1. Spirit Fanfics >
  2. Cidade dos Demonios Alados >
  3. O Jogo

História Cidade dos Demonios Alados - O Jogo


Escrita por: namuxyz

Notas do Autor


Mais um capitulo, uhu!

Espero que gostem ^^

~Boa Leitura

Capítulo 16 - O Jogo


Me aceite pelo que eu sou

Deixe para lá suas preocupações

temerosas

Aproveite a dor que você é capaz

de suportar

Se apaixone mais profundamente

 

Melissa se remexe na cama e acorda. Seu corpo ainda dói, embora bem menos do que no dia anterior. Ela se senta na cama olhando seu “mais novo quarto”. Tinha esperanças de que tudo não passasse de um sonho. Se levanta e vai em direção ao espelho dourado preso a parede, em cima da cômoda.

Ela vinha evitando se olhar no espelho. Seu cabelo está bagunçado, ela não encontrou nenhuma escova no quarto. Seu rosto está pálido e cheio de olheiras. As cicatrizes feitas por Sebastian em sua boca dias antes já estavam melhorando, embora ainda fossem visíveis. Seu pescoço está cheio de pontinhos vermelhos, como se agulhas tivessem sido enfiadas lá, e ardem quando ela os toca.

Melissa abre uma gaveta da delicada cômoda de madeira e tira lá de dentro a primeira roupa que acha, – Sebastian se deu ao trabalho de comprar roupas do tamanho dela – um vestido beje com estampa de delicadas folhas marrons. Ela tira o pijama que encontrou ontem a noite e veste o vestido. Ele é delicado, curto, um pouco acima do joelho, sendo mais longo na parte de traz. Tem alcinhas finas que são amarradas no ombro. Melissa fica muito bem nele.

Ela vai até a porta que estava trancada ontem e toca a maçaneta. Tem esperança de encontrá-la aberta. Gira e seu coração quase sai pela boca.

Aberta

Ela sorri e sai do quarto. Dá de cara com um corredor extenso e escuro. A direita há uma parede, o que indica que está no último quarto do corredor, então segue para a esquerda. Seus pés descalços reagem a frieza do chão de madeira fazendo-a se arrepiar.

Tudo ali é muito bonito. A decoração é feita com móveis de madeira lindos e sempre há flores em cima de pequenas mesinhas. As vezes aparecem tapeçarias decoradas com desenhos de folhas ou flores. Melissa fica encantada com o clima aconchegante da casa. É um lugar que certamente moraria em outras circunstancias.

Ela tenta abrir todas as portas que vê pelo caminho, mas encontra todas trancadas, só é possível seguir em frente. Até que finalmente chega a uma grande escadaria de mármore branco, meio rosado. Ela desce pelos degraus devagar sentindo a frieza desconfortável do mármore.

Assim que termina de descer percebe que está na entrada da casa. Há uma grande porta dupla de madeira, que provavelmente levam para o lado de fora, ela corre até aporta e tenta abril-la, sem sucesso. Do lado da porta tem algumas janelas, mas todas estão muito bem protegidas por grades de ferro., mesmo assim é possível ver com clareza o que há lá fora.

Melissa olha através da janela e vê um grande jardim cheio de flores e arbustos que deixam a entrada da casa linda. Também há um chafariz que derrama uma água cristalina provocando um som agradável. Mas apesar de toda a beleza do jardim também vê grandes muros, impossíveis de serem pulados sem a ajuda de uma escada.

Ela se afasta da janela e olha ao redor. Nas parede leste e oeste possuem portais de madeira. Ela pode ver que o portal da parede leste dá para uma sala, e da parede oeste dá para uma sala de jantar. Seus estomago pede para que siga para a sala de jantar.

Lá há uma grande mesa de madeira posta com muita fartura, e decorada com muitas flores.

 

– A senhora pode comer o que quiser – Melissa se vira e vê a mulher que lhe serviu no dia anterior. Ela está vestida com o que parece um uniforme de empregada preto e seus cabelos grisalhos estão muito bem puxados para traz.

 

– obrigada – se limita a responder

 

Ela se senta em uma das confortáveis cadeiras de estofado verde e pega um pãozinho que lhe enche os olhos. Se serve com um suco amarelo e pega algumas frutas. Em poucos minutos já havia comido tudo e se servido de mais. A comida colorida e suculenta são convites para que ela se empanturre cada vez mais. Melissa passa longos minutos sentada na mesa comento o delicioso banquete.

Se estica para pegar uma suculenta maçã que vê no centro da mesa mas é pega de surpresa por uma dor enorme na cabeça. Ela leva instintivamente a mão para as têmporas e se levanta.

Fecha os olhos e geme de dor, mas ninguém parece ouvir, nem mesmo a mulher que viu a pouco tempo. Ela perde o controle das pernas e cai de joelhos no chão. A dor aumenta ainda mais e ela grita.

Tudo começa a escurecer, ela luta para manter os olhos abertos mas não consegue e desmaia caindo no chão chão frio desacordada.

[…]

Ela acorda na mesma sala que estava antes. Se senta no chão com muita dificuldade e olha ao redor. O lugar está bem mais escuro pelas cortinas tapando as janelas. Coloca a mão em uma das cadeiras e a usa de apoio para se levantar. A comida farta que antes estava posta na mesa agora está apodrecida atraindo moscas e ratos.

O estomago de Melissa revira. Ela anda com dificuldade para a entrada da casa, onde fica a escadaria, que está ainda mais fria do que o normal. Se aproxima da mesma janela que havia olhado antes e tenta enxergar o que há lá fora. As flores e as plantas do jardim estão secas e mortas. Não cai mais água do chafariz e esse serve de ninho para os corvos.

 

– Ora, vejamos quem estas aqui – Ela escuta a voz familiar e seu coração dispara. Se vira boquiaberta e depara com alguém inesperado. Ela leva a mão a boca de completa surpresa e seus olhos se arregalam. Fica completamente estática diante da pessoas.

 

– Heitor... – Sussurra o nome do ex marido, e único amor. Ele já estava morto, morreu a anos. Ela visitou seu túmulo – Meu amor, você está vivo...

 

– Cale-se, bruxa! Não dei-te o direito de pronunciar-me o nome! – Ele diz irritado – Não tens repulsa do que fizeste? Deverias entregar-te, enfim, ao reino do mortos! Dar-te-ia tudo, como fui tão sego? Todo todos odeiam-te. Tu, bruxa, jogaste um feitiço em meus olhos, e ordenaste que não visse tua verdadeira face! – Diz gesticulando para o lado leste

 

Melissa olha na direção para qual ele gesticula e vê um casal de crianças uma do lado da outra. Seu coração salta. Mafalda e Edgar. Eles estão olhando para ela sem expressão. Estão de mãos dada, como sempre costumavam ficar. Mafalda está usando o vestido que Melissa lhe fez.

De repente eles começam a gritar com suas vozes infantis:

 

– Morra, bruxa imunda. Miserável, trazedora de desgraças! Vai-te embora para o inferno, que é o seu lugar! Vá para seu berço sujo! Deixe-nos ir! – gritaram em coro

 

Os olhos de Melissa ficam marejados, então, ela olha novamente para Heitor. Ele estende uma adaga prateada na direção dela e diz:

 

– Serás maldita entre todos os animais domésticos e feras do campo; andarás de rastros sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a ela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar

 

Ela pega a daga e mira no próprio peito. Todos começas a gargalhar dela e gritam coisas como “bruxa” “morra” “Não és capaz” “Corre para teu berço”

Então ela fecha os olhos e aperta a daga em seu peito fazendo sangue escorrer aos poucos. Enfia a adaga cada vez mais fundo mas mesmo quando atinge o coração não sente nem um pouco mais fraca. Heitor, Edgar e Mafalda riem dela. Ela tenta enfiar mais fundo a adaga mas nada acontece.

 

– Sabe por que não morres? – Heitor pergunta com um sorriso de divertimento nos lábios – Já estás morta...

 

Ela abre os olhos rapidamente saindo da alucinação, mas os fecha logo em seguida. Seu corpo dói muito mais do que antes. Ela sente alguém tocar seu ombro, mas o medo de tudo ser mais um sonho horrível a impede de abrir os olhos.

 

– Melissa? Melissa, você está bem? – Ouve a voz de Sebastian a chamar mas não abre os olhos – O que houve? – Ela sente baços fortes a envolverem e ser levantada do chão. Sente uma dor aguda no pescoço mas permanece quieta.

 

Sente quando é carregada para fora dali, e sente o cheiro familiar de Sebastian. Depois sente seu corpo ser colocado delicadamente em algum lugar macio, então abre os olhos com dificuldade. Geme quando a dor no pescoço se torna pior.

Ela vê Sebastian se aproximar e colocar um pano úmido em seu pescoço. E em seguida se sentar no chão a frente do sofá onde ela foi deitada. Ele a olha bem nos olhos e Melissa sente seu corpo inteiro se arrepiar, algo lhe diz que deve fugir dali.

 

– Está bem? Está sentindo alguma coisa? – ele pergunta

 

– Onde eu estou?

 

– Em uma das minhas casas

 

– Por que me trouxe para cá? – A voz dela sai dolorida

 

– Um dos meus demônio Thoranea te pegaram. Eles costumam envenenar suas vitimas usando seus espinhos em regiões vitais. Ele te pegou pelo pescoço, você estaria morta se eu não tivesse te trago

 

– Isso não responde minha pergunta. Por que me trouxe para cá?

 

– Ainda preciso de você

 

– Por que não estou me curando?

 

– Eu seria muito tolo se deixasse as coisas tão simples para você

 

– Você não me respondeu de novo – Ele fica calado – O que aconteceu com os outros?

 

– Quem? Os do instituto e o pequeno exercito que eles levaram? Não tenho ideia

 

– Você está mentindo! – Ela se senta rápido fazendo uma dor muito forte ser sentida por todo seu corpo, mas ignora.

 

– Melissa, o que aconteceu com você? – Ele ignora a afirmação anterior – Por que estava desmaiada na sala de jantar?

 

– Eu não sei – Ela responde baixinho

 

– E oque aconteceu?

 

– Eu apaguei. E... E tive um pesadelo ou algo do gênero... Eu... – Ela se cala

 

– Com o que você sonhou? – Ele pergunta mas ela não responde – Você tem que descansar. Vejo que já achou as roupas que te deixei

 

Ela olha para a roupa que estava vestindo e percebe, meio tardiamente, que uma das alças de seu vestido havia se desamarrado e que por pouco seu seio não ficou inteiramente a mostra.

Ela leva a mão até a alça e tenta amarra-la , mas sua mão está tremula, e sua coordenação motora descoordenada.

 

– Deixa isso comigo – Sebastian diz levando a mão até a alça e dando um laço. Melissa permanece imóvel e inexpressiva. Sabe que eles estão em um jogo, um jogo de sedução. E sabe que ela teria que jogar, mas só de sentir o toque rápido dele na pele nua de seu ombro sente ânsia de vômito.

 

– Eu realmente tenho que descansar – Ela diz se levantando e se esforçando o máximo para permanecer de pé. Não quer ter que contar com a boa vontade de Sebastian

 

– Se sentir alguma coisa grita

 

– Pode ter certeza que você é a última pessoa por quem eu vou gritar – Ela caminha para fora da sala apressadamente sentindo se corpo arder em cada passada.

* * *

 

 

 

Depois de entrar no lago no Central Parck todos caíram dentro do buraco escuro onde já estavam a acostumados a cair. Tudo parecia igual a última vez que estiveram ali. O chão, as paredes e o teto de terra úmida, tudo revestido de vinhas verdes e atraentes.

Jace bateu o cotovelo no chão fazendo uma corrente de energia passar pelo seu corpo. Ele se levanta com certa dificuldade, e depois olha para os outros – Alec, Isabelle e Clary – que parecem ter sofrido tanto quanto ele. Ele estende a mão para ajudar Clary a levantar. Ela, como sempre, fica toda bagunçada e suja. É sempre impressionante como as coisas parecem ser em dobro para ela.

Depois, eles pegam o caminho conhecido para dentro do castelo subterrâneo. Misteriosamente não acham guardas no caminho, ou qualquer pessoa que pudesse atrapalhar sua entrada. Eles finalmente chegam em frente aos aposentos reais. A cortina que cobre a entrada, antes feita de espinhos ou borboletas, agora é formada por pequenos besouros pregados uns aos outros. Os insetos possuem as mais diversas cores, formando uma linda tela colorida. Seria muito mais bonito se eles não se mexessem, movimentando as perninhas nojentas e desagradáveis.

Jace põe-se na frente de todos. Ele põe a mão delicadamente na cortina de besouros e a abre podendo ter a visão dos aposentos. Entra devagar e olha ao redor não encontrando ninguém.

O salão, estava decorado com neve e pingentes de gelo da última vez que fizeram uma “visita” à rainha. Agora, havia o habitual divã em que majestade costuma se deitar, e ao seu redor pétalas de rosas vermelhas. O teto está decorado com flores presas por fitas de cetim, e formando uma lindo mosaico colorido. Mas não há a presença fria da Rainha do Seelie.

Aos poucos todos vão entrando e posicionando-se, desconfiados de tamanho silencio. Em outros tempos o lugar estaria cheio de fadas macabras servindo sorridentes sua rainha.

Jace se impressiona com a rapidez em que reconstruíram tudo ali depois de Clary fechar todas as entradas. É como se nada tivesse acontecido, tudo continua milimetricamente igual a antes.

 

– O que os Caçadores de Sombras fazem aqui? – Uma voz melosa e feminina fala fazendo todos se virarem. Na entrada do quarto uma linda garota se posiciona ereta. Ela possui cabelos loiros longos que são decorados com flores cor-de-rosa; Usa um vestido verde longo que imita folhas de plantas; E tem olhos de um azul tão claro que quase se confunde com branco.

 

– Desejamos falar com sua Rainha – Jace responde – Temos assuntos para tratar com ela

 

– Não são bem vindos aqui, Caçadores de Sombras, no entanto, insistem em nos afrontar com sua presença desagradável. Imagino que vieram fazer mais acusações e chamar-nos de infames. Não nos importamos com um julgamento de reles mortais sádicos como vocês – A garota diz com tamanho ódio que não combina com sua aparência angelical e quase infantil.

 

– Sádicos? – É a vez de Alec falar – É irônico nos apontar o dedo depois de tudo o que fizeram. Não é culpa dos Caçadores de Sombras o povo das fadas ter perdido todo o repeito. Suas atitudes os levaram a decadência. Diga a sua Rainha que queremos vê-la, em nome da clave.

 

– Por que enchem tanto a boca ao falarem de sua clave? Como se fossem seus protetores sagrados que devessem respeito, admiração e dedicação. Na verdade não passa de um governo tirano que engana os seus com promessas de um mundo pacifico. Deveriam ser mais inteligentes depois de tudo o que fizeram. Vou levá-lo até minha Rainha, pois ela deseja saber o que pode interessar-lhes em nossa casa. Sigam-me em silencio – A garota diz dando as costas e saindo pela cortina de besouros

 

Eles a acompanham em silencio. Jace fica o tempo todo do lado de Clary assim como Alec fica com Isabelle. Sabem como a rainha pode ser engenhosa e faria de tudo para enganar algum deles.

Eles passam por um grande salão onde uma musica aterrorizante toca, depois passam por escuro e extenso corredor de terra abatida, com a fraca iluminação de chamas verdes nas paredes. No fim do corredor há uma entada para mais um dos grades salões. Eles entram no espaço prestando atenção nos detalhes temendo possíveis ataques.

Nesse salão há uma gigantesca mesa de tronco de arvore com as mais estranhas comidas postas. A rainha está sentada na cabeceira despreocupada provando algo gosmento e grotesco que se assemelha com lesmas ou coisas do gênero. A garota se aproxima da rainha, sussurra algo em seu ouvido e se retira deixando-nos à sós com a rainha que gesticula para que se sentem em sua mesa.

Eles seguem o ordenado se sentando nas desconfortáveis cadeiras de tronco de árvore o mais próximo possível da rainha.

 

– Como ousam vir em minha casa depois de tudo? Imagino que tenham vindo para me fazer mais alguma acusação como se eu fosse culpada de todos os erros de seus antepassados – Ela diz deixando de lado o que estava comendo

 

– Viemos falar sobre Sebastian Morgenstern – Clary diz

 

– Oh, minha doce e bela estrela – A rainha apoia os cotovelos na mesa e suspira fazendo os fios de seus cabelos ruivos subirem, e depois descerem – Como pode ser tão cruel comigo? Assassinou um dos meus como se nunca tivéssemos nos aliado...

 

– Quando foi a última vez que se viram? – Alec pergunta

 

– Por que isso lhes interessa? Ainda acreditam que eu possa ficar do lado de Sebastian Morgenster mesmo depois de ter caído?

 

– É exatamente no que acreditamos – Isabelle diz colocando os cabelos pretos nas costas

 

Jace se ajeita em sua cadeira e encara com repulsa a comida em sua frente. Há uma tigela com um liquido marrom com odor desagradável. Possuem partes de insetos boiando além de folhas e flores. Também há um prato com algumas flores pretas, como se tivessem sido queimadas, e recheadas de algo verde e viscoso.

Ele desvia o olhar daquilo e encara a rainha. Fadas são mais mentirosas do que pessoas que podem mentir. Elas são mestras na capacidade de enganar e para falar com elas tem que ser tão falso quanto. Jace capricha em sua atuação para se dirigir a rainha:

 

– Vossa majestade, não viemos aqui para contestar suas relações com Sebastian. Como deve saber ele está com alguém de nosso interesse – Aquilo não era inteiramente verdade. Eles queriam sim saber melhor da relação da rainha com Sebastian, mas não podiam deixar isso explicito.

 

– Claro que soube – ela diz. É impressionante como ela sempre sabe de tudo – Ele está com Melissa Aires... Eu a conheço de muitos anos. Sei exatamente quem ela é. Melissa... Esse nome significa abelha. Era o nome de uma ninfa que ao morrer se transformou em um enxame de abelhas...

 

– Perdoe-me, majestade – Jace prossegue – Mas não estamos interessados na história de suas ninfas. Sebastian está de fato com Melissa, e todos sabemos que a senhora sabe tudo. O que sabe sobre isso?

 

A rainha fica alguns instantes calada antes de dizer:

 

– Suponho que estejam insinuando que eu tenho algum envolvimento nisso. Você, Jace Herondale está sempre me apontando o dedo. Logo você que já esteve ao lado se Sebastian. Acho que eu deveria lhe preguntar a mesma coisa. O que você sabe, jovem Herondale, sobre isso? – Ela não respondeu a pergunta, estava tentando deixá-lo culpado. Isso é um jogo de acusações e no momento ela está ganhando – Estou cansada de vocês, eu deveria chamar meus guardas.

 

– Mas não vai fazer isso, implicaria em muito mais problemas, e todos sabemos que vossa majestade está atolada deles. Já atrapalhamos demais o seu jantar – Ele diz se levantando – Obrigado por receber-nos

 

– Sempre será um prazer jogar com você – ela responde sorrindo de forma vitoriosa

 

– Aguardemos as próximas partidas

 

[…]

 

Eles andavam pela grama verde do Central Park com as cabeças cheias de ideias e teorias sobre a conversa com a rainha. Tudo permaneciam em um desconfortável silencio até Isabelle decidir quebrá-lo:

 

– A gente deveria ter ficado. Ela ficou o tempo todo falando sobre ninfas ou coias aleatórias e não disse nada do que precisávamos

 

– Na verdade, ela disse muita coisa – Jace rebate fazendo todo o olharem como se ele estivesse dizendo um grande absurdo – Vocês tem que pensar de forma invertida para entender as fadas. Ela está sim se aliando a Sebastian, pois se não estivesse não teria problemas em negar as acusações. Mas ela não negou nada, apenas desviou do assunto, pois se o fizesse estaria mentindo e fadas não podem mentir – Todos param um estante para refletir as palavras e tentar entende-las. O que Jace disse fazia todo o sentido – Ela deixou isso implícito. Não tem medo que eu e Clary saibamos que ela está com Sebastian, na verdade ela quer que a gente saiba disso. Ela sabe que a gente não pode comprovar sua traição.

 

– Mas a fada que morreu...

 

– Não sei se a rainha se importaria em sacrificar um dos seus para se vingar dos Caçadores de Sombras – ele diz por fim

 


Notas Finais


1- A fala de Heitor se refere a um trecho do velho testamento - Gêneses - em que Deus amaldiçoa a serpente que tentou Eva.

Só uma observação: NÃO SE DEIXEM ENGANAR PELA BOA VONTADE DE SEBASTIAN, obrigada ^^

Espero que tenham gostado ^^
Comentem ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...