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História City of Angels - I am home - Um quarto no inferno para Annabeth, por favor


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


LEMBRA DA SURPRESINHA QUE EU TINHA DITO? ENTÃO, DE NADA, AMO VOCÊS <3
Pra quem não está entendendo nada, oi, sejam bem vindos, sou a tia Beluzzo e irei guia-los por essa jornada. Tipo assim, esses capítulos aqui são uma espécie de continuação de uma outra história minha, City of Angels (link na descrição) e como meus little angels (ME MANDEM BEIJOS NO FINAL, POR FAVOR, TO COM SAUDADES) pediram muito, eu consegui fazer um esforço e escrever mais alguns capítulos.
Não acho que vai ser necessário ler a história anterior para ler essa, mas se quiserem mais de Percabeth, link no final.
*Divirtam-se*

Capítulo 1 - Um quarto no inferno para Annabeth, por favor


*3ª pessoa

- Não acha que ele é muito grande? – Annabeth perguntou ao namorado.

- Acho que sim – ele olhou ao redor. – Mas vai ser difícil encontrar algum apartamento com menos de dois quartos.

- Mas o que nós vamos fazer com o quarto extra? – Percy sorriu, segurando sua mão e andando até o cômodo vazio, deixando o agente imobiliário sozinho na sala.

- Podemos colocar uma escrivaninha ali e uma do outro lado – ele apontou para os lados opostos do quarto. – E o restante nós podemos encher com prateleiras e por seus livros ali, todos os que você teve de deixar no Brasil – ela olhou para cima.

- Jura? Vamos ter nosso próprio escritório?

- É um começo – ele disse. – E então? Esse é o lugar que tem a menor distância entre nossos empregos, por isso...

- Eu adorei, Percy – Annabeth respondeu. – E a vista do outro quarto é maravilhosa – ela abraçou a cintura dele. – Já que nós nunca nos lembramos de fechar as cortinas, pelo menos vamos acordar com uma vista dessas.

- Tem razão – Percy sorriu. – Vamos falar com o agente, quero morar aqui o quanto antes.

- Algum problema com seus pais?

- Apenas saudades de morar com você – ele beijou sua bochecha e os dois conversaram com o agente, fechando negócio naquele mesmo dia e prontos para se mudarem no seguinte.

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*Annabeth

Acordei cedo na sexta-feira, mais disposta do que pensei que estaria. Pudera, aquele seria definitivamente o último dia de mudança (que deveria ter sido ontem, mas Percy teve um leve desvio de atenção e ficamos vendo recordações de sua vida). Haviam algumas caixas a serem abertas com nossas últimas decorações e nós as arrumaríamos na hora do almoço.

- Você o que? – perguntei a Percy quando ele me ligou.

- Sinto muito, Annie, mas eles marcaram essa reunião agora e se eu não for, vou perder muitos pontos aqui.

- E você acabou de começar, eu sei – ela suspirou. – Eu consigo fazer isso, Cabeça de Alga.

- Tem certeza?

- Tenho. Quero me mudar pra lá o quanto antes.

- Ok, vejo você mais tarde – ele respondeu e eu desliguei, olhando para as coisas a minha frente. Terminei as coisas que eu tinha de fazer e fui para o apartamento, terminando de ajeitar as coisas e voltei para o trabalho, levando um lanche qualquer para comer.

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*Percy

Eu me senti horrível tendo de deixar Annabeth arrumar as outras coisas todas sozinha, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Nada além de recompensa-la por aquilo e eu sabia a melhor forma de fazer aquilo: uma surpresa romântica para ela.

Não que fosse a melhor forma de ganhar Annabeth, podia fazer algo bem mais simples do que aquilo, mas sempre adorava as expressões que ela fazia quando eu a surpreendia.

Então aproveitei que podia sair mais cedo naquele dia e passei no mercado, comprando coisas para fazer um dos pratos favoritos de Annabeth e fui para o apartamento, me surpreendendo com a arrumação de Annabeth.  Eu já sabia das coisas que teriam lá, mas ela sempre encontrava um jeito de me surpreender. Cada coisa ornava com o ambiente e o deixava extremamente confortável e acolhedor.

Annabeth estava definitivamente na profissão certa.

Deixei a comida pronta, coloquei os cookies que fizera no forno e conferi o relógio, vendo que ela chegaria dali a pouco. Tomei um banho e a fiquei esperando, vendo sua expressão de surpresa quando me viu com as flores na mão.

- Cabeça de Alga... – ela sorriu como sempre fazia quando eu a surpreendia.

- Achei que nossa primeira noite nesse apartamento devia ser especial – andei até ela, vendo-a deixar sua bolsa e a pasta no chão.

- Você não existe – ela disse e pegou as flores de minha mão.

- Obrigado, eu acho – Annabeth riu e puxou meu rosto em direção a si. Abracei sua cintura e dei alguns passos pra trás, levando-a comigo.

- O que você fez pra nós?

- Como sabe que eu fiz alguma coisa? – ela sorriu e me beijou de novo, mais rapidamente.

- Você é Percy Jackson e me conhece a anos suficientes pra saber que ou nós íamos comer alguma coisa horrível ou pedir pizza. Por isso sei que fez alguma coisa maravilhosa pra gente.

- Tem razão, não confiaria um jantar especial a você nem que minha vida dependesse disso. Sem ofensas – ela revirou os olhos e deixou as flores num vaso do balcão.

- Sabe que não ofendeu, aceito a verdade de que não sei cozinhar, ela não é de todo ruim.

- Em sua defesa, sabe fazer um bolo de cenoura ótimo, Sabidinha – respondi e puxei a cadeira para ela se sentar.

- É verdade – ela respondeu e observou enquanto eu servia nossos pratos. – Sobre o que vai ser nossa primeira conversa nesse lugar? – ela perguntou quando me sentei a seu lado.

- Já sei – então contei a ela sobre alguns pontos engraçados da reunião e a risada de Annabeth ecoou pelo lugar. Ela me contou algumas coisas sobre seu trabalho que a faziam rir todos os dias. Quando terminamos, limpamos a sujeira e guardamos o que sobrou. Tirei os cookies do forno e os coloquei num pote, sem me queimar (com a ajuda de Annabeth, claro).

Então fomos para a sala e deixei ela escolher um filme pra assistirmos enquanto comíamos. Mas aquilo não parecia suficiente para ela, já que, assim que os doces acabaram, ela pareceu interessada demais em me provocar e eu não tive outra escolha que não fosse ceder a suas provocações e estrear nossa cama nova.

- Você não podia apenas ver o restante do filme, claro que não – eu disse, escutando sua risada e vendo-a se erguer sobre mim.

- Eu até poderia, Cabeça de Alga, mas nós não dormimos juntos a semanas – ela se inclinou até que nossos lábios estivessem juntos. – Estava morrendo de saudades de você.

- Eu também, Sabidinha – retribui seu beijo e tive uma ideia. – Nós temos uma banheira aqui, não temos?

- Percy, por mais que eu queira dizer que estou pronta pra outra, tô morrendo de sono e...

- Deuses, eu criei um monstro – respondi e fiquei de pé, indo até nosso banheiro e deixando a banheira encher. – Embora você esteja irresistivelmente atraente nessa cama, Sabidinha – ela sorriu orgulhosa, mas eu vi suas bochechas corando – tem uma coisa que ainda podemos fazer.

Ela deixou que eu a erguesse no colo e a levasse até o banheiro, então ela pareceu entender o que eu queria dizer.

- Pra uma cabeça cheia de algas, você se lembra muito bem das coisas.

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*3ª pessoa

Annabeth amava Percy pelo simples fato de ele ter se lembrado da bendita banheira naquele lugar. Assim que ele a colocou no chão, os dois entraram na água e ela se recostou nele, sentindo-o beijar seu ombro e depois abraçar sua cintura.

- Percy, você já se deu conta de que...

- Podemos finalmente transar a qualquer hora do dia sem ninguém pra interromper?

- Não, Cabeça de Alga – ela riu e se desencostou dele. – A outra parte disso tudo.

- Vamos oficialmente morar juntos e somos oficialmente adultos responsáveis por nossas próprias vidas?

- Essa parte.

- Nós já éramos adultos quando entramos na faculdade, Annie.

- Eu sei, mas... Percy, agora nós temos nossos próprios empregos, pagamos nossas próprias contas. Se desconsiderarmos os carros que foram nossos pais que bancaram, estamos por conta própria agora.

- Com você falando assim, a ficha só caiu agora – ele disse e viu Annabeth se perder em alguma coisa. – Ok, pode ir falando.

- Eu nunca pensei que fosse morar junto com alguém assim tão de cara, no máximo depois de uns bons anos trabalhando – ela olhou pra cima, sorrindo. – Amo você, Cabeça de Alga.

- Amo você também, coisa linda – ele se inclinou pra frente e beijou a namorada, levando as mãos até os cabelos dela e ouvindo Annabeth resmungar. – O que foi?

- Agora vou ter que lavar o cabelo – ela disse, ficando mais perto dele. – Pensando bem, você vai fazer isso pra mim.

- Sim, senhora, mas antes disso... – Percy puxou a cintura de Annabeth para seu colo e voltou a beija-la, sentindo as mãos dela correrem por suas costas e depois abraçarem seu pescoço.

Depois de saírem de lá (o que demorou um bom tempo, já que Percy conseguira tirar o sono de Annabeth), os dois passaram o restante de sua noite no quarto, conversando. Receberam ligações dos pais e garantiram que estava tudo bem.

- É, mãe, já ta tudo trancado sim – Annabeth disse. – Sim, mãe, estamos bem agasalhados – ela viu Percy prender a risada e bateu no ombro dele. Eles não estavam exatamente agasalhados, mas tinham duas cobertas sobre si, o que já era uma ótima maneira de ficar quente. – É, estamos no quarto e diga ao papai que está fora de questão dormirmos em lugares diferentes.

- Droga – ela ouviu ao fundo e riu.

- Estamos bem, mãe. Mesmo.

- Ok, boa noite, filha.

- Boa noite. Amo vocês – e Annabeth desligou, se ajeitando ao lado de Percy. – Ok, é oficial, estamos por conta própria.

- Conta própria mais ou menos, minha mãe disse que vai vir aqui amanhã e eu tenho certeza de que vai conferir tudo mais uma vez pra permitir que moremos aqui.

- Percy, eu amo sua mãe com todo meu coração, mas se ela voltar a enxergar minúsculas partículas de sujeira, eu vou ficar muito triste.

- Então já se prepara, conhece a dona Sally – ela resmungou e entrelaçou mais as pernas as dele. Então ela adormeceu pouco depois e Percy lembrou-se de como era boa a sensação de observar Annabeth na mais completa calma e paz, beijando a cabeça dela antes de fechar os olhos.

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*Annabeth

Percy e eu estávamos quase dormindo na sala, sendo que ainda era nove e meia da noite. Estávamos extremamente entediados e sem vontade alguma de levantar dali.

- Ah, deuses – Percy disse mais alto, se endireitando. – Se não arrumar algo pra fazermos, eu vou gritar.

- E vai ser expulso do prédio também, gracinha – respondi, me endireitando no sofá. – Acho que tive uma ideia, uma coisa que não faço a muito tempo com Thalia.

- Tenho até medo de perguntar o que é.

- Quando nós fazíamos noite das garotas, tinha uma brincadeira que nós sempre tínhamos que fazer – ele fez sinal para que eu continuasse. – Jogo da verdade, Cabeça de Alga.

- E como funciona?

- Quando tinha muita gente, tinha até uma garrafa envolvida, mas quando éramos só nós duas apenas fazíamos perguntas diretas e as duas deviam responder. O que acha?

- Ok – ele respondeu e ficou de pé. – Vou fazer um doce pra gente – fiquei de pé e ri quando ele me puxou desesperadamente para um beijo.

Fui para nosso quarto e me sentei na cama, esperando por Percy. Ele apareceu pouco depois com um prato numa das mãos e colheres na outra, se sentando a minha frente.

- Quer começar? – perguntei, pegando uma das colheres e provando do doce que ele fez. Percy sabia mesmo fazer o melhor brigadeiro do mundo.

- Ok – ele pegou um pouco de doce para si e pensou por alguns segundos. – Primeiro beijo.

- O que? – comecei a rir.

- Isso mesmo. Quero nome e descrição da situação, Chase. Nunca me contou isso.

- Porque você nunca perguntou – coloquei a colher de lado e tentei me lembrar de como foi. – O nome dele era Michael Yew, se não me engano...

- Não lembra nem o nome do garoto?

- Não me lembro se esse era o sobrenome dele, Cabeça de Alga. Quieto ou eu não conto nada.

- Prossiga.

- Enfim, estava numa festa com Thalia e Luke. Dizem eles que estavam ficando com outras pessoas, mas eu desconfio até hoje de que estavam um com o outro.

- Quantos anos vocês tinham?

- Quinze – respondi.

- É, eles estavam juntos sim.

- Thalia traidora – murmurei e ele riu. – Ela negou até a morte que estava com ele.

- Vocês tinham quinze anos, dá um desconto pra minha prima.

- Ok, mas voltando a história, esse garoto chegou perto de mim quando os dois traidores haviam me abandonado e fez o pedido. Como eu era a coisa mais tímida que se pode imaginar, recusei na hora, mas ele me chamou pra dançar então e depois de um tempo eu aceitei.

- Tão clássico – ele murmurou e eu dei de ombros.

- E o seu primeiro beijo, Cabeça de Alga?

- Você não devia fazer outra pergunta?

- Não, primeiro você responde essa também e então eu faço outra pergunta.

- Ok – ele colocou sua colher de lado e cruzou as pernas. – Eu tinha quatorze anos e meus amigos disseram que uma garota, Katie, queria ficar comigo e como qualquer garoto de quatorze anos pressionado pelos amigos, não tinha como dizer não.

- Foi muito ruim?

- Eu não me lembro, na verdade, foi bem rápido. Sua vez.

- Ok. Primeiro relacionamento mais sério.

- Sério?

- Muito sério. Pode começar.

- Ok então. Não vou dizer que meu primeiro relacionamento foi fácil, porque não foi. Nós brigávamos o tempo todo, discutíamos por coisas bobas e afins, mas eu era novo.

- E ela era bonita?

- Maravilhosa – talvez meu sorriso tenha vacilado um pouco. – Ela tinha uns olhos que... E o cabelo... E o sorriso dela, uau – ele suspirou e meu sorriso sumiu de vez. – E foi tudo isso que me fez continuar com ela, que me fez amar ela cada vez mais. Mas melhor que tudo isso...

- Ok, Percy, eu já entendi.

- Era o nome maravilhoso que ela tinha – o encarei séria. – É claro que Annabeth pode parecer meio estranho para as outras pessoas, mas o som dele... Maravilhoso – travei por alguns segundos enquanto ele me observava.

- Espera, então...

- Você foi meu primeiro e único relacionamento sério, Sabidinha, pensei que soubesse disso.

- Eu desconfiava, mas você nunca tinha dito nada.

- Agora é sua vez. Se bem me lembro, e eu me lembro dessa noite muito bem, você me disse que já teve um relacionamento antes do nosso.

- É, tive sim. Durou três meses, no máximo, e ele ficou um idiota pouco antes de terminarmos. Lembra o que eu disse sobre ele não saber o que estava fazendo? – ele assentiu. – Algumas pessoas não aceitam esse tipo de comentário, mesmo que vindo com delicadeza.

- Delicadeza do tipo Thalia ou...

- Delicadeza do tipo Annabeth quando está de bom humor – ele riu. – Mas então ele surtou e eu tive que segurar Thalia várias vezes pra ela não quebrar a cara dele.

- É a cara dela – ele riu. – Minha vez?

- Fique a vontade – ele pensou por alguns segundos enquanto eu comia meu doce. – Sua primeira ressaca de verdade, Chase.

- Ok – ri um pouco, tentando me lembrar. – Eu devia ter o que? Dezesseis anos? Acho que sim. Thalia e Luke me coagiram a beber naquele dia e eu não fico nem um pouco orgulhosa.

- Mas você se divertiu, pelo menos? – ele riu, então eu dei de ombros e me aproximei dele, fazendo cara de inocente.

- Bem, foi legal, mas nada comparada a certa vez em que bebi com um amigo – olhei para cima, vendo Percy sorrir.

- Bom saber disso – nos encaramos alguns segundos e nos inclinamos para frente ao mesmo tempo, nos beijando por alguns segundos. – Sua vez.

- Ok – nós continuamos naquela brincadeira por horas.

O que não nos faltava eram perguntas e descobrimos coisas um do outro que nunca nos passara pela cabeça perguntar.

- Foto favorita de todo o mundo, Cabeça de Alga – estava deitada no colo de Percy, vendo-o brincar com meus cabelos, distraído.

- Deuses, essa é difícil – ele pensou por bastante tempo antes de responder, parecendo bastante concentrado. – Essa pergunta não é justa, sabe que gosto de muitas fotos suas.

- Escolha uma, anda.

- Ok então. De você sozinha, aquela foto sua de lado no teatro – ergui uma sobrancelha. – Da cena de Sonho de uma noite de verão.

- Uma que eu não vi você tirando, eu suponho.

- São minhas favoritas. Mas tem também aquela com os gêmeos e as meninas antes de virmos embora.

- Deuses, as meninas – senti os olhos marejarem e Percy me abraçou de onde estava. – Sinto tanta falta delas.

- Eu também, Sabidinha, mas nós vamos vê-las logo.

- E Eddie também – emendei, limpando os olhos.

- É. Agora eu posso terminar ou vai voltar a chorar?

- Pode terminar.

- Minhas outras duas fotos favoritas são as dos casamentos de minha mãe e de Silena.

- Porque nossas famílias estão reunidas – ele assentiu e eu me sentei.

- Sua vez.

- Nossa foto da formatura – respondi sem pensar duas vezes.

- De todos juntos?

- Essa é minha segunda favorita porque tem todo mundo, mas a que meu pai tirou de nós dois em frente à casa de Helena.

- Aquela que eu to fazendo uma careta e você ta rindo igual doida da minha cara? – não consegui deixar de rir, assentindo. – Tinha me esquecido dessa foto, acho ela linda também.

- Percy, to com sono – resmunguei, olhando para o relógio. – Uma última pergunta e podemos ir dormir?

- Tudo bem – ele pensou, parecendo discutir consigo mesmo sobre a pergunta que faria. – Uma fantasia sexual, Sabidinha.

- O que? – eu não sabia se tinha ouvido direito, mas quando ele começou a rir eu tive certeza.

- É isso mesmo que você ouviu.

- Deuses, Percy, eu nunca parei pra pensar nisso. Não sei se tenho uma fantasia sexual – olhei pra ele, voltando a sorrir e me aproximando dele, cruzando as pernas ao redor de sua cintura. – E qual é a sua fantasia, Cabeça de Alga?

- E o que a faz pensar que eu tenho uma?

- Você ter feito essa pergunta – ele tentou negar, mas eu insisti. – Anda Cabeça de Alga, se não for pra mim, vai contar isso pra quem? Se responder essa pergunta, será um homem morto.

- Ok, eu digo – comemorei e deixei-o falar, vendo as bochechas de Percy ficarem cada vez mais vermelhas.

- Então você tem o sonho clássico da maioria dos adolescentes de quinze anos e só me contou isso depois de todos esses anos?

- É que nós nunca precisamos disso antes, meu amor. Não que precisemos agora, mas eu não tinha outra pergunta pra fazer.

- Entendi – apenas concordei, pensando na quão ótima fora a ideia desse jogo. Percy devia querer falar daquilo há um tempo e, mesmo sendo óbvio, nunca se passaria pela minha cabeça. – Tem algo mais pra perguntar ou...

- Na verdade, tenho sim – ele disse e se inclinou pra frente, beijando minha bochecha enquanto falava. – Está mesmo com muito sono ou aguenta ficar um pouquinho mais acordada?

- Não sei – disse no tom mais inocente que consegui, me deitando e o puxando sobre mim. – Será que devo?

- Deixe-me tentar uma coisa – ele puxou minha blusa pra cima e voltou a me beijar. Sorrimos um para o outro e eu pensei que faltava muito pouco tempo para nosso aniversário de namoro.

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*Percy

Annabeth e eu tiramos o dia de folga pra comemorar nosso aniversário de namoro. Acordamos mais tarde, tomamos banho – juntos, como mandava a tradição – e saímos pra almoçar no nosso restaurante favorito. Pedimos o de sempre, já que o garçom já sabia o que sempre pedíamos quando íamos lá, e comemos no melhor clima possível.

Saímos de lá e por sorte encontrei uma floricultura no caminho até a praça onde íamos passear, comprando a flor azul de Annabeth e recebendo alguns beijos em agradecimento (além um sorriso involuntário maravilhoso). Andamos de mãos dadas até chegar ao parque, dando uma volta por lá até que nos sentamos num banquinho a sombra.

- O que quer fazer agora? – perguntei, vendo Annabeth lamber os dedos lambuzados de algodão-doce.

- Podemos ir ver algum filme no cinema ou em casa.

- Prefiro em casa.

- Por quê?

- Porque nenhum de nós consegue se controlar dentro de uma sala de cinema – ela deu de ombros, colocando algodão-doce em minha boca.

- Não é minha culpa que o clima de lá é extremamente favorável, Cabeça de Alga, e você também não facilita em nada minha vida – dei de ombros e me inclinei sobre ela, a beijando e acariciando seu rosto enquanto isso.

- Então vamos – eu disse, mas ela olhou para o próprio doce e depois para mim de novo. Esperei que ela terminasse de comer então fomos para o carro.

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*Percy

Annabeth e eu entramos em casa nos beijando e já deixando nossos casacos no chão. Ela colocou sua bolsa em cima do sofá e se separou de mim apenas para rir e correr para nosso quarto, me deixando (como sempre) com cara de bobo pra trás. Me certifiquei de que a porta estava trancada e a segui até lá, não a encontrando no quarto.

É claro que ela iria fazer joguinhos, quando não fazia? Mas havia algo de diferente daquela vez: ela não estava ali no quarto, mas havia algo em cima da cama.

“Antes tarde do que nunca. Eis aqui sua fantasia, Cabeça de Alga, volto em dois minutos.”

Ao lado do bilhete havia um par de algemas e eu não acreditei que Annabeth estava mesmo fazendo aquilo. Olhei para a porta fechada do banheiro e então me liguei de que ela provavelmente ficaria decepcionada se eu não obedecesse. A questão era que eu não conseguiria me prender naquela cama sozinho, mas a solução para meus problemas estava parada na porta do banheiro no momento, usando um conjunto preto de roupas íntimas muito, mas muito sexy.

Devo ter murmurado alguma coisa desconexa enquanto Annabeth vinha até mim e terminava de prender as benditas algemas, se sentando ao meu lado quando terminou.

- Como se sente? – ela perguntou, passando uma das mãos por meu peito, subindo-a até meu rosto.

- Como um adolescente de quinze anos completamente virgem – respondi, sem conseguir encará-la direito.

- Ótimo – ela respondeu e ficou de pé. – Tenho uma pequena outra surpresa pra você – então ela andou até o aparelho de som e o ligou, virando-se para mim com aquele sorriso que nenhum mortal jamais seria capaz de reproduzir nem copiar. Annabeth era única, muito mais valiosa do que qualquer Mona Lisa ou Santa Ceia que pudessem expor num museu.

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*3ª pessoa

Annabeth tinha cogitado muito a ideia de beber até ficar bêbada naquela noite pra cumprir o plano, mas decidiu que seria pior. E no final nem foi tão ruim assim dançar em frente à Percy enquanto ele estava preso na cama, pelo menos não no momento, porque ela riu bastante disso depois, mesmo que Percy lhe dissesse que ela estava magnífica fazendo aquilo.

Ela se cansou depois de um tempo e resolveu agir, se aproximando lentamente de Percy e sentando-se no colo dele.

- Tem muitas, mas muitas maneiras mesmo de nós começarmos isso, Cabeça de Alga. Quer escolher ou prefere uma surpresa?

Percy não estava em condições de responder nada porque alguma coisa havia impedido seus neurônios de fazerem a mínima das sinapses.

- Ok, então. Vou considerar isso como um “estou completamente em suas mãos, Annabeth” – ela sorriu e o beijou, ouvindo o barulho das algemas batendo contra a cama.

- Estou começando a achar isso uma má ideia – ela ouviu Percy murmurar e levou a mão até as costas, abrindo o fecho de seu sutiã e jogando-o de lado.

- Discordo totalmente, Cabeça de Alga – ela aproximou o colo do rosto dele, mas desviou antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, ouvindo Percy resmungar e fazendo isso mais algumas vezes antes de se inclinar definitivamente e puxar os cabelos dele enquanto sentia sua boca beijar-lhe e morder-lhe os seios.

Ela se separou dele e viu Percy observar-lhe o corpo, levando suas mãos até os botões da calça dele e brincando com eles. Ela viu quando Percy cerrou os punhos e fez pressão nas algemas, rindo alto e então puxando as calças dele para baixo, se sentando entre as pernas dele e passando a unha por cima do fino tecido que ainda o cobria.

- Não sei por qual motivo você queria tanto isso, Percy, parece ansioso – ela disse, se fingindo de inocente.

- Há no inferno um lugar reservado especialmente para você, Annabeth Chase, pode esperar – isso só fez com que ela risse ainda mais.

Annabeth brincou mais alguns minutos com Percy, masturbando-o lentamente e ouvindo seus gemidos curtos enquanto se movimentava por cima dele, mas então nem ela mesma estava aguentando mais aquilo e apertou o botão que o soltava, sentindo as mãos de Percy puxarem-na para si e então os movimentos ficarem mais rápidos com a ajuda dele. Ela cravou as unhas nele quando sentiu o orgasmo chegando e, sabendo que Percy também já estava no seu limite, deitou por cima dele, sentindo as mãos dele passearem por suas costas até chegarem em seu cabelo, enrolando as mechas loiras entre os dedos.

- Obrigado pelo presente – ela ouviu Percy dizer e sorriu, se inclinando sobre ele rapidamente e encostando seus lábios, voltando a se deitar.

- Não por isso. Pensarei em alguma coisa até o ano que vem, então me surpreenda, Cabeça de Alga – ele riu, puxando um dos cobertores do chão.

- Sim, senhora – e então, eles adormeceram.


Notas Finais


Lindos, não tive tempo de revisar (tem que estudar pra química né), então qualquer erro grotesco de gramática, da um aviso ali no final.
Pros que estão chegando agora, ta aqui o link de City of Angels se quiserem dar uma olhadinha: https://spiritfanfics.com/historia/city-of-angels-5625514
Espero que gostem tanto quanto meus little angels. E por falar neles, OI COISAS LINDAS, CADÊ VOCÊS?????????
Ah, pra que ninguém fique criando muitas esperanças, são só alguns capítulos e eu vou demorar um pouquinho mais pra postar por falta de tempo.
Enfim, espero que tenham gostado <3
Beijinhos.
- A


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