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História Cinquenta Tons de Queen - Lian Yu...Quarto Vermelho...e Contratos


Escrita por: NinaGrey45

Notas do Autor


Ola amores desculpa pelo tempo sem postar mas a escola está muito corrida(Por isso aumentei um pouco o cap)
Essa semana sera a de provas mas não quis lhes deixar sem um capitulo e hoje decidi postar esse e se possivel postarei a primeira vez amanhã(nada garantido) mas tentarei S2
Deixarei certo o dia de postagem avisado que sera sabado OK espero que gostem amores ^^
Desculpe qualquer erro

Capítulo 8 - Lian Yu...Quarto Vermelho...e Contratos


Fanfic / Fanfiction Cinquenta Tons de Queen - Lian Yu...Quarto Vermelho...e Contratos


P.O.V Felicity On
O dia foi muito inquietante,queria saber logo o que Oliver tinha para me mostrar
Ao me levar em casa nos deparamos com uma cena embaraçosa e engraçada
***
Lena e Tommy se atracando na sala como se não houvesse amanhã e Oliver pigarreia
—Pode parar de sugar a alma da moça Thomas?-apesar de serio sinto um tom divertido
—Bom dia para você também Oliver-diz Lena revirando os olhos em tom ligeiramente hostil.
—Senhorita Bartinelli-respondeu da mesma maneira.
—Ollie,é Lena-Tommy resmunga.
—Lena.
Oliver assentiu com educação e encarou o irmão, que riu e se
levantou para também me abraçar.
—Olá,Lis.
Sorri e seus olhos azuis brilharam. Fiquei bem imediatamente. É
óbvio que ele não tinha nada a ver com Oliver
—Olá,Tommy.-sorri para ele e me dei conta de que mordia meus lábios.
—Não sufoque a Felicity nesse abraço e nós temos que ir.-diz Oliver emburrado.
—Claro.
Virou-se para Lena, abraçou-a e lhe deu um interminável beijo.
Jesus...Arrumem um quarto! 
Olhei para Oliver,que me olhava fixamente.
Por que não me beija assim? Tommy continuou beijando Lena,empurrando-a levemente para trás e a fez dobrar-se de forma tão teatral que o cabelo dela quase toca o chão.
—Até mais,querida!-Disse-lhe sorridente ao se separar.
Ela se derreteu toda.Nunca antes a tinha visto derretendo-se assim.
Veio-me à cabeça as palavras "formosa" e "complacente".Lena, complacente.
Tommy deve ser muito bom.Oliver revirou os olhos e me olhou com
expressão impenetrável, embora possivelmente a situação o divertisse um pouco. Apanhou uma mecha de meu cabelo que escapou do meu cabelo e o pôs atrás da orelha. Minha respiração entrecortou e ele inclinou minha cabeça com seus dedos. Seus olhos se suavizaram e passou o polegar por meu lábio inferior.Ele deposita um leve selinho em meus labios mas logo se afasta.
—Até mais, querida.-Murmurou.
Não pude evitar rir, porque a frase não combinava com ele. Mas embora saiba que está esquivando-se, aquelas palavras ficaram cravadas em mim.
***
No Joe's foi uma correria mas consegui aquietar minha ansiedade focando nas tarefas]
Me arrumo colocando a roupa que Lena escolheu prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo fico feliz com o resultado
https://www.polyvore.com/look/set?id=226978343
Assim que termino fico do lado de fora aguardando Oliver 
Ele comentou algo sobre uns papéis, e não sei se estava de
brincadeira ou se ia ter que assinar algo.Desesperei-me por ter que andar conjecturando todo o tempo. E para o cúmulo das desgraças, estou muito nervosa. Hoje é o grande dia. Estou preparada por fim? Minha deusa interior me observava golpeando impaciente o chão com um pé.
"Faz anos que estou preparada"resmunga revirando os olhos
Embora ainda não entenda o que Oliver viu em mim... 
Era pontual, é obvio, e quando saí do apartamento ele já me esperava,
apoiado na parte de trás do carro. Abriu a porta para mim e sorriu.
—Boa tarde,Senhorita Smoak.-sorriu galante.
—Sr.Queen.
Inclinei a cabeça educadamente e entrei no assento traseiro do carro.
Slade estava ao volante.
—Olá,Slade-o comprimento sorrindo
—Boa noite Srta.Smoak.-Disse sorrindo de canto em tom educado.
O heliporto estava perto, assim, antes que me desse conta, já
havíamos chegado. Perguntei-me onde estaria o lendário helicóptero.
Estamos em uma zona da cidade repleta de edifícios, e até eu sei que os helicópteros necessitam espaço para decolar e aterrissar.Slade estacionou,saiu e abriu minha porta.
Oliver estava ao meu lado e pegou minha mão novamente.
—Preparada?.
Apenas assenti. 
Entramos em elevador e logo o beijo que trocamos em um me vem a mente e ao reparar o sorriso que ele tinha em seus labios ele também se lembrava
—São apenas três andares.-disse-me com olhos divertidos.
Tenho certeza que tem telepatia.
Ele apertou minha mão com força,e cinco segundos depois as portas se abriram no terraço do edifício. E lá estava, um helicóptero branco com as palavras QUEEN CONSOLIDATED,em cor azul e o logotipo da
empresa de outro lado. Certamente que isto é esbanjar os recursos da
empresa.
E nos dirigimos ao helicóptero.De perto era muito maior do que
pensava.Supunha que seria um modelo pequeno, para duas pessoas, mas contava com, no mínimo, sete assentos.Oliver abriu a porta e me indicou um assento ao lado do piloto.
—Sente-se.E não toque em nada.-Ordenou-me e subiu por trás
de mim.
Fechou a porta. Alegrei-me que toda a zona ao redor estivesse
iluminada, porque do contrário, nada se veria na cabine. Acomodei-me no assento que me indicou e ele se inclinou para mim para me atar o cinto de segurança. É um cinto de quatro pontos com todas as tiras se conectando a um fecho central. Apertou tanto as duas tiras superiores, que eu não podia me mover.
Ele estava tão próximo a mim, muito concentrado no que fazia.Inclino minha cabeça um pouco para frente,afundo meu nariz em seu cabelo e sinto ele tremer em seguida soltando um gemido rouco.Contive a respiração quando ele aperta levemente minha coxa
—Gosto de você presa-sussura mordendo levemente minha orelha
...
O vôo foi incrivelmente rapido  mas estava apavorada afinal me sinto bem mais segura no chão
—É aqui.-Disse-me em voz baixa.
Seu olhar era intenso, a metade na escuridão e a outra metade
iluminada pelas luzes brancas de aterrissagem. Uma metáfora muito
adequada para Oliver: o cavalheiro das trevas e o cavalheiro branco. Ele parecia bem tenso. Cerrou a mandíbula e entrecerrou os olhos.Se inclinou e seu rosto estava a centímetros do meu.
—Não tem que fazer nada que não queira fazer.Você sabe disso,não sabe?
Seu tom era muito sério, inclusive angustiado, e seus olhos,
ardentes. Pegou-me de surpresa.
—Nunca faria nada algo que não desejasse fazer,Oliver.-digo entediada
Que diabos!fica fazendo misterio o tempo todo
Mas minhas palavras funcionaram e Oliver afinal ele se acalmou.
Encarou-me um instante com cautela e logo,agarrou minha mão para me ajudar a descer à pista.Oliver passou o braço pela minha
cintura e me puxou firmemente contra ele.
—Vamos.-Disse enquanto me guiava até um elevador, digitou um número em um painel, e a porta se abriu. No elevador, completamente revestido de espelhos, fazia calor.Digitou outro código,e as portas se fecharam e o elevador começou a descer.
Em poucos momentos estávamos um amplo corredor que nos levou até a entrada de uma sala palaciana. É o salão principal, de teto
muito alto. Qualificá-lo de "enorme" seria pouco. A parede do fundo era de cristal e dava em uma sacada com uma magnífica vista da cidade.
À direita havia um imponente sofá em forma de “U” que permitiam
sentar-se comodamente dez pessoas. Frente a ele, uma lareira ultramoderna de aço inoxidável... ou, possivelmente, de platina. À esquerda, junto à entrada, estava a área da cozinha.Toda branca,com as bancadas de madeira escura e um bar em que podiam sentar-se seis pessoas.
Junto à área da cozinha, em frente à parede de cristal, havia uma mesa de jantar rodeada de dezesseis cadeiras. E no fundo havia um enorme piano negro e resplandecente. 
Por um momento tive o desejo de toca-lo mas logo tiro essa ideia da cabeça
—Dê-me a jaqueta-Ele pede em tom de ordem e ja estou cansando disso.
—Não,obrigada-resmungo e por um instante ele parece...chocado
—Tudo bem...-murmura-Eu tomarei uma taça de vinho branco.Você quer algo?
— Sim.-dou os ombros.
Sentia-me incômoda neste lugar enorme me aproximo dele na adega e ele pergunta
—Acha que está bem um Pouily Fumei?
—Não,prefiro aquele Petrus 1964.-digo e o vejo me olhar surpreso
—Toma.-Disse-me ao estender uma taça de vinho.-Onde aprendeu sobre vinhos?-pergunta genuinamente surpreso
—Bom Donna Smoak conhece tudo sobre qualquer bebida e quando a primeira parte da sua vida se passa em vegas você aprende algumas coisas-digo simplesmente
Minha mãe até mesmo depois de se casar com Malcom insistia que queria continuar trabalhando como garçonete em Vegas e bom ele sempre respeitou afinal ela sempre foi muito independente apenas depois da decepção com Copper decidiu sair de Vegas e se mudar para Coast City onde conheceu Quentin 
Tomei um gole.Sentindo aquele gosto delicioso.
—Você está muito quieta, e nem mesmo está corada. A verdade é que
acredito que nunca te vi tão pálida,Felicity-Murmurou.-Está com fome?
Neguei com a cabeça.Bem não de comida.
—Sua casa é grande.
—Grande?
—Sim.
—É...grande.-Admitiu com um olhar divertido.
Tomei outro gole do vinho.
—Sabe tocar?-Perguntei-lhe apontando para o piano.
—Não
—Então porque tem um?
—Grace Queen acredita que qualquer dia posso desenvolver o desejo de aprender e me deu de presente só que sempre preferi violão.-diz dando os ombros-E você?
—O que tem eu?
—Toca?
—Bom,sim...Sempre gostei de aprender diversas coisas e me apaixonei por um concerto que assisti e meu pai pagou as aulas-sorrio ao lembrar de Malcom-Mas tem anos que não toco
—Por que?
—Nada demais-digo seca-Hm...então existe algo que o senhor Queen não faço-mudo de assunto lhe zoando
—Sim... umas duas ou três coisas.
Tomou um gole de vinho sem tirar os olhos de cima de mim.
—Por que me deu de presente precisamente Tess, de D'Urberville?-pergunto.
Oliver me olhou surpreso com a minha pergunta.
—Bom,disse-me que gostava de Thomas Hardy.
—Só por isso?
—Pareceu-me apropriado.Eu poderia te empurrar para algum ideal impossível,como Angel Clare, ou levar para degradação,como Alec d'Urbervile.-Murmurou.Seus olhos brilharam perigosos.
—Se apenas houver duas opções,escolho a degradação.-sussurrei enquanto o encarava.
Oliver ficou boquiaberto.
—Felicity,Não morda o lábio,isso me desconcentra.Não sabe o que diz.
—Por isso estou aqui...para que me mostre
— Sim...Um momento
Desapareceu por uma grande porta.Voltou em dois minutos com uns papéis nas mãos.
—Isto é um acordo de confidencialidade.-Encolheu os ombros e
pareceu ligeiramente incômodo.-Minha advogada insisti.
Estendeu-me os papéis. Fiquei totalmente perplexa.
—Se escolher a degradação,terá que assiná-los.
—E se não quiser assinar nada?
—Então fica com os ideais de Angel Clare, bom, ao menos na maior parte do livro.
—O que implica este acordo?
—Implica que não pode contar nada do que aconteça entre nós.Nada a ninguém.
Observei-o sem dar crédito.Isso deve ser uma merda de verdade,e o pior é que agora tenho muita curiosidade por saber do que se trata.
—Tudo bem,eu assino.
Estendeu-me uma caneta.
—Não vai sequer ler?
—Não.
Ele franziu o cenho.
—Felicity,sempre deveria ler tudo o que assina.-parecia bravo.
—Olha Oliver,o que você não entende é que em nenhum caso falaria sobre o que quer se aconteça entre nós com ninguém. Nem sequer com Lena.Sendo assim dá no mesmo se assinar um acordo ou não.Que parece importante para você ou para sua advogada...que é óbvio que você confia,estou de assino.
Observou-me fixamente e assentiu muito sério.
—Belo ponto,Srta. Smoak.
Assinei as duas copias e lhe devolvi uma. Dobrei a outra, enfiei-a na minha bolsa e tomei um comprido gole de vinho. Parecia muito mais valente do que em realidade me sentia. 
—Quer dizer com isso que vais fazer amor comigo?
Ele me observa com seus olhos azuis nublados
— Não,Felicity.Em primeiro lugar, eu não faço amor. Eu fodo...e com força. Em segundo lugar, temos muito mais papelada que arrumar.E em terceiro lugar, ainda não sabe do que se trata. Ainda poderia sair correndo. Vem, quero te mostrar meu quarto de jogos.
Fiquei boquiaberta. Fodo duro!Por Zeus...Isso soa tão... quente.
Mas por que vamos ver um quarto de jogos? Estou perplexa.
—Quer jogar Xbox?-Perguntei-lhe levemente confusa
Riu...literalmente deu gargalhadas.
— Não,Felicity,nem Xbox,nem PlayStation.Venha.
Levantou-se e me estendeu a mão.Deixei que me levasse de volta
para o corredor. À direita das portas duplas, de onde viemos havia outra
porta que dava a uma escada.
Subimos ao andar de cima e viramos à direita. Retirou uma chave do
bolso,virou a fechadura de outra porta e respirou fundo.
—Você pode partir em qualquer momento.O helicóptero está preparado para te levar aonde quiser a qualquer momento.
—Abre a maldita porta,Oliver.
Abriu a porta e se afastou a um lado para que eu entrasse primeiro.
E assim o fiz.
E senti como se tivesse sido transportada para o século XVI, à época da Inquisição.
Puta merda.
O primeiro que notei foi o cheiro: couro, madeira e cera com um
ligeiro aroma de hortelã.É muito agradável, e a luz é tênue, sutil. Na realidade não vejo de onde sai, de algum lugar junto ao teto e emite um resplendor ambiental. As paredes e o teto eram de cor vinho escuro, o que dava à espaçosa sala um efeito uterino e o chão era de madeira envernizada muito velha. Na parede, de frente para a porta, havia um grande X de madeira, de mogno muito brilhante, com argolas nos extremos para ficar seguro. Por cima havia uma grande grade de ferro suspensa no teto, com no mínimo de dois metros quadrados, da qual se penduravam todo o tipo de cordas e algemas brilhantes. Perto da porta, dois grandes postes reluzentes e ornados, como balaústres de um parapeito, porém maior, estavam pendurados ao longo da parede como cortinas. Deles pendiam uma impressionante coleção de varas, chicotes e curiosos instrumentos com plumas.
Junto à porta havia um móvel de mogno maciço com gavetas muitas
estreitas, como se estivessem destinados a guardar amostras de um velho museu. Por um instante me perguntei o que havia dentro.Será que quero saber?
No canto do fundo vejo um banco acolchoado de couro de cor vermelha,e junto à parede, uma estante de madeira onde parecia guardar tacos de bilhar,mas um observador atento descobriria que continha varas de diversos tamanhos e grossura. No canto oposto havia uma sólida mesa de quase dois metros de largura, de madeira brilhante com pernas talhadas e debaixo, dois tamboretes combinando.
Mas o que dominava o quarto era uma cama. Era maior que as
camas de casal,com dossel de quatro postes talhados no estilo rococó.
Parecia de finais do século XIX. Debaixo do dossel via mais correntes e algemas reluzentes. Não havia roupa de cama… apenas um colchão coberto com um lençol vermelho e várias almofadas se seda vermelha em um extremo.
A uns metros dos pés da cama havia um grande sofá Chesterfield,colocado no meio da sala, de frente para a cama. Estranha distribuição…isso de colocar um sofá de frente para a cama. E sorri comigo mesmo.
Parecia raro o sofá, quando na realidade era o móvel mais normal de toda a sala. Levantei os olhos e observei o teto.Estava cheio de mosquetões,a intervalos irregulares.
Era estranho, mas toda esta madeira, as paredes escuras, a tênue luz e o couro vermelho, faziam com que o quarto parecesse doce e romântico…Mas sei que é qualquer coisa menos isso. 
Girei e ele estava olhando-me fixamente, como supus, com uma
expressão impenetrável. Avancei pela sala e me seguiu. As plumas tinham me intrigado.Decidi tocá-las. Era como um pequeno gato de noves rabos,porém mais grosso e com pequenas bolas de plástico nos extremos.
— É um chicote de tiras.-Oliver disse em voz baixa e doce.
Um chicote de tiras... Nossa. Acredito que estou em estado de choque.
Meu subconsciente sumiu, ficou mudo ou simplesmente morreu. Estou
paralisada. Posso observar e assimilar, mas não articular o que sinto diante de tudo isso, porque estou em estado de choque. Qual é a reação adequada quando descobre que seu possível amante é um sádico ou um masoquista total? Medo... sim... essa parece ser a sensação principal. Agora percebo.
Mas não dele. Não acredito que me machucaria. Bom, não sem meu
consentimento. Várias perguntas nublaram minha mente. Por quê? Como?Quando? Com que frequência? Quem? Aproximei-me da cama e passei a mão por um dos postes. Era muito grosso e o talhe era impressionante.
—Diga algo-Oliver me pediu com um tom enganosamente doce.
—Faz com as pessoas ou fazem com você?
Franziu a boca, não sabia se divertido ou aliviado.
—Pessoas?-pareceu pensar o que responder.-Faço com mulheres que querem que o faça.
Não entendo.
—Se tem voluntárias dispostas a aceitá-lo,o que estou fazendo aqui?
—Porque realmente desejo quero fazê-lo com você.
—Oh.
Fiquei com a boca aberta. Por quê?
Fui para o outro canto do quarto, passei a mão pelo banco acolchoado, até a cintura e deslizei os dedos pelo couro.Ele gosta de machucar as mulheres.A ideia me deprimia.
—Você é um sádico?
—Sou um Dominador.
Seus olhos azuis ficaram abrasadores,intensos.
—O que significa isso?-Perguntei com um sussurro.
—Significa que quero que se renda a mim,em tudo,voluntariamente.
Olhei com o cenho franzido, tentando assimilar a ideia.
—Porque eu faria algo assim?
—Para me satisfazer-Murmurou inclinando a cabeça em minha direção.
Vejo que esboçou o sorriso.
Satisfaze-lo! Quer que o satisfaça! Acho que fiquei com a boca
aberta.Satisfazer Oliver Queen.E nesse momento percebo que sim, que é exatamente o que quero fazer.
—Digamos, em termos muito simples, que quero que queira me
satisfazer.-Disse em voz baixa, hipnótica.
—Como tenho que fazer?
Senti a boca seca. Queria que tivesse mais vinho. Certo, entendo o de
satisfazê-lo, mas o quarto de tortura isabelino me deixou desconcertada.Quero saber a resposta?
—Tenho regras e quero que as aceite. São regras que te beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas normas para me satisfazer, te recompensarei. Se não, te castigarei para que aprenda a obedece-las.-Sussurra. Enquanto fala comigo, olho para a estante de varas.
—E em que momento entra em jogo tudo isso?-Pergunto apontando com a mão ao redor do quarto.
—É parte do pacote de incentivos.Tanto da recompensa como do
castigo.
—Então desfrutará exercendo sua vontade sobre mim.
—Se trata de ganhar sua confiança e seu respeito para que me
permita exercer minha vontade sobre você.Obterei um grande prazer, inclusive uma grande alegria, caso você se submeta. Quanto mais se submeter,maior será minha alegria.A equação é muito simples.
— Certo, e o que eu ganho de tudo isso?
Encolheu os ombros no que pareceu um gesto de desculpa.
—A mim.-Limitou-se a responder.-Felicity,não tem maneira de saber o que pensa.-Murmurou nervoso.-Vamos voltar para baixo,assim poderei me concentrar melhor.Desconcentro-me muito com você aqui.
Estendeu uma mão, mas não sabia se agora queria segurá-la.
Lena comentou uma voz que o achava perigoso e tinha muita razão. Como ela sabia? Era perigoso para minha saúde,sanidade porque sabia que iria dizer que sim. E uma parte de mim quer gritar e sair correndo por este quarto e tudo o que representa. Sinto-me muito desorientada.
—Não vou te machucar,Felicity.-ele parecia desesperado pela minha exitação.Vi em seus olhos que não estava mentindo.Segurei sua mão e saí com ele do quarto.-Quero mostrar algo,se por acaso aceitar.
Em lugar de descer as escadas, girou a direita do quarto de jogos
como ele o chamava e avançou pelo corredor. Passamos junto a várias portas até chegarmos à última.Dentro havia uma cama de casal.Tudo era branco… tudo: os móveis, as paredes, a roupa de cama.Era limpa e fria, mas como uma vista preciosa de Starling desde a janela de cristal.
—Este será seu quarto. Pode decorá-lo a seu gosto e ter aqui o que quiser.
—Meu quarto? Espera que eu venha viver aqui?-Pergunto sem esconder meu tom horrorizado.
—Viver não. Apenas,digamos, de sexta à noite até a noite de
domingo.Temos que conversar sobre o tema e negociar.-Acrescentou em voz baixa e duvidosa.
—Dormirei aqui?
—Sim.
— Não com você.
—Não.Já disse. Eu não durmo com ninguém. Apenas com você quando estava bêbada-disse em tom de reprimenda.
Aperto meus olhos irritada pelo seu tom.
Como ele pode me repreender quando hora ele é o amável e
cuidadoso Oliver,que me resgata quando estou bêbada e me segura amavelmente enquanto vômito e depois é o monstro que tem um quarto especial cheio de chicotes e algemas?
Ele parece entender meu olhar pois abaixa os ombros
—Onde você dorme?
— Meu quarto está abaixo.Vamos, deve sentir fome.
—Estranhamente perdi a fome.-falei irritada.
—Você tem que comer-Chama minha atenção.Segurou minha mão e voltamos para o andar de baixo.De volta para o salão incrivelmente grande, me senti inquieta. Estou à borda de um precipício e tenho que decidir se quero saltar ou não.-Estou consciente de que estou em um caminho escuro,Felicity,e por isso quero de verdade que pense bem. Com certeza tem coisas para perguntar-me.-Disse soltando minha mão e dirigindo-se com passo tranquilo para a cozinha.
Eu tenho. Mas por onde começo?
—Assinou um acordo de confidencialidade,assim que pode perguntar o que quiser e responderei.
Estou junto à bancada da cozinha e observo como abre a geladeira e
tira um prato de queijo com dois enormes cachos de uva brancas e
vermelhas.Deixa o prato sobre a mesa e começa a cortar o pão.
—Sente-se.-Disse apontando um banco junto à bancada.
Obedeço a sua ordem. Se vou aceitar essa loucura,terei que me acostumar.
Percebo que se mostrou dominante desde que o conheci.
—Falou sobre os papéis.
—Sim.
—A que se refere?
—Bom, além do acordo de confidencialidade,há um contrato que
especifica o que faremos e o que não faremos.Tenho que saber quais são seus limites, e você tem que saber quais são os meus.Trata-se de um consenso.
—E se não quiser?
—Tudo bem-Responde com prudência.
—Mas, não teremos nenhuma relação?-Pergunto.
—Não.
—Por quê?
—É esse o único tipo de relação que me interessa.
—Por quê?
Encolheu os ombros.
—Sou assim.
—E como chegou a ser assim?
—Por que cada um é como é? É muito difícil saber.Porque uns gostam de queijo e outros odeiam? Você gosta de queijo?A senhora Fei,minha governanta deixou queijo para o jantar.
Tirou dois grandes pratos brancos de um armário e colocou diante de mim.
—Que normas tenho que cumprir?-pergunto cansada dessa enrolação
—Tenho por escrito.Veremos depois de jantar.
Comida… Como vou comer agora?
—Não estou com fome.-dou os ombros 
—Vai comer-Se limitou a responder e  isso me irrita.-Fará bem comer.
Pego um  cacho de uvas. Com isto sim, que posso.Ele revira os olhos.
—Faz muito tempo que está nisso?-Pergunto.
—Sim.
—É fácil encontrar mulheres que aceitem?
Ele olhou e levanto uma sobrancelha.
—Ficaria surpresa.-Respondeu friamente.
—Então, porque eu? De verdade, não entendo.
—Felicity, já te disse.Tem algo...não posso me afastar de você.-Sorriu ironicamente.-Sou um pássaro atraído pela luz.-Sua voz ficou
trêmula.-Te desejo com loucura, especialmente agora, quando morde os lábios.-Respirou fundo e engoliu.Meu estomago da voltas. Deseja-me... de uma maneira rara... é verdade, mas este homem bonito, estranho e pervertido me deseja.
Eu sou o pássaro e ele a luz e vou me queimar. Eu sei disso.
—Coma Felicity!
—Ja disse não.-explodo-Ainda não assinei nada, assim,quero aproveitar mais um pouco da minha liberdade.
Seus olhos se acalmaram e seus lábios esboçaram um sorriso.
—Como quiser senhorita Smoak.
—Quantas mulheres?-Perguntei de uma vez, com muita curiosidade.
—Quinze.
Nossa, menos do que pensava.
—Durante longos períodos de tempo?
—Algumas sim.
—Alguma vez machucou alguma?
—Sim.
Maldição!
—Grave?
—Uma vez só.
—Me machucaria?
—O que quer dizer?
—Se vai me machucar fisicamente.-E emocionalmente...
—Te castigarei quando for necessário e será doloroso.
Acho que estou ficando enjoada. Tomei outro gole de vinho. O álcool
me dará coragem.
—Alguma vez te bateram?-Pergunto.
—Sim.
Nossa, me surpreendeu. Antes que pudesse perguntar por esta
última revelação, ele interrompeu o curso dos meus pensamentos.
—Vamos conversar no meu escritório. Quero mostrar algo.
Custa muito processar tudo isso. Fui tão inocente ao pensar que
passaria uma noite de paixão desenfreada na cama com este homem e aqui estamos negociando um estranho acordo.
Segui até o escritório, um amplo cômodo com uma cortina desde o
chão até o teto. Sentou-se na mesa e apontou com um gesto para que me sentasse em uma cadeira de couro de frente a ele e me estendeu uma folha de papel.
—Estas são as regras. Podemos mudá-las.Formam parte do
contrato,que também te darei. Leia e comentaremos.
NORMAS
Obediência:
A Submissa obedecerá imediatamente todas as instruções do Dom,
sem duvidar, sem reservas e de forma expressiva. A Submissa aceitará toda atividade sexual que o Dom considerar oportuna e prazerosa, exceto as atividades contempladas nos limites inquebráveis (Apêndice 2). O fará com entusiasmo e sem duvidar.
Sono:
A Submissa garantirá que dormirá no mínimo sete horas diária quando
não estiver com o Dom.
Refeição:
Para cuidar de sua saúde e bem estar, a Submissa comerá
frequentemente alimentos incluídos em uma lista (Apêndice 4). A Submissa não comerá entre horas, a exceção de fruta.
Roupa:
Durante a vigência do contrato, a Submissa apenas usará roupa que o
Amo houver aprovado. O Dom oferecerá a Submissa uma quantia para roupas.
O Dom acompanhará a Submissa para comprar roupas quando seja
necessário. Se o Dom assim o exige, enquanto o contrato estiver vigente,a Submissa vestirá os adornos que exija o Dom, em sua presença ou em qualquer outro momento que o Dom considere oportuno.
Exercício:
O Dom proporcionará a Submissa um treinador pessoal quatro vezes
por semana, em sessões de uma hora, horas convenientes para o treinador e a Submissa. O treinador pessoal informará ao Dom os avanços da Submissa.
Higiene pessoal e beleza:
A Submissa estará limpa e depilada a todo momento. A Submissa irá
ao salão de beleza escolhido pelo Dom quando este decida e se submeterá a qualquer tratamento que o Dom considere oportuno.
Segurança pessoal:
A Submissa não beberá em excesso, não fumará, não tomará nenhuma substância psicotrópica, nem correrá riscos sem necessidade.
Qualidades pessoais:
A Submissa apenas manterá relações sexuais com o Dom. A Submissa se comportará a todo o momento com respeito e humildade. Deve compreender que sua conduta influencia diretamente na do Dom. Será responsável por qualquer ato, maldade ou má conduta que leve a cabo quando o Dom não estiver presente.
O não cumprimento de qualquer uma das normas anteriores será
imediatamente castigada e o Dom determinará a natureza do castigo.
Minha Nossa!
—Limites inquebraveis?-Pergunto.
—Sim. O que você não fará e o que não farei. Temos que especificar
em nosso acordo.
—Não tenho certeza se vou aceitar dinheiro para roupas.Não me
parece bem.
Me movimento incomoda. A palavra «puta» soa em minha cabeça.
—Quero gastar dinheiro com você. Deixa-me comprar roupas.Talvez
necessite que me acompanhe em algum ato, e quero que esteja bem vestida.Tenho certeza que com seu salário, quando encontre um trabalho não poderá pagar a roupa que gostaria que vestisse.
—Não terei que usar quando não estiver contigo?
—Não.
—Certo. Eu penso nisso como um uniforme.
—Não quero fazer exercícios quatro vezes por semana.
—Felicity, necessito que esteja ágil, forte e resistente.Confie em
mim,tem que fazer exercícios.
—Com certeza que não quatro vezes por semana. O que acha de
três?
—Quero que seja quatro.
—Pensei que fosse uma negociação.
Franziu os lábios.
—Certo, senhorita Smoak,tem razão.O que te parece uma hora três
dias por semana e meia hora outro dia?
—Três dias, três horas. Você me dá a impressão de que se ocupará
de que faça exercício quanto estiver aqui.
Sorriu perversamente e os olhos brilharam como se sentisse aliviado.
— Sim o farei. Certo. Tem certeza de que não quer trabalhar em
minha empresa? É boa negociando.
— Não, não acho que seja uma boa ideia.
—Vamos aos limites.-Disse estendendo outra folha de papel.
LÍMITES INQUEBRAVEIS:
Atos com fogo.
Atos com urina, fezes e excrementos.
Atos com agulhas, facas, perfurações e sangue.
Atos com instrumentos médicos ginecológicos.
Atos com crianças e animais.
Atos que deixem marcas permanentes na pele.
Atos relativos ao controle da respiração.
Atividade que implique contato direto com corrente elétrica, fogo e
chamas no corpo.
Puta merda!
Com certeza qualquer pessoa em seu  juízo perfeito não iria querer este tipo de coisas. Mas meu estômago ficou enjoado.
—Quer acrescentar algo?-perguntou amavelmente.
Merda.Não tenho nem ideia.Estou totalmente perplexa.Olha para
mim e enruga a testa.
—Há algo que não queira fazer?
—Não sei.
—O que é que não sabe?
Removi incomoda e mordo os lábios.
—Nunca fiz uma coisa assim.
—Bom, há algo que não goste no sexo?
Pela primeira vez, no que parecia séculos, ruborizei pra valer.
—Pode me dizer, Felicity.Se não formos sinceros, não vai
funcionar.
Volto a me mover incomoda e olho para minhas mãos.
—Bom... nunca...nunca estive tão intima de alguém,então eu não sei-Digo com uma voz baixa.
Levantei os olhos até ele, que olhava com a boca aberta, paralisado e
pálido,muito pálido.
—Nunca?-Sussurrou.
Assenti.
—É virgem?
Assenti com a cabeça e voltei a me ruborizar. Fechou os olhos e
pareceu contar até dez, Quando os abriu, ele olhou irritado.


Notas Finais


Até o proximo bjs ^^


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