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História City of Angels - I am home - Ohana


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


Eu sei, eu seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei que, segundo a votação, era pra eu postar os dois capítulos juntos, mas eu não vou ter estruturas psicológicas pra postar os dois juntos e tenho prova de desenho domingo que vem (PASSEI NA PRIMEIRA FASE DA UNESP, CARALHO), então não posso prometer nada, lindos, por isso vou postar (e porque esse é um capítulo MUITO AMORZINHO E EU AMO ELE).
*Divirtam-se*

Capítulo 5 - Ohana


- Percy, eu não pedi pra você ir atrás de alguém pra consertar aquela pia do banheiro? – Annabeth entrou e viu Percy na escrivaninha do quarto, usando os óculos e pesquisando algo.

- Não tive tempo, Annie, não tem como ir atrás disso? – ela respirou fundo.

- Você quer que eu faça isso enquanto tento trabalhar, troco fraldas, amamento ou faço Poseidon parar de chorar? – ela cruzou os braços. – Você tem o final de semana livre e ficou nesse computador o tempo todo.

- Tenho que terminar de preparar as aulas da semana que vem. As horas extras...

- Percy, meia hora resolveria isso! – ela gritou. – Meia hora faria aquela goteira infernal parar e deixaria o bebê dormir!

- E agora é minha culpa que ele não consegue dormir por causa de uma goteira?

- Você poderia resolver isso, mas prefere colocar o trabalho na frente do seu filho.

- Annabeth...

- Quer saber? Cuide do seu trabalho. Eu cuido do nosso bebê – ela se virou.

- Agora eu não sou um bom pai? – Percy ficou de pé, fechando o notebook.

- Eu não estou dizendo isso – ela respondeu, voltando a ficar de frente para ele.

- Mas está insinuando. Sabe que eu faço o possível pra ficar em casa...

- Só isso não é suficiente, Percy! Trabalho, horas extras, as idas ao museu... Tudo isso tira você por mais de doze horas de casa!

- E você quer que eu faça o que? Me demita? Desista das horas extras e das excursões e perca o emprego?

- Quero que você passe mais tempo aqui! Comigo, com Don, com sua família... – ela perdeu o ar, sentindo os olhos arderem.

- Annabeth, você sabe que eu estou fazendo isso por ele...

- E não passa tempo nenhum por perto.

- Eu só quero garantir que meu filho tenha tudo o que quiser! Todas as oportunidades, todas as coisas que eu não tive quando criança!

- Não vai ser longe dele que vai fazer isso! – ela voltou a gritar e então eles ouviram um ruído e olharam ao mesmo tempo para o criado mudo, ouvindo um chorinho de bebê ao fundo. Eles se encararam e correram para o quarto no fim do corredor. Annabeth foi até o berço e pegou o filho no colo, vendo Percy colocar a mão na testa dele e fazer uma cara estranha.

- Annie, ele tá muito quente – ele disse e se inclinou um pouco, voltando a por a mão no rosto do filho e sentindo seu coração doer a cada chorinho que ele dava.

- Ligue o umidificador e pegue o termômetro no quarto, terceira gaveta da cômoda – Percy assentiu e saiu dali, voltando no mesmo instante e vendo Annabeth ninar o pequeno. Ele abriu a roupinha do filho e colocou o termômetro embaixo do braço dele, olhando para Annabeth.

- O que fazemos agora? – ela entregou o bebê e o celular para Percy.

- Ligue pro meu pai, ele sempre sabia o que fazer quando eu ficava doente – ele assentiu e pegou seu celular, ligando para Frederick e conversando rapidamente com ele enquanto Annabeth ia para o banheiro ao lado do quarto do bebê.

- É, ele está com febre sim, trinta e oito e meio – Annabeth voltou e ficou em frente a ele, voltando a pegar o filho. – Sim, já ligamos o umidificador e ele está vestido normalmente – ele viu Annabeth voltar a balançar o pequeno. – Banho? – ele viu a esposa assentir. – É, Annabeth já colocou a banheira pra encher. Só isso? Ok, nós ligamos de volta. Obrigado, Frederick.

- E então?

- Ele disse que já fizemos tudo que pode ser feito antes de ir ao médico – Percy deixou o celular de lado. – Se depois do banho a temperatura dele não baixar, melhor levarmos ele ao pediatra.

- Ok, eu vou levá-lo até o banheiro e você pode deixar uma bolsa pronta caso precisemos sair.

- Tudo bem – Percy disse e beijou a bochecha do filho, segurando os braços de Annabeth gentilmente. – Vai ficar tudo bem – ele disse e a loira assentiu, sem conseguir ficar muito calma. Ela foi até o banheiro conversando com o filho baixinho, sentindo a temperatura da água antes de coloca-lo ali.

- Vai ficar tudo bem, meu amor – ela disse, colocando o filho sentado na banheira e vendo-o sorrir e bater as mãozinhas. – A mamãe e o papai vão cuidar de você, Don.

O pequeno continuou brincando e Annabeth ficou sentada, jogando água nas costas do filho, vendo Percy entrar no banheiro e se sentar no vaso a seu lado. Ele pegou a toalha de Poseidon e a estendeu enquanto Annabeth tirava o bebê da água e o entregava para o marido, vendo Percy embrulhar o pequeno e voltar para o quarto.

Ela observou enquanto Percy secava e trocava o bebê, vendo o filho rir quando Percy começou a fazer cócegas em sua barriga.

- A temperatura dele parece estar abaixando – Percy disse e se virou para Annabeth.

- Ele precisa ficar hidratado pra perder calor – ela pegou o filho no colo. – Eu vou amamenta-lo, pode ir tomar banho.

- Pode ir primeiro, Annie, eu fico com ele.

- Percy...

- Anda, ele comeu há pouco tempo, melhor esperar mais um pouco – ela assentiu e saiu depois de olhar uma última vez para o filho, indo para o próprio banheiro. Ela tomou seu banho o mais lentamente possível, colocando seus pijamas e voltando para o quarto do bebê. Viu Percy sentado na cadeira de balanço enquanto ninava Poseidon, mas esse não dormia de jeito nenhum, diferente do pai. Annabeth sorriu vendo os dois, cópias idênticas em quase todos os aspectos. Desde os cabelos negros até o sorriso encantador, Poseidon Jackson havia herdado muito mais que o nome de seu avô, já que o próprio Percy era extremamente parecido com o pai. Os olhos verdes eram, se possíveis, ainda mais brilhantes e o amor pela água também era visível, já que ele nunca ficava tão feliz quanto na hora do banho. Annabeth era muito agradecida por aquela criança em suas vidas e, mesmo que não houvessem planejado ter um filho logo depois de se casarem, ela não pensava em nada que pudesse ser melhor.

Andou até os dois e se ajoelhou para pegar o bebê no colo, vendo Percy se assustar um pouco e acordar.

- Pode ir tomar banho, Cabeça de Alga – ela disse calmamente, vendo Percy coçar os olhos, ainda muito sonolento.

- Como ele está?

- Mais normal impossível – ela sorriu e viu Percy retribuir, seguindo-o até o próprio quarto. Ela se sentou na cama e recostou na cabeceira, amamentando o pequeno enquanto ele brincava com seus dedos. Ela viu Percy sair do banheiro e ir até o computador, olhando para ela antes de pegá-lo.

- Eu só vou terminar um negócio e...

- Tudo bem, Percy – ela disse calma e o moreno a observou enquanto ela amamentava o filho. Ele não queria sair dali, queria ficar ao lado dela e ver aquela cena eternamente, mas tinha suas responsabilidades e quanto mais cedo terminasse, mais cedo voltaria. Annabeth desviou a atenção de Poseidon enquanto pensava nas duras palavras que tinha dito a Percy. Ela sabia que só havia dito aquilo por estar extremamente cansada e não dormir direito há dois dias por causa da rotina “arquitetura + mãe de primeira viagem”, já que ela se negara a ficar sem trabalhar depois do quinto mês de Poseidon (Percy, Sally e seus pais haviam lhe proibido de pensar em voltar a desenhar antes disso, já que sua cirurgia havia sido bastante delicada). Agora, Poseidon já estava com quase sete meses e ela havia gostado de voltar a projetar, mas não podia negar o quão cansativo era. Então alguns problemas surgiram na casa e o bebê estava chorando cada vez mais e ela não sabia o que fazer, tinha medo de falhar e seu filho sofrer com isso. Sabia que Percy também estava com aquela rotina difícil em tentar conciliar tudo, mas no último mês, ele havia tomado mais responsabilidades no trabalho, quase não passando tempo com o filho e muito menos com ela. Ela sabia que parte daquilo era carência, mas também via que ele não estava feliz daquele jeito e preferia Percy desempregado do que alheio a própria família.

Ele demorou menos de uma hora para terminar as coisas no computador e voltou para o quarto, vendo Annabeth e Poseidon dormindo juntos. Annabeth havia feito uma barreira de travesseiros numa das beiradas da cama e Poseidon se encolhia junto dela mais ao centro, não parecendo interessado em sair de perto da mãe. Ele sorriu vendo a cena, a sintonia que parecia fluir entre os dois. Pensava que ele e Annabeth eram os seres mais conectados do mundo, mas depois de ver ela com o bebê, sabia que era uma relação tripla agora. Mesmo que ele se sentisse um pouco excluído dela no momento.

Ele não podia negar, as coisas que Annabeth lhe dissera eram verdade. Passava o dia fora e quando chegava, ou estava no escritório ou dormindo, o que não lhe deixava feliz. Ele sabia que precisava dar um jeito naquela rotina, não estava bem daquele jeito, nem Annabeth estava. Sentia falta dela, de passar uma tarde junto, abraça-la, beija-la, ou ao menos observa-la fazendo qualquer coisa, mas nem para isso estava tendo tempo. Lembrava-se de quando ficava horas observando-a desenhar, tentar fazer um bolo e até mesmo ficar vendo um filme. Depois que o bebê nasceu, seu maior prazer na vida era vê-la com o pequeno, amamentando-o, fazendo-o dormir e cantando para ele enquanto o trocava. Ele nunca havia visto Annabeth como mãe (nem no quase acidente na Califórnia), mas quando ele soube que ela estava grávida, não imaginou pessoa melhor ou mais perfeita para carregar e ajudar a cuidar de um filho seu. Mas no último mês, quando ele teve de começar a fazer as horas extras e as excursões semanais para o museu, as coisas pareceram desandar tudo ao mesmo tempo.

Ainda pensando nisso, colocou um colchão ao lado da cama e se deitou ali, determinado em tomar atitudes no dia seguinte para que aquilo não se repetisse. Decidiu que não iria mais perder tanto tempo no trabalho sendo que podia passa-lo com seu filho e sua esposa. Sabia que não seria fácil, mas pensou num jeito de começar tudo aquilo e, rindo ao pensar na expressão de Annabeth quando sugerisse tal coisa, adormeceu.

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A nova senhora Jackson (que não gostava muito do pronome senhora) acordou assustada no dia seguinte. Não por causa do filho, longe disso, o pequeno estava ali do seu lado, com a temperatura do corpo normal, acordado, brincando com os próprios pés e chamando-a com a mãozinha quando viu que ela acordou, mas sim por não sentir o calor humano que sentia todas as noites. Se sentou rapidamente, pronta para correr até a sala e ver se o marido havia adormecido no sofá, mas respirou satisfeita quando o viu deitado num colchão ao lado da cama.

Ela pegou o bebê no colo e o levou de volta para seu próprio quarto, dando-lhe de mamar rapidamente e deixando-o dormir mais. Voltou para a suíte do casal que ela mesma projetara e, ao observar o rosto de Percy, ficou com pena demais para acorda-lo de seu sono. Então Annabeth se deitou ao lado dele, por cima de seu braço estendido e fechou os olhos, não tendo de esperar dois segundos para sentir os braços dele a seu redor. Ele a puxou para cima e Annabeth se ajeitou sobre o peito dele, respirando fundo e por fim, voltando a dormir.

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Depois de acordarem de verdade (na cama de casal, já que Percy os levara de volta para lá) e saírem do quarto sem conversar muito, Annabeth e Percy se sentaram à mesa e, enquanto comiam, conversavam sobre a noite anterior. Annabeth disse que Poseidon estava bem e viu Percy relaxar, já pedindo desculpas por ter sido tão dura com ele. O moreno segurou sua mão e também se desculpou, tanto pelos gritos quanto por não passar mais tanto tempo em casa.

- Eu sei que não é sua culpa, Percy, mas já é bem difícil com você aqui. Com você metade do tempo no trabalho...

- Sinto muito por isso, Annie – ele disse, colocando as duas mãos sobre as dela. – Eu vou ver o que posso fazer sobre isso, prometo.

- Tudo bem – ela voltou a sorrir.

- E eu tenho uma proposta pra fazer – Percy sorriu e Annabeth já conhecia aquele sorriso a tempo demais para saber que havia algo por trás dele. – O que acha da família Jackson fazer sua primeira viagem?

- Viagem? – ela ergueu uma sobrancelha. – Percy, Don não consegue nem ficar em pé ainda.

- Mas ele já sabe engatinhar, segurar as coisas e tem dois dentinhos nascendo – ele respondeu. – Eu acho isso suficiente pra fazer uma viagem pelo Brasil.

- E qual praia você sugere? – ela cruzou os braços em cima da mesa, esperando.

- Já está cansada de praias, né? – ele se aproximou, deixando o rosto a centímetros do dela.

- Nem um pouco, Cabeça de Alga – Annabeth respondeu, sorrindo. – Mas seria bom variar um pouco.

- Eu nem estava pensando numa praia dessa vez, ok? Achei que podíamos ir pra um hotel fazenda passar o próximo feriado.

- Só quatro dias? – Annabeth fez um bico.

- Enquanto eu não resolver as coisas no trabalho, é o máximo que posso oferecer, amor – ele ergueu a mão até o rosto dela. – O que me diz, Sabidinha?

- Que serão os melhores quatro dias que nós três vamos ter juntos – ela respondeu e se inclinou sobre a mesa, beijando Percy e rindo ao escutar burburinhos ao fundo. – E como sempre, o alarme interno do rei dos mares não falha.

- Busca ele que eu vou lavar isso aqui e eu prometo que vamos passar o dia inteiro juntos – Percy viu o sorriso de Annabeth crescer ainda mais enquanto ela ficava de pé e o ajudava a tirar as coisas da mesa. Ela estava pronta para sair dali, mas Percy a puxou de volta e beijou-a por longos segundos, sentindo aquela coisa que nenhum dos dois sabia o que era voltar a derreter dentro de si. Annabeth não demorou muito a voltar e deixou Poseidon no chão a sua frente enquanto secava a louça, vendo o pequeno fazer gracinha com um dos brinquedos, tentando chamar a atenção deles.

Quando Percy terminou, pegou o pequeno no colo e correu para a sala, deixando uma Annabeth sorridente para trás. Ela viu os dois brincando no chão e se sentou no sofá, pegando seu celular e ligando a TV.

- A ideia era nós três sem nenhum aparelho eletrônico, amorzinho – ela desviou a atenção para Percy, vendo-o brincar de aviãozinho com Poseidon. Suas preocupações incluíam um galo na cabeça do filho e um dentinho quebrado, no mínimo.

- Acontece que eu já estou dando um jeito na nossa viagem, meu amor, porque o feriado já é daqui a dez dias, no máximo.

- Dez dias? – Percy se surpreendeu, voltando a se sentar. – Será que ele consegue andar até lá? – ele segurou o bebê em pé e começou a balança-lo, o que fez Annabeth revirar os olhos.

- Percy, nem que ele fosse a criança mais bem desenvolvida do mundo, ele conseguiria andar com sete meses – ela deixou o celular de lado, se sentando ao lado dele. – Mas pra quem demorou quase seis pra não ser mais um saco de batata, ele já está ótimo – ela disse isso com aquela voz de bebê e Percy revirou os olhos.

- Não fale do meu filho assim, Chase. Ele não é um saco de batata.

- Mas parecia um – ela sorriu para ele e fez cócegas no pescoço do pequeno. – Um maravilhoso e adorável saco de batatas – ela suspirou e se virou para ele. – Obrigada por passar sua genética fofa para meu filho, Percy Jackson.

- Obrigado por ser a mãe mais fofa para meu filho, Annabeth Jackson – ela sorriu e se inclinou sobre ele, beijando-o até sentir uma mão em sua bochecha, voltando a brincar com o pequeno. Os três continuaram ali e Percy se lembrou do motivo da briga ter começado, ligando para o encanador e ouvindo que ele apareceria dali a pouco para resolver o problema.

- E pensar que uma ligação teria evitado aquela briga – Annabeth disse enquanto observava Poseidon brincar com seus blocos de montar, presente dos avós, e abraçava Percy.

- Acho que nós precisamos brigar às vezes, pra tirar o estresse acumulado – ele olhou pra baixo. – E pra termos um maravilhoso sexo de reconciliação depois – ela riu e olhou novamente para o filho, sentindo Percy beijar sua bochecha.

- É, parece que a quebra de tensão deixa tudo mais divertido – ela respondeu, vendo Poseidon vir na direção deles. – Eu vou dar banho nele e você pode pedir alguma coisa pra gente comer. Então você pode cansar esse bebê até ele apagar de sono, depois a noite é nossa – ela sorriu para Percy e o beijou por alguns segundos, segurando as mãozinhas do filho enquanto ele tentava andar pela casa. Percy observou os dois ainda sorrindo e discou o primeiro número que lhe veio a mente, pedindo uma pizza para eles. Foi até o banheiro do meio, mas não viu os dois lá, então sabia que encontraria Annabeth na banheira brincando com o filho.

Percy parou na porta alguns segundos, observando os dois, então Annabeth o viu e indicou a outra beirada da banheira para ele. Percy se despiu, vendo Annabeth encara-lo um pouco demais e entrou na banheira, pegando o filho no colo e vendo a esposa sorrir enquanto os dois brincavam. Poseidon então começou a se distrair com um patinho que flutuava e Percy ergueu os olhos para Annabeth, se perguntando como era possível ela ficar cada dia mais bonita e radiante, mesmo que com algumas olheiras embaixo dos olhos pelas noites mal dormidas. Ele observou enquanto ela ficava ao lado dele e colocou seu braço livre ao redor dela, sentindo-a deitar a cabeça em seu ombro e respirar fundo.

- Obrigada – ela disse, segurando uma das mãozinhas de Poseidon.

- Eu que agradeço – Percy respondeu, beijando a cabeça dela. – Amo você, Annie.

- Amo você – ela retribuiu e beijou Percy mais uma vez, sendo interrompida pela campainha dessa vez. – Eu atendo – ela disse e saiu da banheira, sentindo o olhar de Percy sobre si enquanto colocava o roupão. – Não se esqueça de secar atrás da orelhinha dele.

- Sim, senhora – ele respondeu e olhou para o filho. – Ouviu bem, né? Nada de água atrás da orelha, garotão.

Annabeth pagou o entregador e deixou a caixa de pizza na sala, indo para seu próprio quarto e encontrando Percy com uma toalha na cintura e o filho já vestido rindo enquanto Percy batia no colchão e o fazia pular.

- É claro que não existem chances de isso dar errado, Perseu, é claro que não – ela disse, vendo-o dar de ombros e se deitar ao lado do bebê, erguendo-o no ar em seguida.

- É como a dona Sally sempre disse: se cair, do chão não passa.

- Acho que ela tinha que se conformar com essa ideia, já que você e Thalia quase se matavam sempre que brincavam juntos.

- Talvez, mas estamos aqui e eu vou garantir que meu filho crie resistência contra possíveis choques – Annabeth revirou os olhos e terminou de vestir seu pijama.

- Só tente não quebrar nenhum bracinho dele que eu já agradeço muito – ela pegou o filho no colo. – Anda logo, estou morrendo de fome.

Depois de mais alguns minutos, já estavam jantando e depois em frente à TV novamente. Percy brincava com o filho enquanto Annabeth acertava os detalhes da viagem.

- Ok, então daqui a exatos nove dias nós estaremos saindo do estado e indo pra um hotel fazenda maravilhoso – ela disse, deixando o computador de lado. – Vai fazer sua primeira viagem pelo Brasil, meu amor – ela disse para o filho e o viu sorrir, mesmo que não estivesse entendendo nada.

Então o pequeno começou a bocejar e Percy o pegou do chão.

- É, parece que alguém não vai aguentar ficar e ver um filme com a mamãe e o papai, mas que pena – ele disse irônico e Poseidon riu, apertando os dedos de Percy.

- Que maldade sua falar isso pro meu bebê – Annabeth disse e ficou de pé, estendendo os braços e pegando o filho no colo. – Meus pais estão perguntando como ele está – ela disse e mudou o bebê de braço. – Ah, e não fale da viagem, sabe que eles vão ficar doidos com a ideia ir com Poseidon pra uma fazenda.

- Melhor nem comentar com a dona Sally também, ou ela já vai encher nossa casa de remédios antialérgicos e curativos de bichinho.

- Um dia antes de sairmos, nós avisamos e dizemos que nem nos lembrávamos disso.

- Você é terrível, Chase.

- Aprendi com o melhor – ela disse antes de sair da sala. Percy ligou para a casa dos Chase e a sogra o atendeu, então ele disse que Poseidon estava bem e que a febre havia passado ainda na noite anterior. Desejou boa noite a ela e desligou, indo até o quarto do filho e vendo Annabeth nina-lo novamente, enquanto cantava uma música qualquer. Ele a abraçou por trás e beijou seu ombro, vendo-a sorrir enquanto cantava. Então ela parou e beijou a cabeça do pequeno, colocando-o no berço. – Amamos você, Don.

Percy a puxou para fora dali e fechou a porta do quarto do filho, indo abraçado a Annabeth até o outro quarto, fechando a porta deles enquanto ela se deitava. Ligou a babá eletrônica e se deitou ao lado da loira, passando a mão por seu rosto.

- Eu amo você, sabia? – ele disse, vendo Annabeth sorrir e se aproximar dele.

- É, sabia sim.

- Sabia também que é a mulher mais linda, inteligente e forte que eu conheço?

- Talvez – ela deu de ombros e ergueu sua própria mão até o rosto dele. – Também é o homem mais lindo, inteligente e forte que eu conheço.

- Talvez eu discorde um pouco no inteligente, já que você...

- Não é uma competição, Percy – ela o cortou. – Eu sempre tive tempo e todas as condições favoráveis para estudar, enquanto você sempre teve de ajudar sua mãe e mesmo assim conseguiu a mesma bolsa de estudos que eu. Faz ideia do quanto eu o admirei por isso?

- Na verdade, eu não fazia – ela o beijou superficialmente.

- Mas eu o admirei. Pela responsabilidade que assumia para ajudar sua mãe, sua personalidade, sua dedicação... Depois que eu descobri esse lado todo em você...

- E que nós paramos de agir como duas portas que andam – ela riu, o que fez Percy se sentir muito agradecido.

- Depois de tudo isso, eu sabia que algo de especial estava acontecendo e... Bom, veja onde estamos agora.

- Numa casa que você desenhou, casados e com o bebê mais lindo do mundo no fim do corredor – ele respondeu. – É, ainda bem que eu parei de ser uma porta.

- Ainda bem mesmo.

- Ah, a senhorita vai começar? – ele ficou por cima dela.

- Começar o que? Você era mesmo uma porta e às vezes tem algumas recaídas, não tente negar.

- Eu vou te mostrar o que é recaída – ele disse e se inclinou para beija-la, ouvindo Annabeth rir antes de retribuir.

E não teve choro de nenhum rei dos mares aquela noite, parecia até que ele sabia que os pais precisavam de uma folga para se reconciliarem e aproveitarem a vida de casados por mais algum tempo. A boa notícia é que, na semana seguinte, Percy havia conseguido parar de vez com as horas extras na faculdade, teria de ir às excursões duas vezes ao mês apenas e, embora ainda não soubesse, iria receber uma proposta de outra faculdade onde só trabalharia meio período, o que, depois da viagem, foi a melhor coisa que poderiam desejar. 


Notas Finais


Lindezas, to com pressa porque tenho que sair daqui a pouco, por isso não revisei. Me avisem caso tenha algum erro muito grotesco (embora eu já tenha relido esse capítulo mil vezes).
Enfim, volto semana que vem, se os deuses quiserem.
Beijinhos.
- A


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