Ontem eu não jantei, meu macarrão instantâneo preferido estava sem sabor dentro da embalagem. Minha vida aos poucos retornando à estaca zero, quando parecia que tudo era vivido por alguém morto. Sinceramente, o erro sempre foi meu. Meus fones de ouvido fizeram falta, não que alguma música pudesse tirar toda aquela agonia de dentro de mim, mas ainda parecia uma escapatória.
É como um pesadelo que nunca tem fim, as poucas alegrias que me permitiram sentir não fazem mais sentido, as gotículas de sangue de Park Jimin se transformaram em minhas próprias lágrimas. O sofrimento deveria ser apenas meu, apenas meu.
Eu tropecei muito. Quase fui de cara com um poste e me vi xingando os desenhos inexistentes das nuvens. Minhas memórias me escapando e me dilacerando aos poucos, os beijos que nunca mais conseguirei dar, os toques que não mais serão sentidos por mim, os braços fortes de Taehyung, que desde sempre não me pertenciam, nunca mais retornarão a ser minha fortaleza segura. O nunca e o nada brincando de fazer parte de minha vida novamente.
Não sei por qual motivo estou aqui, encarando a Beruka enquanto algumas cópias saem para bandeja prontinhas. Também não sei quem é esse homem mal-humorado que está me dando ordens e me cobrando por estar usando muito papel. Ele não tem paciência comigo, grande coisa, grande novidade.
Park Jimin deve estar bem. Park Jimin deve estar bem. Park Jimin precisa estar bem. Ele merece isso.
Também não sei quantos minutos se passaram, pois Taehyung não está aqui.
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