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História City of Angels - I am home - Salvo de ser expulso de casa


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


Oi, gente, a tia voltou, mas não to lá essas coisas.
Vou explicar.
Primeiro de tudo, sou péssima em química. Pensa em alguém ruim, sou dez vezes pior e preciso estudar pro enem pra tentar acertar alguma coisa disso. Segundo, o próprio enem, duas semanas a partir de hoje e minha nossa senhora, to no terceiro colegial e acho que esse foi o ano mais rápido da minha vida e eu não to feliz com isso. Terceiro, o próximo capítulo não ta pronto e eu não sei quando vou poder terminar porque essas duas semanas são preparatórias e o mês de novembro inteirinho vai ter vestibular (e eu to sem notebook, to rapidinho aqui no pc do meu irmão que é uma merda pra escrever). Quarto e último, to triste com a vida porque briguei umas coisa ai, então se puderem mandar uma mensagenzinha de carinho, já me ajuda <3
*Divirtam-se*

Capítulo 3 - Salvo de ser expulso de casa


*Percy

Annabeth ia surtar – de novo. Estava tendo outra semana difícil, disso eu sabia, e, mesmo morando juntos, eu mal conseguia falar com ela. Ela fazia turnos cada vez maiores e passava todo o tempo livre que tinha trancada no escritório, vivendo a base de café, banhos rápidos e quatro (ou menos) horas de sono por dia. Sabia que, se não fizesse nada, ela iria ficar distante de novo e isso era algo que eu não conseguiria definitivamente aguentar.

Então tive uma idéia. Liguei para o telefone de seu trabalho e agradeci muito quando uma de suas colegas o atendeu. Fiz-lhe algumas perguntas, pedindo para ela manter a discrição.

- Tem certeza?

- Tenho sim. Ela odeia ficar na sala sozinha e eu posso ir embora no horário normal.

- Mas ela vai trazer coisas pra casa?

- Provavelmente sim. Ela ta abarrotada de coisas essa semana.

- Eu sei que sim. De qualquer jeito, muito obrigado.

- Disponha, Percy.

Agradeci novamente e comecei a ajeitar as coisas, vendo que faltavam duas horas para Annabeth voltar. Depois de arrumar o apartamento (o que estava sendo minha função nos últimos dias, já que ela nem parava em casa), sai e fui comprar algumas coisas de que precisava.

Quando cheguei, deixei o jantar favorito de Annabeth no forno e tirei dez minutos antes dela chegar. Se eu bem a conhecia, ela já ia chegar nervosa como sempre e jogando as coisas em cima do sofá, então fiquei esperando por ela na sala. Dito e feito, ouvi o barulho de chaves e então fiquei de pé, observando-a enquanto ela colocava papeis em cima do sofá e sua bolsa.

- O que foi? – ela disse, sem demonstrar emoção nenhuma que não fosse cansaço.

- Nada – respondi.

- Então por que tá ai me observando feito bobo? – ela ficou mexendo em sua bolsa, não vendo que eu me aproximava.

- Faço isso há anos, Chase, não sei por que está surpresa – ela ergueu o rosto e sorriu pela primeira vez na semana, o que já fez todo o meu mundo se iluminar.

- Idiota – ela murmurou e eu tirei a bolsa de suas mãos. – Percy, eu preciso do meu...

- Você não vai precisar de nada daqui durante o resto da noite – coloquei sua bolsa de lado.

- Cabeça de Alga, é sério, meu celular...

- Não vai precisar mais dele hoje, Sabidinha – puxei suas pernas para cima e a segurei no colo.

- Percy, eu não to brincando, me põe no chão, eu preciso...

- Você precisa comer – andei com ela até a copa. – Precisa dormir e precisa viver de novo – encarei seus olhos cinza, sem o brilho usual. Confusão passou por eles, mas então ela chegou a conclusão sozinha.

- Ta acontecendo de novo, né?

- Pelo menos dessa vez você percebeu sem me expulsar de casa – sorri e vi ela conter um sorriso.

- Percy, eu...

- Não faça isso – coloquei-a no chão. – Não é sua culpa. Anda, fiz seu favorito – ela olhou para a mesa servida e então para o fogão. Nós nos sentamos e ela me fez perguntas sobre como havia sido minha semana. Percebi que ela queria evitar o assunto trabalho, principalmente o seu. Quando terminamos de comer, ela me ajudou com a louça e encostou no balcão, comendo um doce enquanto eu secava as mãos.

- Obrigada – ela disse e passou a mão por meu rosto.

- Não tem de que – me inclinei sobre ela e a beijei, sentindo seus braços ao redor de meu pescoço. Deuses, como eu sentia falta daquilo.

- Mas agora eu preciso mesmo...

- Annie, com toda a delicadeza e educação do mundo, eu juro que, se você encostar a mão naquelas coisas de novo ainda hoje, eu vou tomar tudo e colocar dentro da churrasqueira.

- Percy...

- Você pode terminar isso no domingo.

- E deixar tudo pra última hora? – vi um semi pânico em seu rosto, mas dei de ombros.

- Sempre existe uma primeira vez pra tudo – ela ia retrucar, mas voltei a beijá-la e escutei-a rir baixo durante o beijo.

- Você é impossível – ela disse quando já estava com ela no colo, andando em direção ao banheiro. – Mas eu vou aceitar seu conselho, senhor Jackson. O que faremos primeiro?

- Você não fará nada, senhorita Chase – parei em frente à porta do banheiro e ela a abriu. – Está temporariamente proibida de fazer qualquer coisa que a deixe estressada.

- Não tem como recusar uma oferta dessas – ela sorriu e a coloquei sentada sobre a pia, ligando a água e deixando que ela enchesse a banheira. Voltei-me para Annabeth, puxando seu casaco e seus sapatos, colocando-os de lado. Terminei de tirar suas roupas até que ela estava só de calcinha. Ela ficou de pé e terminou de se despir, entrando na banheira e me encarando. – E agora?

- Agora – me sentei no apoio da banheira, ficando atrás dela – você só precisa relaxar – joguei seus cabelos para o lado e, enquanto ela os prendia num coque, eu massageava seu pescoço e a sentia relaxar. Quando já estava quase terminando de massagear suas costas, ela se recostou na parede da banheira e deitou a cabeça em meu colo, olhando para cima.

- Você podia entrar aqui e me ajudar a tomar banho – ela disse baixinho, com aquele rostinho de anjo que ela fazia sempre que queria alguma coisa.

- Tudo o que você quiser – me inclinei sobre seu rosto e a beijei rapidamente, ficando de pé. Me despi e deixei minhas roupas junto as de Annie, virando apenas o rosto e vendo-a me encarar. – Se encarar mais um pouquinho, quem sabe ela não seca de uma vez – ela riu, mas não parou de encarar descaradamente minha bunda.

- Não é minha culpa, Cabeça de Alga – ela apoiou o rosto numa das mãos e suspirou. – Ela é tão linda – ela completou num tom sonhador e eu ri, andando até a banheira e me sentando em frente a ela.

- Não mais do que você – respondi, me aproximando dela e soltando seus cabelos, vendo as pontas afundarem gradativamente até que metade dele estivesse molhado. – Disso eu tenho certeza.

Ela sorriu, o sorriso do qual eu mais precisava ver nos últimos tempos e eu pude apenas retribuir.

*****************************************************************************

*3ª pessoa

Annabeth e Percy haviam acabado de se secar e estavam em seus quartos, usando apenas roupas íntimas e deitados, assistindo a televisão.

Percy passava uma das mãos pelas costas de Annabeth, acariciando os dedos da menina com a outra, enquanto ela agradecia imensamente pelo carinho que ele lhe fazia e pelo quanto o namorado cuidava dela. Ela olhou pra cima, vendo Percy concentrado enquanto olhava pra televisão. Ele então olhou para baixo e sorriu de volta, encostando os lábios nos dela.

- Obrigada por isso tudo.

- Annie...

- Se você não tivesse me parado a tempo, eu podia ter piorado. Podia ter sido pior do que da última vez e você sabe disso – ela se ergueu sobre ele. – Obrigada, amorzinho. Aproveita que eu to de bom humor.

- Ah, claro – ele riu e voltou a beijar a garota, os virando e ficando por cima dela. – O que quer fazer agora?

- Na verdade, eu queria muito pegar aqueles projetos e...

- Annie...

- E guardá-los no escritório – ela completou, vendo Percy a olhar desconfiado. – Ok, eu ia fazer mais do que isso, mas não vou conseguir dormir tranqüila se não organizar tudo, Cabeça de Alga, você sabe disso.

- Ok, mas eu vou supervisionar – ela estendeu a mão para pegar sua blusa, mas ele a tomou e jogou no chão. – E você tem que ir exatamente assim... ou com menos – ele lhe sorriu torto e Annabeth revirou os olhos, sabendo muito bem o que faria depois que arrumasse suas coisas.

Annabeth esperou Percy ficar de pé e o beijou, sentindo as mãos dele em sua cintura e puxando os cabelos de seu pescoço. Quando se separou dele, puxou sua mão até a sala de estar, pegando suas coisas todas e a bolsa. Percy a acompanhou até o quarto que usavam de escritório e viu Annabeth deixar suas coisas em cima da mesa, começando a separá-las. Viu como ela lia rapidamente as coisas e as colocava em lugares diferentes da mesa e da prateleira em cima dela. Quando terminou, Percy viu que restava apenas uma folha em cima de sua mesa e que Annabeth batia os dedos por cima dela, um pouco ansiosa. Ele olhou por cima do ombro dela e viu o começo de uma casa desenhada ali.

- Projeto novo?

- É sim – ela sorriu. – Mas nenhum cliente pediu por isso.

- Mas se ninguém pediu... – então ele viu alguns detalhes no desenho, rabiscos e anotações dos lados. – Projeto pessoal, loira? – ela sorriu envergonhada e Percy se abaixou para ver melhor.

- Comecei o desenho a algumas semanas atrás, quando ainda estava mais livre – ela respondeu. – Levei-o comigo o tempo todo desde então, mas a inspiração não veio.

- E está se sentindo inspirada agora? – ele disse perto de seu ouvido, beijando-lhe o pescoço e vendo Annabeth se arrepiar.

- Difícil não ficar inspirada depois de três rodadas, Jackson – ela virou o rosto e o beijou mais uma vez. – Será que eu...

- Vou buscar meu computador – ele beijou sua bochecha e ficou de pé. – Não é todo dia que nossa casa está sendo desenhada.

- E quem disse que eu vou deixar você morar nela?

- Meu nome na suíte principal já diz bastante sobre quem vai dormir ali – ele riu e foi até o quarto principal, pegando seu notebook e voltando para o escritório. Quando chegou lá, Annabeth já estava totalmente focada no desenho e Percy não a atrapalhou em momento algum, respondendo alguns emails do trabalho e preparando suas aulas da semana. Ele terminou e foi até a cozinha, esquentando algo pra comer e se sentando a bancada quando ficou pronto.

- Tem um pouquinho pra mim? – ele sentiu braços se fecharem em sua cintura e a maravilhosa voz da namorada no ouvido.

- Sempre, amor – ele se afastou da bancada e deixou que ela sentasse em uma de suas pernas. Os dois jantaram e Percy perguntou pelo desenho de Annabeth.

- Posso deixar pra terminar mais tarde.

- Sua onda de inspiração acabou? – ela riu, enxugando os pratos.

- Claro que não, Cabeça de Alga, mas eu anotei tudo por ali e posso terminar depois – ela secou as mãos. – Talvez depois de outra boa inspiração.

- Ficarei feliz em ajudá-la nisso – Percy puxou as pernas da namorada para cima. – Pronta pra ir, Chase?

- Espera – ela apontou para o pote de biscoitos azuis e pegou dois, colocando um na boca de Percy e o outro na própria, mastigando-o e o engolindo rapidamente. – Agora podemos ir – ele correu com ela pelo apartamento e Annabeth gargalhou, o que deixou Percy extremamente feliz. Ele a colocou delicadamente na cama e começou a fazer uma trilha de beijos por seu corpo, parando alguns minutos nos seios da garota e ouvindo seus suspiros baixos. Então ele desceu a última peça íntima dela e a estimulou, vendo seus músculos se contraírem e relaxarem em seguida, fazendo a trilha de beijos de volta até seu rosto.

- Amo você – ele disse, colocando os cabelos de Annabeth para o lado e sentindo a mão na namorada lhe acariciar o rosto.

- Amo você também, Cabeça de Alga – ele sorriu e terminou de se despir, encarando Annabeth alguns segundos antes de começar a entocar dentro dela, sentindo os braços da garota se fecharem ao redor dele. Annabeth ainda tirou forças de algum lugar de si e inverteu as posições, beijando Percy outra vez enquanto se ocupava dos movimentos por cima dele. Percy subiu as mãos para os seios dela e não demorou muito até que os dois chegassem a seus ápices, quase que simultaneamente. Sorriram um para o outro e Annabeth deitou por cima dele e ficaram assim alguns minutos, até que ouviram batidas na porta.

- Está esperando alguém? – Percy perguntou e viu ela negar com a cabeça, ficando de pé.

- Melhor colocar uma camiseta, Cabeça de Alga – ele olhou para trás e viu Annabeth sorrir cheia de segundas intenções. – De gola, se possível.

- Engraçadinha – ele sorriu falsamente e vestiu uma bermuda e, a contragosto, uma blusa com gola. Saiu do quarto enquanto Annabeth também se trocava e foi até a porta. – Quem é?

- Sou eu, Percy – ele ouviu a voz da mãe de Annabeth do outro lado e a destrancou.

- Oi, entrem – ele deu espaço para a mãe e os irmãos de Annabeth e os seguiu até a sala, dando um beijo em cada um. – Ta tudo bem?

- Esqueceram que vocês dois ficaram de tomar conta dos gêmeos hoje a noite?

- Não, claro que não, Atheninha. De onde tirou essa ideia?

- Lugar nenhum, querido, só confirmando.

- Podemos dormir na sala de novo, Percy? – Kaya perguntou.

- É claro que podem – eles comemoraram e voltaram para o lado de fora em busca de seus colchões.

- Annie melhorou?

- Melhorou sim – como se esperasse uma deixa, Annabeth entrou na sala naquela mesma hora, indo até a mãe e a abraçando.

- Quando vocês dois voltam? – ela perguntou.

- Amanhã de manhã, então já podemos vir buscá-los.

- Melhor vir depois do almoço, mãe, sabe que ninguém aqui acorda antes do meio dia aos finais de semana.

- Bem, já vou indo – Athena disse assim que as crianças entraram novamente no apartamento. – Obedeçam a sua irmã e Percy, vocês dois – ela deu um beijo em cada uma das crianças e nos outros dois. – Até amanhã.

Athena saiu e Percy e Annabeth se entreolharam, vendo os pequenos arrumarem suas camas em frente à televisão.

- Parece que não poderei lhe dar mais inspirações essa noite, Sabidinha – Percy sussurrou em seu ouvido, fazendo Annabeth sorrir.

- Não enquanto eles não dormirem, você quer dizer – ela olhou para o lado e piscou para o namorado, indo até o sofá e conversando com os irmãos mais novos. Olhou para o lado e viu Percy ainda meio confuso, o que a fez sorrir. Mesmo depois de tantos anos, ele ainda ficava abismado quando ela lhe mandava frases daquele tipo.

Perguntou aos pequenos – já não tão pequenos assim – se eles queriam comer alguma coisa e eles pediram pipoca, mostrando os filmes de terror que haviam trazido para assistir. Percy foi para a cozinha enquanto Annabeth colocava o filme para eles, vendo Jaime dizer que ia ao banheiro. Mas ele tomou a direção de seu quarto e Annabeth só teve tempo de inventar uma desculpa para o banheiro estar todo molhado e a banheira cheia pela metade.

- Kaya, sabia que o Percy dorme na banheira? – Jamie voltou dizendo e Percy ergueu a sobrancelha para Annabeth, que apenas fez um sinal para ele ficar quieto. – Percy, Annie disse para você ir secar a bagunça que fez no banheiro.

- Ah, claro – ele entregou a pipoca aos dois e passou por Annabeth. – Terá de receber um castigo mais tarde, Chase.

- Aceitarei calada, senhor Jackson – ela retrucou e se deitou no sofá, puxando o lençol que pegara sobre si.

Percy voltou pouco tempo depois, se deitando em cima de Annabeth e dizendo que o banheiro já estava limpo. Ela assentiu e o abraçou com um dos braços, puxando o lençol com o outro. Annabeth tomava susto mais rápido do que os irmãos, fazendo com que eles e Percy rissem dela.

- Por que raios vocês dois queriam ver esse filme? – ela perguntou quando o primeiro acabou.

- Tem mais três ainda.

- Ah, não, não sou obrigada – ela se desvencilhou de Percy e ficou de pé. – Boa noite pra quem fica.

- Boa noite, Annie – os dois disseram e Percy bocejou falsamente.

- Já to indo também. Desliguem a televisão quando forem dormir e comam alguma coisa do armário caso tenham fome, sem chegar perto do fogão ou do micro-ondas. Entendidos?

- Sim. Boa noite, Percy – ele seguiu a namorada para dentro do quarto e quase trombou contra a porta quando ela começou a beijá-lo freneticamente.

- Deuses, o que aconteceu com você? – ele riu, erguendo os braços e deixando que Annabeth tirasse sua camiseta.

- Eu não tinha percebido o quanto senti sua falta essa semana – ela voltou a beijá-lo e Percy trancou a porta silenciosamente.

- Ah, não foi a única – Percy empurrou a namorada em direção a cama. – Mas vai ter que se manter em silêncio, amor, seus irmãos ficariam traumatizados com o que planejo fazer com você.

- Lhe digo o mesmo, Jackson – ela os virou rapidamente e sentou no colo do namorado. – Minha vez de começar.

*****************************************************************************

*Percy

Acordei antes de Annabeth no dia seguinte, me desvencilhando dela e a deixando dormir mais. A cobri totalmente e sai do quarto depois de me vestir, vendo que Kaya e Jamie já estavam acordados. Perguntei se eles estavam com fome e, assim que os dois disseram que já haviam comido, ouvi alguém bater na porta. Deixei Athena entrar e ajudar as crianças a arrumarem suas coisas, me despedindo dos três e indo até o escritório. Observei os projetos de Annabeth, vendo que ela não tinha tantos quanto imaginava e observei um em especial, um que continha meu nome.

 Era o desenho de uma casa um tanto quanto grande, com três quartos, um escritório bem maior e sala de estar e jantar tão grandes quanto. Observei as anotações que Annabeth fizera no gramado frontal como “fazer um caminho bem gracinha com flores” e nos fundos também, ao redor da piscina “colocar cadeiras e uma área para churrasco pra chamar os amigos todos. P.S.: lembre-se da segurança para as crianças”. Havia ainda uma área a mais ao lado da casa escrito “pequeno sonho de consumo de Annabeth”, que eu suspeitei ser seu próprio escritório, que ela tanto sonhava em ter. Sorri distraído, observando os planos dela para o futuro, nem percebendo quando ela entrou no escritório, se cobrindo com o lençol da cama apenas.

- Você é incrível – eu disse assim que a senti beijar minha bochecha.

- E você é um curioso – girei a cadeira até estar de frente para ela. – Não era pra ter visto antes de pronto, Cabeça de Alga.

- Mas eu já adorei mesmo assim – puxei sua cintura e a beijei demoradamente, sentindo suas mãos ao meu redor e o lençol cobrir a nós dois.

- Quando minha mãe veio aqui?

- Agora a pouco, mas achei melhor deixá-la dormindo. Ficou acordada até tarde ontem, não ficou?

- Precisava ajeitar algumas coisas em alguns desenhos – ela apontou para os outros projetos. – A boa notícia é que tenho o dia livre – ela sorriu e voltou a se cobrir.

- E quer fazer o que? – ela olhou ao redor, procurando algo pelo escritório. Então ela parou os olhos em minha câmera nova, que havia comprado meses antes e mal havia usado. – Claro, como não desconfiei?

- Será que ainda sabemos fazer?

- Com você como modelo? Claro que sim.

- Nunca vai parar de me deixar assim, vai? – ela murmurou e eu vi suas bochechas novamente vermelhas. Deuses, eu nunca ficaria cansado daquela cena.

- Nunca – observei o desenho de novo. – Quer me explicar isso aqui?

- Claro que quero – ela deixou a câmera de lado e se sentou em meu colo, me explicando a maioria de seus desenhos e as anotações ao lado deles. Apontou para os lugares marcados e explicou como queria cada móvel, cada detalhe de cada um deles e como esses detalhes eram ligados a nós dois de uma maneira geral. Me perdi em pensamentos enquanto ela fazia isso.

- Você vai ter que me ajudar a escolher mais algumas coisas, como a cor dos quartos – ela disse, se virando para mim. – Dos outros quartos, na verdade, já que a do quarto principal já está escolhida.

- E qual seria? – ela ergueu uma sobrancelha, como se a resposta fosse óbvia.

- Azul, Cabeça de Alga – é claro que era a resposta óbvia, mas eu não daria esse gostinho a ela.

- É claro, tava zoando você – ela riu, revirando os olhos, e eu tinha certeza de que ela sabia que eu não estava brincando. – O que acontece se tiver uma quinta pessoa pra morar nessa casa, Annie?

- O que quer dizer com isso?

- Se precisarmos de outro quarto para uma terceira pessoa a mais – ela olhou para o desenho.

- Bem – ela pareceu pensar, voltando a olhar pra mim. – Os quartos são grandes, Cabeça de Alga, tenho certeza de que as crianças podem... – ela arregalou os olhos e os desviou para o desenho de novo. – Eu... Quero dizer...

- Mal acabamos de acordar e já está pensando em fazer filhos comigo, Chase?

- Não foi que eu...

- Ei – segurei sua mão, vendo que ela estava começando a ficar nervosa de verdade. – Você não é a única que pensa nisso, ok? Eu não me incomodaria nada de ter uma mini Annabeth ou duas a mais no mundo – ela sorriu ainda envergonhada, e se encostou mais em mim. Passei os braços ao seu redor e senti um beijo ser depositado em minha cabeça.

- Toda vez que penso algo desse tipo entro num estado de pânico, se quer saber, mas eu gosto disso – dei uma risada fraca, sentindo-a se afastar um pouco. – Lembra do último ano?

- Como esquecer? – respondi, segurando uma de suas mãos e levando-a aos lábios. – Embora estivesse surtando só com a possibilidade daquilo ser verdade, a ideia parecia boa demais pra ficar triste.

- Eu sei, estava na mesma – ela parou de sorrir, me encarando com o olhar “estou tendo fluxos de pensamento, Percy, se prepare”. – Acha que estamos prontos pra isso?

- Não sei, Sabidinha. Será que dá pra saber se estamos preparados?

- Acho que não.

- Eu acho que deveríamos esperar um pouco mais.

- Motivos?

- Bem, primeiro nós deveríamos tentar trazer isso aqui pra realidade – apontei para seu desenho, vendo ela o observar novamente sonhadora. – E você ainda quer abrir seu próprio escritório, não quer?

- Quero sim – ela sorriu. – Seria bem menos estressante do que trabalhar naquela empresa.

- E você poderia montar os próprios horários e ainda ficar perto de casa.

- Tem razão – ela voltou a me encarar, os olhos brilhando muitas vezes mais. – Vou tentar encaixar isso aqui em nosso orçamento pra que possamos começar o quanto antes. Adoro nosso apartamento, Percy, mas a política de silêncio daqui me irrita muito.

- A mim também, pode acreditar – ela me beijou de novo e ficou de pé. – Quer comer alguma coisa especial? – ela olhou pra cima alguns segundos e depois voltou os olhos para mim, com aquele sorrisinho torto maravilhoso que só ela tinha. – Deuses, Annabeth, você é tão pervertida – ela começou a rir, fazendo cara de inocente depois.

- Eu nem disse nada.

- Nem precisou – fiquei de pé em frente a ela.

- Eu estava pensando em panquecas especiais, se você quer saber, mas a sua ideia é muito mais interessante – ela respondeu, ficando na ponta dos pés e me beijando de novo.

- Irei fazer suas panquecas, senhorita Chase – murmurei e me separei dela. – Então depois podemos aproveitar a ideia suja que você fez passar pela minha cabeça.

- Por mim está ótimo. Vou me trocar – ela se virou e saiu dali ainda se cobrindo com o lençol, o que não me impediu em nada de observá-la nua por baixo dele (lençóis e suas incríveis capacidades de transparência).

Passamos o restante do dia trancados em casa, revezando entre a cama, a copa e o sofá, variando entre as “atividades” que realizávamos. Annabeth nem se lembrava mais dos desenhos que tinha de terminar e adormeceu cedo naquela noite, deitada sobre mim no sofá. Ajeitei-a melhor em meus braços e, depois que o programa acabou, desliguei a TV e fiquei de pé, levando-a no colo até o quarto. Ela murmurou algo enquanto dormia e abraçou meu pescoço. Coloquei-a na cama e puxei a camiseta pela cabeça, vendo Annabeth me observar com os olhos pouco abertos e bastante pesados de sono. Me deitei ao lado dela e a envolvi num abraço apertado, sentindo suas mãos se fecharem em minha cintura rapidamente e se depositarem em meu peito. Puxei-a para mais perto e senti suas mãos brincarem por minha pele por alguns minutos até que ela dormiu. Depois de pensar por mais alguns minutos em todas as revelações que Annabeth e eu havíamos feito horas antes, calculando mentalmente quantas aulas extras teria de dar pra juntar dinheiro suficiente para aquela casa e para um possível casamento que eu já estava começando a pensar bem seriamente sobre.


Notas Finais


Eu amo muito esse capítulo e espero que vocês também o amem.
Beijinhos.
- A


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