A burguesia não me atrai
Nem um pouco
Não me agrada a correria
E eu as vejo todo o dia
E não, a burguesia não me atrai
Não me agrada pensar em tomar
e não sentir o sabor
Não me agrada perder parte do dia
Num elevador
Que leva e eleva...
O ego, as cabeças, as mãos
A burguesia olha para o céu
Mas não olha para o chão.
A burguesia não me atrai
Seus bairros mais parecem utopia
Felicidade na porta de casa;
Ali, ao lado, vende alegria...
A neblina cobre a vista abaixo
Só vêem quem também está no alto
E os outros, burguesia?
Não sabes que quem ergueu teu prédio alto
Foi alguém que estava em baixo
(Abaixo, por baixo, no baixo...)
Não, a burguesa não me atrai
Nem um pouco
Pra mim, basta ser poeta
Há riqueza maior, mais bela
E lírica que esta?
Diferente de vocês (burguesia)
Com meus olhos de poeta
Eu vejo tudo
Ou gosto de acreditar que vejo
Em nada melhor sou
Mas mesmo não gostando muito da minha
Pela vida tenho amor.
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