Três Dias Depois:
-Você não está esquecendo de nada?
-Não. –falo para Dillon.
-Você tem certeza Samantha? –pergunta apreensivo.
Paro de guardar minhas malas no meu novo carro e inclino a cabeça incrédula.
-Escuta aqui, fica segurando a Isa e cala a boca ta legal?! –digo nervosa.
-Ta bom, ta bom, calma garota.
Começo a rir, mas o meu riso não sai tão fácil como antigamente, nada nesses últimos dias tem sido fácil. Balanço a cabeça tentando esquecer os fatos e suspiro, depois volto a rir.
-Bom, então eu acho que é isso. –falo suspirando.
-É, bem. –ele fala já fungando. –Deixa eu dizer tchau.
Dillon aperta Isa e a enche de beijos por todo o rosto. Começo a chorar tristemente, depois de um tempo, ele me entrega Isabella e sorri pra mim.
Levo ela até o banco do caroneiro do Range Rover, coloco-a no bebe conforto, arrumo os cintos nela e me viro para Dillon. Ele me abraça forte, muito, muito forte mesmo. Aperto ele de volta e começo a chorar.
-Olha, eu vou pra New York toda a semana, me espere. Eu realmente não queria que você fosse, sério.
-É preciso. –sussurro.
-Eu sei miga. Não se preocupe. -ele fala, aos prantos.
-Eu preciso falar com o Gerald. –digo rindo.
Ando até a porra da pinhata colorida e começo a conversar com ele como se fosse algo de verdade.
-Leva ele. –Dillon fala.
-Não. Não mesmo. Ele é o seu melhor amigo cara.
-Cooomo eu sabia que você ia falar isso, eu tenho uma coisa pra você!! E pra Isa também. –ele corre para dentro da casa. Retorna alguns minutinhos depois, com dois geralds de pelúcia, um enorme e um pequeno.
-NÃÃÃOO CREEIOOO!!! –exclamo feliz. Uma felicidade que não tinha espaço no meu coração por esses dias.
-SIMMM!! –ele grita.
-Bem, agora eu posso seguir a minha viagem em paz. Muito obrigado.
-De nada. –dou um ultimo abraço nele e me dirijo até o carro.
Ao dirigir para longe d, a cidade, observo a loja, a gravadora, a minha antiga casa, e finalmente, a placa de Hollywood. Não seria a ultima vez que eu a veria provavelmente. Isa iria conhecer o lugar que me fez tão feliz em tão pouco tempo.
A sensação de decepção e perda começa a acabar com o meu humor, e uma ultima e solitária lágrima escorre pelo meu rosto.
-Até mais LA. –sussurro e sigo em frente.
...
Estaciono na frente do meu novo apartamento em Nova York e começo a rir quando vejo todos me esperando lá na frente: Meu pai, minha mãe, minha Irmãos (incluindo o pai de Isa), minha linda cunhada Violetta e o meu cunhado.
Desembarco do carro toda feliz e corro abraçar minha mãe. Ela me aperta e começa a chorar, o mesmo acontece com Sophie, Warren, seu Arthur e Vio. Olho nervosa para o meu irmão mais novo e deixo a mensagem subliminar de que ele não falasse.
-E ai mamãe de ultima hora? –minha mãe fala sorrindo.
-Tudo certo. –digo suspirando. –E com você.
-Mil maravilhas agora que você está aqui meu bem. –ela fala e beija minha testa. –Onde ela está? –pergunta animada.
Sorrio e ando até o lado do caroneiro. Abro a porta e vejo Isa me fitando com olhinhos espertos. Pego ela no colo, cheirando sua cabeça, Ela aperta o meu nariz e sorrio para ela.
-Oi anjo. –sussurro.
Isa começa a bater os braços freneticamente, ela está incomodada. Começo a cantarolar nossa música, Isa para de se bater, mas seus olhos continuam arregalados.
-O que ..?
Minha mãe chega perto de nós e começa a rodear Isa. Me dirijo até a calçada onde estão todos, eles se aproximam e começam a elogiar a minha pequena pedra preciosa. Quando James finalmente chega perto dela, ela volta a se debater novamente.
O jeito com que ele olhou pra ela e tentou toca-la, como se não fosse possível ela ser real despertam uma coisa ruim dentro de mim. Entrego a bebe para a minha mãe e parto pra cima dele.
-Escuta aqui seu merdinha. Não olhe para ela como se ela fosse improvável de existir. COMO VOCÊ PODE ABANDONAR UMA GAROTA DE DEZESSEIS ANOS SOZINHA E GRAVIDA? QUEM VOCÊ ACHA QUE É? –jogo ele contra a parede e dou um soco na sua boca. –NUNCA, NUNCA MAIS PENSE EM FAZER ISSO, E NÃO OLHE PRA ELA COMO SE ELA FOSSE A SUA PRECIOSIDADE. Foi bom te ver. –bato no ombro dele. -Agora vasa James.
-Tava demorando. –Ansel fala rindo. –É melhor você ir Dude, sério.
-Bom, agora que parte do meu rancor está dissipado, vamos pra minha nova casa. –digo, batendo palmas.
Meu novo apartamento é lindo. É todo decorado de branco, azul e preto, com tudo simples, apenas o quarto de Isa que é de uma cor diferente, marrom claro e azul bebe, com moveis brancos e alguns detalhes em rose.
Ele é todo fofo e simples, com apenas um berço, um armário com trocador e uma poltrona, além de ter abajures e quadros. Sua parede tem desenhos de árvores com uma gaiola de passarinho.
E logo acima da poltrona, um quadro de Cristal.
Depois que todos vão embora eu e Isabella ficamos na sala cantando. Nem vejo a hora passar, nem sinto fome, apenas alivio, alivio de não estar mais lá.
As 22:15 mais ou menos, minha campainha toca e eu corro atender.
Wes está na minha porta, com dois sacos de lanche da Mc`Donalds e refrigerante. Sorrio pra ele e o mando entrar.
-Oi. –digo.
-Sinto muito por não estar lá. –ele fala.
-Era bem contigo contigo mesmo que eu tinha que falar. Preciso de ajuda.
-Mas é claro. Digue Sma, use e abuse de mim.
-Sai fora. -falo rindo. -Ajuda paterna meu bem, disso que eu estou falando.
Abraço ele e nós começamos a conversar. Conversamos durante horas... até cansar e a bebê começar chorar. Depois, ele vai embora. Sinto-me leve como não me sentia a um bom tempo. Talvez recomeçar seja uma boa no final das contas.
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