentimento que tinha em seu coração quando se tratava dele. Mas aquele beijo simplesmente o calou, abafou e acalmou seu desespero em querer se abrir.

Seu corpo estava tão quente, que não sentiu frio quando Taehyung retirou sua camisa.

– Eu te amo. – Ele sussurrou, tocando com as pontas de seus dedos o abdômen de Hoseok; que suspirava com cada toque que sofria em sua tez. 

O loiro era gentil e paciente, mimava cada parte de seu corpo com beijinhos e toques que lhe causavam calafrios na espinha.

Ele beijou seu pescoço, fazendo uma trilha com seus lábios até seu bojo. Voltando em seguida a beija-lo na boca, enquanto que, calmamente desabotoava sua calça.

Seus lábios estavam trêmulos, e nem mesmo sabia o que sentia mais. Sua mente só se focava nas mãos macias que o tocavam, na boca quente que o neutrlizava, no corpo viril que o acolhia.

Nunca pensou que por trás do rostinho meigo e da personalidade confusa, Taehyung teria um corpo tão rígido e bem desenhado.

Kim adentrou com sua sinistra suas calças, sentindo o falo de moreno já ereto. A box de Hoseok ficava gradativamente molhada com o pré-gozo, e aquilo lhe deixava ainda mais satisfeito. Ele o desejava, e Hoseok correspondia esse desejo.

Atração ou amor, ele o correspondia de alguma forma.

E isso era o suficiente para si.

Começou a massagea-lo, provocando espasmos curtos em seu corpo. E os gemidos de Hoseok, que tentava ao máximo segurá-los, enquanto desfrutava da boca e do toque de Taehyung fazia com que o coração do loiro errasse uma batida.

– T-tae... – Levou o dedo até os dentes, o mordendo, e interrompendo o beijo. Lutava consigo mesmo para não soltar miados manhosos, como estava fazendo a pouco.

Taehyung parou de tocá-lo, e levando sua esquerda para dentro da box sorriu em deleite ao ver a boca do moreno se abrir em um "O" surpreso e sôfrego.

Ele continuaria... 

Continuaria se de repente o Jung não parecesse tão assustado.

A questão de muitos sentimentos estarem aflorando não significava que Hoseok poderia se esquecer das pessoas que o tocaram sem seu consentimento. A sensação de sentir Taehyung o explorando era prazerosa, acolhedora, gentil. Mas as lembranças ruins eram avassaladoras, marcantes. A grosseria, o pouco pudor, o abuso. Tudo tornava os toques sutis do loiro medonho, nojento. E ele descobriu isso assim que se deu conta do que faziam

– T-taehyung... – Chamou com lágrimas nos olhos, fazendo o mais velho parar na mesma hora.

Hoseok guiou a sinistra do rapaz para fora de sua calça, choramingando. De um segundo para o outro, todo seu prazer se transformou em pavor.

– O que houve? Fiz algo de errado? – O loiro questionou, preocupado. Tentando tocar na face do mais novo; que o impediu, sentando-se no sofá.

Hoseok tentava pensar, por a cabeça em ordem. Não conseguiria fazer aquilo com Taehyung, não agora, não enquanto estivesse com esse sentimento guardado em seu peito. Não enquanto tivesse aquelas memórias.

Tentou controlar as batidas de seu coração, que uma hora batia por paixão, e agora batia de medo.

E assim que o Kim o fitou com mais profundidade, sem tesão, notou que o garoto estava hiperventilando, parecendo tão pálido quanto um fantasma.

Havia exagerado, muito.

O Jung sentiu o braço do loiro o envolver, guiando sua cabeça até seu peito. Acariciando lentamente suas madeixas escuras.

– Desculpe... – Sussurrou, mantendo-o sobre seu peito.

Quando o silêncio se instalou na sala, Hoseok pode ouvir o que havia sentido desde que pousou sua cabeça em Taehyung. Seu coração estava batendo violentamente contra sua caixa torácica, não rápido. Mas lento e intenso. Era como se o coração do mais velho fosse parar, mas insistisse em continuar a bater à força.

Sua tez estava fervendo, e todo seu corpo parecia vermelho pela temperatura em que estavam.

Era esse o efeito que provocava em Taehyung?

O loiro continuou à acaricia-lo até se dar conta de que o moreno havia finalmente cochilado. Ele respirou fundo, e deitando o moreno no sofá calmamente, o cobriu com o cobertor que buscará. Permaneceu alí, inerte por alguns longos minutos, zelando pelo sono da pessoa que lhe roubará o coração e o ar.

– Como alguém pode ser tão lindo até mesmo dormindo?! – Exclamou sem medir o tom de voz, desferindo pulos de alegria.

Uma hora ou outra, Jung o aceitaria, e nada o deixava mais feliz.

Continuou pulando sem parar, até perceber que seu celular vibrava. 

17:20 PM — Taehyung- ah!

As aulas logo vão começar, conseguiu terminar a redação?

Aish

Eu não acredito nesse trabalho!

Onde diabos eu iria achar um dependente químico para me contar sobre como é ser um dependente químico?

Por sorte eu fui em uma sessão em grupo onde as pessoas contam sobre seus vícios. Consegui tirar ótimas coisas de lá. E até consegui entrevistar um ex usuário!

Me responde assim que der! 

Park Jimin (Bolinho). —

Taehyung finalmente havia se lembrado do porque está com aquele garoto, mesmo que nunca tenha se esquecido disso.

O motivo por qual havia aceito ajudar o primo.

Um trabalho, uma experiência.

Era isso que Hoseok era para o Kim no início.



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