O vento elevava os cabelos da assassina Mine, a respiração da sniper era lenta e ritmada, cada musculo de seu corpo estava concentrado no objetivo.
-Respire- murmurou para si mesma, os dedos roçavam o gatilho, um toque tão leve quanto uma pena- Mire... Mire...
Apertou o gatilho, ouviu o estampido, sentiu o cheiro de pólvora e o barulho ecoou pelas montanhas.
Ao longe, viu um homem trajando a armadura imperial tombar para trás com a força do impacto, um tiro certeiro, tão preciso que o alvo morreu antes mesmo de tocar o chão.
-Precisa- disse Najenda- Como sempre.
-Obrigada, senhora comandante- disse Mine, erguendo-se e limpando pequenos pedaços de grama que estavam presos a sua roupa. O elogio da comandante não a deixou menos humilde ou mais arrogante, ela era boa e sabia disso, de forma que aquilo foi apenas uma comprovação- Fiz o melhor que pude.
-E foi o suficiente- Najenda se levantou, e quando viu um sorriso se formando no rosto de Mine, falou- Mas não faça muito de si. O orgulho é o primeiro passo para a queda.
‘’Orgulho’’- lhe disse Najenda- ‘’Esqueça-se do orgulho’’
Mas aquilo não era necessário. Mine não era orgulhosa, tanto que sequer compareceu ao banquete que aconteceu em comemoração à missão bem sucedida, a jovem preferiu ficar em seu quarto, lendo os capítulos que faltavam de um livro qualquer, um entretenimento antes de dormir.
Sua cabeça começou a latejar. Talvez tivesse lido demais, ou ficou tempo demais desprotegida sob o sol do meio dia, ela largou seu livro, deixou-o ao lado de sua escrivaninha e abriu uma gaveta. Entre pacotes de chocolate, canetas, papéis amassados e algumas capsulas de munição, havia um objeto cilíndrico, cor de rosa, ainda embrulhado por um plástico duro.
Mine apanhou o vibrador. Era um presente de Leone, uma brincadeira que Mine nunca havia levado a sério, até mesmo havia ficado brava com o presente, mas com o tempo a raiva passou e o presente ficou esquecido.
-Por que eu não joguei isso fora?
Mine abriu o pacote com uma unha, segurando o vibrador com a mão, a curiosidade a tomou subitamente, então ela suspirou, lentamente abriu as pernas e afastou a calcinha com os dedos e lubrificou o objeto com um pouco de saliva.
O vibrador não era grande, de forma que não a feriu no momento em que ela o inseriu em si lentamente, sentindo-o penetrar cada vez mais profundamente, levou uma das mãos até a boca quando, sem querer, ativou a vibração, nunca antes havia se sentido daquela forma, era uma sensação de perigo e adrenalina, porque a qualquer momento alguém poderia entrar pela porta e vê-la ali, quase tendo um orgasmo, e também era uma sensação sublime, Mine desbravava a própria sexualidade, e isso era bom.
-A-aa...- ela gemeu, quando sentiu-o inteiramente dentro de si.
Mine respirou fundo, sentiu algo liquido escorrer por seus dedos e lambuzar sua mão. De inicio apenas sentiu a vibração do objeto em seu interior, e depois começou a movê-lo dentro de seu corpo, para dentro e para fora. Ofegava, suava, tinha vontade de gemer, suas pernas se friccionavam uma contra a outra, e ela estava próxima ao primeiro orgasmo de sua vida quando Leone abriu sua porta.
-Mine, o banquete já acabou, sei que não estava com fome, mas começamos um torneio de arco e flecha, imagine só, queria saber se...- Leone havia entrado, mas não havia olhado para Mine até aquele momento. A jovem estava deitada, com as pernas abertas e nua da cintura para baixo, com as mãos em sua boca e no meio de suas pernas. Mine corou, retirou rapidamente o vibrador de dentro da vagina e o jogou para longe, então se jogou para o outro lado da cama, escondendo-se- Oh... Desculpe-me, eu não sabia que...
-Saia daqui!- disse Mine- Vai embora!
Leone sorriu, depois se aproximou de Mine, que tentou esconder seu corpo por entre as cobertas.
-Então você finalmente usou isso- disse ela, apanhando o vibrador do chão, estava totalmente enlambuzado, ela fez uma careta- Não achei que teria coragem.
Mine não disse nada, Leone largou o objeto e lambeu os dedos.
-Não precisa se envergonhar.
-É vergonhoso!
-Sim, claro que é- Leone riu- Mas sua cara agora é mais engraçada que a situação constrangedora.
Mine não disse nada.
-Quer descer para se divertir? Juro que isso vai ficar só entre nós.
-Me divertir?- Mine se levantou- Vire-se.
Leone ficou de costas para a parede enquanto Mine se vestia.
-Sim- continuou- Se divertir, se bem que acho que você já estava fazendo isso.
-Não tem graça, Leone.
-É, não tem mesmo- virou-se, Mine já estava vestida- Desculpe-me por invadir sua privacidade.
-Não... Não foi nada.
-Da próxima vez tranque a porta- Leone sorriu quando Mine atirou uma bola em sua direção- Se fosse a comandante, ou aquele tarado do Lubbock- sorriu- Se bem que ele poderia te dar uma ajuda com aquilo.
Os olhos de Mine faiscaram de raiva, mas ela se acalmou quando Leone a abraçou.
-Isso é normal, não se preocupe, seu segredo estará seguro comigo, agora se apresse. Akame retornou.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.