História Cidade de ninguém - Prólogo

Abro meus olhos, sinto como se tivesse acordado de um longo sono. Não lembro que lugar é esse, só sei porque estou aqui e tenho uma vaga lembrança de que amo esse lugar, aqui as estrelas aqui brilham de um jeito tão diferente... 

Percebo que minha mão está sangrando, então levanto do chão e vou até o lago, que reflete o céu como um espelho. Boto-a na água e vejo o sangue se espalhar. Embora eu saiba o que estou fazendo aqui, estou muito calma.

Infelizmente, minha calmaria é quebrada por uma dor horrível que invade meu corpo, como uma flechada muito forte, mas eu fico parada, sei exatamente o que está acontecendo.

Caí de joelhos. Quero gritar, mas por quê? Tudo vai ficar certo agora. Eu aceito meu destino.

Eu sinto o vento me empurrando pra longe, relaxo meus corpo como se pedisse "Leva-me". Acaba aqui meu rumo, solto o ar que prendia nos pulmões. Meu corpo vai pra frente e meu rosto vai em direção a água.