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História City of Angels - I am home - Do que é que você me chamou?


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


VOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI <3 <3 <3
Eu tava sem o carregador do note ontem, lindos, então teve que ser hoje mesmo e eu já aviso pra prepararem os corações porque o capítulo tá pesado e eu fico tensa com ele também.
Tipo assim, eu precisava escrever ele e vocês precisam lê-lo, então pega a reserva de oxigênio e vamos lá.
*Divirtam-se*

Capítulo 2 - Do que é que você me chamou?


*3ª pessoa

- Deuses, Annabeth, para com isso! – Percy gritou, nem se importando com o horário avançado e o fato de terem vizinhos dos lados.

- Não, Percy! Você sabia das regras pra conseguir morar comigo e quebrou isso!

- São só umas roupinhas...

- Que estão no chão do quarto há uma semana! – Annabeth retrucou já bem irritada, ficando ainda mais quando Percy revirou os olhos.

- Não sabia que tava morando num quartel general.

- Ah, você sabia sim, não se faça de cínico. Já deixei bem claro todas essas coisas antes de morarmos juntos.

- Me desculpe, ó todo poderoso ditador – ela estreitou os olhos.

- Você me chamou do que?

- Ficou surda?

- Não, não fiquei – ela disse e andou a passos firmes até o quarto do casal, deixando Percy confuso para trás.

- O que é isso? – ele perguntou, vendo-a voltar para a sala com um travesseiro e um cobertor.

- Ficou cego? – ela respondeu sarcástica, dando aquele sorriso que, naquele momento, Percy se odiava muito por achar maravilhoso.

- Vai responder ou não?

- O que acha que é isso, Percy?

- Por que estão aqui? – ele disse mais alto, perdendo a paciência.

- De novo, o que é que você acha? – Annabeth se sentou no sofá e estendeu o cobertor.

- Por que ta fazendo isso?

- Porque eu não quero dormir no meio daquela bagunça, Percy.

- Deuses, Annabeth, eu tiro de lá e...

- Não precisa mais, to ótima aqui – ela bateu em seu travesseiro.

- Não vou deixar você dormir aqui – ele virou as costas.

- Se você ousar tentar dormir aqui pra que eu volte para aquele quarto, eu juro que durmo na mesa da cozinha.

- Deuses, você é tão teimosa!

- Mais alguma característica nova a acrescentar, querido? – ela fingiu anotar algo num bloquinho. – Ditador e teimosa não me parecem suficientes.

Ele saiu murmurando alguns palavrões e fechou a porta com força, deixando Annabeth sozinha na sala. A loira então se deitou e colocou o travesseiro na cara, dando alguns gritos de extrema raiva. Ela se virou de lado e, relutante, deixou que as lágrimas caíssem no travesseiro até que dormisse. Sabia que estava sendo teimosa, mas sabia que Percy também estava e não seria ela quem iria abrir mão. Percy sabia que ela odiava coisas bagunçadas, mas nas últimas semanas ele estava cada vez mais relaxado e ela estava guardando aquilo há muito tempo, até que hoje ela explodiu. Ela abraçou o travesseiro e pensou no quão ruim seria dormir ali sozinha naquela noite.

Dentro do quarto, Percy andava de um lado pro outro freneticamente, murmurando palavrões e coisas sobre o quão teimosa Annabeth era. Então ele se deitou na cama e secou o rosto, se amaldiçoando mentalmente por chorar por causa da teimosia de Annabeth, mas não pôde evitar. Embora soubesse que não estava de todo errado, odiava muito brigar com a namorada, ainda mais naquela situação, que nunca havia acontecido antes. Pensando melhor, ele percebeu que haviam sido raros os dias em que ele e Annabeth não haviam dormido juntos desde que se mudaram, e nunca havia sido por motivo de briga. Se virou, sentindo o enorme vazio ao seu lado, e percebeu que não iria conseguir dormir logo. Pegou o computador e ficou algum tempo ali quando decidiu ir tomar um remédio pra dormir. Passou direto pela sala e voltou logo para o quarto, se deitando e sentindo o sono chegar.

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*Percy

Acordei com uma música estranhamente familiar. Quando o peguei, confirmei que Annabeth estava me ligando e atendi, porém ela desligou logo em seguida. Então tive de recorrer à mensagem, já que ela parecia não querer falar comigo.

“O que foi?”

“O quartel todo já acordou, soldado, vai se atrasar. Assinado, ditador.”

Revirei os olhos, lendo aquilo com a voz sarcástica de Annabeth e me lembrando da briga de ontem. Tomei um banho e fui em busca de algo pra comer, encontrando o cobertor de Annabeth dobrado e o travesseiro em cima, indicando que ela já havia saído.

Sai para trabalhar e dei um jeito de almoçar fora, mandando apenas uma mensagem rápida para avisar Annabeth (não daria mais motivos pra brigarmos). Cheguei em casa a noite antes dela, deixando algo pronto para comer. Deixei minhas coisas no escritório e guardei algumas provas para corrigir depois. Quando sai de lá, Annabeth já tinha chegado e deixava sua bolsa em cima do sofá. Ela me encarou alguns segundos e andou até o quarto, provavelmente indo tomar banho. Resolvi comer, fazendo-o o mais devagar possível, mas Annabeth parecia estar demorando de propósito, então terminei logo, limpei minha parte e fui para a sala.

Em questão de segundos ela apareceu secando os cabelos e foi até a cozinha, saindo de lá pouco tempo depois e se fechando no escritório.

Deuses, aquilo estava sendo horrível. Brigar com Annabeth já era ruim, mas estava sendo um dia todo sem falar com ela e estava ficando insuportável. Fiquei de pé e bati na porta do escritório, abrindo uma fresta.

- Annabeth...

- To ocupada – ela disse firme, sem erguer a cabeça.

- Ok – respondi, sabendo que não adiantaria de nada insistir, não quando ela fazia (ou fingia que fazia) um de seus projetos.

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*Annabeth

Deuses, Annabeth, por que você estava fazendo isso?

Eu já sabia a resposta, era óbvia: não queria admitir que havia sido teimosa.

Larguei o lápis assim que ouvi a porta se fechando atrás de mim, colocando a cabeça entre as mãos e respirando fundo. Levei alguns bons minutos pra conseguir por o orgulho de lado e ir até a sala, chamando a atenção de Percy.

- Podemos conversar?

- To ocupado.

Deuses, o que eu havia feito?

- Percy, eu...

- Já disse que to ocupado – ele virou a cabeça até olhar pra mim. – Cansei de ter que esperar tudo ser no seu tempo, Annabeth.

- Ótimo – olhei o relógio ao lado da TV. – Se não se incomodar, gostaria de dormir agora.

- Tem uma cama naquele quarto.

- Onde eu não irei dormir – peguei meu cobertor e travesseiro e me sentei numa das poltronas, vendo Percy bufar e desligar a TV, saindo da sala. Me deitei no sofá e dormi sentindo uma raiva extrema de Percy, mesmo sabendo que eu provocara tudo aquilo.

Mas acima de tudo eu estava com medo, medo de que Percy ficasse daquele jeito “Annabeth com raiva” para sempre, que nem eu mesma gostava, ele aparecia quando estava em situações extremas, mas Percy nunca havia sido daquele jeito, era a pessoa mais doce que conhecia. Vê-lo assim... Não sabia se aguentaria muito tempo mais.

Bem, e não aguentei.

Haviam se passado mais dois dias desde a briga. Havíamos criado uma nova rotina, uma que eu detestava seguir, mas que não podia fazer nada sobre no momento. Acordava antes de Percy e ligava pra ele antes de sair. Ele pulava todos os almoços e fazia o jantar, comendo primeiro e passando algum tempo em frente à TV, enquanto eu mesma comia e ficava no escritório, indo dormir no sofá depois. Fora a dor no pescoço que aquilo estava me causando, me lembrava vagamente de ter tido pesadelos nas noites anteriores, coisas simples, mas que me incomodavam muito quando pensava neles.

Até que veio o pior deles.

Não me lembro muito bem o que era o sonho, mas tinha algo relacionado a perder Percy de um jeito mais drástico do que só dormir em um lugar diferente do dele. Algo sobre um acidente envolvendo ele que me deixara em estado de pânico e, sem que eu pudesse evitar, acordei resmungando alto e esperneando, com o cobertor e meu travesseiro já ao chão.

- Annie, Annie! – abri os olhos repentinamente e Percy estava ali, com o cabelo amassado em um dos lados e os olhos pesados, porém alarmados e preocupados. – Pesadelo? – apenas assenti e já podia sentir lágrimas se formando em meus olhos. Percy estendeu a mão para meu rosto, mas eu o afastei brevemente. – Ei, sou eu – ele disse e eu pisquei, deixando que as lágrimas saíssem e que ele fizesse um carinho em meu rosto. Deuses, como eu sentia falta daquilo. – Quer me contar o que foi?

- Não – disse baixo, com a voz falhando.

- E voltar para o quarto? – neguei novamente. Ele só permaneceu ali, acariciando meu rosto e minha outra mão, o que já ajudou muito em me deixar calma. – Quer que eu fique aqui com você?

Eu pensei em dizer não. Pensei em não dar o braço a torcer, mas não estava em condições de negar aquilo, não depois do sonho e da sensação horrível de perda que ele trouxe. Além do mais, Percy voltara a sua forma natural de ser: um Cabeça de Alga preocupado e atencioso como ninguém nunca seria. Depois de perceber que eu o estava encarando por muito tempo, assenti e deixei que ele se sentasse ali, me ajeitando por cima dele e deixando que ele nos cobrisse. Senti seus braços se fechando ao meu redor e inspirei o maravilhoso cheiro que ele fornecia, ajeitando minha cabeça na curvatura de seu pescoço e sentindo suas mãos acariciarem minha cintura por baixo do pijama.

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*3ª pessoa

Annabeth acordou antes mesmo de seu despertador tocar, pensando alguns segundos antes de se lembrar do que havia acontecido. Então fechou a mão ao redor dos dedos que estavam por baixo dos seus e olhou brevemente pra cima, tendo a visão de Percy ainda dormindo. Ela amaldiçoou seu despertador quando ele tocou e acordou o moreno, que levou a mão que ela segurava até a mesa de centro para desligá-lo. Ele voltou sua atenção para Annabeth e passou a mão pelo rosto da garota.

- Ta tudo bem? – ele perguntou já menos preocupado do que na noite anterior. Odiava pensar que a culpa de Annabeth ter tido aquele pesadelo fosse dele, mas sabia que era em parte. Se ela tivesse lhe contado o sonho, ele não desconfiaria tanto de que estava nele e, pela reação dela, não havia sido nada bom.

- Ta sim – ela respondeu, se sentando na ponta do sofá e dando espaço para que Percy fizesse o mesmo.

- Precisamos conversar.

- É, precisamos sim, mas temos que ir – Annabeth respondeu e ficou de pé, sentindo Percy segurar seu braço.

- Minha mãe precisa de um favor e eu não volto pro almoço.

- De noite, então – ele assentiu e Annabeth foi para o banheiro.

Ela saiu e tomou um copo de café rápido antes de sair de casa, nem vendo Percy sair do quarto. O dia passou mais lentamente do que os dois esperavam e Percy dirigiu mais rápido que o normal para casa. Ele só não contava que Annabeth iria pegar o maior engarrafamento de sua vida (bem, pelo menos, parecia, já que ela queria muito chegar em casa). Deixou as coisas no carro, só pegando sua bolsa e sua pasta, correndo até o elevador e batendo os dedos contra a perna. Andou até a porta de seu apartamento e colocou a chave na fechadura, vendo a porta se abrir sozinha e Percy estar do outro lado, a encarando.

- Você estava...

- Com certeza – ele disse já indo em direção a ela e Annabeth soltou a pasta no chão quando ele a beijou, abraçando seu pescoço e o puxando para mais junto de si.

- Olha, mamãe, eles voltaram – escutaram a voz da vizinha do lado e, rindo, entraram no apartamento, sem se separarem momento algum.

- Deixei minha pasta lá fora – Annabeth disse quando Percy passou a beijar seu pescoço, sentindo as mãos dele subirem sua blusa.

- Você pode pegar depois – ele se separou dela para encará-la. – Não pode?

- Posso sim – ela respondeu sorrindo e voltou a beijá-lo, prendendo Percy na parede. Eles ouviram batidas na porta e se separaram. Annabeth ajeitou sua blusa e a abriu. – Obrigada, Zoe, você é um amor.

- De nada, Annie – a garotinha respondeu e Annabeth fechou a porta, colocando sua pasta de lado e olhando para Percy.

- Precisamos conversar.

- Podemos fazer isso depois – ele deu um passo a frente.

- Não, Percy, precisamos mesmo conversar.

- E qual é o problema de fazermos isso depois? Nós sabemos que... – ele arregalou os olhos e segurou as mãos dela. – Nós vamos voltar, certo?

Annabeth sorriu, um sorriso verdadeiro que não lhe vinha aos lábios há dias. Ela soltou uma das mãos e levou ao rosto de Percy, ficando na ponta dos pés para beijá-lo. Ele passou os braços em torno da namorada e a puxou para si.

- Nós nunca terminamos, Percy.

- Deuses, obrigado – Annabeth riu dele. – Pensei que teria de armar um novo plano pra te pedir em namoro de novo.

- Ei!

- Que foi? Vai dizer que o meu primeiro deu super certo? – ela abriu a boca para responder, mas ficou em silêncio, vendo Percy rir daquela vez.

- Essa não é a questão aqui, Percy, é que nós...

- Já sei, já sei – eles andaram até a sala. – Precisamos conversar – ele parou em frente a ela, deixando-a entre ele e o sofá. – Mas nós estamos nessa a quatro dias, Annabeth. Tem certeza de que...

Ela não deixou que ele terminasse a fala, apenas puxou a camisa de Percy em direção a si e voltou a beijá-lo. Percy tratou logo de puxar as pernas da namorada para cima e andou devagar até o quarto, colocando-a delicadamente na cama. Eles não tiveram pressa, demoraram bastante tempo apenas se beijando e despindo um ao outro, aproveitando aquele momento depois de quatro longos dias. Concordavam silenciosamente que aquele tempo havia sido definitivamente pior do que os dois meses que Percy havia passado na Austrália e por isso a saudade era bem maior.

Ao invés das torturas que sempre adoraram fazer um no outro, daquela vez nenhum dos dois se lembrou de fazer provocação ou xingamento algum, nem mesmo brigaram para ver quem ficaria por cima, revezando-se quase que em sincronia e sorrindo um para o outro o tempo todo.

Quando se deram por satisfeitos, permaneceram abraçados por um longo tempo até se lembrarem de que tinham de conversar, mas Percy deu um jeito naquilo também. Correu até o banheiro e só deixou Annabeth entrar quando a banheira já estava cheia, acenando para que ela se sentasse a sua frente, na outra borda.

- Ok – Percy disse, observando Annabeth prender os cabelos. – Quem vai começar?

- Aquele que foi o mais teimoso por todo esse tempo – Percy já estava prevendo outra discussão sobre o assunto quando Annabeth o surpreendeu outra vez mais. – Sinto muito, Cabeça de Alga – ele teria ficado boquiaberto se não soubesse que aquilo desmotivaria Annabeth a falar, além de ser uma afronta a coragem que ela estava tendo. – Eu não devia ter feito tanto caso de umas roupas no chão, mas é que... Eu estava tão cansada e vinha guardando reclamações sobre as malditas roupas a tanto tempo que eu explodi aquele dia. Também tinham acontecido umas coisas estressantes no meu trabalho, mas eu não devia ter descontado em você, e eu sinto muito por isso.

- E eu sinto muito por tê-la chamado de ditador e teimosa. Ok, você é teimosa, nisso nós dois concordamos – ela riu, revirando os olhos – mas não adiantar falar muito já que eu também sou. E sobre o ditador, não tem nada a ver com você. No máximo um general bastante flexível e...

- Flexível? – ela riu, puxando as pernas até o peito.

- Você é muito mais flexível do que pensa.

- Percy, você...

- Não estamos falando de mim, mas de você. Minha mãe me criou sendo mais receptivo com as coisas, mas quando nos conhecemos... Deuses, Annie, não tinha tempo bom entre a gente, lembra?

- Claro que lembro – ela respondeu, se lembrando de seus dezoito anos.

- Você mudou muito desde lá. Talvez não perceba, mas eu vivo com você a seis anos e posso garantir que você é um general bastante flexível e muito, muito sexy.

- Já que contra fatos não há argumentos – ela respondeu e se aproximou dele – estamos entendidos?

- Estamos sim – ele a beijou novamente. – E eu prometo que nunca mais vou deixar roupas no chão do quarto, ok?

- Nem na cama, nem na cômoda, nem na cadeira, nem...

- Ta bom, eu entendi – ele respondeu mais alto e Annabeth riu, levando a mão até o rosto de Percy.

- Amo você, Cabeça de Alga – ele inclinou a cabeça em direção a dela, juntando suas testas.

- Também amo você, Sabidinha.


Notas Finais


Não me matem, eu deixei as coisas bonitinhas no final pra ninguém vir me xingar, ok?
Saudades de vocês, amores <3
Vou tentar postar o próximo mais rápido, mas não da pra prometer nada.
Beijinhos.
- A


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