História Cinema - Eu sinto tanto...

P.o.v Sonny:

Três semanas depois:

Escuto alguém batendo na minha porta e desco correndo. A esperança de seis semanas atrás volta, e eu espero que Samantha esteja lá me esperando.

Mas, como sempre, eu estou errado. Ao invés de ser Sam, Wes está na minha porta.

Ele sorri para mim e bate a neve de si. Entra me empurrando, me leva até a sala.

-Todos os shows desse mês foram cancelados. -ele fala suspirando.

-Sinto muito. -falo.

-Foda-se. -ele fala rapidamente. -Você está péssimo.

Eu olho pra ele sem falar nada. Wesley suspira e levanta.

-Vamos. Você é o chefe também. Hoje é a Owsla Decent Christmas Confraternization (N/A: Junção de Owsla e Mad Decent), você precisa ir.

-Eu sei. -sussurro e afundo a cara no sofá. -Eu não quero ir.

-Ela vai estar lá.

-Bem por isso. -falo chorão. -Não quero olhar pra ela e ser destruído por um olhar. Você não tem noção do quanto ela é intensa.

-Pode acreditar, eu sei sim. -ele fala sorrindo maliciosamente.

-Não na cama Wes, na vida real.

-É quase a mesma coisa, só menos... Íntimo. Pensa pelo lado bom, vocês podem se acertar.

-Eu não creio que isso possa se resolver.

-Vai se resolver, até parece que você não conhece ela. Você sabe que ela não consegue ficar nem dois dias brava com você. -olho pra ele com um olhar mortal. -Eu sei, eu sei. Mas, ela já te perdoou, mesmo achando que aquilo foi proposital.

Levanto a cabeça e fico olhando pra ele. Sei que ele está certo, mas eu tenho tanto medo. Em vinte e sete anos de vida, eu nunca sofri tanto por uma garota quanto eu sofri por ela.

Respiro fundo, analiso um pouco. Eu sei, no fundo de minha alma que ela já me perdoou. E acredito que com apenas poucas palavras ela volte para mim, mas... O medo...

Quer saber? Foda-se, eu não aguento mais, eu quero, eu preciso dela em meus braços, e essa noite eu vou pedir perdão, mesmo que o que eu fiz não tenha sido intencional.

Corro para o meu quarto, tomo um banho, coloco minharoupa de sempre, calças jeans preta, camiseta da Owsla, jaqueta da Owsla e tênis preto e junto com Wes parto para a festa.

Hoje Sam é minha, e eu estou cagando pra quem não acreditar que ela não vai me perdoar.

P.o.v Sam:

-Eu sei que você quer ir por causa dele Sam. Pare de fingir! -Dillon exclama ao lado de Cristal.

Hoje é a festa de confraternização que junta as gravadoras Owsla e Mas Decent num jantar antes do natal. A festa vai ser na casa de um dos CEO's da Owsla, e Dil e Cris estão tentando me convecer a ir.

Minha vida tem sido uma droga durante as últimas semanas. A saldade que eu sinto daquele idota chamado Sonny Moore está me deixando atordoada.

Eu nunca havia ne sentido assim, e é o que mais me irrita. Eu numva fui assim, nunca.

-Ninguém me ajuda nessa merda! -exclamou batendo o pé.

Eles começam a dar risada da minha cara, ambos estão sentados na mesa da sala de jantar, Cris comendo uma tigela de cereais, e Dil está ao lado dela, já pronto, me esperando.

Seu braço pousa suspeitamente no encosto da cadeira de Cris. Ultimamente eu tenho notado coisas suspeitas acontecendo entre eles, a proximidade, as trocas de olhares, e outras coisas mais.

-Vamos Samm! -Cristal grita animadamente. -Vai lá, vê ele, espera ele se desculpar. Eu sei que você ama ele.

-Eu ainda estou magoada seus idiotas. -digo cruzando os braços.

-Você? -Dillon exclama. -Duvido. Agora para de fazer cu doce e vai se arrumar, pensa no lado positivo, se você não se acertar com o Sonny, ainda tem comida.

-É. -digo inclinando a cabeça. -Tudo pela comida.

Vou até o meu quarto e tomo um bom e longo banho. Durante essas seis semanas, meu cabelo mudou muito.

Agora, todo ele é colorido, azul, verde, rosa, roxo, e está hiper liso, como nunca tinha sido.

Coloco um suéter vermelho vinho, uma calça jeans preta, gorro vermelho e uma jaqueta preta, faço uma maquiagem leve, com uma sombra marrom e finas linhas de delineador no lado dos olhos. Satisfeita com o que vejo, balanço a cabeça e desco as escadas.

-Vamos então Francis. -digo e pego meu celular. -Fica bem Cris.

-Você também Sam. -ela grita e eu entro no carro.

Dillon demora alguns minutos para entrar na garagem, e quando chega, seu sorriso está enorme.

Olho pra ele com os olhos serrados, Dil me encara e fica sério.

-Cuidado, ela é muito nova pra você.

-Do que você ta falando?

-Você sabe muito bem Dillon, só não assume pq não quer.

Ele balança a cabeça e entra no carro.

-Vamos pra farra Sam.

-Uhull!! -grito, ligando o som no último volume.

...

P.o.v Sonny:

É engraçado a forma que eu sinto a presença da Sam sem precisar vê-la. Eu simplesmente sinto.

Sempre foi assim, desde o dia em que eu a conheci, e é assim hoje, mais um mês depois de eu tê-la visto da última vez.

Ao passar por mim, Sam nem me olha. Ela está tão diferente, cabelo colorido e liso, e um pouco mais magra que o normal.

Quando ela chega perto de Amber e Tenner, posso ver olheiras muito bem escondidas por maquiagem.

É, parece que esse tempo não afetou só a mim.

Passam-se horas até eu criar coragem para falar com ela. Espero ela ficar sem companhia e vou até lá.

Ela está entrando na cozinha, torço para que não tenha ninguém lá e entro.

Sam está pegando uma cerveja na geladeira. Ao virar, ela me vê e congela. Chego mais perto e a sensação de paz e nervosismo que ela sempre me passa volta com força total.

Resisto ao impulso de acariciar seu rosto, olho em seus olhos castanhos e me assusto ao ver o ódio refletido neles.

-Nós precisamos conversar. -digo.

-Não precisamos não. -ela fala e tenta sair, mas eu prendo ela entre a pia e o meu corpo.

-Sim, nós precisamos Sam.

-Me solta. -ela fala com os olhos cheios de lágrimas.

-Sam. -sussurro, limpando suas lágrimas. -Eu sinto muito. -começo a chorar também. -Eu sinto tanto...