P.o.v Sonny:
Paro com a produção e largo os fones em cima da mesa com raiva. Minhas musicas nunca mais saíram como planejado, nada nunca dava certo, parecia que eu tinha um bloqueio.
Passo a mão pelos meus cabelos recém cortados, já acostumado com aquele visual. Depois que Sam foi embora eu tinha decidido parar com a merda de ter vergonha do meu rosto e minhas espinhas, e virar uma pessoa orgulhosa de mim mesmo, moral da historia, bye bye cabelão, olá “corte de homem”.
Pena que tenha sido tarde demais.
Ela tinha ido embora e não pode me ver assim, do jeito que ela tanto insistia que eu ficasse.
Era errado dizer que o meu bloqueio pra musica não era por causa dela. Era, sempre foi.
Depois que ela partiu, Jack Ü acabou, eu briguei com o Wes, com Dillon, com a maioria deles, eu sabia que merecia, o que eu tinha feito foi puro egoísmo, e voltei para a FFTL (From First To Last), e passei a produzir musicas tristes e de desculpas.
Eu sabia que ela escutava, com certeza ela as escutava, todas faziam sucesso mundial, e todas falavam dela.
Deus como eu sentia saudade. Eu queria tanto vê-la novamente. Fazia tempo que eu não via seu rosto. Queria saber a sua aparência, queria saber como estava Isa.
Eu sei, eu sei, redes sociais existem, mas eu não a procurava mais. Havia me afastado de tudo, não achava digno de vê-la feliz, completa, provavelmente.
Soube por Jas que ela tinha voltado como o Wes, que Isa estava grande e cada vez mais parecida com a sua mãe biológica, que Sam havia se toranado tia e fotografado milhares de filmes famosos.
Ela estava bem, não sentia a minha falta, não iria me procurar, e eu sabia que merecia, eu era um idiota de merda.
-SONNY?!?! –escuto alguém gritar atrás de mim, é Jas.
-Fala Davis. –digo limpando uma lágrima teimosa que escorria pelo meu rosto.
-Uou cara, o que aconteceu? –pergunta preocupado.
-Nada, nada, eu só... Só estava lembrando.
-Dá pra ver. –ele fala e me abraça. –Vem, vamos no parque andar. Você está precisando de um ar.
...
Chegamos ao parque em poucos minutos. Aquele parque. O parque que eu a levei pela primeira vez que nós saímos. Fecho os olhos e inspiro. Eu ainda lembro do seu cheiro, e da sua voz. Aqueles gritos de felicidade característicos dela, que enchem o meu coração de alegria.
De repente, sinto alguém esbarrar em mim. Pelo pequeno tranco, julgo ser uma criança de no mínimo 4 anos. Abro os olhos e encaro ela, me deparando com lindos cabelos ruivos.
Escuto um pequeno sussurro de desculpas, e a menininha ergue a cabeça.
Cristal.
Arregalo os olhos, dando um passo pra trás, a menininha fica com uma cara curiosa, e é quando eu escuto aquela voz tão familiar agora perto de mim, gritando pela criança.
-ISA!!! –escuto a voz de Samantha.
Viro-me, me deparando com a mulher dos meus sonhos e pesadelos, aquela que eu tanto senti falta, aquela que eu nunca achei que fosse voltar: Samantha Ryan Elgort.
Seus cabelos estão curtos e coloridos, ela parce mais velha e mais magra, mas mesmo assim continua linda. Ela arregala os olhos ao me ver, soltando a mão da pessoa ao seu lado rapidamente, é Wesley vejo um anel na mão dela e junto os pontos rapidamente, ela seguiu em frente.
Balanço a cabeça rapidamente, meus olhos se enchem de lágrimas, me deixando envergonhado. Olho para Samantha parada no meio do parque, tão perto, mas tão longe, e o meu coração começa a doer.
Suspiro e limpo as lágrimas, eu não consigo. Viro-me, voltando para a gravadora, mas algo inesperado acontece: ela chama o meu nome. Volto a olhá-la, e em questão de segundos, ela corre para os meus braços.
Abraço-a apertado, chorando, mas aquilo dura apenas alguns segundos, porque tão rápido quanto ela veio, ela se foi, voltando ao lado de Wesley. Balanço a cabeça e vou embora.
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