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História Cidade nas sombras - Um mata-leão de uma menina de 10 anos, assim não vale


Escrita por: WolfAlone309

Notas do Autor


Demorou? É, demorou um pouquinho, mas voltei, estava com bloqueio criativo, aproveitem esse capítulo novinho

Capítulo 10 - Um mata-leão de uma menina de 10 anos, assim não vale


Tem uma garota de 10 com uma faca enorme ao redor da minha garganta, e pra piorar é uma bruxa Orboniana, se eu estou em pânico? ...Sim eu estou, " Mas Hunter, você é um Eterno, você não pode morrer, lembra?", aí que você se engana, eu sou Meio Eterno, tem diferença tá, não posso morrer de velhice mas posso morrer de outras formas, uma facada na garganta? Isso mata qualquer um ora.

- Então vai me responder ou prefere morrer? - a garota pergunta

- Não precisa da faca, eu sou Orboniano... Assim como você - respondo com certa dificuldade, sinto a lâmina da faca encostar na minha pele, ela é muito menor que eu então ela fica em cima da cama pra chegar na altura do meu pescoço.

- Que tipo de Orboniano? - ela pergunta 

- Um híbrido, metade demônio, metade eterno.

- Um híbrido? Hum... - ela fala - e onde eu estou?

- Na terra, em BeachCity - respondi 

- Eu conheço todos as cidades da terra, não conheço essa - ela fala, ela não sabia da existência de BeachCity, nenhum outro Orboniano fora da cidade sabe desse lugar, perdemos contato com eles á anos

- Isso não me surpreende, você veio de fora da cidade, Nova York eu diria, essa foi uma cidade criada como refúgio pros Orbonianos - respondi

- o que aconteceu comigo? Como vim parar aqui? E porque meus dedos estão presos com uma espécie de algema chinesa que não deixa eu usar meu poderes? - ela faz um monte de perguntas, quero responder tudo pra ela mas não confio nela com essa faca nas mãos, tenho que arranjar um jeito de desarma la, só assim posso ter uma conversa normal com ela, é um péssimo plano, porém, é o único que tenho.

- Olha, eu posso responder todas as perguntas que você tiver se você abaixar essa faca, pra termos uma conversa civilizada.

- Até parece, estou num quarto com um desconhecido, sem poderes, até onde eu sei você pode pega la e usar contra mim - ela responde - pode confiar, não vou usa la em você se me responder 

- Olha, você parece uma garota legal, e eu até que entendo você mas eu não confio em você em relação à faca, então... Eu espero que me desculpe.

- Pelo o que? 

- Por isso - me concentro, e uso meus poderes de mudar de forma, eu crio um rabo de lagarto e rebato nas mãos dela fazendo a ela soltar a faca e deixa-la cair no chão, a faca cair e desliza até chegar perto da porta, empurro ela na cama me libertando dos braços dela e corro até a faca, estou quase chegando nela quando uma garota de 10 anos de idade voa pra cima das minhas costas me fazendo cair no chão, ela se enrosca em volta do meu pescoço tentando me sufocar, é sério isso, essa pirralha tá mesmo me dando um mata-leão? Essa sem dúvida, é a coisa mais ridícula que aconteceu comigo... hoje.

Me levanto com certa dificuldade, a Luna ainda em cima de mim, tentando me enforcar, as mãos pequenas dela não conseguem fazer muita coisa, isso me lembrou minha infância, quando eu ainda tinhas uns 200 anos, eu e minha irmã ficávamos brincadeira que nós dois inventamos chamado "Tente matar um ao outro ", na floresta, não tô brincando, a gente tentava se matar, brincadeira de demônios pra mostrar nossa afeição um pelo outro, no submundo Orboniano é assim, acha isso estranho? Enquanto fugia das sombras pelas dimensões, conheci uma raça que jogava bolas de fogo uns nos outros pra dizer " Como vai? "

Onde eu tava mesmo? Ah sim, consigo me libertar dela e jogo-a de volta na cama, não quero machuca-la, corro até o final do quarto e pego a maldita faca, Luna fica imóvel na cama, ela está com medo, consigo ver isso no seu olhar.

- vai me matar agora? Vai em frente e... 

- Não sou assassino - digo interrompendo ela, vou até a janela e jogo a faca fora - viu? Não quero te machucar, agora podemos só... conversar? - pergunto e ela assente afirmamente com a cabeça - ótimo, agora o negócio é o seguinte, você faz uma pergunta e eu respondo, eu faço uma pergunta e você responde, ok?

- eu começo - ela fala e levanta as mãos, presas pela algema chinesa - o que são essa coisas? Se parecem com algemas chinesas mas sei não são.

- são algemas neutralizadoras, elas servem para impedir a pessoa que as usa de usar qualquer habilidade.

- Exijo que tire elas de mim, eu preciso da minha magia, não sou nada sem ela e...

- Calma, calma, vou tirar elas de você, contanto que prometa que não use sua magia pra nos atacar - falo interrompendo ela.

- tá tá, eu prometo - rapidamente ela responde - só... Tire elas de mim

- Claro, vou confiar em você - falo, me aproximo dela e a ajudo a tirar as algemas, ao invés de ficar puxando os dedos, forçando-os a sair, apenas fiz ela relaxar e empurrar mais os dedos, então a algema ficou mais frouxa e logo ela estava livre - pronto, viu? As vezes a liberdade é mais fácil do que pensa, agora, é minha vez de fazer uma pergunta...você se lembra de alguma coisa antes de você... chegar aqui?

- lembro de várias coisas, mas... Não lembro de como cheguei aqui, eu estava em nova York, a tal chamada "Cidade dos Magos", eu estava em casa, meus pais adotivos haviam saído para um passeio "romântico" dizendo eles, eles haviam me deixado com um babá, uma garota adolescente que a única coisa que fazia era ficar mexendo no celular, ela havia ido ao banheiro e eu fiquei no meu quarto, eu ficava lançando feitiços no meu quarto, quando meus pais saíam era o único momento livre pra usar meu poderes, depois haviam batido na porta, a minha "babá " não ouviu, por que estava com fones de ouvido, então eu fui atender, abri a porta, e vi dois homens enormes vestidos de preto e óculos escuros... Depois mais nada... - ela faz uma pausa, comecei a entender tudo, Nova York é um dos lugares onde os magos Orbonianos iam morar, por isso é chamada por nós de Cidade dos Magos,  nunca entendi porque mas eles se davam muito bem por lá, mas também é algo muito estúpido da parte deles, ir para lá é tipo um ato suicida, por que as sombras conheciam a cidade dos Magos e mais cedo ou mais tarde elas achavam um Orboniano passeando pela rua, as sombras devem ter achado a Luna e foram até a casa dela para captura la. Luna fica em silêncio por alguns segundos então pergunta - O que aconteceu comigo? 

- As sombras te acharam, elas foram até seu apartamento então te capturaram, eles viram que você era uma bruxa bem poderosa, então... Elas te espiritaram, e te usaram pra tentar me matar e matar meus amigos - respondo num tom triste

- os Neros fizeram isso comigo? Eles me acharam? Como?

- Neros? É assim que vocês Orbonianos nova yorquinos chamam as sombras? Bem original, gostei.

- por quanto tempo fiquei espiritada? - ela pergunta

- Não sei dizer, você apareceu ontem a noite, você tá bem - pergunta idiota eu sei, mas é claro que ela não tá bem, e sim, eu sou um idiota

- mas é claro que eu não tô bem, fui espiritada por um Nero, até onde eu sei meus pais podem estar mortos e... - ela fala levantando a voz, seus olhos começam a brilhar numa luz forte e amarelada, os objetos e os moveis do quarto começam a flutuar, eu me afasto um pouco, com medo de ela me atacar, ela faz uma pausa, todas as coisas voltam a ficar no chão, os olhos dela param de brilhar, então voltar a falar - eu só... Preciso de um tempo, posso ficar sozinha por um minuto... ou dois?

- Claro, eu vou estar lá em baixo, depois continuamos a conversa - digo e saio do quarto deixando ela sozinha, eu entendo ela, também estou com medo, apesar de não demonstrar, minha mãe foi sequestrada, forças do mal estão tentando matar eu e meu amigos, e...pra piorar, sem Bigby pra nos ajudar, eu estou no comando.

- Bigby... - digo pra mim mesmo, então eu lembro, ele também foi levado, tenho que avisar os outros, e do novo perigo que está vindo... Mas... Antes vou tomar um banho.


                                      *

[Victoria]

"Quem é você? Eu não te reconheço mais..."

"Você não é mais uma de nós, agora é apenas um monstro da escuridão"

"Isso! Vá embora! Você não pertence mais a esse lugar, agora é uma impura"

- não...não... Eu salvei vocês, eu me sacrifiquei por vocês, me tornei isso pra proteger vocês, e é assim que me agradecem? - falo bem alto pra escuridão e pras vozes, vozes de uma lembrança que desprezo, respiro bem fundo e grito bem alto chegando a ecoar na escuridão - VOCÊ NÃO ME MERECEM

Então acordo.

- Eu não sou um monstro, eu não sou um monstro - ficom repetindo isso pra mim mesma até voltar a dormir.



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