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História Circo Underground - Novata


Escrita por: Tia_Marie

Notas do Autor


Desculpem se estou sendo calculista, mas este é um capítulo teste para avaliar a recepção da história (tema, narração...). Pretendo reescrever assim que puder (porque essa faculdade está me matando aos poucos -.-...).
E para quem acompanha Reação em Cadeia: também pretendo reescrever a primeira parte, então ela pode sair do ar algum dia aí.

Capítulo 1 - Novata


– Boa noite e obrigado a todos que vieram contemplar o nosso trabalho. Espero que seja do agrado de todos vocês. Devo avisar que estão prestes a entrar em um mundo repleto de sonhos e fantasia do qual não será tão fácil escapar. Encantem-se pela graça de nossas bailarinas, riam a vontade das brincadeiras de nossos palhaços, apreciem a habilidade de nossos malabaristas... Deixem-se iludir pela maestria dos nossos belos mágicos... – Ao final da ultima frase, o apresentador desapareceu em uma cortina de fumaça vermelha.

Os olhos castanho-avermelhados de Wendy se encheram de expectativa pelo discurso. Ela aguardava ansiosa pela apresentação prometida, alisando os cabelos escuros com as mãos inquietas, quando, de repente, sentiu uma mão pesar sobre seu ombro. Acabara de ser descoberta.  

– Assistindo ao espetáculo sem pagar, não é? O que faz aqui? – perguntou uma moça de olhos verdes com um ar curioso e um cigarro preto nos lábios. Seu visual chamava atenção. Os cabelos mal alcançavam ao pescoço, e eram de um loiro pálido com mechas vermelhas nas pontas. Usava uma blusa roxa justa, de mangas compridas e transparentes, com algumas porções de lantejoulas pelo decote em “V” e pelos ombros.

– Ah! Bem... Desculpe. Na verdade só queria saber se tem como eu conseguir um trabalho por aqui. – disse Wendy, um pouco desesperada, já que não tinha nem onde passar aquela noite – Posso fazer qualquer coisa, nem que seja temporariamente. Por favor, eu não tenho nada!

– Sem pânico, por favor. Isso foi inesperado... Vou precisar falar com o nosso chefe. Então você terá que esperar até o final da apresentação, tudo bem?

– Sim, muito obrigada! Eu me chamo Wendy Madybrown, tenho 15 anos.

– Eu sou Elza Phillips e tenho 27, caso te interesse. – Elza deixou o cigarro cair dos dedos e amassou a ponta em brasa com o salto baixo da bota um pouco sujo de lama. – Preciso trabalhar de assistente agora, mas posso te levar até minha tenda se quiser... Ou será que prefere ficar aqui? –perguntou, olhando na direção do picadeiro, já ciente da resposta.

– Será que posso ficar e assistir à apresentação? Fiquei empolgada... – pediu um pouco tímida.

– Hu... Não deveria, mas eu deixo, sim. Depois eu venho te buscar. Aproveita e conhece logo a trupe de vista. A propósito, o chefe se chama Demian Hyde. É ele o apresentador, viu? – disse Elza saindo apressada do esconderijo.

O chefe é o apresentador?! Pensei que fosse alguém um pouco mais velho, pensou Wendy, surpresa, mas logo deixou passar. Havia sido seduzida pela realidade nas promessas do chefe.

Encantou-se com cada número. Notou que havia poucos artistas, já que via cada um em pelo menos dois números diferentes. Eram apresentações tradicionais de circo, porém com um toque de mistério que percebia em cada passo de dança, em cada movimento, cada mágica, cada olhar... Atrevia-se a imaginar as historias de cada um dos artistas e deixava-se envolver por elas. Ao menos sua imaginação, as cores e a música conseguiam distraí-la dos momentos sombrios que vivera até chegar ali.

Não estava arrependida de sua decisão. Seria só mais um fim de tarde nublado, o céu carregado de nuvens cor de chumbo, no qual as pessoas apenas procuravam abrigo contra a chuva que começava a se precipitar. Mas Wendy já estava cansada de ver a chuva cair pela janela rachada do quarto frio. Cansada de ser alguém que não agia. Naquele dia, ela era uma pequena silhueta que, ao invés de buscar abrigo, afastava-se ligeiramente da própria casa. Saiu decidida, carregando uma bolsa grande e gasta. Sem se despedir ou avisar ninguém.

Apesar da pouca idade, a garota via com clareza que não teria futuro se continuasse em casa. Começou a trabalhar com 12 anos, pouco antes de a mãe ser despedida de seu emprego de caixa de uma mercearia, mas era difícil conseguir o suficiente para pagar a escola, o aluguel, a alimentação e os vícios desenfreados de sua mãe. A mulher se tornara uma alcoólatra desde que seu pai arranjara outra mulher. Quando ele resolveu viver com a amante, então, tornou-se raro encontrá-la minimamente sóbria.

Wendy sempre achou a mãe fraca. Pelo seu comportamento, achava até que ela tinha engravidado de propósito, apenas para segurar seu pai.

Eu preciso ir embora... Não quero acabar como ela, nunca..., pensava com frequência.

Enquanto caminhava sem rumo, lembrava-se amargamente de quando precisou abrir mão de sua única garantia de futuro: quando sua mãe a obrigou a largar a escola. Dizia que era uma “despesa desnecessária para quem ia trabalhar num bordel”.

Com o passar do tempo, Wendy passou a precisar esconder algum dinheiro para se manter com o mínimo possível, ou a mãe gastaria tudo em bebidas. Ou mesmo em alimentos, quando se lembrava de que precisava coisas além de álcool para sobreviver.

Wendy sentia que não era importante como filha, a não ser para conseguir dinheiro. Não tinha servido nem para segurar o marido. Era apenas um fardo com uma semivida. Nas vezes em que os “esconderijos de suprimentos” eram encontrados, a menina apanhava muito. Várias vezes os vizinhos ouviram e nada fizeram. Wendy, desde nova, colecionava no corpo algumas porções de hematomas, e até queimaduras de cigarro. E pequenas cicatrizes nos pulsos...

Ao limpar as sutis lágrimas que se formaram no canto dos olhos, Wendy quase esbarrou em um amontoado de gente fazendo fila na calçada. Por quanto tempo havia caminhado até chegar ali? Curiosa, ela rapidamente descobriu o motivo do tumulto incomum.

Era um circo. Um pequeno circo que havia aberto as portas há apenas alguns dias e estava fazendo certo sucesso.

Será que consigo um trabalho por lá...? perguntou-se ciente de que não seria fácil encontrar um lugar que aceitasse alguém tão jovem e sem experiência como ela.

Aproximou-se curiosa para saber o porquê de tanta gente. Tinha pouco dinheiro consigo, então tramou entrar escondida. Depois de passar pelos poucos vendedores ao redor, ela encontrou uma passagem pela lona da tenda principal. As armações eram simples, fáceis de serem penetradas. Então ela, escondida em baixo dos assentos de madeira, conseguiu uma boa visão do picadeiro.

Pouco depois, Wendy ouviu o apresentador anunciar o início do espetáculo. E foi quando Elza a encontrou.

A garota sorriu ao identificar, entre os artistas no picadeiro, a moça com quem conversara há uns minutos. A blusa roxa era, na verdade, um collant de apresentação que Elza, agora, usava sem a saia xadrez. A assistente de palco foi necessária em quase todos os números, e até de alvo para o atirador de facas ela havia servido. Depois que todos agradeceram a presença da plateia, Wendy sentiu o coração acelerar, pois logo Elza viria buscá-la.

– Ok, Wendy! O show acabou, vamos. Vou te levar até o Demian. – disse Elza com um novo cigarro na boca e a mesma saia de antes. Ou ordenou. Wendy não conseguiu identificar.

Estava bem ansiosa. Precisava causar boa impressão. Precisava de um trabalho. Além de que havia fugido de casa e era menor de idade. Ninguém daria uma oportunidade tão facilmente assim. Começou a entrar em um pequeno desespero.

Elza a guiou pelo pequeno terreno ocupado pelas tendas dos artistas, atrás da armação principal do circo, até que chegaram a ultima tenda.

– Ei, pessoal! – chamou Elza. As quatro pessoas que comiam ali olharam curiosas em sua direção e depois para a garota ao seu lado. – Esta aqui é a Wendy. Ela veio procurar trabalho e eu... Cadê o Demian?

– Ele saiu com o Charlie para procurar... Material de trabalho. – respondeu uma linda moça de cabelos cor-de-rosa curtos e ondulados que veio ao encontro das duas. Wendy achou seus olhos verde-claro encantadores.

– Hmm... Entendi. – disse Elza, soltando um filete de fumaça e se voltando para Wendy em seguida – Poxa... Parece que você vai ter que esperar mais um pouco. Aproveita e conhece o pessoal. – Ela deu um longo trago. – Toma conta dela tá, Freya? – concluiu deixando a tenda refeitório.

– Ok então, Wendy. – disse, se dirigindo à recém chegada –Você já sabe que eu sou Freya, a mulher dragão e a fada vermelha. – disse sentando-se a mesa.

Wendy sentara de frente para Freya e ao lado de uma pequena loira de grandes olhos azuis que não parava de devorar sua macarronada na marmita.

– O imenso de cabelo azul é o Frederick, meu irmão de sangue. Ele é o mago azul e o atirador de facas. – Freya apontou para o rapaz alto a sua direita que tinha os mesmos olhos verde-claro que ela. Seus cabelos azuis escuros eram mesclados com um roxo quase imperceptível. Ele mantinha um lindo e malicioso sorriso nos lábios.

– Oi, Wendy. Pode me chamar de Fred. O prazer é todo meu. – disse beijando delicadamente a mão direita da garota, sem tirar os olhos dos dela. Ouvindo aquela voz sedutora, Wendy sentiu seu rosto esquentar e deduziu que havia corado e muito. Só o que pôde responder foi “claro”, um pouco gaguejado.

– A comilona do seu lado é a Lucy, filha do Demian. Ela é a palhaça Bolinha, malabarista e a fada verde. – Freya continuou.

Ao ouvir seu nome, Lucy quase se engasga tentando falar. Assim que conseguiu engolir a comida, cumprimentou a novata.

– Desculpe por esta cena ridícula, Wendy. Muito prazer. Espero que sejamos boas amigas. – disse sorridente.

– Eu também espero. Obrigada. – respondeu Wendy educadamente.

– E do lado do Frederick é...

– Deixa que eu me apresento, Freya... – interrompeu alguém que parecia um rapazinho magro e delicado, apesar dos braços definidos. Sua voz, mesmo que um pouco rouca, também era um tanto suave. – Como vai Wendy? Meu nome é Taylor. Sou equilibrista e malabarista de espadas. Bem vinda e espero que a gente se dê muito bem. – disse apertando firmemente sua mão. Os olhos cor de mel eram cansados. Seus cabelos arrepiados, curtos no topo da cabeça e mais longos perto do pescoço, pareciam ser de um rosa claro bem incomum. Pelo visto a maioria ali tinha os cabelos pintados. 

Pouco depois dessa breve apresentação, Elza surgiu de volta trazendo uma sacola com duas marmitas em uma mão e na outra, duas latas de suco.

– Aposto meus cigarros como você ainda não jantou, não é Wendy? Vamos comer e você me conta por que veio para cá, combinado? Já falei de você para o chefe e ele já está vindo. – disse se sentando ao lado de Wendy.

– Muito obrigada, Elza! – a garota agradeceu – Por onde eu começo...

Enquanto as duas comiam, Wendy contava tudo o que acontecera antes de ela terminar ali, bem em frente ao Circo Underground. Os outros quatro permaneceram lá, ouvindo e recordando de como eles mesmos acabaram trabalhando para Demian, o dono e apresentador do circo. Ela contou sobre sua mãe alcoólatra e negligente, sobre seu pai ausente e traidor, sobre terrível vida que levava e sobre as feridas que trazia no coração e no corpo. A maior parte causada por sua mãe bêbada. Outras por seu pai desnaturado, que via a filha somente como fruto de um erro grave cometido na juventude. Mas escondeu as que ela mesma fizera.

Wendy parou de falar e olhou pensativa para onde as mangas cobriam seus pulsos. Disse que achava a mãe fraca, mas e ela? Com aqueles cortes ela tentava fugir da realidade tanto quanto sua mãe quando enchia a cara. A vida real era um suplício para as duas e os únicos meios de fuga eram a bebida e a dor.

Deixou a marmita pela metade e começou a chorar.

– Calma querida. Pode chorar, mas se acalme. Com uma história dessas o chefe te aceita com certeza. – disse Elza abraçando-a.

– É Wendy. Pelo menos você ainda tem mãe. – disse Lucy.

– Mas uma mãe dessas nem vale a pena, viu Lucy? – observou Freya.

De repente, a garota ergueu seus olhos castanhos demonstrando alguma surpresa. Seus ouvintes agora trocavam olhares de cumplicidade entre si.

– Vocês... Não têm pais?– perguntou Wendy se sentindo constrangida.

– Não, Wendy. Nenhum de nós tem. – respondeu Frederick – Freya e eu fomos criados em um orfanato até nossos 10 e 12 anos, então ele pegou fogo. Vivemos nas ruas por uns dois anos, até que o Demian nos encontrou.

– Eu vivia furtando carteiras e comida até meus 16 anos, quando Charlie me impediu de roubá-lo e me convenceu a ir morar com ele. Quatro meses depois conhecemos o Demian e ele nos chamou pra trabalhar aqui. –Taylor colaborou.

– Eu... Nem imaginava. Me desculpem por ser tão egoísta. – soluçou Wendy, enxugando as lágrimas. Estava muito envergonhada por ter chorado na frente daquelas pessoas recém conhecidas e que pareciam ser tão mais fortes.

– Deixa disso Wendy! – exclamou Taylor – Não é egoísmo chorar por algo que te faz ou que te fez sofrer. Egoísmo é achar que só você sofre e se manter indiferente com o sentimento dos outros. E você nem conhecia a nossa história, sabe?

– Isso mesmo garota! Aqui ninguém quer ver algum de nós chorando. Todos nós temos um passado infeliz e já choramos o que tínhamos que chorar. Por isso aqui todo mundo se apóia. – completou Freya.

– Somos uma família aqui, Wendy. – disse Elza, ternamente. – A maioria por aqui teve uma família incompleta ou não teve nenhuma. Acho que a única que a gente pode dizer que teve uma família “completa” é a Lucy.

– A Lucy? – indagou Wendy.

– Eu? Mas a minha mãe... – Lucy pensou um pouco. – Ah entendi. É que minha mãe morreu logo depois de eu nascer, Wendy, então eu não a conheci. Fui criada pelo ;meu pai e pela tia Elza. É como se ela fosse a minha mãe. – explicou.

– Sem “tia”, por favor, Lucy. – disse Elza. – Quero pelo menos fingir que ainda sou novinha.

Todos caíram na gargalhada. Eles sabiam da neura que Elza tinha quanto à própria idade.

– Se você se acha velha, então eu sou o que? Múmia, Elza? – disse uma nova voz no recinto.

Todos olharam em sua direção. Então Wendy viu, na entrada da tenda, o mesmo homem que havia apresentado o circo a ela. Um homem com cabelos curtos e de um ruivo alaranjado escuro. Usava a barba rala e tinha olhos azuis, assim como os de Lucy.

– Você deve ser a Wendy, não? Prazer em conhecê-la. Meu nome é Demian Hyde, mas acho que você já sabia. – disse o ruivo estendendo a mão para Wendy. – Bem vinda ao Circo Underground.

– Obrigada e muito prazer, Sr. Hyde. – disse Wendy apertando a mão.

– Êpa! Comigo é a mesma coisa que a Elza, viu mocinha? Nada de “senhor”. Eu tenho só 33, ta?

– Ok. Desculpe. – Wendy ficara um pouco constrangida.

– Tudo bem. E este aqui... – Demian apontou para um rapaz loiro que já estava se retirando. – Ei, Charlie! Venha cumprimentar a novata!

O rapaz voltou com cara de poucos amigos, estendeu a mão para a garota e resmungou algo que pareceu “bem vinda”, encarando-a vagamente com seus olhos intensamente escuros, os quais contrastavam com seus cabelos descoloridos por cima, mas escuros perto da nuca. Ele usava uma franja partida ao meio que se alongava conforme as mechas se aproximavam das orelhas, embora, no todo, seu cabelo fosse muito curto e espetado.

– Obrigada e muito prazer, Charlie. Sou a Wendy. – respondeu intrigada pelo visível mau humor do recém chegado.

– Por que essa cara emburrada agora, Charlie? – perguntou Demian.

– Mano... O que foi? – seguiu Taylor com preocupação na voz.

– Não é nada. Já vou dormir. Boa noite. – respondeu Charlie rispidamente. Era óbvio para todos que seu comportamento não era motivado somente por cansaço.

– Ah, fazer o que? Esse cara é o que menos se abre entre a gente. – disse Demian se sentando ao lado de Elza. – E... Wendy. Eu sei que sou o “chefe” e tal, e você parece ser bem educada, mas você ainda está formal demais pra quem quer trabalho num circo.

– Ah! Perdão. É que eu costumo agir assim com pessoas que acabo de conhecer. Com o passar do tempo isso passa, prometo. – disse a garota, corando um pouco pela observação.

– Tudo bem. E mais uma coisa... – Demian se aproxima de Wendy por cima da mesa e, segurando seu queixo, faz com que ela o olhe nos olhos. – Você estava chorando, não estava? Seus olhos estão um pouco vermelhos. O que aconteceu?

Vou ter que falar tudo de novo?... pensou, sentindo, com um nó na garganta, que as lágrimas voltavam.

– Deixa que eu te conto, Demian. É uma longa história, e a Wendy acabou de se recuperar dela. – interrompeu Elza afastando a mão do rosto da garota.

– Tudo bem. Vamos lá pra minha tenda então, Elza. – disse Demian apontando a saída com a cabeça.

Elza e Demian se levantaram da mesa e saíram, deixando uma Wendy pensativa e rodeada de recém conhecidos para trás. Já na tenda de Demian, Elza contou tudo. Tudo o que Wendy dissera sobre a vida que levara até aquela tarde, quando a mãe saíra e provavelmente não voltaria até alta madrugada, e o que ela fez e fazia para escapar disso. Havia percebido sua hesitação e o quanto encarava e cobria os pulsos. Um pequeno corte tinha vindo à vista de seus olhos esverdeados.

– É sério que ela se cortava?! Não acredito! – disse Demian parecendo horrorizado.

– Sim... Parece que ela não encontrava outro jeito de escapar daquela tormenta. Pelo menos até resolver fugir de vez e vir parar aqui. E então, o que vai fazer? – concluiu Elza.

– Mandá-la pra rua é que não é! Ela pode muito bem se jogar da ponte ou do viaduto achando que teria uma morte espetacular, mas isso é tão clichê que nem seria publicado no jornal da manhã seguinte. – respondeu Demian ironicamente.

– Ah, pelo amor de Deus, Demian! Dá pra falar um pouco mais sério? Essa menina não tem pra onde ir e você fica tirando sarro! – Elza já estava se irritando.

– E você não me ouviu dizer que não vou mandá-la pra rua? Só preciso conversar com ela antes. Mas, minha querida, você pode ter certeza de que Wendy... Qual o sobrenome dela mesmo?

– Madybrown... – disse Elza rindo baixo. Já tinha entendido a cena.

– De que Wendy Madybrown já faz parte do nosso maravilhoso Circo Underground! – disse Demian, de maneira exagerada e teatral. – Mande-a vir imediatamente ao meu escritório.


Notas Finais


Obrigada por ler até o final :)


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