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História Choco Cookies - Sendo forte


Escrita por: AgomeChan_

Notas do Autor


- respostado-
Faz um tempinho que eu já tinha terminado esse capítulo, mas é que eu tive uns imprevistos aqui eu casa (sou praticamente mãe agora, o nome dela é Nicole e ela é uma linda cadelinha da raça Pinscher miniatura... eu acho q é assim que se escreve)
Pois bem, vamos a mais um capítulo desse casal fofo?

Capítulo 5 - Sendo forte


Fanfic / Fanfiction Choco Cookies - Sendo forte

- Você não sente vergonha?

Claro que sentia. Sentia tanto que não conseguia encarar meu pai, furioso durante o jantar.

Minha mãe apenas observava, me olhando preocupa.

- Você é um homem ou um rato?! Tem que saber se defender. Deu problema até pras suas amiga, sabia?

Apertei minhas mãos e fechei meus olhos. Tremia. Iria chorar. Tentava me segurar, mas eu sentia que iria.

Minha mãe deve ter percebido, por isso disse ao meu pai:

- Querido, já chega.

- Mas…

- Já chega. – Repetiu, pegando minhas mãos. – Ken, pode ir para seu quarto, conversarei com seu pai.

Corri no mesmo momento. Tranquei a porta. Sentado em meu quarto com a testa sobre os joelhos segurei as lágrimas. Não fui um chorão naquela noite.

 

No dia seguinte, na escola, procurei por ela em todos os lugares.

Ela não tinha ido.

Fiquei assustado, mas Letícia me tranquilizou dizendo que ela tinha ficado em casa.

Porém nos dias em que se seguiram foram a mesma coisa. Durante duas semanas inteiras ela tinha praticamente desaparecido. Não estava na escola, nem na loja de brinquedos.

Tinha vergonha de falar com AkiMitsu-san depois do ocorrido, mas pela ansiedade de receber noticias de senpai, fui até ela. Mas ela também não sabia.

Nenhuma de suas amigas sabiam me dizer sobre seu paradeiro.

 

Era como estar em um pesadelo. Nightray-senpai nunca foi de faltar e agora ela não estava indo a escola por minha causa.

 

Me lembro daquela dia da briga.

Eu vi seus pais a levando pra casa. Eles eram altos, vestiam roupas formais tão chiques que pareciam estar deslocado. Quando os vi, já estavam de saída, entrando num carro caro com um motorista abrindo a porta. E então lá estav Nightray-senpai, e ela me viu também.

Parou por um momento e ficamos nos olhando. Eu distante, muito distante dela, na entrada da escola e ela lá na calçada.

Sorriu.

Doeu como um soco.

Nunca a tinha visto dar um sorriso tão dolorido e só pensei que aquilo era com certeza um mal sinal. Ela tinha uns arranhões, estava um pouco suja e com um band-aid na bochecha. Como iria trabalha naquele estado?

Fiquei esperando sua ligação durante aquele tempo, com medo e vergonha de ligar, mas ela não o fez.

Certamente não queria falar comigo.

Então durante esses dias só pioraram minhas hipóteses.

Só soube pelo Nathaniel um pouco do que tinha acontecido naquela “reunião”.

- Olha, Kentin. Eu pude ouvir os pais dela lhe dando uma severa bronca e falando sobre transferi-la para um outro colégio.

- O-o que?

- Foi tudo o que eu ouvi. Seria falta de educação ficar escutando a conversa toda.

Concordei e sai da sala do grêmio cabisbaixo. Desde então não soube mais nada sobre o assunto.

Será que ela já tinha sido transferida?

Tudo por minha causa.

 

Eu… realmente… precisava vê-la o quanto antes.

Afinal meu pai decidiu me mandar pra escola militar e eu… eu queria vê-la pela ultima vez.

 

- Ken? Ken? Kentin-kun?

Pisquei algumas vezes, acabei dormindo no meio da aula classe. Meus olhos ainda estavam húmidos por eu ter ficado chorando.

Tinha sido o Alexy a me acorda.

Eu tinha esperança de que poderia ser ela.

- A aula já acabou, está na hora do intervalo, vá comer algo, tá?

Manei a cabeça em “sim”, mas ele ficou um tempo a me olhar preocupado. Não estava acreditando muito em mim.

Mas foi embora, porque seu irmão o chamava para irem almoçar, junto com uma garota baixinha e ruiva chamada Milla.

Eu mal falava com o pessoal da escola esses dias.

E nem estava com fome.

 

E então… levo um susto com o som de uma pedrinha batendo na janela.

Olho pelo vidro e vejo Vicktória-san lá embaixo.

Apesar dela não parecer consigo mesma usando aquela peruca loira, a qual ela brincava com uma mecha. E as lentes de contato verdes. Carregava uma cesta de piquenique. Usava um longo vestido florido e sapatilhas. Se destacando por não estar com uniforme.

Ela fez um sinal com a mão, me chamando.

Enchi o pulmão de ar e sai correndo, quase derrubei Alexy, Armin e Milla no corredor. Pedia desculpas mais tarde.

Peggy, com meu esbarrão, caiu em cima da Melody e foram papéis que ambas carregavam para todos os lados.

- KEEEEN! – Berram.

- Desculpeeee! – Foi o máximo que consegui responder.

Cheguei até suar e quando finalmente cheguei ao jardim da escola, me apoiei em meus joelhos enquanto respirava arfante tentando recuperar o fôlego.

- Shiba-kun é como um cão realmente. – Comentou olhando pra mim.

Zoando meu sobrenome, já que Shiba Inu era uma raça canina.

- N-Nightray-senpai desapareceu por duas semanas… – disse ainda tentando recuperar o fôlego.

- O Ken tem meu número. – Arqueou a sobrancelha e cruzou os braços. – Por que não me ligou?

Fiquei nervoso.

- D-Desculpa, eu queria ligar, mas… mas eu não conseguia, tinha vergonha de mim mesm…

Ela me beijou e pelo susto cai sentado no chão. Fiquei tão surpreso pela sua atitude como alguns de nossos expectadores.

Vicktória-san ficou olhando pra mim por um tempo e depois começou a rir.

- Ken-kun é engraçado. Eu também não te liguei, lembra?

- M-mas… meu pai fala que garotas sempre tem razão.

- Seu pai é um homem sábio. – E estendeu a mão a mim. – Os meus pais não me deixaram vir a escola, então sai de casa escondida. – Arregalei os olhos. – Vamos comer juntos, tá bom?

Ela saiu escondida só pra me ver?

Eu peguei a mão dela, mas estava tão vermelho que só conseguia olhar para seus pés com aquelas sapatilhas rosas que iam na minha frente. Quando fadas pousam no chão e caminham pelo vale, elas deveriam andar assim… como senpai.

Como tive a sorte de encontra uma garota assim?

 

- Ooooh, a senpai fez tudo isso? – Perguntei maravilhado olhando os biscoitos, sanduiches e o suco que ela tinha trazido na cesta.

Me deu uma caixinha embrulhada num plástico azul, amarrado num laço de um tom mais forte.

- Fiz um bolinho de chocolate para você levar pra sua casa depois.

- M-mas como senpai teve todo esse tempo?

- Bem, meus pais nem queriam que viesse pra essa escola “de más influências”. – fez aspas com os dedos – E também estão mais no meu pé, por isso trabalhei só um dia. – Ela suspirou passando a mão em seu braço. – Está sendo chato, sabe. Então tive tempo suficiente.

- Entendo…

Não sabia mais o que dizer, por isso peguei já um sanduiche e comecei a comer. Ela riu de maneira graciosa quando exclamei dizendo que estava muito gostoso.

- O marido de senpai terá muita sorte!

Só percebi o que disse quando ela ficou muito vermelha e desviou o olhar. Comecei a tremer.

E ela reclamou me olhando emburrada:

- Você falou “o marido”, como se ele não fosse você!

Comecei a tremer frio, ao mesmo tempo em que meu rosto queimava pela vermelhidão e fiquei a gaguejar muito:

- F-Foi r-reflexo…

- Então não se imagina junto comigo e seu inconsciente o fez dizer isso?

Ela parecia uma psicóloga.

- Nã-não é isso!

- É por que eu sou muito alta?

- N-não! De jeito nenhum!

Ela inclinou a cabeça pro lado e se aproximou me analisando, me deixando mais nervoso.

- Então é o que?

- Jeito de dizer, porque claro que seu marido serei eu! – Acho que poucas vezes na vida falei tão decidido na vida ou com tanta coragem, o que me surpreendeu e surpreendeu ela também. – Então por favor – me curvei – cuide de mim!

Ela riu e limpou o canto da minha boca com um paninho (azul).

- Hai¹, hai¹.

 

Eu a tinha praticamente pedido em noivado e ela não saiu com medo. Eu era o garoto mais feliz do mundo.

Mais estranho e mais feliz.

Bem… pelo menos até o dia seguinte em que ela voltou a escola vestida normalmente e mal nos falamos.

Ela não sorriu pra mim nenhuma vez.

Ela não sorriu pra ninguém.

 

Mas eu não tinha tempo a perde.

Então quando ela estava falando com a AkiMitsu e Lety, que pareciam estar tentando convencê-la de algo, eu lhe chamei:

- É verdade que você vai ser transferida?

As meninas ficaram a olhar pra ela com curiosidade e rapidamente senpai virou o rosto e respondeu com um rápido “sim”.

- E eu sei que vai para escola militar, então…

Então… o que?

E como ela soube?

Não importava.

- E eu sei que você vai embora amanhã. – Senpai virou o rosto bruscamente, espantada e ficou olhando para mim. – Eu decidi te acompanhar amanhã, eu pego… o ônibus com você.

Vi um sorriso surgi, fiquei feliz, mas logo ele virou uma estranha gargalhada.

Uma gargalhada alta que foi abaixando e se tornando um choro.

- É inútil, não vê? – Dizia secando as lágrimas do canto dos olhos pelo riso, porém enquanto mais ela ia falando, mais pesadas iam ficando aquelas lágrimas. – Minha escola não fica a um quarteirão ou num bairro um pouco mais distante. Eu vou pra Itália.

Foi como sentir o peso do mundo me esmagando e vendo o olhar cabisbaixo das duas ao seu lado, presumi que era sobre isso que discutiam com ela.

Senpai era assim mesmo.

Nesses poucos dias eu me empenhei para conhece-la melhor porque me apaixonei.

 

Vicktória tinha 1.70 de altura, sendo assim cinco centímetros mais alta que eu. É do signo de libra. As pessoas a chamavam de rainha do gelo, mas não a via como fria, na verdade ela era tímida. Gosta de fazer as coisas perfeitas, como aqueles biscoitos. E tem dificuldades em se decidir nas coisas.

Não gosta de fazer escolhas.

Tinha o costume de puxar o lábio e desviar o olhar quando estava feliz, algo que era mais próximo de um sorriso, até começar a se soltar e a rir diante de mim.

Extremamente educada.

Tentava esconder das pessoas seu trabalho de modelo, mas eu sei que chegaria um dia em que ela perceberia que era sua vocação.

Seu ursinho preferido é rilakkuma², principalmente as versões grandes dele.

Muito fofa.

Tenta ser neutra porque para ter total controle de suas próprias emoções.

Como durante aqueles dias, me evitando, pra não desmoronar. Ou naquele piquenique que para ela seria o nossos ultimo encontro perfeito. Muito mais perfeito, porque não tínhamos a sensação de despedida.

Ela gostava de romance perfeitos, como eu.

 

Vicktória-senpai estava apaixonada por mim.

E eu por ela.

 

- Vamos juntos.

Ela praticamente engasgou.

- Vamos juntos. Caminharemos juntos até a estação de trem e iremos juntos até o aeroporto e de lá seguiremos cada um o seu caminho.

A vi ficando atordoada e cabisbaixa, mexendo num fio de seu cabelo preto. Inspirei mais o ar aos meus pulmões, tirei meus óculos mesmo não conseguindo vê-la direito, para ela ter que me encarar diretamente. Olhar-me nos olhos. Saber que falava sério.

- Seguiremos nossos caminhos diferentes, porém sempre estaremos juntos, Vicktória-senpai! Eu definitivamente não vou ficar enrolando pra te ligar ou demorar pra entrar em contato com você mesmo estando na escola militar!

- Ken…

- Vou te esperar em frente ao portão da escola amanhã!

Sua expressão ficou mais séria, desviando seu foco para o bebedouro ao lado.

- Eu não irei. – Abraçava seus próprios braços. – Por que vai se dar ao trabalho de me levar até lá? Fique em sua casa.

- Não! – Acredito que o corredor inteiro parou para ficar nos olhando com curiosidade. – Eu vou ficar te esperando e de lá irei para minha escola militar! – Ela apertou mais forte seus braços. – Irei só no avião, sem meus pais, nem nada e estou te pedindo, sendo um grande egoísta, que faça o mesmo, porque quero ficar até os últimos segundos com você. SÓ com você!

- Eu já disse que não, Shiba!

Ela nunca me chamou assim.

- Mas irei te esperar Vicktória. – E eu nunca a chamei sem sufixo, o que fez seu olhar se suavizar um pouco. – Vou esperar até morrer se for preciso. – E sai andando.

Normalmente correria, mas andei calmamente e quando fiz a curva no corredor desmoronei sentando no chão e respirando afoito.

O que eu tinha feito?

- Ei. – Olhei para cima e lá estavam Castiel e Armin, me olhavam espantados.

- Você foi muito corajoso, moleque. – Disse o Castiel.

- Parecia um herói de visual novel.

- O-o que é isso Armin-san?

- Hm… é um gênero de jogo.

E se retiraram.

Fui chamado de herói e corajoso no mesmo dia…

Eu serei mais forte para ser apoio da Vicktória.

Ela precisa de um ponto de equilíbrio pra tantas mudanças nesses dias. E o ponto serei eu.

Quero ser especial pra ela, como ela é pra mim.

Porque a amo demais que chega doer.

 

Contínua…


Notas Finais


AkiMitsu: Coragem Kentin-kun! Coragem! >.<
Ken: Hm! >.<


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