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História City Of Roses - Capitulo 3


Escrita por: stilinskidrauhl

Notas do Autor


Capitulo atrasado mas enfim postado.
Boa leitura.

Capítulo 4 - Capitulo 3


Roseli Honorem

Acordei assustada e meu travesseiro estava encharcado por conta do suor. Parte de mim já estava acostumada com isso mas um sonho sempre era algo que me afetava, pois eu sabia que se não descobrisse o que ele estava querendo me dizer, eu poderia estar em perigo. Na maioria das vezes os sonhos são bem normais e só me evitam de fazer certas burrices. Um sonho não te diz exatamente o que vai acontecer, ele te mostra coisas como imagens ou situações e faz com que você pense sobre como as coisas podem estar ligadas. Eles mexem com as suas sinapses cerebrais, afetam seu cérebro e fazem com que você veja coisas que ainda nem aconteceram. Pode parecer legal mas acredite, eu não escolhi isso, até por que, quem gostaria de ficar paranóico por um sonho?

Levantei da cama e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, me troquei e desci trancando a porta do meu quarto. Assim que cheguei no andar de baixo Logan já estava acordado e fazia o café. Ele usava um terninho marrom apertado e uma gravata ridícula.

– Você está vestido como um menino virgem de igreja. – disse caçoando e jogando minha bolsa sobre a bancada da cozinha.

– Pode zombar, você não vai ficar tão animada quando souber o porquê de eu estar usando isso. – ele disse sorrindo em minha direção e eu fiz uma cara fingida de preocupação.

– Não estou animada, só estou tirando proveito da situação. – o olhei mais uma vez. – Que por acaso é bem engraçada.

– Saiba que só estou usando isso. – ele deu uma voltinha. - Pois tenho uma entrevista de emprego num lugar bem especial.

– Só sei que quando você diz “especial”, está preste a ferrar com a minha vida.

– Como você adivinhou que meu passa tempo preferido é ferrar com a sua vida? – ele disse rindo e saindo de casa. Enquanto pegava a bolsa em cima da bancada pude escutar o barulho de sua moto partindo. Com certeza isso acordaria alguns vizinhos.

Peguei as chaves da caminhonete e fui em direção a porta. Assim que sai de casa vi Justin, o vizinho estranho, indo em direção ao seu carro, ele viu que eu olhava e fez um aceno, eu virei de costas e comecei a andar em direção ao meu carro, resolvi dar uma olhada para ver se ele tinha percebido que eu não estava afim de falar com ele e talvez tenha ido embora. Péssima ideia, ele começou a correr na minha direção e gritar meu nome.

– EI ROSE! ESPERE! – eu parei onde estava e me virei lentamente com um sorriso forçado no rosto.

– Oi Justin, você por aqui? Mais que surpresa. – disse coçando a cabeça enquanto pensava no que falar.

– Surpresa? Mas, eu moro aqui. – ele disse meio confuso. Eu parei um tempo e pensei na merda que acabei de dizer.

– Mas é claro que mora, que bobeira a minha. – ri meio desconfortável mas ele pareceu deixar isso de lado.

– Pensei que talvez você queira uma carona, já que não deve saber como chegar na faculdade.

– GPS! – falei tentando encerrar o assunto o mais rápido possível. – Tenho um ótimo GPS. – falei batendo na lataria da caminhonete.

– Esses GPS’s nunca costumam funcionar muito bem. – disse insistindo.

– O que? O meu é novinho acabei de comprar. – disse indo até o carro e apertando o botão “ligar”, mas logo percebendo que ele não estava funcionando. Como isso é possivel? Ele era realmente novo. – Mais que merda!

Sentei no banco do carro deixando a porta aberta e batendo a cabeça do volante.

– POR QUE? POR QUE LOGO HOJE? – falei em voz alta enquanto ainda batia a cabeça no volante.

– A carona ainda está de pé. – Levantei a cabeça e pude ver Justin apoiado na porta do carro.

Eu realmente não conhecia Portland e não sabia onde ficava a faculdade. Eu estava ficando cada vez mais atrasada não daria nem tempo de me perder no caminho.

– Ok. Uma carona. – disse saindo e batendo a porta da caminhonete, indo na direção do seu carro. Ouvi o barulho que destrancava o mesmo e abri a porta, logo entrando sem mesmo esperar Justin, que entrou logo depois dando partida no carro.

Fomos o caminho todo num silencio extremamente constrangedor, tirando as vezes em que Justin tentava fazes perguntas sobre mim que nem eu mesma sabia responder, e para o meu gosto, ele estava querendo saber de mais da minha vida. Não é que eu não queira fazer amigos, é simplesmente por que vai chegar uma hora em que eu sei que vou ter que deixar todos para trás, por que Logan vai nos fazer mudar de novo e de novo.

A escola já podia ser vista de longe, haviam adolescentes espalhados pelo estacionamento, alguns corriam para não se atrasar e outros apenas estavam encostados em seus carros conversando. Justin estacionou o carro e logo descemos, ele deu a volta no carro correu até meu lado e entramos na escola. O corredor estava entupido de alunos e eu logo me perdi de Justin mas continuei andando. Encontrei uma porta grande que indicava ser a secretaria de acordo com uma placa acima da mesma, me enfiei dentre os alunos e consegui entrar e estava surpreendentemente vazia, apenas uma moça de uns sessenta anos atrás de um balcão e um menino sentando em uma cadeira perto de uma estande cheia de livros velhos.

– Poderia imprimir minha lista de horários por favor? – disse me aproximando do balcão e chamando sua atenção para mim. A moça me olhava com os olhos pequenos devido aos óculos fundo de garrafa.

– Poderia me dizer seu nome senhorita? – ela disse ajeitando os óculos ainda se esforçando para me ver.

– Roseli Honorem Lupim. – a senhora começou a digitar num computador tão velho quanto ela, mas foi parando e levantando sua cabeça em minha direção, ela se levantou devagar e foi se aproximando de meu rosto como se me conhecesse de algum lugar. O balcão era a única coisa que nos impedia de ficar tão próximas e eu já estava ficando assustada.

– Não pode ser. – ela disse como um sopro, quase inaudível, tirando os óculos em seguida e parecendo enxergar tudo muito bem. – Lenna? – um nome saiu com ódio de sua boca.

– O que? Não, eu falei Roseli. – ela deu um sorriso doentio e arregalou ainda mais os olhos, o que me fez chegar para trás assustada.

– Como pode ter sobrevivido por tanto tempo?

– Olha, eu não faço ideia do que está falando, pode me dar meus horários. – olhei algo diferente em seus olhos. – Quer saber? Eu me viro e acho minha sala, obrigada pela recepção. – disse me virando e indo em direção a porta.

– Você é mais parecida com ela do que pensamos. – me virei para a mulher que estava mais parecendo uma possuída do que uma idosa comum, e fui embora.

Assim que sai da secretaria ainda meio desnorteada acabei esbarrando em alguém que acabou caindo com o impacto, olhei para baixo e lá estava o diretor igual um banana no chão.

– Desculpe Sr.Dudley eu não vi o senhor. – disse o ajudando a levantar do chão.

– Foi apenas um acidente senhorita. – me olhou melhor e parou como se estivesse pensando. Qual foi, todo mundo me conhece agora? – Você deve ser a senhorita Roseli?  A aluna nova.

– Sim, eu estava meio perdida, sabe como é né, aluna nova. – disse meio sem jeito.

– Tudo bem, vou leva-lá até sua sala. – concordei e fomos andando pelos corredores até chegar ao local de minhas aulas.

O diretor abriu a porta e deu espaço para que eu passasse. Assim que entrei vi metade dos alunos prestando atenção no diretor e a outra metade não estava dando a mínima para uma novata no meio do ano.

– Alunos, essa é sua nova colega de classe, Roseli. – ele disse reforçando o que praticamente todos já haviam notado.

– Prazer em conhecê-la Roseli. – uma voz muito familiar soou a direita e pude ver a pior coisa que poderia acontecer na minha vida.

– Logan? – disse o olhando com as sobrancelhas arqueadas. Ele estava sorrindo debochado, sentado sobre a mesa e eu ainda me perguntava como não tinha o visto assim que entrei.

– Logan não. Professor Logan. – fiquei séria e fui me sentar na primeira cadeira que vi.

O diretor foi embora e eu olhava para Logan me perguntando como isso poderia ter acontecido justo comigo, ai me lembrei que tudo anda acontecendo comigo. Logan seria meu professor de história pelo menos até o final do ano, o que seria incrível, tirando o fato de que eu teria de vê-lo duas vezes por semana na escola e todos os dias até o resto da minha longa vida em casa.

O resto do dia até que correu bem, eu não tinha visto o Justin e agradecia mentalmente por isso. Já estava na hora da saída e eu não via a hora de ir embora, demorei um pouco para arrumar minha coisas e percebi que a sala já estava vazia. Fui em direção aos corredores e não havia ninguém por lá, deixei isso de lado apesar de ter achado estranho já que o sinal havia acabado de tocar e era para esse lugar estar lotado de adolescentes com os hormônios a flor da pele.

Senti algo atrás de mim e parei instantaneamente. Meu coração estava acelerado como se eu tivesse corrido uma maratona do mesmo jeito me virei e não havia nada além de mais corredores vazios, tudo a minha volta estava quieto, então tornei a virar para frente e sair da escola, mas assim que virei, a mesma mulher de hoje mais cedo da secretaria estava parada não muito longe de mim e com uma cara nada boa.

– A senhora me assustou. – disse fingindo espanto e colocando a mão sobre o peito. Eu não estava assustada, já sentia que tinha alguém por lá.

– Não se faça de boba menina, nós duas sabemos o que você é.

– Olha, eu estou atrasada e ...

– Não tem noção de quantas pessoas morreram tentando te encontrar. Até que você e seu irmão se camuflaram bem, pelo menos duraram mais do que sua mãe. – eu realmente não ligava para nada do que a mulher falava, até ela tocar na palavra “mãe”.

– O que sabe sobre a minha mãe? – perguntei rosnando de raiva.

– O bastante para afirmar que você merece morrer igual a ela. Bom eu não estou afim de contar a sua história de vida então façamos do jeito mais fácil, você me dá o seu coração e eu vou embora. Prometo que será rápido, nem vai doer.

– Eu não vou bater em uma velha. – ela me olhou com um sorriso cínico e seu rosto começou a se desfigurar a transformando em uma mulher não muito mais velha do que eu.

– Agora está bom para você? – a olhei pensativa durante alguns segundos. Eu não daria nem um órgão meu para uma ex velha emburrada.

– Bom, se essa é a única opção que eu tenho, acho que vai ser do jeito difícil. – disse jogando minha bolsa do chão.

Vi seus olhos pegarem fogo de raiva antes da mulher se jogar contra mim, o que de fato não deu muito certo já que eu tinha muito mais força do que ela e a arremessei contra os armários que ficavam nas paredes. A mulher se levantou ajeitando sua roupa como se nada tivesse acontecido, torceu o pescoço e veio para cima de mim com os punhos fechados me dando um soco logo em seguida fazendo com que eu caísse no chão. Levantei rápido cuspindo o pouco do sangue que saía da minha boca. Ela estava começando a me irritar mais do que eu estava querendo.

A empurrei no chão e peguei suas pernas, arranquei a tranca de um dos armários e o abri, a peguei do chão e a segurei pelo pescoço colocando sua cabeça dentro do armário e batendo a porta em seguida. Seu corpo caiu no chão e ela parecia ter apagado de vez, estava indo em direção a minha bolsa até que senti uma dor na cabeça, me virei e vi que a mulher ainda não tinha desistido e tinha me acertado com a porta do armário que eu havia golpeado sua cabeça. Ela ergueu a porta mais uma vez e me acertou no estomago me lançando para as portas do refeitório como se eu fosse uma bola de beisebol.

– Acho que você já fez bagunça demais para o seu primeiro dia, não acha? – escutei sua voz vinda dos corredores.

Eu estava jogada sobre os pedaços de madeira de uma das mesas do refeitório que eu tinha acabado de quebrar. Espero que essa escola tenha seguro. Me levantei e fui para cozinha pegando algo parecido com um cano de ferro que ficava ao lado da porta, eu estava escutando o som dos seus sapatos batendo no chão e chegando cada vez mais perto.

– Sei que esta ai Rose, venha me pegar.

Ela abriu uma das portas da cozinha e entrou olhando tudo em volta, sem que ela percebesse, liguei o fogão e o barulho das chamas a fez olhar e se aproximar. Assim que ela chegou perto o suficiente enfiei o pedaço de ferro em suas costas e ela simplesmente se transformou em um pó preto que caiu no chão. Olhei em volta e sai correndo em direção a minha bolsa, peguei a mesma e fui para casa. Assim que cheguei vi Logan andando de um lado para o outro.

– Meu Deus Rose ainda bem que chegou eu estava preocupado. Precisamos conversar.

– Realmente precisamos conversar, por que uma mulher, ou sei lá o que era aquilo, que se transforma em outras pessoas tentou me matar no corredor da escola e quando eu enfiei um cano de ferro nas suas costas, ela simplesmente virou pó. Por acaso é sobre algo assim que você quer conversar ou tem mais alguma coisa que eu não sei rolando por aqui?

Logan me olhava com uma cara de retardado sem saber o que falar e eu apenas o encarava esperando qualquer tipo de resposta sair da sua boca. Não saber nada sobre a minha própria vida me deixava frustrada, eu sempre busquei respostas sobre meu passado mas é como se nada tivesse existido, era como se tivessem trancado tudo em uma caixa e jogado a chave fora, minha vida era um grande baú enterrado.

– Olha, eu vou te explicar tudo só preci... – seu telefone tocou o impedindo de continuar, ele atendeu e depois de um tempo começou a andar de um lado para o outro, subiu as escadas e depois de uns cinco minutos voltou com sua pasta e as chaves da moto na mão.

– Onde você vai? Se você não percebeu tem uma conversa séria rolando aqui.

– Sério mesmo foi o que acabou de acontecer na escola. Segundo o diretor destruíram o refeitório e eu tenho certeza quem foi. – disse olhando sério para mim. – Então, se você não limpa a bagunça que faz alguém precisa limpar, porque pelo o que você acabou de me dizer, já descobriram que estamos na cidade então é melhor evitarmos chamar atenção.

– Como assim já descobriram? Quem descobriu?

Eles.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e mil desculpas por ter atrasado o capitulo.
twitter: https://twitter.com/stilinskidrauhl
link para fanfic no wattpad: www.wattpad.com/story/90540045-city-of-roses


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