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História Civil War: Moon. - "Você tem um braço de metal? Isso é maneiro, cara!"


Escrita por: Seola______

Notas do Autor


Oi amores, aqui está mais um e peço que leiam essas notas com atençãozinha!
1. Aqui inicia-se a maior parte da fic: A Parte II: Durante a Guerra Civil, que contará como Luna e Peter estão lidando com o Acordo já em vigor. É onde acontecerá uma mistura dos filmes, das HQs e das Séries de TV da Netflix, ou seja, assim como nas HQ terá Luke Cage, Jessica Jones e Demolidor, mas em modos diferentes, modos adaptados que compreenderão com o decorrer da história.
2. Nesta Parte II, terão muitos spoilers do filme Capitão América: Guerra Civil, especialmente neste capítulo e no próximo, e das HQs do Arco da Guerra Civil.
3. Este capítulo é banhado em spoilers.

Espero que gostem meus amores, e não esqueçam de comentar!

Capítulo 11 - "Você tem um braço de metal? Isso é maneiro, cara!"


Fanfic / Fanfiction Civil War: Moon. - "Você tem um braço de metal? Isso é maneiro, cara!"

Trêmula apenas olhava na direção da pista do aeroporto, estávamos parados no terminal, observando através das janelas de vidro, Capitão América, completamente vestido com sua roupa azul e seu escudo redondo com as cores da bandeira dos Estados Unidos da América, na frente de Tony Stark, com sua armadura de ferro vermelha ao lado de outra réplica de sua armadura, porém prateada. Tony estava com seu capacete aberto ao contrário do outro ao seu lado e eu não sabia dizer se tinha alguém por baixo daquela segunda armadura por mais que tudo indicasse que sim.

Sam, o Falcão, e Bucky, o Soldado Invernal estavam responsáveis por “tomar conta” de mim de modo que não me deixassem envolver fisicamente no que quer que aquela conversa reservasse. Estavam vestidos com suas respectivas roupas e ver o braço de Bucky por completo, com uma estrela vermelha na região do ombro, era tão incrível quanto as asas de Falcão, as quais, agora, estavam guardadas como se fossem uma mochila. Tentava, ao máximo, não parecer uma idiota babona de tanto que os olhava em um mescla de excitação, medo e susto, mas aposto que estava sendo um fracasso na tentativa de fingir que estava tudo bem já que meu olhar sempre encontrava o de Bucky quem tentava sorrir para me tranquilizar.

As ordens de Capitão para mim foram bem claras: seguir Falcão e Bucky para acharmos algum outro avião já que o helicóptero, provavelmente, não era mais uma opção por estar muito exposto para Stark. Mas eu deveria manter distância de qualquer combate para meu próprio bem já que minha experiência em combates era praticamente zero. E eu apenas assenti, obedeceria as ordens de Capitão para que tudo desse certo. 

Eu estava amedrontada.

Voltei minha atenção para as duas armaduras de ferro paradas em meio à Capitão e o helicóptero. 

- Com certeza – o homem por baixo da armadura prateada concordava com algo que Tony havia dito enquanto ele o fitava com a feição debochada.

- Ouça-me, Tony – Capitão falou interrompendo a troca de olhar de ambos – Aquele psiquiatra está por trás de tudo isso. 

Uma silhueta saltou por cima de um dos carrinhos da pista, ele parou em posição de ataque e logo em seguida endireitou seu corpo virado na direção do Capitão América. 

- O que…? – Sam sussurrou ao meu lado e de Bucky – então ele está do lado do Stark.

Queria perguntar quem era o homem vestido com aquela roupa preta e uma máscara que mais me lembrava um gato, mas mantive minhas dúvidas para mim mesma.

- Capitão – ele disse com sua voz grossa e imponente.

- Alteza – Capitão respondeu o fitando.

- Enfim – Stark os interrompeu olhando para a “alteza” e em seguida para Capitão – Ross me deu trinta e seis horas para convencê-lo, isso foi há vinte e quatro horas – ele andava por trás da outra armadura de ferro enquanto falava – quer cooperar? 

Capitão o fitou respondendo tranquilo – Está atrás do cara errado. 

- Seu julgamento está comprometido – Stark falou sério parado do outro lado da armadura cinza – seu amigo matou inocentes ontem. 

Olhei para Bucky quem fitava a conversa entre Os Vingadores e uma espécie de gato musculoso. 

- E há mais cinco supersoldados iguais a ele – Capitão o respondeu balançando a cabeça – não posso deixar o doutor achá-los primeiro – sua voz tornou-se mais penosa após sua breve pausa – Não posso. 

- Steve – uma voz feminina surgiu atrás de Capitão e apenas ergui o olhar para observar a situação. Era uma mulher ruiva e incrivelmente bonita, ela olhava para Capitão, quem havia virado de costas para Tony de modo que ficasse de frente para ela – você sabe o que está prestes a acontecer. Quer mesmo ganhar isso na briga? 

Ele então virou-se na direção de Tony mantendo-se em silêncio, meus olhos corriam pelo aeroporto procurando Peter e eu, honestamente, não sabia se ficava feliz ou triste por ele não estar lá. Stark atraiu minha atenção quando disse:

- Está bem. Minha paciência acabou – ele ergueu os braços colocando as mãos uma de cada lado dos lábios e aumentou o tom de voz – Pirralho! 

O barulho grudento e molhado fez com que eu olhasse na direção de Capitão América mais uma vez, eu conhecia aquele barulho tão bem quanto o barulho da minha respiração que, naquele momento, estava completamente acelerada e ofegante. O escudo de Capitão foi tirado de suas mãos a uma distância um pouco longa e logo suas mãos estavam juntas e presas em uma quantidade desagradável e grudenta de teia. 

Meu coração acelerou ainda mais quando vi a silhueta de Peter pousar com um joelho em cima de um caminhão, um pouco mais atrás de onde Stark e o homem de preto estavam. Aquele não era Peter, não podia ser. Não com aquela roupa, não com aquela máscara e isso tudo ficava ainda mais inacreditável ao vê-lo segurando o escudo de Capitão.

- Puta merda… – sussurrei atraindo a atenção de Bucky e Sam, podia sentir seus olharem em cima de mim.

- Você o conhece? 

Olhava atentamente para Peter quem, agora, gesticulava e falava algo sobre o novo uniforme com Tony Stark. Não conseguia controlar meu coração e muito menos minha respiração, ele estava ali, estava vendo-o de novo e tinha plena certeza de que era realmente ele no instante em que Tony o mandou deixar a conversa para trás. Ele estava completamente diferente por causa do novo uniforme, o que aquilo significava? Como ele tinha conseguido a nova roupa? Claro, com Stark. A roupa era azul e vermelha, nos mesmos tons do casaco que ele usava, mas ao invés de usar um casaco, uma calça e tênis era como se sua roupa fosse uma só, um verdadeiro collant que havia ficado perfeitamente bom nele. Observei seu cinto com a recarga da teia, por mais estranho que aquilo pudesse parecer e por mais que eu soubesse que estávamos em lados opostos eu sorri. Sorri abertamente soltando uma risada abafada e nervosa enquanto o via colocar a mão aberta na cabeça prestando continência à Capitão enquanto dizia que era seu fã.

Tony e Capitão discutiam entre si enquanto Peter se mantinha na posição mexendo sua cabeça para olhar a todos e o local em si. Não sabia dizer se ele estava achando aquilo legal ou se estava com medo, mas era como se eu me sentisse em casa de novo ao vê-lo e ouvir sua voz. 

- Você o conhece? – Bucky foi quem me perguntou desta vez.

Virei para fitá-lo tentando esconder o sorriso – Ele é a outra criança.

- E que diabos ele é? 

- Homem-Aranha – respondi voltando a olhá-lo em cima do caminhão.

- Homem-Aranha? Isso é… - Sam parou no meio da sua frase e apontou para um canto do aeroporto – ali.

- O avião – Bucky sussurrou.

Falcão levantou a mão até seu comunicador na orelha – Achamos ele. O quinjet no hangar cinco, pista norte.

Capitão ergueu as mãos para cima sem tirar os olhos de Tony, em questão de segundos suas mãos estavam livres da teia de Peter e o capacete de Tony se fechou completando sua armadura. Falcão me puxou pelo ombro indicando que estava na hora de sairmos dali.

- Vá, Lang – escutei a voz de Capitão pelo comunicador.

- Galera, algo… Ah! – escutei a voz de Peter através do comunicador. Virei-me para trás e vi que Lang agora estava ao lado do Capitão lhe entregando seu escudo que tinha acabado de retirar das mãos de Peter.

- Acredito que isso é seu, Capitão América – Lang disse o entregando. 

Olhei para Peter quem estava caído atordoado em cima do caminhão, ele levantava-se com um pouco de dificuldade, mas logo parou na sua posição clássica. Falcão me puxou pelo braço gritando que precisávamos ir que, naquele momento, eles sabiam que estávamos ali e precisávamos chegar no avião o mais rápido possível. Assustada assenti em silêncio correndo ao lado deles na direção em que me levassem. 

Olhei na direção do teto de vidro quando escutei um barulho que me chamou atenção. Mas logo fui interrompida sendo forçada por Falcão a entrar em um canto entre uma pilastra e uma cabine de comida.

- Que diabos? – escutei Bucky perguntar olhando para cima enquanto diminuía a velocidade da corrida.

- Fique aqui. Qualquer coisa que acontecer, você vai para o Norte. Não deixe ninguém te ver e não entre na briga – ele soltou meus ombros me lançando um último olhar antes de tornar a correr ao lado de Bucky.

- Por favor, não o machuque – o implorei com a voz tremula enquanto o via se afastar mais e mais de mim. 

- Que diabos foi aquilo? – Bucky perguntou correndo.

- Todo mundo tem um truque agora – Falcão o respondeu entredentes.

Apenas olhei para cima, Peter os acompanhava com as mãos e os pés agarrados no vidro em uma velocidade tão rápida quanto a que ambos corriam. E lá estava eu, completamente travada em meio a uma pilastra e uma máquina de salgadinhos. Estava assustada e, ao mesmo tempo, com muito medo de Peter me ver, virei-me para frente deixando de acompanhar Sam e Bucky e fitei a pilastra branca com uma placa em alemão. 

Novamente meu coração estava tão acelerado que eu muito mal conseguia respirar, a respiração estava ofegante e meu coração parecia querer saltar de minha boca em uma intensidade que eu sentia que o vomitaria a qualquer instante. Que diabos eu estava fazendo ali? Caramba! No que eu havia me metido? Eu podia ser pega a qualquer momento e só deus ou o governo sabe o que acontecerá comigo e com minha família. E se eu não conseguir chegar ao avião? E se eu for pega antes de chegar ou até mesmo tentar? E se eu não conseguir chegar a tempo até o avião e ficar para trás? Fechei os olhos com força abafando a vontade de gritar enquanto cerrava os dentes. Abaixei-me deslizando as costas pela máquina de salgadinhos enquanto sentia meu estômago embrulhar cada segundo mais.

Que covarde! Como eu podia ser tão covarde e permanecer ali, amedrontada, encolhida como uma criança que acabara de ter um pesadelo? Os estrondos ao redor do aeroporto estavam altos e quase ensurdecedores para mim quem conseguia escutar há quilômetros de distância, era como se eu estivesse com uma dor de cabeça tão absurda que não conseguia concentrar em mais nada. Mas eu não podia desistir naquele momento, não agora. Havia chegado até ali e não podia simplesmente travar e ser pega. Para que deixei meu melhor amigo – que então apavorava dois homens leais ao Capitão – para trás discordando e aceitando estar em um time oposto ao seu? Pra que deixei meu pai, sem justificativa, e minha melhor amiga? Pra que ignorava suas mensagens e ligações de preocupação sem saber onde estou? Apenas para ser pega e falhar mais uma vez sendo um peão do governo? Não. Eu não queria ser assim. Não de novo.

Sentada no chão apoiei minhas mãos no piso gélido de marfim olhando na direção de Falcão e Soldado Invernal, assustei-me com o vidro quebrado e o barulho alto dos estilhaços caindo no chão, mas o estrondo de Falcão misturado com seu grito ao bater de costas na parede me pareceu algo ainda mais assustador. Eles não estavam mais tão perto de onde eu estava, mas mesmo assim conseguia ver o que estava acontecendo e, mais uma vez, ao ver Peter com sua nova roupa de Homem-Aranha, meu coração saltou. 

Outro barulho oco, mas misturado com o barulho de metal batendo em outro metal, me chamou atenção, desviei meu olhar de Falcão, quem já se levantava com muita dificuldade, e então pude ver Bucky com o braço de metal parado no ar sendo segurado pela mão esquerda de Peter. Pude ouvi-lo falar: 

- Você tem um braço de metal? Isso é maneiro, cara! 

Ele abaixava lentamente o braço de Bucky sem usar a força, podia ouvir a respiração ofegante de Bucky e razoavelmente via seu rosto assustado por ele ter segurado seu soco. Assustei-me com um sobressalto no instante em que as asas de Falcão se abriram milésimos de segundos antes dele pular em cima de Peter e o levar consigo em linha reta. 

Levantei-me do chão saindo de trás da máquina de doces completamente por impulso, Bucky permaneceu alguns segundos parado fitando Falcão e Homem Aranha travarem uma batalha no ar enquanto rodavam entre si tentando manter o equilíbrio.

- Você tem o direito de permanecer calado! – o escutei gritar pelo comunicador de Falcão.

Peter lançou sua teia no teto logo em seguida conseguindo se soltar de Sam e então Bucky pegou embalo correndo na direção de ambos. E, como se eu não pudesse dominar minhas próprias pernas, corri na direção de ambos os três mesmo sem saber o que eu faria, exatamente. Deveria me esconder quando estivesse próxima o suficiente deles? Deveria entrar na briga mesmo com Capitão e Sam me mandando fazer o contrário? Deveria tentar parar Peter e convencê-lo de que ele estava sendo um completo maluco? Não sabia dizer. Tudo o que eu conseguia fazer era correr.

Um barulho ainda mais alto que os demais fez com que eu me curvasse parando de correr. Olhei pelo vidro e pude ver diversos carros caindo em cima de Tony Stark e sua armadura vermelha brilhante. Por um instante senti pena e arregalei os olhos desejando ajudá-lo, mas eu sabia que não cabia a mim, naquele momento e naquela exata posição, fazer muita coisa. Levantei-me do chão, onde eu tinha me abaixado por reflexo, e, novamente, me pus a correr já quase perdendo Bucky de vista, apenas escutava a teia de Peter um tanto longe e a propulsão das asas de Falcão em uma distância também grande. Novamente comecei a correr na direção do som e da silhueta de Bucky evitando focar minha audição no que acontecia fora dali. 

Bucky parou perto de uma pilastra puxando algo para sua mão, como um lançador de discos olímpico ele lançou na direção de Peter e quando senti meus olhos clarearem a ponto de lhe lançar um escudo escutei sua voz esganiçada enquanto ele se virava rapidamente para trás e desviava do que Bucky havia tampado com seu braço de metal. 

Bucky se escondeu atrás da pilastra e foi quando, mais uma vez, nossos olhares se encontraram e ele pareceu assustado ao me ver. Em uma distância um pouco razoável me escondi atrás de outra pilastra evitando olhá-lo ou chamar a atenção de Peter. Talvez eu o distraísse e isso não acabaria bem para nenhum de nós dois, especialmente porque se Peter se machucasse eu jamais me perdoaria por não ter feito nada para ajudar. 

- Ei, amigo! – Peter gritou e então inclinei meu corpo para o lado para fitá-lo, ele estava de pé em cima de um dos ferros do teto e então tampou de volta o que Bucky tinha lhe mandado – Acho que perdeu isso! 

Bucky desviou se abaixando em direção ao chão e o objeto bateu bruscamente no piso causando um buraco a cada batida que dava devido a força e a pressão. Observei o objeto passar ao lado da pilastra em que me escondia e assim que escutei um grito abafado de Peter, tornei a olhá-lo vendo Falcão acertá-lo nas costas com ambos os pés, saí de trás da pilastra de modo que o ajudasse sem prejudicar Sam ou Bucky, mas logo travei ao perceber que ele estava completamente bem devido a seu reflexo rápido onde já havia lançado a teia no teto, ficando assim atrás do Falcão. 

Mais uma vez ele lançou sua teia na direção de Falcão acertando-o nas costas o que lhe causou uma queda feia por cima de uma banca de vidro e o estrondo, mais uma vez, misturado com o barulho dos estilhaços de vidro e do corpo de Sam batendo ao chão fizeram com que eu corresse na direção de ambos. Mas Sam se levantou rapidamente após lançar um olhar para trás e ao perceber que Peter vinha em sua direção tão rápido como das outras vezes, suas mãos foram ambas coladas à um corrimão de ferro preso em uma pequena mureta de vidro e foi quando eu parei há alguns passos das escadas rolantes que funcionavam naquele andar. 

Pude ver Peter parado e grudado no topo de uma das pilastras não tão longe de Sam, como sempre, ele falava algo que logo entendi ser uma pergunta: 

- São asas de fibra de carbono? 

- Essas coisas saem de você? – Sam perguntou alternando seu olhar das teias em suas mãos para Peter no topo da pilastra. 

Ele prosseguiu – Explicaria a taxa da rigidez de flexibilidade o que, eu tenho que dizer, é incrível. 

Falcão o interrompeu – Não sei se já esteve em uma luta antes, mas geralmente não há tanta conversa. 

Peter soltou uma fraca risada - Está bem, foi mal.

Ele então saltou da pilastra na direção de Sam e foi quando vi Bucky pegar impulso na direção de ambos enquanto eu o fitava tentando entender o que ele pretendia fazer. Ele então, cobrindo o rosto com os braços se jogou na frente de Sam sendo empurrado, juntamente com o amigo, em direção ao vidro, quebrando-o de modo que ambos caíssem bruscamente no andar debaixo junto com os estilhaços.

Peter prendeu as mãos de ambos após voltar para a mesma pilastra em uma posição ainda mais alta do que antes. 

- Pessoal, olha – ele fez uma rápida pausa enquanto se mantinha agachado e gesticulava com as mãos – eu adoraria continuar, mas eu só tenho um trabalho hoje e preciso impressionar o Sr. Stark, então… Eu sinto muito. 

Ele ergueu sua mão em direção a ambos apenas com seus três dedos de sempre erguidos, os outros dois estavam prontos para apertar o lançador de teias e foi quando, por completo impulso, berrei um sonoro: 

- Pare!

Ergui as mãos em direção à Peter quem levantou seu rosto para me olhar por baixo da máscara. Com as mãos ficando prateadas e a minha visão se tornando ainda mais clara desejei que uma parede reta e alta se formasse na frente de Sam e Bucky, caídos e presos ao chão com a teia grudenta do Homem-Aranha. Ele manteve sua mão erguida na mesma direção enquanto me fitava parada perto do corrimão um pouco a frente das escadas rolantes e de uma pilastra e eu podia escutar sua respiração ofegante por baixo da máscara. Meu coração, mais uma vez, acelerou e minha respiração se tornou ainda mais pesada devido ao esforço que havia feito correndo até eles e agora por causa do nervosismo. Sentia meus braços trêmulos, mas tentava manter as mãos erguidas de modo que a barreira que os separavam se mantivesse erguida e intacta. 

- Luna? 

Sua voz saiu esganiçada e tremula como nunca havia escutado antes. Não o respondi. Não conseguia dizer uma mísera palavra ou vomitaria ou algo parecido, estava realmente nervosa e com uma vontade absurda de chorar porque, naquele momento, impedindo Peter de prosseguir, a ficha de que estávamos em lados opostos havia realmente caído. 

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ou até mesmo falar algo sobre como seu novo traje estava incrível assustei-me tanto quanto ele quem gritou um sonoro “O quê?” sendo puxado, por algo que eu não conseguia identificar, bruscamente para fora do terminal. 

- Não! – berrei novamente abaixando minhas mãos enquanto o via sendo carregado, completamente desengonçado, para fora dali.

- Luna! 

Olhei para onde a voz vinha e então encarei Sam no andar debaixo ao lado de Bucky quem também me fitava completamente ofegante. Olhando na direção da janela recém quebrada sem ver vestígios de Peter corri em direção às escadas rolantes descendo-as o mais rápido que conseguia.

- Não podia ter feito isso antes? – escutei Bucky perguntar à Sam. 

Ofegante ele respondeu depois de um tempo - Te odeio.

Ajoelhei-me no meio de ambos e puxei a teia dos braços de Falcão, sem muito sucesso – Ele ficará bem?

- Sim, ele é um garoto esperto – Falcão me respondeu.

- Tem certeza...? Ele foi...

- Que coisa grudenta é essa? – ele perguntou forçando seus braços para se soltar.

- Teia – falei cortando alguns pedaços com a unha, mas de longe ele estava prestes a ser solto.

- Teia? – Bucky raspava com sua mão a teia que mantinha seu braço de metal no chão. 

- Como ele faz isso? Isso sai mesmo dele? – Falcão fez uma careta conseguindo separar seus braços por alguns centímetros. 

- Tecnicamente – respondi enquanto puxava mais alguns fios com ambas as mãos – ele fabrica. 

- O que ele é? Um gênio? – ele bufou forçando os braços. 

Sorri quando o escutei perguntar – Sim – respondi depois de um tempo – ele é. 

Bucky conseguiu se soltar após forçar seu braço de metal para cima, alguns fios da teia permaneceram em sua mão, mas ele os ignorou enquanto me ajudava a retirar o restante de teia dos braços de Falcão.

- Vocês são amigos? – Bucky perguntou sem me fitar.

- Costumávamos ser – respondi.

- Você sabia que ele estava do lado de Stark? – ele puxou com força a teia arrebentando-a de vez. 

- Sim – sussurrei ajudando Falcão a levantar. 

- Sinto muito por sua amizade – Falcão disse enquanto batia na roupa.

- Fizemos nossas escolhas – assenti com um fraco sorriso – mas obrigada.

Um estrondo fez com que resolvêssemos correr em direção ao avião de modo que não perdêssemos mais tempo e que Peter não voltasse. Corri ao lado de ambos apenas desejando que Peter estivesse bem.


Notas Finais


E então, o que acharam? Não esqueçam de comentar! Beijos! <3


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