História Cidade de um novo dia - Essa dor que não tem fim.

Clary não sabia o que fazer, o que falar. A foto a paralizou, como seu seu mundo congelasse naquele momento. Depois de um longo tempo enfim falou.
- Jace que brincadeira é essa??
- Acho que essa fala é minha querida Clarissa.
- Jace não pode ser verdade, essa foto....
- Eu pensei a mesma coisa, jurei que isso só podia ser um engano. Mas qual é a explicação para isso?? Está claro!! Essa é você Clary!!!
- Isso é impossível!!! Eu nunca beijei ninguém além de você Jace!!! Nem sei quem é esse homem na foto, nunca o conheci na minha vida!!! - Clary estava desesperada, ela sabia que nunca faria isso com Jace, e nunca fez. Mas ele a olhava com nojo nos olhos, não acreditava em suas palavras isso ela tinha certeza.
- Tudo bem Clary....
- O que??
- Eu disse que tudo bem, você nunca foi nada para mim também. - O mundo de Clary caiu. Ela nunca viu Jace falar aquilo, ainda mais com tanta verdade em seus olhos, aqueles lindos olhos dourados.
O silêncio tomou o lugar e Clary desistiu da batalha, havia perdido. Sabia que Jace não acreditaria, ela mesma não sabia se iria acreditar vendo uma foto daquelas. Tudo que fez foi desabar no frio e umido chão e deixar a gelo dos olhos de Jace a tomar.

Alec havia saido do instituto rumo a casa de Magnus, deixou a missão "SOS pombinhos a sós", como Izy apelidou, nas mãos da irmã. Alec não acreditava na foto, nunca imaginou Clary capaz de algo deste porte, ainda mais com Jace alguém que amava mais que a própria vida. E sabia que o irmão, com todo seu ciúme, não enxergaria a verdade.
As ruas estavam vazias e o frio forte, porém nada impediria que Alec chegasse a casa de seu namorado. Namorado, Alec não se acostumara a essa palavra, nunca havia se imaginado amando antes de conhecer Magnus.
Emfim ele chegou, depois de muito andar e batalhar com o forte frio que subia por suas costas o fazendo arrepiar. Como de custume pegou a chave que ficava embaixo do tapete marrom e entrou, a sala estava quente e com um forte cheiro de café agradável e familiar a ele. Magnus estava sentado lendo um livro, Alec percebeu que o sofá do dia era roxo escuro com pequenas flores negras, como sempre seu namorado tinha ótimo bom gosto. Assim que Alec se aproximou Magnus levantou sua cabeça sentindo a presença de seu companheiro.
- Então o plano deu certo?? - Magnus sabia do plano, afinal foi ele quem ajudou a bolar o esquema.
- Na verdade ainda não, temos que esperar até Izi ir soltar eles.
- Vocês caçadores de sombras sempre tão orgulhosos, nunca assumiriam um erro. Mas afinal isso que os torna charmosos... - Magnus se levantou e foi em direção a Alec. Como um gato ele o prendeu na parede dando leves beijos em seu pescoço, depois foi subindo rumo a sua orelha. - E também deliciosos.
Alec ficou vermelho com o comentário fazendo Magnus rir, aproveitando a distração do feiticeiro Alec o puxou para o chão e o prendeu com seu corpo. Começou com um beijo quente porém calmo, mas foi ganhando intensidade e força. Enquanto Alec o beijava Magnus o explorava com suas mãos esguias, rápido e destemido, como se já fizessem isso a vida toda.
Em pouco tempo ambos estavam apenas com suas roupas intimas, arfando com o contato que causava cargas de energia em ambos.
- Acho melhor irmos para o quarto meu anjinho, o chão não é muito confortável. - Magnus abriu um sorriso diabólico e pervertido para Alec, e este, o pegou no colo e levou quarto a dentro...

Isabelle estava indo rumo a cozinha libertar os "pombinhos", já se passará três horas e das duas uma, ou eles se acertaram e perceberam que tudo era um mal entendido, ou se matarão lá dentro e por isso ela não ouvia gritos.
Assim que Isabelle destrancou a porta viu um vulto vermelho passar correndo e Jace imóvel olhando com olhos tristes para a porta, não tinha duvidas, eles não se resolveram e pior Jace com certeza tinha falado coisas horríveis a Clary.
Izy tentou correr para alcançar Clarissa mas de nada adiantou, rápida como sempre foi já havia partido noite afora, correndo rumo a não se sabe onde vestindo as roupas de Isabelle.

Clary etava indo rumo ao parque, não sabia o porque, mas sabia que iria lhe fazer bem.
Sempre foi forte, não gostava de chorar, mas não aguentava mais tanta dor que sentia. Ela foi em direção ao lago e sentou na margem, logo em seguida as lágrimas começaram a cair uma após a outro dando lugar a um choro de dor, tristeza e tudo que guardava nos últimos dias.
Ela estava se levantando para ir embora, tudo que queria era ir para casa e desaparecer em seu mundo de desenhos e tinta, porém foi surpreendida por uma pancada na cabeça. Pouco a pouco o mundo de Clary foi se escurecendo em sua frente, tudo que pode ver foi um homem usando uma capa escura que cobria todo o rosto...