P.o.v Samantha
Chegamos ao lugar onde o show ia acontecer bem cedo. Testamos a iluminação, o áudio, vemos as marcações e o caralho. Converso com o Jas durante o tempo em que os caras estão ocupados ensaiando.
Depois nós voltamos ao hotel, brincamos pra caramba, conversamos, postamos muitos Snaps, fazemos músicas e é quando o convite chega.
-Samantha! –Sonny exclama. –Quero te fazer um convite.
-Fala. –digo escolhendo uma música para deixar tocar.
-Canta no nosso show? –eu levo um susto e fico vermelha.
-Cê ta brincando. –digo.
-Não está. –Wes fala ao meu lado. –Quer cantar no nosso show?
-Qual música? –pergunto.
-To ü. –Sonny sussurra. –Nossa nova música.
Eu fico em choque. To ü é uma das músicas novas que os caras criaram. Ela foi lançada á dois dias atrás, no dia 25 e bombou.
-Essa musica é da Aluna, eu não posso...
-Pode sim, e vai. –Sonny fala e se ajoelha na minha frente. –Por favorzinho Sam.
-E o que eu ganho com isso? –pergunto. Seus olhos escurecem e ele abaixa a cabeça. –Tudo bem. –falo. –Eu canto.
-Isso! –Sonny exclama e me abraça apertado.
-Eu quero algo em troca depois. –sussurro em seu pescoço. Que se foda o bom senso, eu não consigo mais me segurar.
-Pode deixar. –ele sussurra de volta.
-Eu vou me arrumar galera, já volto. –digo e vou para o banheiro.
...
Sonny e Wesley entram no palco às sete e dez da noite, fico nos bastidores, bem ao lado do palco e posso ver milhares de pessoas na platéia.
Começo a tremer de medo e nervosismo. Jas, Amber e as outras pessoas da produção tentam me acalmar mas eu começo a surtar feio. Saio do lugar onde me encontro e corro até o camarim.
Deito-me no sofá e minha respiração começa a falhar. Ataque de Panico.
Fazia muito tempo que eu não tinha um, eles eram normais quando eu tinha treze anos e sofria bulling no colégio.
Tento respirar mas minha respiração trava. Me levanto e começo a bater na parede com os punhos. Meu desespero é evidente, tento me controlar mais não consigo.
-Sam! –escuto a voz de Sonny e corro até a porta.
Ao me ver ele corre até mim e me abraça forte .
-O que foi.
-Ataque de pânico. –sussurro. Ele me olha assustado. –Ta tudo bem.
-Você pode ir pro palco?
-Eu não consigo. –sussurro. –Eu vou arruinar tudo.
-Não vai.
-Sim, eu vou, pelo amor de Deus, seu fãs vão me odiar porque eu roubei e arruinei a musica da Aluna. –Ele se afasta e me olha de cara feia.
-PARE COM ISSO, APENAS PARE COM ISSO SAMANTHA –ele grita. –VOCÊ NÃO VAI ARRUINAR NADA. VOCÊ É PERFEITA MEU DEUS, PARE DE SE REBAIXAR.
-EU NÃO SOU PERFEITA SONNY MOORE, NEM UM...
Não tenho tempo de terminar a sentença, pois repentinamente, seus lábios estão nos meus. Retribuo seu beijo com vontade e ele aperta minha cintura fortemente. Puxo seus cabelos e ambos respiramos fundo.
NÃO SAM! ISSO TA ERRADO, ERRADO E ERRADO. POR FAVOR PARA!
Me solto de seus braços e me afasto, indo até os espelhos. Sonny fica parado logo atrás de mim, me olhando pelo espelho.
-Desculpa. –sussurra e põe a mão nos cabelos. –Meu Deus Sam, o que foi que eu fiz?
-Merda Moore, foi o que nós fizemos. –digo. –Você acha que eu vou conseguir ficar longe depois disso? Está bem enganado.
-Eu também não consigo mais me afastar. –ele sussurra e chega atrás de mim, passando a mão nos meus braços. –Eu sinto muito.
-Eu também. –falo, e saio do camarim. –Vamos arrasar nesse festival Moore.
-Sim. –ele fala aliviado e pega a minha mão. –Nós vamos.
...
-E agora senhoras e senhores.-Wes grita para o público. –Apresentando a nossa nova música. Samantha Ryan, cantando To ü! Mas, primeiro, põem suas luzes pra cima, vamos iluminar a noite!
Entro no palco e começo a cantar:
Believe me, I could live without you
But I really don't want to
Believe me, I could love without you
But I really don't need to
’Cause leavin' is the hardest thing to do
But being left is harder, yes it's true
But try coming back
How do I get back to you, to you, to you?
How can I get back to you?
Subo no lugar onde os caras ficam e danço com Wes e Sonny animadamente.
A energia me consome e eu sinto uma alegria imensa, arrebatadora, que não cabe no peito. Desço para o lugar onde eu estava e fecho os olhos, deixando a batida da música me levar para outro mundo.
Leavin' is the hardest thing to do
But being left is harder, yes it's true
But try coming back
How do I get back to you, to you, to you?
’Cause leavin' is the hardest thing to do
But being left is harder, yes it's true
But try coming back
How do I get back to you, to you, to you?[…]
Continua a música e é quando sinto mãos nos meus ombros. Olho pra trás e Sonny está lá, me olhando profundamente. Um arrepio percorre minha espinha e eu nos viro até ficarmos de frente um para o outro e de lado para o público, que grita loucamente.
[...]But I don't wanna face it
All this time that I wasted
It's so close, I can taste it
Ponho meu braço em seus ombros e o encaro.
How can I get back to you? [9x]
Ele se aproxima de mim, bem perto.
Leavin' is the hardest thing to do
Chego mais perto, ele segura meu rosto e beija a ponta do meu nariz.
But being left is harder, yes it's true
E sem perceber, na ultima nota, Sonny me beija, um beijo de tirar o fôlego. Passo a mão por seus cabelos e me deixo levar pelas sensações, sem me importar que, amanhã, provavelmente, eu perca uma amizade.
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