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História Cisne Dourado - O acampamento


Escrita por: BlueMavi

Notas do Autor


Capítulo narrado por Regina Mills.

Capítulo 4 - O acampamento


Fanfic / Fanfiction Cisne Dourado - O acampamento

Já estava anoitecendo, então Emma sugeriu que deveríamos passar a noite aqui mesmo, acampando na margens do rio, pois explorar uma terra desconhecida durante a noite poderia ser muito perigoso.

Eu estava muito preocupada com Henry e confesso que, por um momento, até cheguei a pensar em continuar andando mesmo no escuro, mas, depois de pensar melhor tive que concordar com ela, pois arriscar a nossa vida assim, de forma tão irresponsável, poderia também custar a vida de Henry, já que somos as únicas que pode salva-lo. Então, para o bem dele, será melhor que ambas estejamos vivas ao amanhecer, por isso concordamos em permanecer aqui, acampando, durante esta noite.
Emma observou o ambiente, olhou para mim e de forma autoritária exclamou:

- Fique aqui que eu já volto!

- Swan, você não é uma rainha e muito menos eu sou sua serva, então não me dê ordens, ok?! Se quer que eu faça algo então peça, que eu até pensarei no seu caso.

- Regina, você poderia, encarecidamente, ficar aqui até eu voltar? - ela perguntou em tom irônico.

- Hm, ok. Eu aguardo! - eu respondi, com um leve sorriso com ar de soberania.

- Obrigada senhorita Mills, por ser tão compreensiva. - ela respondeu, ainda de forma irônica, enquanto já se dirigia em direção à floresta...digo, grama, mato, sei lá; é que estar no meio da grama soa tão estranho; em toda minha vida de rainha eu nunca estive em uma situação e posição tão insignificante assim. "Eu não sei o quê ou quem fez isso comigo, mas só sei que quando eu colocar as minhas mãos nesse ser, ele pagará cada passo que eu dei como anã nesse mundo" pensei.

De repente, uma ligeira preocupação tomou conta de mim ao ver Emma indo em direção à escuridão, sozinha daquele jeito, caminhando para o meio do mato indo fazer "sei lá o quê".

- EMMA... - eu a chamei.

- O que foi, Regina? - ela perguntou, girando seu corpo para trás, enquanto um dos seus pés ainda permanecia em direção ao mato.

- Hm...se cuida, tá bom?! Eu não quero te perder...digo, não quero precisar dizer para o Henry que ele perdeu sua outra mãe.

- Pode deixar senhorita Mills, eu sei me cuidar - ela disse sorrindo.

Eu acenti com a cabeça como se dissesse "ok", então ela começou a caminhar novamente, mas antes que desaparecesse totalmente no meio do escuro ela me olhou e disse:

- Para quem até pouco tempo queria me matar, sua preocupação comigo chega até a ser estranha.

Na hora eu não dei muito importância para o que ela disse, mas depois enquanto eu estava sozinha e parei para refletir, até que ela tinha razão. Eu, Regina Mills, preocupada com mais alguém além do Henry não é nada normal e nem algo que acontece todo dia...ainda mais com ela, que eu sempre fiz de tudo para me livrar e manter longe do meu filho.

"Porque estou me preocupando tanto assim com ela? Porque senti esse medo tão grande de perde-la ao pensar que ela poderia não voltar mais? Porque droga? Porquê?" - a dúvida me assombrava e quanto mais eu tentava não pensar nisso, mais eu pensava.

"REGINA, STOOOP!!!" - eu gritei mentalmente comigo mesma - "Ela é a mãe do Henry, então é normal que você queira mante-la em segurança para que ele não sofra por nenhuma perda" - eu dialogava em pensamentos comigo mesma tentando me convencer de que esta era a razão da minha preocupação com ela. "Você deveria estar preocupada é com o pobre do Robin, que ficou lá sozinho sem saber para onde você foi, isso sim" - eu me auto repreendi, tentando mostrar a mim mesma o que era o correto para aquele momento.

- Hey! - Disse Swan, saindo de dentro do mato com vários gravetos nos braços.

- Hey! - Respondi.

- Veja quem voltou sã e salva assim como você pediu.

- Fico feliz por estar viva, Swan! Mas agora me responda, para quê você trouxe esses pedacinhos de pau? Arriscou sua vida pra isso? Ir recolher pauzinhos no meio do mato? - perguntei em tom sarcástico.

- Sim, arrisquei minha vida pra isso! - ela respondeu de forma seca - é para fazermos uma fogueira.

- Mas Swan, nós já comemos frutas o suficiente para matar a fome e não vamos cozinhar nada essa noite, então para que uma fogueira?! Apenas para não dormir no escuro? Tá com medinho do bicho-papão vim te pegar durante a noite, é miss Swan? - eu perguntei rindo.

- Não, não tô com medo do bicho-papão, Regina. É que seu terno não parece esquentar tão bem quanto a minha jaqueta...então achei que seria melhor fazer uma fogueira para manter você mais aquecida.

Eu fiquei extasiada. Nem conseguia acreditar no que eu tinha acabado de ouvir. Ela se arriscou por mim, para não me ver passar frio. Eu simplesmente não esperava uma atitude tão cortês assim, vindo dela.

Ela é toda marrenta, rebelde e teimosa; vive quase o tempo todo com as mãos nos bolsos da calça, sempre carregando aquela marra estampada em sua cara; é do tipo que fala muito e sorri pouco...mas, por um momento, tudo o que eu pensava de ruim a respeito dela, simplesmente desapareceu, porque eu só conseguia pensar nela e no que ela havia feito por mim. Provavelmente eu estava enlouquecendo. Pensar tanto nela assim era uma loucura, devaneio total. "Sim, Regina Mills está ficando louca!" pensei em voz alta.

- Regina, você está conversando sozinha?

- Não não, Swan! Só pensei um pouco alto demais.

- Por acaso você estava pensando em hospício? - ela perguntou rindo - porque tive a impressão de ouvir você dizer que estava ficando louca.

- Eu não estava pensando em hospício, mas estava pensando em algo que é motivo o suficiente para eu me internar em um.

- E em que você estava pensando?

- Swan, se eu apenas pensei ao invés de falar, isso significa que eu não quero que você saiba. Então não, eu não vou te dizer no que eu estava pensando, até porque não te interessa.

- Issooo, parabéns! Continue sendo assim que logo logo você ganha o prêmio Nobel da grosseria.

- Desculpe Swan. Eu até tento ser gentil com você, mas é que as vezes você não colabora.

- Eu até me sentiria ofendida com a sua grosseria e sarcasmo se não te conhecesse bem, mas como eu te conheço, digamos que, hm...eu te aturo. - ela disse rindo, enquanto se sentava no chão, ao redor da fogueira.

Eu retribui o sorriso e sutilmente me sentei ao seu lado. Ela se movimentou para o lado ainda sentada, preenchendo o espaço vazio que havia entre nós, ficando ainda mais perto de mim.

Ela olhou profundamente em meus olhos. Tive a impressão de ver o seu rosto se aproximando lentamente do meu, mas provavelmente eu estava vendo coisa; coisa aonde não existe.
Mas, será mesmo que é só coisa da minha cabeça?! Talvez sim, mas talvez não também...talvez meus olhos estivessem mentindo apenas para me agradar ou talvez eles pudessem estar dizendo a verdade e ela realmente estivesse aproximando seu rosto do meu em câmera lenta.

Seus olhos verdes pareciam revezar o olhar entre meus olhos e minha boca e seus lábios finos pareciam esperar por um beijo meu. Eu estava com uma vontade louca de beija-la, mas eu não conseguia ignorar o fato de que a louca da história era eu e não ela. Mas eu queria muito aquele beijo, eu queria muito beija-la e naquele momento eu já não me importava mais com uma possível rejeição.

Então, em um momento de completa loucura eu segurei em seu rosto e a beijei. Ela retribuiu o beijo, como se já estivesse esperando por aquele momento. Em questão de segundos pude sentir uma de suas mãos em meu pescoço, deixando seus dedos escorregarem aos poucos para dentro dos meus cabelos, enquanto sua outra mão segurava firmemente em minha cintura. Senti meu corpo ficar quente, como se houvesse uma corrente elétrica percorrendo por dentro dele. Ela me puxou pela cintura, deixando o meu corpo colado no dela. Senti que seu corpo era um imã, pelo qual o meu se sentia inteiramente atraído. Coração acelerado, respiração ofegante, lábios que se negavam a se desgrudar. E em meio a tanta loucura, ainda existia uma pequena parcela de juízo:

- Não podemos! - Ela disse já se levantando - Você ama o Robin!

- Sim, eu sei disso...ou achava que sabia...ou talvez eu não saiba de nada.

- Você ama o Robin, Regina; e eu também já tenho o Killian. E nesse momento eu não preciso de nenhum outro problema para resolver, pois preciso focar no Henry.

- Problema?! Então é isso que você pensa a meu respeito, Emma? que eu sou um problema? - perguntei, segurando o choro e já me retirando para ir dormir.

- Não Regina, espera. Desculpa. Não foi isso que eu quis dizer...- ela disse, um tanto desesperada, em uma tentativa frustrada de se explicar.

- Mas foi isso que você disse...boa noite miss Swan.


Notas Finais


Até o próximo capítulo! Obrigada :)


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