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História Cinderela Pop (Percabeth) - Capítulo 28


Escrita por: camp_half_blood

Notas do Autor


Bom dia minha gente
19 comentários e eu continuou ainda hoje/amanhã (pq tipo, aqui ainda não é dia 18, ainda é 17 então né, pra alguns já são 18)

Capítulo 28 - Capítulo 28


 

Eu ainda estava pensando nisso quando ouvi uma voz atrás de mim.

- Você realmente gosta dessa música do New Radicals.

Senti meu corpo inteiro congelar. Aquela voz. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Virei devagar e lá estava ele. Com a máscara igual a minha, mas com a boca virada para baixo. Foi como se eu estivesse tendo um déjà-vu.

- Gosto - consegui responder.- Ela me lembra de alguém... de quem eu gosto de lembrar.

Ele ficou me encarando por alguns segundos e durante esse tempo senti novamente aquela sensação da primeira vez que nos encontramos. Um frio na barriga misturado com a vontade de chegar mais perto.

Ele desviou o olhar do meu e me analisou de cima a baixo. Quando chegou aos meus pés e ele viu que eu estava de salto, falou:

- Você não veio de rainha de copas hoje.

Apenas balancei a cabeça, desejando estar com o meu vestido de cartas de baralho.

- Perseu, eu queria falar com você.- Criei coragem depressa, pois sabia que não havia muito tempo.- Eu vi seu recado nas redes sociais. Quero dizer, eu não sigo você, ou melhor, não seguia, mas a imprensa fez o maior estardalhaço e eu...

- Não precisa se explicar - ele me cortou.- Na verdade, pensei que não veria você nunca mais. De vez em quando trago esta máscara pra poder dar uma volta sem ser reconhecido. Foi assim naquela festa em que a gente se conheceu. E hoje, na verdade, eu nem ia sair do camarim, e já estava me preparando para o show. Mas, de repente, comecei a escutar as músicas que adoro, diferentes das que estavam tocando antes. Olhei de longe para cá e vi você... dançando neste seu ritmo pop.

O meu coração estava a 500 quilômetros por hora. Tentei falar, mas a minha voz travou.

- Mas não vim aqui te cobrar nada, sei que a culpa foi minha. Você falou tudo da primeira vez. Que não gostava do Percy Jackson. Que achava o som dele cafona. Que ele enganava as meninas... Não foi isso? - Eu comecei a responder que tinha me arrependido de ter dito aquilo, mas ele me interrompeu.- Você estava certa. Eu sou romântico mesmo. Não me importo se você acha isso fora de moda. Falo a verdade nas minhas canções. Ou, pelo menos, falava. Eu acreditava que um dia minha musa inspiradora iria aparecer... Alguém que se interessasse por mim não pelo fato de ser famoso, mas sim por alguma química, conjunção astral, afinidade ou algo do tipo. E quando vi você dançando naquele dia e percebi que nosso gosto musical era tão parecido... E depois de ouvir a sua voz, tive vontade de ficar ouvindo você falar a noite inteira, e então nossos olhos se encontraram... Senti um clima especial, algo diferente de tudo que já havia sentido. Sei lá. Pensei que tivesse sido recíproco. Mas viajei, era bobeira, coisa da minha cabeça. Os meus amigos mesmo já tinham me prevenido, eu é que não ouvi ninguém. Eles me avisaram que eu havia me encantado pela imagem que eu criei de você. Eu nem mesmo vi o seu rosto! Mas eles estavam certos, foi tudo minha imaginação.

- Não é nada disso! - Comecei a tirar a máscara, mas ela agarrou no meu cabelo.- Não foi sua culpa, nem imaginação!

- Está tudo bem - ele disse, dando um passo para trás.- Não precisa se explicar, sério. Claro que eu fiquei esperando que você aparecesse. E fiquei triste quando vi que isso não aconteceu. Confesso que me senti meio humilhado e até envergonhado pelo papel de palhaço que fiz. Mas superei.

Maldita máscara! Eu estava a ponto de arrumar uma tesoura para cortar o meu cabelo e soltá-lo quando o Tristan chegou.

- Voltei, Annabeth - ele falou, entrando na cabine.- Vai começar o show, faltam cinco minutos para a meia-noite. Mas antes me pediram para desligar o som, pois vão passar um vídeo dos formandos.

Vi uma expressão diferente nos olhos de Perseu ao ouvir meu nome verdadeiro pela primeira vez. Como não me movi, o Tristan continuou: 

- Pode ir para frente do palco. Sei que você está louco pra ficar lá dando gritinhos... - Então ele fez uma voz fininha, imitando uma fã desesperada, e começou a dizer:- Ô, Percy Jacksoooooon, cadê vocêêêê, eu vir aqui só pra ter veeeeer!

- Tenho que ir. - o Perseu falou, já saindo.

- Espera.- Fui atrás dele.- O Tristan estava só brincando, porque sabe que eu... que eu quero muito falar com você. Quero dizer, com o Percy. Ele não tem a menor ideia de que você é ele. Mas o que eu queria falar é que sei que você está achando que sumi por desprezo, mas na verdade é que...

Naquele momento apareceu um cara de terno, bem alto e musculoso, que parecia ser um segurança, e falou que era melhor ele se apressar, pois o show já ia começar. O Perseu então me olhou meio impaciente e falou:

- Eu já disse que estou bem, não precisa ficar com pena ou coisa parecida. Você foi só uma ilusão. Que eu já esqueci!

Ele então me lançou um último olhar e se virou. O segurança foi com ele até uma porta e então desapareceu por ela.

Voltei para a cabine de som, e assim que o Tristan me viu, falou:

- Eu disse alguma coisa errada? Por acaso aquele garoto é algum namorado seu? Porque, pelo que sua tia me contou, eu pensei que você só pensasse no Percy Jackson. Por isso fiz aquela brincadeira...

- Não esquenta...- falei, agradecendo mentalmente o fato de estar de máscara, pois assim ele não veria minha tristeza.- Não era ninguém importante.

O Tristan então me entregou uma sacola. 

- A Afrodite pediu para entregar para você. Ela teve que resolver alguma coisa urgente, mas me fez prometer que isso chegaria às suas mãos. Ou melhor, aos seus pés. Ah, e sua mãe foi com ela.

Abri, curiosa, e lá dentro vi uma coisa que fez meu coração revirar. Era o meu All Star. O que a minha tia havia pintado. O pé que tinha sobrado, pois provavelmente o Perseu tinha jogado o outro no lixo. Pensei seriamente em fazer o mesmo, mas aquela era a minha única lembrança de toda a história. Então, em vez de descartá-lo, tirei as sandálias que estava usando , deixai-as na cabine de som, e calcei o tênis no meu pé direito, deixando o esquerdo descalço. Só ia ficar assim por um tempinho, mas aí vi a Thalia no meio da multidão. Corri para perto dela, que me deu o maior abraço ao me ver.

- Estou te procurando há horas, onde você estava? - ela perguntou.- Vi o seu pai, a sua madrasta, as suas meias-irmãs, a sua tia, o namorado dela e até sua mãe! Meus Deuses, você não tá explodindo de felicidade por ela estar aqui? Mas eu estava desesperada pra encontrar com você, porque o show já vai começar! Aquela sua ideia tem que dar certo. Aposto que o Percy Jackson, ao ver essa máscara, vai se lembrar de você ! E aí tenho certeza de que ele vai chamar você para dançar com ele no palco!

Passei a mão pela máscara. Não. Aquilo não ia adiantar. Já não havia adiantado. Ele não queria mais saber de mim! Por isso, eu me virei de costas para Thalia e pedi que ela ajudasse a soltar o elástico do meu cabelo, pois estava me machucando. Com muito custo ela conseguiu desembaraçá-lo e livrá-lo da máscara.

No mesmo instante, um apresentador subiu ao palco e pediu que todos os formandos se aproximassem, pois queria chamar ao palco o talentoso Percy Jackson, para que ele pudesse nos dizer umas palavras antes do show começar.

- Annie, coloca de novo a máscara, depressa!

Apenas dei de ombros e falei que aquilo não importava mais. Foi quando Perseu subiu ao palco. E aí não consegui escutar mais nada. A gritaria era tanta que o apresentador teve que pedir silêncio umas três vezes antes de ser atendido.

Ele então passou o microfone para o Percy, que agradeceu o convite feito pela nossa turma, disse que era uma honra tocar em uma ocasião tão importante e desejou boa sorte a todos nós na nova etapa das nossas vidas. O meu coração apertou e os meus olhos se encherem de lágrimas ao pensar que tudo poderia ser bem diferente... Agora eu não passava de mais uma fã no meio de tantas outras. E em pouco tempo, ele nem lembraria mais da minha existência.

O apresentador convidou o Percy Jackson para ver um vídeo que a escola havia feito. Os dois recuaram um pouco, as luzes se apagaram e então o vídeo começou. Era uma montagem com retratos de todos os alunos do terceiro ano. O nome do aluno aparecia e na sequência surgiam duas fotos : uma de quando era criança e outra, atual. Em seguida um holofote focalizava o aluno no meio da plateia, que era aplaudido por todos. Então era por isso que solicitaram que fossemos para a frente...

Como a apresentação era em ordem alfabética, o meu nome foi um dos primeiros a aparecer. Vi no telão uma foto minha com 7 anos de idade, com uma coroa de princesa na cabeça . Que ironia... Em seguida, apareceu uma que tinham tirado sem que eu percebesse, na sala de aula, provavelmente na semana anterior, com um olhar meio triste e parecendo muito pensativa... Antes que eu pudesse lembrar o que estava pensando naquele momento, um feixe de luz me focalizou, e ouvi vários aplausos. A Thalia e alguns outros colegas me abraçaram e sorri, até me lembrar de um pequeno detalhe...

Agora o meu pai saberia que eu tinha fugido do castigo e estava ali. E se ele me obrigasse a ir embora? Virei de um lado para o outro, tentando ver se ele estava por perto, mas o meu olhar foi atraído para o palco mais uma vez. Para alguém no palco. Alguém que estava me olhando fixamente...

E então percebi que aquela era a primeira vez que ele me via sem a máscara... e que, pelo jeito, não tinha gostado, pois rapidamente tornou a olhar para a tela.


Notas Finais


isso me abalou, muito.
Gente, estava pensando em criar um grupo no WhatsApp nosso, oq vocês acham? (me respondam nos comentários, sem vácuo por favor)
Hmmmmm, vamo comentar povo?


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