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História Cidade do Pecado - Give Us A Little Love.


Escrita por: Lari_Do_Bieber

Notas do Autor


Bom, esse capítulo é BEM DRAMÁTICO!

trad: Nos dê um pouco de amor.


BOA LEITURA!!

Capítulo 15 - Give Us A Little Love.


 

 

 

 

– Meu Deus. – ele levou a mão na barriga. Seu olhar pesado que me machucasse como um corte profundo. Talvez Valentim não estivesse tão errado, talvez eu estivesse sentindo mesmo alguma coisa e agora eu olhava pra ele tentando não demostrar isso. Justin se levantou e nos encarou. – Eu preciso ir vomitar.

 

 Ele passou por mim e Valentim esbarrando na cadeira, eu queria levantar e correr atrás dele e dizer  "Você acha mesmo que eu ficaria com ele se não fosse para proteger alguém?" Mas a resposta dele seria "Sim. Porque você é uma vadia interesseira". Meu pulso foi segurado com força e só agora eu notei que eu tinha ficado de pé.

 

Sentei-me novamente sobre a coxa dele, desviei o olhar pesado e julgador de Chris e Ryan. O olhar que dizia "sua idiota" que vinha de Haley, Barbara e Emma.

 

– Um brinde a tudo que conquistamos. – Valentim levantou o copo.

 

Ninguém respondeu ao seu brinde e meu pensamento estava em algum lugar daquela maldita boate. Estava na droga de um túmulo idiota de alguém que só fez me amar e pagou por isso, e agora tudo se repetia graças à filosofia maldita de alguém de não ter sentimentos.

 

 

 

 

Pov Justin

 

 

 

           Sai o mais rápido que pude daquele lugar, eu queria vomitar, sentia tanto nojo dela e nojo de mim por ter ficado com ela. Como ela pôde? Cassy estava em um compromisso com o homem que a usou, vendeu, a fez matar os pais, que espécie de mulher era aquela? E o que eu tinha mais nojo era o fato de que eu a adorava e só agora eu tinha percebido isso. Eu adorava o modo que ela fazia as coisas sem medo, adorava o jeito que ela me encarava quando estava excitada, adorava o sexo que ela fazia e como ela gemia meu nome, eu adorava cada milímetro dela e agora eu tinha nojo e repulsa.

 

    Não tinha percebido que já estava parado em frente de casa, eu segurava o volante vendo as pontas dos meus dedos ficarem vermelhos, por um reflexo olhei para onde a cortina balançou, era o meu quarto e Jhode estava lá encarando alguma coisa. Tudo que pude pensar era na inocência dela, no corpo dela, no olhar doce, como ela era diferente de Cassy.

 

Subi as escadas rapidamente pulando degraus. Jhode assustou quando abri a porta e a mesma bateu contra a parede.

 

 

– Justin? Tudo bem? – perguntou preocupada segurando o pano fino que cobria o corpo. – O que você tem?

 

 

– Jhode. – aproximei-me dela, passei a mão pelos seus fios de cabelo. Tudo que eu precisava era do corpo dela. – Não pergunte. Faça amor comigo.

 

 

Forcei um beijo, antes de correspondê-lo ela se afastou me encarando sem entender.

 

 

– O que você disse? – pareceu surpresa.

 

– Eu quero que você tire essa roupa e faça amor comigo Jhode.

 

Ela fez um sim com a cabeça e sorriu, puxou-me para perto e juntou nossos lábios, minha língua pediu passagem e se entrelaçou com a dela.

 

     Segurei sua cintura dando impulso para que ela subisse no meu colo, ela abriu os braços deixando cair o pano que cobria a lingerie preta de renda. O colchão balançou e o corpo dela foi iluminado, ela era linda e sua pele se arrepiava a cada toque, não se importava que eu controlasse a situação, ela adorava.

 

      Ela abriu meu zíper e tirou a minha calça com facilidade, depois puxou a blusa e eu já estava nu em cima dela. Seu corpo era quente e cheiroso, delicioso e delicado, não me fazia perder a cabeça como Cassy fazia, me fazia querer mais e mais sem parar.

 

     Eu precisava daquilo, talvez pelo fato do sexo entorpecer a dor. Por que era isso que eu sentia, dor. Um buraco minúsculo que parecia ter suas paredes rachando prestes a abrir uma cratera, eu olhava a garota deitada naquela cama e eu via como tudo seria tão fácil com ela e sem nenhuma complicação enorme. Era sexo e eu estava no controle. Não Cassy.

 

E eu precisava disso, precisava me livrar de alguém que estava ocupando um lugar errado na minha vida. Precisava me livrar de Cassy Williams.

 

 

 

 

Pov Cassy.

 

 

 

Apertei as chaves do carro com força deixando uma marca na palma da minha mão, eu precisava fazer uma escolha e teria que ser agora. Talvez ele entendesse, não seria igual como aconteceu com Alex porque Justin conhecia como esse mundo era e me ajudaria achar uma solução.

Ou talvez ele ainda continuasse me olhando com aquele olhar que dizia "você é a rainha das vadias." E com certeza eu era, eu aprendi a ser desde cedo, mas isso não era uma justificativa para alguém ficar com pena, afinal, é pra isso que existe o livre arbítrio.

 

Tentei ligar várias vezes, tentei mandar mensagem, mas ele não respondia. E por alguns instantes eu pensava em como a minha vida era uma merda, todas as noites eu transava com alguém diferente depois de encher a cara, tudo para que eu sentisse um mísero orgasmo. Tudo porque eu tinha medo.

 

Mas você é Cassy Williams, a garota que não tem sentimentos. Foda-se Cassy  Williams! Eu não era ninguém além de um personagem criado, alguém que parecia ser criado em laboratório.

 

Parei em frente à mansão atrás do carro mal estacionado dele, quando desci vi a luz acesa no segundo andar, provavelmente do quarto dele. Não tinha ninguém na sala ou na cozinha, estava escuro e frio do lado de dentro, meus saltos batiam no mármore do chão fazendo um eco pelo silêncio.

 

Essa é a hora, coragem. Conte pra ele.

 

Ouvi alguns sussurros estranhos, mas não parei para prestar atenção. Quando bati na porta minhas mãos tremiam, ele iria me entender, não ia? Porque eu estava com tanto medo dele? Talvez pelo falo da maneira que ele me faz se sentir, o olhar em cima de mim, ele fazia tantas coisas comigo que eu não conseguia explicar para mim mesma.

 

Ouvi passos, meu coração foi acelerando, acelerando e acelerando.

 

– Sim. – eu só pude sentir que aquele segundo parou e ele me olhou, mas não demonstrou expressão. – O quê você quer?

 

 

– J-justin, eu preciso falar com você. – disse engasgada. – Te contar uma coisa. 

 

 

– Eu não quero saber. – tentou fechar a porta.

 

De imediato coloquei a mão sem pensar duas vezes sentindo o choque da madeira amassar a minha pele. Ele arregalou os olhos na direção da minha mão ainda repousada no batente, talvez esperasse uma reação minha de gritos e xingamentos. Mas por mais que aquilo estava doendo, eu precisava fazer uma escolha.

 

– Eu preciso te contar uma coisa. – ele me encarou. – Por favor. Eu preciso! – eu já sentia algo crescer na minha garganta.

 

– Cassy, eu não preciso saber os seus motivos para ter uma relação com aquele homem. – começou. Grosso e ríspido.  – Eu não quero saber de nada que tenha ligação com ele e você, não mais. Estou cansado.

 

 

– Mas você precisa saber! – disse um pouco alto o fazendo apertar os olhos impaciente. – Precisa!

 

– Justin? – uma voz veio de dentro do quarto. Justin fechou um pouco a porta para que eu não pudesse ver quando ele olhou para trás e sussurrou algo.

 

 

Mas eu vi. Eu vi aquela vadia idiota que se fazia de santa, eu a vi enrolada em uma colcha branca.

 

 

– Você está me julgando por estar com Valentim sem saber o porquê, mas esta transando com essa vadia? – gritei batendo a mão forte na porta a sentindo latejar. – Qual é o seu problema?

 

 

Ela recuou aterrorizada. Uma cadela reconhece outra quando está perto e eu a reconhecia, Jhode não era uma menininha inocente, ela sabia de coisas e eu podia ver isso nos olhos dela. Não tente mentir para um mentiroso.

 

 

– Sai daqui agora Cassy! – ele gritou ainda segurando a porta. – Sai ou chamo a segurança.

 

– Você só é mais um que se derrete assim que uma garota chora e se faz de vítima na sua frente. – o encarei por cima dos ombros. Jhode ainda estava imóvel com aquela cara de vadia. – Você me julga, mas essa garota mente pra você todos os dias. Toda vez que você olha os olhos dela! – a encarei e ela recuou quando dei um passo para frente. – Você, Jhode, pode enganar qualquer um com essa cara de sonsa, mas eu sei que você é uma cobra esperando para dar o bote!

 

– Você é uma vadia cassy. – ela disse. – Uma vadia.

 

As pontas dos meus dedos arderam depois que se chocou com o rosto dela. Jhode me encarou surpresa com a mão onde eu havia batido e os olhos lacrimejados.

 

 

– Você veio do mesmo lugar que eu. – eu sentia a minha garganta raspar. – Somos iguais.

 

 

– Você é maluca! – a mão de Justin se fechou no me braço, sem pensar duas vezes ele começou a me arrastar para fora do quarto.

 

 

 

 

Ele bateu a porta com força, onde ele segurava já estava roxo pela força que ele depositava. Quando ele parou, empurrou-me me fazendo bater levemente na parede.

 

 

– Eu tenho que te contar, me deixa te contar! – tentei me aproximar, mas ele segurou a minha mão na reta do peito. – Você não pode transar com ela, não pode! Chega Justin, você vai me ouvir. Acha mesmo que eu estaria com Valentim por vontade própria?

 

 

– Eu não me importo Cassy! – gritou. – Estou cansado das suas histórias e de como você sempre sai de vítima no final! Nós temos escolhas e você fez a sua. – seu rosto estava vermelho. Eu só podia pensar em como eu tinha acabado naquele estado.

 

 

– É por isso que estou aqui, porque eu fiz uma escolha! – disse se aproximando novamente. – Você é minha escolha. Você! – ele ficou em silêncio, talvez assimilando o que eu tinha acabado de dizer. – Aquela garota lá dentro pode te dar prazer, te fazer gozar e suspirar. Mas comigo você sente mais do que um arrepio atrás do pescoço, eu sei que você sente o seu corpo queimar feito fogo Justin! Você sente toda a sua pele se arrepiar cada vez que eu toco em você e quando você goza é como se o tempo parasse! – limpei a lagrima que se mantinha  firme no meu queixo prestes a cair.

 

20 segundos de coragem é tudo que alguém precisa.

 

 

– Você está certa. – ele disse encarando o chão. – Você me deixa louco, não importa se a gente transou ou se foi só um olhar do alto da escada. Você só me deixa louco. – ele ergueu a cabeça e deixou seu olhar cair em cima de mim, deu um passo a frente e deslizou o indicador pela curva do meu rosto. Eu sentia um fio de felicidade apenas pelo toque dele. – Mas ficar perto de você me deixa tão pirado que eu não me reconheço. – tirou a mão com força me fazendo encara-lo. – Ficar perto de você é como perder a sanidade, a compaixão, a humanidade. – ele deu dois passos me encarando bem de perto. – E eu não posso ficar com alguém que só me arrasta  para um lugar que eu não quero estar. Aquela garota pode não me dar o melhor sexo do mundo, pode não ter um olhar que queima todo o meu corpo, aquela garota pode não ser a princesa de Las Vegas. Mas Aquela garota não tem o olhar que queima todo o mundo a sua volta igual você tem Cassy! Eu não quero saber de você, Não quero saber de nada que tenha ligação com você, porque tudo que vem de você é ruim, ruim a ponto de estar me destruindo. Jhode pode me oferecer uma coisa que você nunca vai ser capaz de me dar e é ela que eu quero perto de mim e não você.

 

Eu sentia meu coração quebrar pedacinho por pedacinho e virar pó. Sentia a sensação de que todo o chão debaixo dos meus pés estava desmoronando e eu estava prestes a cair em um abismo. Sentia que cada milímetro do meu sistema nervoso estava tomando um choque, uma forma do meu cérebro dizer que eu precisava acordar.

 

E foi ele que eu teria escolhido para dar um pouco do que eu pudesse sentir, era ele que eu tinha escolhido mesmo involuntariamente, mas não tinha sido eu a sua escolha.

 

 

– E-eu tentei. – disse quase em um sussurro. Minhas bochechas queimavam e as lágrimas caiam, eu estava em choque. – Mas pelo visto eu não fui capaz de te dar um pouco de amor.

 

 

Senti quando seu olhar repousou em mim, quando ele tentava entender a minha reação, quando ele tentava assimilar às palavras a pessoa que tinha dito. Talvez esse fosse o destino dizendo que eu deveria ter ficado calada e permanecido naquela maldita boate e não ter criado a ideia de abrir a boca, uma maneira de dizer que eu já fiz tanta coisa errada que eu não merecia um mísero sentimento de compaixão, que eu só era capaz de destruir a vida de quem se aproximava.

 

Virei-me o deixando sozinha naquele corredor sem olhar para trás, eu já tinha perdido tudo, mas ainda havia sobrado um resquício de orgulho guardado.

 

 

 

 

  

     Acelerei até onde o carro poderia aguentar, o farol de um carro bateu no meu olho por alguns segundos e eu os apertei  com força. O vento forte entrava pela janela aberta e fazia meu rosto ficar gelado pelas lágrimas que ainda teimavam em cair.

 

     Você é a princesa de Las Vegas Cassy Williams. Você é a garota que foi escolhida, a maldita escolhida na multidão. E não importa, ninguém é capaz de amar um coração como o seu escuro e cheio de fantasmas que te assombram todas as noites.

 

 

Você tira à sanidade, a compaixão, a humanidade. Eu o ouvia repetindo e repetindo.

 

 

 Eu fechei meus olhos, ele sabia que estava me matando. Apertei as mãos no couro do votante e respirei fundo e entrei na contra mão ouvindo as buzinas, você é insana então seja! Quem é você agora? Quem é você Cassy Williams? Eu me sentia exatamente igual quando Alex morreu, mas dessa vez quem havia morrido tinha sido eu porque ele sabia que estava me matando por misericórdia.

 

 

– 5,4,3,2,1...

 

É outro tempo, é outro dia.

 Os números são novos, mas é tudo a mesma coisa.

Fugindo de si mesmo, isso nunca vai mudar.

 

 

– Pulmão perfurado e  tendo uma parada cardíaca! Estado crítico, choque frontal na rodovia 45-A o nome é Cassy Williams.

 

 

Deixe-o na sua dor, deixe-o sozinho.

 Se eu nunca mudar, eu nunca crescerei.

Deixe a porta entreaberta quando eu estiver indo para casa.

Eu tentarei, você não pode ver que estou tentando?

Nos dê um pouco de amor, nós nunca tivemos suficiente.

 



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