História Cinquenta Tons Mais Escuros De Destiel - Você me ama?

Castiel

   Hernando nos levou para o hotel que ficamos por um ano longe de Dean e Natasha, disse ao meu filho que estava cansado, dei um beijo de boa noite e fui em direção ao meu quarto, fechei a porta e me joguei na cama, eu olhava para o teto, a vontade de chorar era enorme, lágrimas começaram a escorrer, lembrar de Dean batendo em nosso filho, o que me mais me perturbava era que Dean nem sequer pediu para mim ficar, apenas ficou calado, como se nunca tivesse sentido nada por mim. Me levantei e fui até o banheiro, me olhava no espelho, meus olhos estavam vermelhos, eu estava mentindo para mim mesmo, nunca parei de amar Dean, mesmo ele sendo um idiota, eu ainda o amava, encostei minha cabeça na parede e me sentei no chão do banheiro, coloquei meus braços em volta das minhas pernas e fiquei olhando para cima, eu buscava uma resposta, uma direção.

 - Pai, está tudo bem? – Era Hernando, ele deve ter sentido os meus sentimentos, achei que os meus sentimentos eram mais fortes com a Natasha. Limpei as lágrimas e me levantei, mas não abri a porta.

- Sim, já estou saindo, está tudo bem. – Houve um silêncio, nenhum som do outro lado.

- Pai, para de mentir. – Hernando falava enquanto chorava, ele berrava que nem eu quando choro, abri a porta rapidamente e o abracei tentado o acalmar. – Eu sinto, não minta para mim, eu destruí tudo, não foi minha intenção, mas eu não posso dizer, eu gostaria de.. – Interrompi Hernando, ele não precisa me explicar nada, eu acreditava nele.

- Não me explique, eu acredito em você, olha para mim. – Me afastei alguns centímetros e olhei fixamente em seus olhos e limpei as suas lágrimas. – Não foi sua culpa, não era para ser, o que importa é que estamos juntos. – Hernando voltou a me abraçar, estava se acalmando aos poucos, me partia deixar Dean, mas me partia mais ainda ver Hernando chorar.

 - Ele sente sua falta pai, está sofrendo muito, mais que você, ele se arrepende, vá atrás dele, por mim, faça isso por mim. – Fiquei em silêncio por alguns segundos, apenas olhando para o seu rosto, não sabia qual decisão tomar, iria seguir o meu coração.

- Eu já volto! – Beijei a testa de Hernando e voei até Dean, espero que as coisas se acertam. Quando eu cheguei, a primeira coisa que vi era a parede destruída quando empurrei Natasha, Dean não estava muito longe da casa, estava de costa de para mim, não havia notado a minha presença. – Dean?! – Ele se virou rapidamente em minha direção, seus olhos estavam lacrimejados, seus passos eram rápidos em minha direção, meu coração estava acelerado em ver o seu corpo ficando próximo a mim, Dean estava alguns centímetros de mim, ele ergueu a sua mão que tocava meu rosto e fazia massagem com o polegar, como eu me sentia em paz quando ele fazia isso, mas não podia ser fraco, segurei o seu punho e abaixei lentamente de volta até ao lado da sua cintura. – Como pode ter feito isso comigo, Dean? – Ele não me respondia, outra vez eu estava chorando, seu rosto estava se aproximando do meu, seu nariz já tocava o meu, podia sentir a sua respiração, no mesmo ritmo que a minha. – Dean, pare, não vamos nos resolver assim. – Me afastei, estava me machucando tanto, ele não dizia nenhuma palavra, apenas queria se aproximar de mim, meu coração estava em pedaços. – Foi um erro ter vindo. – Dei as costas para Dean, pronto para ir embora, uma mão agarrou o meu braço.

- Eu ainda sou aquele cara por quem você se apaixonou, me deixa provar. – Senti um frio na barriga, me virei para ele, sua puxada me fez chocar com o seu corpo, nossas testas estavam coladas, após alguns segundos nossos narizes também estavam, nossos lábios estavam no máximo 3 centímetros para se beijar. Me lembrei do ocorrido há algumas horas atrás.

- Dean, não, acho melhor não. – Me afastei de Dean, dei três passos sem tirar minha atenção nele. – Você me feriu Dean, é como uma faca em meu peito que nunca sai, que só entra mais para dentro, o pior de tudo, é que você me deixou ir Dean, me olhava como se eu fosse um estranho e não faria diferença, eu queria não sentir esses sentimentos, mas estou sentindo, não consigo te perdoar, não agora, preciso de um tempo. – Seus olhos estavam fixados no chão.

- Você é tudo para mim, me desculpa, quando soube que o meu irmão estava vivo parecia que nada mais importava, acabei me esquecendo de uma coisa mais importante, você.  – Dean veio rapidamente até mim, não dando tempo para que eu dissesse alguma palavra, sua mão esquerda estava em minha cintura e a direita na minha nuca, seus lábios tocaram os meus.

Dean

   Meu beijo demonstrava o desespero que eu tinha em perder Castiel, meus lábios foram descendo do seu pescoço até a clavícula, como eu sentia falta daquela pele tocando na minha, não estava conseguindo me conter, eu queria ele mais que tudo, não sabia o que estava acontecendo comigo, era como se eu estivesse drogado, meu corpo vibrava desejando Castiel.

- Nos leva até o quarto? – Em um piscar de olhos estavam no quarto antigo do Bob, era um pouco estranho, mas não importava naquele momento. Tirei a camisa social de Castiel e comecei a morder cada parte que estava exposta, as vezes escutava suas reclamações por morder forte demais, não demorou muito para eu voltar a beijar a sua boca, eu havia perdido o controle sobre mim, não conseguia controlar o meu corpo, Castiel estava sentado em cima de mim, sua expressão era calmo e admirado com o que estava acontecendo, por que eu não estava conseguindo me controlar? Castiel tirou a minha camisa e começou a beijar a minha barriga, estava me enlouquecendo, ele olhou para mim como se quisesse perguntar algo, não esperei ele perguntar, puxei a sua nuca para que eu pudesse beija-lo. – Você ainda me ama? – Perguntei para Castiel, sua cabeça se afastou alguns centímetros da minha, sua expressão era confuso, não queria que se afastasse, ainda queria beija-lo, já se passaram trinta segundos e ele ainda não havia me respondido, seus olhos estavam fixados nos meus, minha visão estava embaçando, eu iria chorar, ele não podia ver isso.