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História Cidade nas sombras - Segundo espiritado revelado


Escrita por: WolfAlone309

Capítulo 13 - Segundo espiritado revelado


Fanfic / Fanfiction Cidade nas sombras - Segundo espiritado revelado

(Robert)

Tudo que me lembro é que eu fui pego pela névoa brilhante e eu desmaiei, quando acordei estava tudo escuro, não conseguia ver nada, comecei a andar, tomando cuidado pra não esbarrar em alguma coisa e acabar caindo, aos poucos, a cor preta da escuridão foi se tornando cinza e logo tudo foi criando cores, vejo o brilho vermelho vindo de uma objeto pendurado no ar, assim que estou perto o suficiente vejo que é uma lanterna chinesa, com algo escrito na lateral, meu chinês tá um pouco enferrujado mas acho que consigo traduzir.


                                     


Significa a palavra Acender, está escrito com tinta preta, já vi essa lanterna em algum lugar mas... Não consigo lembrar de onde, me parece tão familiar, derrepente a luz da lanterna começa a brilhar com mais intensidade e ilumina tudo e vejo que estou em um quarto, tem cama, armário, janela, uma porta se encontrava ao meu lado, talvez a saída, a porta era de madeira com detalhes entalhados a mão, eu me lembro disso, já estive aqui, eu tenho certeza mas tem alguma coisa diferente qu...

- Rob - alguém fala sussurrando, só tinha uma pessoa que me chamava assim a minha vida inteira, me viro e vejo uma garota pálida de cabelos curtos e pretos com uma pequena mecha rosa localizada no lado esquerdo dela, ela está parada na porta que fora aberta e eu nem sequer ouvi quando isso aconteceu - o que você está fazendo? Estão convocando as pessoas pra fora das casas, vamos logo.

Ela se afasta da porta e vai embora, eu me lembro dela, é minha irmã Zia, sim, eu tenho uma irmã... Ou pelo menos tinha, saio correndo atrás dela, e a sigo pelo corredor, avisto ela descendo as escadas e vou atrás, eu reconheço tudo, é minha antiga casa, minha casa em Orbona, antes de te-la que abandona -la, mas como estou aqui? Isso não faz sentido.

Estou descendo pelas escadas, tem uma pequena janela que se encontra na metade dela, eu olho por ela e vejo um multidão de pessoas saindo de várias casas e prédios, estava mesmo em Orbona, aqui é Lacus, a cidade dos magos das bruxas, Zia me chama novamente e eu sigo ela até o lado de fora.

Saio pela porta da frente, vejo uma visão linda de meu antigo lar, um enorme sino de vento formado por conchas me saudou quando eu passei pela entrada de casa. Um arco feito com galhos de árvores, remos e uma miscelânea de outros objetos resgatados do fundo do oceano pairava, imóvel, sobre a passarela suspensa onde eu estava, um conjunto sortido de lampiões esféricos dourados piscava com o balanço provocado pela brisa fresca que soprava do lago que ficava abaixo da cidade, Lacus era uma cidade formada por pequenas cabanas esféricas sobrepostas de forma aleatória. O conjunto, sustentado por uma coluna gigantesca, era muito largo e mantinha os habitantes muito acima do nível da água, várias passarelas como a que estávamos atravessando saíam da construção e conectavam-se a outras, havia cinco torres, cada uma sustentando várias cabanas e construções, nos magos temos magia mas gostamos de uma vida simples, a maioria de nós eram meros pescadores e vendedores que usavam magia só quando necessário ou quando se tratava de alguma emergência, eu gostava assim, tirando o cheiro forte de peixe, vai por mim, o cheiro é muito forte, vocês não tem idéia, mas tirando isso era um lugar bom de se morar 

- Sabe onde estão nossos pais? - Zia pergunta pra mim e movimento a cabeça negativamente - você está bem? Parece que está vendo esse lugar pela primeira vez na vida.

- Eu estou bem - respondo ela - Então... pra onde estamos indo? 

- Nossa Rob, como você é esquecido, estamos indo para o ritual das estrelas rosas.

- ah sim, o ritual, tinha me esquecido, ando muito distraído - falo

- Não sei com o que, você não faz nada o dia todo, o papai bem que queria que você o ajuda - se com a pescaria, você bem que poderia fazer os seus truques e tirar os peixes da água direto pras cestas - ela fala

- Você sabe que eu não levo jeito pra isso, e sou muito fraco para os meus poderes, não consigo os controlar - digo

- você nunca vai conseguir se nunca tentar, e o papai pode te ajudar com isso

- Eu prometo que vou tentar - falo e dou um longo suspiro.

Durante o caminho, vejo muitos pescadores lá embaixo, perto da superfície da superficie da água. Um deles segurava um lampião arredondado e com luz bastante forte logo acima do mar, vários outros puxavam pelas cordas os peixes. Senti muito falta de tudo isso, senti muita falta das conversas com a minha irmã e dela me dando sermão igual a como a minha mãe fazia, meu pai era pescador e sempre buscava eu dar o melhor de mim, e nunca me deixava desistir, tudo perfeito até a chegada das sombras, e então nunca mais eu os vi, agora é como se eu estivesse em um pesadelo e tinha acabado de acordar, mas eu sei que tudo isso aqui é falso, eu sei que alguma aconteceu depois que desmaiei na areia da praia, eu consigo sentir que alguma coisa está errada.

Enquanto estou caminhando eu percebo que ainda estou longe de chegar a última torre, o ritual sempre acontece na última torre de Lacus, a quinta torre era a maior de todas as torres e era capaz todos irem para lá, eu aproveito pra dar outra observada nos pescadores lá embaixo. Vejo vários pescadores puxando umas cordas, mas não vem nenhum peixe, na verdade, parece que a cordas nunca acabam, o cara do lampião ainda continuava iluminando o local, mas tinha algo errado, não dá pra ver muito de longe mas eu vejo que ele não está se mexendo, nem um músculo sequer, como se estivesse paralisado, alguma coisa não está certa, então avisto um homem, um sujeito barbudo vestido uma capa de chuva e chapéu de pescador, olhando pra mim, diretamente pra mim, ele acena pra mim, eu o conheço? Pergunto pra mim mesmo. Quem é ele? 

- Ei! Por favor! - alguém grita, a voz vem do mar, eu reconheço a voz. É o Hunter- Socorro! 

Ele está se afogando.

(Hunter)

Estou me afogando, estou tentando me transformar mas eu não consigo, algo está bloqueando meus poderes, eu tenho que admitir, eu não sei nadar. Eu sou um demônio, demônios não foram feitos pra ficar na água.

Estou quase pra me afogar quando vejo alguém pular de uma espécie de passarela e cair na água e me puxar, a pessoa misteriosa me leva até uma parte rasa localizada no pé de uma torre gigantesca que está acima de nós, eu reconheço esse lugar, é Lacus.

- Obrigado seria um bom começo - disse a pessoa que me salvou, era Robert 

- Robert! É você mesmo? - pergunto recuperando o fôlego

- sim, sou eu - respondeu - Então não fui o único a vir parar no passado

- passado? - pergunto confuso

- vem vamos, eu te explico no caminho.


                                      *

Nós paramos em um restaurante, bom, eu acho que era um restaurante ou uma taberna, tinha pessoas nas mesas comendo, aproveitamos que tinha uma mesa vazia e nos sentamos nela. Robert me contou que tinha acordado na casa dele, vestindo roupas Orbonianas e suas várias teorias sobre o que está acontecendo, eu contei pra ele minha parte da história, quando eu acordei na floresta e estive no barco com o velho louco que me jogou do barco por uma onda

- Um homem? Como ele era? - perguntou Robert

- Não tem muito o que falar, ele era idoso, era barbudo e vestia uma capa de chuva e chapéu de pescador - tento descrever o homem o melhor que posso 

- Eu acho que eu o vi, eu o avistei antes de ver você no mar pedindo ajuda, tentei te ajudar usando meus poderes pra te tirar da água mas eles não funcionam, ele estava me olhando e até acenou pra mim - Robert comenta - quem é ele?

-  Eu não sei, mas aposto que ele está por trás de tudo isso, ele deve ser o segundo espiritado que veio tentar nos matar - eu falo pra ele, tenho certeza disso - a questão é saber o que ele é.

- ele nos colocou no mesmo sonho, ele criou esse cenário falso de Lacus, mas eu não sei o porque 

- poderia ser algum mago, fazendo alguma espécie de feitiço do sonho... sei lá, como tem tanta certeza que isso é um sonho? Como tem tanta certeza de que tudo isso é falso? - pergunto

- Bom, primeiro... - ele ergue um dedo e fala - primeiro, percebeu que todos aqui estão com aparência humana? Porque precisaríamos disso se não tem nenhum humano aqui - ele ergue outro dedo - Segundo, ninguém está curioso e nem ao menos te encara por causa de suas roupas humanas, terceiro...- ele levanta outro dedo - esse mundo inteiro é todo bugado, ele tem vários erros visíveis, por exemplo... olhe pras pessoas em volta de nós nas mesas.

Eu inclino a cabeça pra olhar para as pessoas mais Robert me impede.

- Que foi? - pergunto

- Olhe, só que sem olhar - ele fala

- Como?! - pergunto confuso

- pelo canto do olho, idiota - ele avisa e eu faço o que ele diz, observo as pessoas ao nosso redor e só vejo pessoas normais, mulheres de vestidos longos e pescadores comendo em um balcão.

- elas estão comendo, e daí? - falo pro Robert

- Não, não estão - ele avisa - olhe novamente, se concentre

Olho novamente, olhando disfarçadamente, e tento ver o que Robert está avisando, e logo percebo, as pessoas não estão comendo, elas levam os talheres até próximo da boca e então param, elas não enfiam a comida na boca, só param e depois levam o talher até o prato novamente e depois repetem os mesmos movimentos.

- tem razão, não estão comendo - comento - não estou com um bom precentimento sobre esse lugar, vamos embora?

- Vamos - ele afirma e levantamos das cadeiras, assim que fazemos isso as outras pessoas também se levantam, damos um passo pra frente fingindo não ligar pra elas, então as mesmas dão um passo em nossa direção, damos outro passo e elas fazem o mesmo até que elas ficam até bem na nossa frente nos encarando.

- Eu acho melhor nós dois darmos mais uma olhada no menu, não é? - Robert pergunta pra mim.

- sim, sim, vamos voltar pra mesa - respondo e voltamos pra mesa em que deixamos, então as pessoas voltam e sentam nas suas mesas de volta

- isso é muito bizarro - comento

- estamos presos em uma armadilha, eles não vão nos deixar sair - disse Robert

- exatamente, tentem pra ver o que acontecem com vocês - alguém fala ao nosso lado e nós nos viramos, uma mulher com roupas de garçonete está bem do nosso lado segurando uma bandeja com vários copo, reconheci ela, eu já a vi uma vez quando ainda não tinha BeachCity e ficávamos vagando pela terra sem destino algum, ela era garçonete de um restaurante de um posto de gasolina, ela tinha me atendido uma vez, ela me serviu batata frita.

- Quem é você? - perguntou Robert 

- Não estão me reconhecendo? - ela pergunta e da uma olhada em si mesma, então ela da uma risada - oh, desculpem, eu sempre cometo esse erro - ela fala então sua aparência muda, ela não é mais uma garçonete, ela agora tem aparência de um policial com uniforme e tudo, depois a aparência muda novamente e agora fica com a aparência de um idoso barbudo com capa de chuva, o homem do barco, então muda de novo e aparece um garoto pálido de cabelo azul misturado com a cor rosa, uma mistura, e assim fica com essa forma - essa é minha aparência normal, na verdade não, a aparência humana que esse Orboniano escolheu, eu até que gostei.

- Eu tinha razão, você era o segundo espiritado - falo o encarando

- Uau Hunter, você é tão inteligente, sim, eu sou a segunda sombra que veio pra matar vocês, depois do fracasso causado pela minha irmã idiota, o meu pai, o rei Nero, decidiu apelar pra uma arma mais pesada. Um vidente - ele fala levantando o braço apontando pra si mesmo.

- Agora tá explicado, é assim que você faz tudo isso - fala Robert.

- achei que videntes só pudessem prever o futuro - comento

- Eles podem fazer isso, mas como qualquer outro Orboniano, eles têm cartas na manga, videntes podem entrar nas nossas mentes, eles nos deixam em estado de sono e nos mostram visões do futuro ou quando precisarmos lembrar de alguma coisa, eles nos mostravam o passado, os videntes tem dois rostos, um rosto olha pra frente em direção ao futuro e outro olha em direção contrária, em direção ao passado - explica Robert.

- Exatamente, eu coloquei vocês nesse estado de sono profundo onde vocês não podem acordar, eu posso ficar fazendo com vocês o que eu quiser enquanto espero a morte de vocês, uma morte lenta, enquanto dormem, pra mostrar que não sou brutal, nem nada - falou o garoto de cabelo colorido

- isso não vai acontecer, se você pode ver mesmo o futuro, então sabe que não vai se dar bem nessa - falo e ele me encara e da uma risada

- Você é tão, tão esperançoso, ninguém pode ver o futuro realmente, eu posso ver possibilidades para os acontecimentos, eu vejo qual é a opção melhor a se tomar então crio uma espécie de mapa mental e tudo se torna mais claro, e no momento, a maioria das possibilidades é de vocês oito... mortos - ele fala e fica rindo

"Oito?" Pergunto pra mim mesmo "Mas somos dez ao todo"



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