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História Civil War: Moon. - Esperança.


Escrita por: Seola______

Notas do Autor


Oi amoressssssss! Como foram de ano novo? Espero que bem, viu? Esse capítulo é menorzinho, mas aguardem pelo que está por vir (que já comecei), é que se não ia ficar muito enorme, já que o próximo é bem grandinho!
Beijos de luz!

Capítulo 17 - Esperança.


Caminhei em direção ao pátio ao lado de Peter quem se mantinha em silêncio, estranhei um pouco o fato dele não dizer nada, mas não o forçaria depois de tudo o que passou dentro da sala da diretora e também fora, Jullie tinha sido rude o suficiente com suas palavras para fazer com que ele se sentisse ainda pior.

- Você tá bem? – perguntei logo que ele segurou a porta para mim enquanto forçava um sorriso.

- Sim – ele respondeu – e você? 

- Tenho que dizer que tô melhor – o respondi voltando a caminhar a seu lado. 

- Acho que ela desabafar foi algo positivo – ele colocou as mãos nos bolsos da jaqueta.

- Também acho – concordei sentindo o vento forte bater em meu rosto bagunçando meu cabelo, me encolhi em meu casaco enquanto colocava as mãos nos bolsos da frente de minha jaqueta. Pisando nas pedras de brita cinza caminhávamos em direção à uma das mesas externas de madeira onde, de longe, conseguíamos ver alguém sentado. A medida em que nos aproximávamos eu desejava que estivesse errada, que meus poderes não estivessem me ajudando a escutar essa pessoa que parecia falar com uma mulher no telefone. Fechei os olhos a medida que nos aproximávamos e respirei fundo atraindo a atenção de Peter.

- O que foi? – ele perguntou.

Abri os olhos o fitando – Você realmente não sabe quem é? 

- O cara sentado? – Peter me fitava confuso.

Balancei a cabeça positivamente.

- Não. Eu meio que usava óculos até pouco tempo então… É um pouco normal eu não conseguir vê-lo direito, eu acho. 

Dei um breve e fraco sorriso voltando a olhar para frente, olhava fixamente para a silhueta do homem que acabara de ficar em pé percebendo que estávamos nos aproximando. Ele dizia ao telefone rapidamente que tinha que desligar porque estavam a caminho, a mulher assentiu desligando o telefone e então sua atenção era toda nossa, o que não me deixava feliz. 

Peter me fitou no instante em que percebi que ele estava enxergando quem era. Tony Stark abriu os braços com um sorriso amigavelmente forçado e logo abaixou os abaixou mantendo um sorriso menor em seus lábios, ele vestia uma roupa comum e óculos escuros, provavelmente só seus óculos valiam mais que minha própria casa.

Dádivas de ser um Stark. 

- Ei, senhor Stark – Peter caminhou na minha frente subindo na mesa de modo que passasse para o outro lado para cumprimentá-lo.

- Garoto – Stark sorriu o observando. 

Os dois apertaram as mãos como dois sócios e ambos viraram, em sincronia, seus rostos para me fitar. 

- Garota – Tony me cumprimentou.

- Stark – respondi sem forçar sorrisos ou expressões. 

- Vamos, senta aí, os dois – ele apontou pra mesa.

Peter, novamente, passou por cima da mesa parando ao meu lado, virei o rosto para olhá-lo e ele sorriu amigavelmente me fitando, aquele sorriso era o mais sincero que tinha visto há alguns dias. Revirei os olhos bufando e sentando na mesa da madeira enquanto olhava para Tony, Peter sentou ao meu lado e me empurrou com os ombros na tentativa de me fazer sorrir e chamar minha atenção. Mas apenas lhe lancei um rápido olhar com um breve sorriso e logo voltei minha atenção para Tony Stark quem se sentava a nossa frente.

- Certo – ele esfregou uma mão na outra após apoiar seus cotovelos na mesa – em primeiro lugar: sinto muito por não ter conseguido ir na sua casa ontem, Luna. Gostaria de ter discutido o acordo pessoalmente com você, mas houveram imprevistos.

Não o respondi, apenas o fitava em silêncio escutando o que ele tinha a dizer com aquele olho roxo. 

- Ótimo – ele abaixou as mãos sorrindo enquanto desviava o olhar para Peter – ela não ficou chateada por isso. 

Peter não disse nada e eu mantive meu silêncio. 

- Vamos lá garoto – Stark apontou para Peter – você não cala a boca nunca e agora tá todo em silêncio. 

- Só não tenho o que dizer – Peter se defendeu.

- É, não tem nada pra dizer – Tony respirou fundo desviando o olhar de ambos enquanto observava o ambiente à seu redor – queria falar com os dois juntos sobre algo que aconteceu recentemente e que é a razão pela qual não fui discutir o acordo com você, Luna. 

- Algo aconteceu? – Peter perguntou. 

Stark ficou alguns segundos em silêncio olhando para seu lado direito, talvez para a quadra de basquete, talvez para as arquibancadas, não sabia dizer – Sim. 

Peter e eu esperávamos que ele dissesse logo o ocorrido, mas ele ainda fez mais alguns segundos de silêncio e então virou-se para nos fitar prosseguindo: 

- Capitão libertou seus amigos da prisão. 

- O que? – Peter perguntou assustado se endireitando no banquinho sem encosto – como? 

Olhei atentamente para Stark quem me fitava, também atento, como se eu tivesse algo para lhe dizer. Mas, de fato, eu não tinha – a não ser que pular para comemorar fosse o que ele esperava de mim. 

Ele olhou para Peter o respondendo – Ele invadiu a prisão, deixou toda a tropa e os vigias inconsciente e liberou seus aliados. 

- Quando foi isso? 

- Ontem – ele se mantinha sério e então me fitou, um sorriso brotava em meus lábios e por mais que eu tentasse segurá-lo para mim mesma estava sendo em vão. 

- Já o localizaram? – Peter mantinha as perguntas a mil – Não tinha câmeras? Eu sei lá… O que…? 

- Calma ai, garoto – Tony apontou para Peter o fitando brevemente e então se virou para mim – nem pense nisso.

O fitei com as sobrancelhas erguidas e um sorriso nos lábios atraindo a atenção de Peter.

- Se você entrar em contato com qualquer um deles, você vai pra cadeia, sem direito de julgamento, visitas e perde todos os seus direitos.

Apenas permaneci sorrindo e o fitando.

- Como é que é? – Peter perguntou – perde todos os direitos? 

- Eles são considerados criminosos, Parker – Tony o respondeu – conspiração contra o governo e ameaça terrorista não são crimes passíveis de conversa. Ainda mais nessa categoria. 

- Qual categoria? Independentemente de quem seja ou do que fizeram, todos tem direito à um julgamento justo e uma segunda chance. 

- Você realmente acredita que um assassino possa ter uma segunda chance neste mundo que corrompe até mesmo os mais fortes? – Stark o fitou.

- Eles não são assassinos! – Peter aumentou o tom de voz encarando Tony – nem mesmo o cara do braço de metal.

Olhei para Peter quem, mesmo sem perceber, estava se opondo à Stark e ficando ao lado de Capitão. Me perguntava se ele estava tomando consciência do que realmente estava acontecendo ou se era apenas algo de momento. 

- Ele matou muitas pessoas, garoto. Você é jovem demais para entender as circunstâncias disso.

- De um assassinato? Já vi pessoas morrerem ao meu lado, senhor Stark. Pessoas que importavam mais para mim do que eu mesmo.

- A morte de seu tio Ben é diferente – ele soltou tão frio quanto um cubo de gelo – isso é algo maior do que perder um familiar garoto. 

Peter não o respondeu. Manteve-se sentado completamente sem sorrisos, se eu não o conhecesse diria que ele estava triste, mas na verdade ele parecia mais irritado do que conformado com o que Tony havia acabado de dizer. O fitava de perfil de modo que o via contrair o maxilar enquanto fitava Tony sem cessar.

- E você! – Tony praticamente me gritou fazendo com que eu retirasse os olhos da feição de Peter e o fitasse, ele apontava o dedo na minha frente – vim aqui especificamente falar com você. 

Apenas o fitei esperando o discurso.

- Você não pode trocar uma mísera palavra com qualquer pessoa que estiver envolvida com Capitão. Você sequer está autorizada a falar dele, vai por mim você não vai querer falar dele com ninguém ou essa coisa no seu pé vai te eletrocutar até você perder a consciência. 

- É, estou sabendo – falei com um pequeno sorriso.

- Ah, ela sabe falar – Stark bateu a mão de leve na mesa enquanto forçava um sorriso – sério garota. Foi o melhor acordo que consegui para você e não foi fácil, não mesmo. Os caras não dão o braço a torcer com facilidade e sequer queriam te dar uma chance, foi necessário um discurso altamente humanista para que eles entendessem que o local de uma adolescente de quinze anos não é na cadeia. 

- Obr…

- Não quero seu obrigado, já disse para agradecer seu amigo tagarela e nervosinho ali – ele apontou para Peter quem o fitava sério.

Permanecemos em silêncio por um tempo, fitava Stark com um sorriso nos lábios que já havia desistido de esconder, Tony olhava para Peter quem também o fitava sério. Eu apenas sorria. Estava visivelmente contente por não ter acabado, por Capitão não ter se dado por vencido e por ter voltado por seus amigos tirando-os das celas que foram postos injustamente. 

- Ele sabe que sou grata por tudo – falei lhe lançando um rápido olhar, Peter me fitou de volta ainda sério – e entendi Stark. Sem falar com eles ou deles. Obrigada pela preocupação. 

- Acho que você não entendeu – Tony ficou de pé apoiando as mãos na mesa enquanto aproximava seu rosto – pare de ser sarcástica por alguns segundos e pense. 

Apenas o fitei ainda sorrindo, o encarava com as sobrancelhas erguidas. Hei de confessar que ver Tony Stark visivelmente impaciente na minha frente era algo que me alegrava. 

- Na primeira vez que você escolheu sem pensar nas pessoas ao seu redor seu pai sofreu e inventou mentiras pra não te entregar. Ele ficou tão aliviado quando te teve de volta que afirmou não ter sido você mesma a tomar aquela decisão. E você se lembra de como ele ficou decepcionado quando você disse que não havia ninguém controlando sua mente e que foi escolha sua? 

- Como você sabe disso? – perguntei assustada e sem sorrir. O sorriso havia sumido de meus lábios e tudo o que conseguia pensar era em como Tony sabia de tudo aquilo.

- Não seja egoísta porque mesmo que queira você vai machucar a si mesma desta vez – Tony desencostou da mesa endireitando seu corpo – e será fisicamente. Se você acha que é algo nesta luta, você está errada. Você é apenas uma adolescente de quinze anos que ninguém quer atrapalhar a vida. Pense em seu pai dessa vez e pare com esse sarcasmo porque não é nada fofo.

Apenas o fitava enquanto ele falava aquelas coisas no intuito de me machucar, mas apenas as coisas que ele disse referente à meu pai e sua decepção com as minhas escolhas me afetaram. Em contrapartida nada do que ele disse, sobre não precisarem ou me quererem por perto, não me importava, eu não fazia isso por eles ou para agradá-los, eu fazia por causa de minha ideologia e, especialmente, porque aquele babaca de pé na minha frente tinha me enfiado no meio de tudo aquilo.

- Estão avisados do que aconteceu, Parker fica de olho na sua amiguinha por mais que ela já saiba os riscos que corre – Tony olhou em seu relógio apertando um pequeno botão vermelho no canto direito. De imediato um barulho iniciou-se indicando que a armadura começava a se montar em volta de seu corpo, em questão de segundos ele estava com sua tradicional armadura vermelha e dourada e desativou o capacete para nos olhar – até mais.

- Stark – Peter ficou de pé rapidamente o fitando.

- Tem algo a me dizer, Peter? – ele perguntou o fitando – diga logo porque tenho que resolver algumas coisas.

- Quero conhecer. 

- Conhecer o que? 

- A prisão – Peter respondeu andando na direção de Tony, mas não subiu pela mesa desta vez, ele apenas passou em volta da mesma. 

- Você não queria ir para Alemanha por causa de um dever de casa e agora quer matar aula para ir até a prisão? 

- Eu quero vê-la – ele dizia firmemente enquanto parava próximo de Tony. 

- Peter…

- Com todo respeito, senhor Stark – ele o interrompeu de imediato – sem questionar o ajudei a prender a maioria dos que estavam por lá e o senhor os colocou em uma espécie de centro de detenção que nunca vi. Então agora eu gostaria de ver ele. E já que eu deveria ser sua grande surpresa, isso não é um problema, certo Tony?

- Não – Tony o respondeu – sem problema mesmo. 

Peter então se virou em minha direção após uma longa troca de olhares com Stark, me perguntava o que estava acontecendo e porque Peter não estava mais agindo como um manda-chuva de Tony – Você me cobre? 

- Claro – respondi um pouco assustada pela vontade repentina de Peter de visitar a prisão que tinha acabado de ser invadida por Capitão. 

- Obrigado – ele respondeu sério. 

Stark fechou sua armadura enquanto esperava Peter ajeitar seu lançador de teias em suas mãos, olhei ao redor de modo que observasse as janelas e outros locais para ver se alguém os observava, afinal, Peter sairia lançando suas teias por ai, aparentemente sem sua roupa de aranha, e ninguém da escola podia ver tal acontecimento ou sua identidade secreta estaria comprometida.

- Podemos ir? – Tony perguntou parado no mesmo local. 

- Sim – Peter balançou a cabeça positivamente me lançando um breve sorriso. 

Apenas o fitei com um breve sorriso nos lábios, Tony alçou voo com sua armadura e Peter lançou sua teia no prédio mais alto da escola dando continuidade nos prédios seguintes a medida que seguia Tony quem tomava a frente como bom líder que gostava de ser. E assim o vi se afastar em direção ao Norte enquanto pensava em como conseguiria voltar sozinha para a sala de aula depois de toda aquela confusão.

Mas não podia deixar nada me abalar. Não mais, não depois da notícia que tinha acabado de receber: Capitão e seus aliados mantinham-se de pé na luta e aquilo para mim nada mais era do que um grande sinal de esperança, de que tudo ainda poderia se resolver, de que a liberdade tomaria seu rumo certeiro.

E tudo daria certo.


Notas Finais


E então, o que acharam? O próximo capítulo é maior, prometo!
Primeiro, Luna é abusada né? Não vou mentir, adoro! Ela encarando o Stark toda sarcástica.
Segundo, Peter está percebendo algumas coisas ou tomando decisões precipitadas?
Terceiro, Você meu leitor amável que já leu a HQ do Arco da Guerra-Civil, sabe o que tá rolando e sabe que grande parte do diálogo final foi retirado da HQ do Aranha, então sem spoilers para os amiguinhos! HAUHAUHA
Espero que tenham gostado! Beijos! ♥


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