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História Civil War: Moon. - Casa.


Escrita por: Seola______

Notas do Autor


Esse capítulo eu escrevi com a ajuda de um amigo (anjo na minha vida), e tem mais diálogos que o normal. Obrigada, Pete, por me ajudar com esse capítulo. Espero que gostem!
Beijos!

Capítulo 23 - Casa.


Caminhávamos para fora do QG de mãos dadas, parecíamos um casal, um casal diferente porque não são todas as garotas que tem a sorte de segurar a mão de um cara e sentir o seu lançador de teias, acho que só eu mesma. Ri sozinha do meu pensamento, o que atraiu a atenção de Peter quem virou seu rosto para me fitar ainda parados no beco. Ele perguntou o que foi e apenas balancei a cabeça negativamente com um sorriso.

- Pronta? – ele perguntou passando seu braço esquerdo em volta de minha cintura enquanto juntava nossos corpos cada segundo mais.

- Sempre – sorri o fitando. 

Ele lançou a teia no telhado e logo subimos em um passe de mágica, paramos no topo do prédio disfarçado em que o QG se encontrava e após uma breve olhada ao redor, Peter saltou lançando teia no prédio mais próximo. Desde que lutávamos juntos, durante a noite pelo Queens, não tinha balançado na sua teia novamente e, por mais que tenha sido pouquíssimo tempo, senti falta daquilo que estava sendo rotineiro para mim. Apenas fechei os olhos sentindo o vento bater abrupto em meu rosto, mas não de uma maneira ruim, o frio na barriga misturado com o vento que bagunçava meus cabelos, disparadamente, era a melhor sensação que já havia experimentado. Peter nos levava de prédio em prédio de volta para o Queens o que me dava um ar de tranquilidade, por alguns segundos, até me recordar que estávamos em uma Guerra Civil. 

Paramos no prédio alto que tinha próximo de nossas casas, me soltei de Peter no mesmo instante em que ele retirou sua mão de minha cintura, quando teve certeza de que estávamos seguros no telhado, soltou sua teia logo em seguida e puxou sua máscara para cima, o que não era problema já que estávamos no topo de um prédio escuro iluminado pela pouca luz da Lua, já que as nuvens acidentadas a tampavam. 

Assim que andamos em direção a lateral do prédio o celular de Peter chamou em um sonoro toque conhecido, dei um fraco sorriso enquanto ele o retirava de algum lugar em sua roupa e então olhei para minha casa percebendo que estava tudo apagado. Esperava que meu pai tivesse saído da cidade e não sido pego por Stark ou algo assim.

- Tia, oi! – olhei para Peter enquanto ele falava com sua tia na maior naturalidade do universo, ele me lançou um olhar entortando a boca de leve em uma tentativa de careta – É… Não, tia eu… O Sr. Stark tá aqui… É… Não, ele não tá aqui…

Ele gaguejava enquanto eu evitava rir ou fazer qualquer barulho. 

- Como assim? Ele saiu, sim, saiu… Ele tava aqui agorinha, mas sabe como é a vida dessas pessoas de alto nível… Ele já já volta. Um recado? Sim, sim... Não, não – ele me lançou um breve olhar sem graça – não esqueci de tomar leite. Nem as vitaminas…. Não existe biscoito melhor que o seu – segurei a risada de modo que ele me fitasse – Tia May, vou ter que sair desligar agora, tchau, até mais. 

Olhei para sua tia, em sua casa, acompanhando o olhar de Peter assim que ele guardou o celular novamente, tia May caminhava em direção à cozinha provavelmente pronta para cozinhar seu jantar, talvez esse fosse seu modo de não se preocupar tanto com Peter, era óbvio que ela estava com a feição de preocupada e a compreendia. Apoiei minhas mãos no parapeito do prédio lançando um olhar para Peter quem me fitou de volta, arqueei as sobrancelhas perguntando: 

- Viagem com o senhor Stark? – dei ênfase no “senhor” tentando imitar sua voz. 

- Eu… Eu tive que inventar uma história sabe? Minha tia não pode saber sobre mim, você sabe, eu tive que inventar que ia viajar com Stark para ela não se preocupar tanto e ficar fora de perigo.

Assenti balançando a cabeça positivamente, virei-me de frente para a casa de Peter, novamente, observando sua tia despejar alguns legumes na panela – Você acha que Stark faria algum mal à ela?

- Não… – ele respondeu ao meu lado – Não o Stark que eu conheço – fez uma breve pausa atraindo minha atenção novamente, Peter estava de cabeça baixa olhando para a rua, nossa rua, a qual sequer podíamos pisar por sermos considerados criminosos – Mas não sei se o Stark que eu conheci e admirei é o verdadeiro Stark.

- Eu achei que Stark era um bom homem, até… – fiz uma breve pausa olhando para minha mão machucada – Até ele mandar dois caras, dois vilões, quase te matarem. Ele não vai parar, Pete – o fitei tentando parecer tranquila, mas eu não estava, nem um pouco. Por mais que eu soubesse que Peter sabia se cuidar, que era um excelente herói e que, com toda certeza, era melhor que Tony Stark, tinha medo e tentava não transparecer isso, pelo menos não muito.

Pela primeira vez desde que voltamos ao Queens ele virou sua total atenção em minha direção – Não, não vai… E isso me preocupa, o que vai ser da Tia May? Não posso mentir sobre a viagem por muito mais tempo, ela não pode me perder. Eu… Eu não quero viver por mim, quero viver por ela, eu quero voltar sabe? Estar lá por ela… – ele desviou o olhar para sua casa novamente – desde que…. Desde que o tio Ben morreu ela tem estado sozinha, ela só tem a mim e eu preciso que essas guerra acabe, eu….- ele coçava a nunca desenfreadamente e tornou a me olhar com seu olhar assustado, penoso, não o olhar de sempre que eu estava acostumada.

- Ninguém quer perder você, Pete – falei o fitando – e nem vamos. Você vai voltar pra casa, vai voltar pra Tia May e comer os deliciosos biscoitos que ela prepara – soltei uma breve risada.

Ele sorriu com o canto da boca – Obrigado Luna. Você não vai me perder, pelo menos eu farei o possível para que não – ele tornou a olhar para frente, mas dessa vez percebi que ele não olhava para sua tia entretida na cozinha – Desculpa, tô sendo tagarela e dramático, eu nem perguntei do seu pai, ele não parece estar em casa.

- Você é sempre tagarela – ri desviando o olhar para minha casa ficando um tempo em silêncio, as luzes estavam apagadas, as janelas com as cortinas cerradas, realmente parecia não ter ninguém em casa – Ele provavelmente viajou. Ainda não tivemos tempo de conversar, mas… Acho que ele está bem, ao menos espero. 

- Ele deve estar bem – Pete me tranquilizou – É seu pai, deve ser durão que nem você “garota aluada”. 

Ri do apelido e também da lembrança que vinha em minha cabeça naquele momento – Tão durão que apontou uma arma na minha cara – fiz uma breve careta emendando em uma risada, também breve.

- Ele realmente é o seu pai… – Peter fez uma breve pausa não parecendo surpreso – mas uma arma? 

- Fiquei muito assustada, foi quando Natasha me tirou de casa e me livrou daquele coleira estúpida – olhei para Peter sorrindo – e obrigada, afinal, por ter pedido Natasha para me ajudar. Mas, sério, por quê fez isso?

Peter demorou a responder, contraiu seus lábios e logo transformou a linha reta em um sorriso - Eu… Eu me importo com você Luna, sabe? Muito, muito mesmo e eu não conseguia te ver infeliz daquele jeito, presa, com uma coleira como se fosse um animal raivoso. Você não merece aquilo.

- Obrigada, Pete. Mesmo – sorri o fitando, até se explicando e dizendo o quanto se importava comigo ele era charmoso – quando ela disse eu quase não acreditei, quero dizer, claro que acreditei porque eu faria o mesmo por você, mas… – o fitei nos olhos – você foi insano. Stark, provavelmente, não sabe disso ainda, mas quando ele souber, ele vai te odiar ainda mais. E eu não posso te ver todo destruído daquela maneira, não de novo, você não sabe o que eu senti quando te vi nos braços daquele homem… Justiceiro – lembrei seu nome completando a frase e desviando o olhar enquanto o sorriso sumia de meus lábios – Eu achei que você tinha morrido e… – novamente, fiz uma pausa, mas dessa vez não foi breve, lembrei de como tinha me sentido ao ver Peter daquela maneira e de como não quis, nem mesmo por um segundo sair de seu lado, mordi o lábio concluindo – Ainda bem que você está bem.

- Dizem que vazo ruim não quebra – ele soltou uma risada abafada após a piadinha para quebrar o clima, em seguida virou-se na minha direção fazendo com que o encarasse diretamente, a imagem de Peter completamente machucado pairava em minha mente como uma lembrança difícil de ser esquecida – Não se preocupe, eu não pretendo ver o tio Ben tão cedo, tenho outras… – ele pausou gaguejando – pessoas… Que me dão sentido de vida.

Ele levou sua mão até o meu rosto sorrindo, colocou uma mecha do meu cabelo curto para trás de minha orelha, sorri sem tirar meus olhos dos seus. Normalmente desviaríamos os olhares e evitaríamos qualquer atitude de afeto e carinho, mas não naquele momento, acho que ambos sequer importávamos se estávamos indo rápido demais, se as coisas se complicariam ou algo relativo. Aparentemente o fato de se estar em uma guerra, correndo perigo, após um de nós ficar preso em casa e o outro entre a vida e a morte fez com que percebêssemos que muita coisa não importava mais, pelo menos não a ponto de negarmos nossos desejos. E, naquele momento, o desejo era mútuo. 

Não houve uma atitude inicial de ambos, ninguém deu o primeiro passo ou fez o primeiro movimento, ambos aproximamos nossos rostos sentindo as respirações ainda mais próximas. Como de praxe meu coração saltou em meu peito e pude ouvir o de Peter tendo a certeza de que nossos corações batiam na mesma velocidade, sorri olhando para seus lábios com nossos rostos próximos, pude ver os lábios de Peter se formarem no sorriso que tanto gostava, o que me fez sorrir ainda mais. A mão de Peter encostou em meu rosto e senti seu indicador na maçã de meu rosto enquanto seus dedos se esticavam por meu pescoço até o início de minha nuca, fechei os olhos me entregando por inteira para ele, talvez pela primeira vez, afinal, todas as outras vezes algo passava por minha cabeça e a sensação de que era algo errado permanecia durante o beijo, mas não daquela vez, não naquele beijo. 

Peter, por ser mais alto que eu, inclinava seu corpo um pouco para frente, estiquei minha mão direita até a sua mão livre e pude sentir a textura do tecido de sua luva esquerda, ele segurou minha mão entrelaçando nossos dedos e apenas aproveitei o beijo mais apaixonado que tinha dado em toda minha vida. Peter conseguia fazer com que tudo ao meu redor fosse esquecido, todos os conflitos familiares, os conflitos com Jullie, a Guerra e todas as outras preocupações que rondavam minha mente vinte e quatro horas por dia. Só ele tinha aquele poder e, honestamente, era sua habilidade mais admirável.

Encostamos nossas testas sem soltar as mãos ou ele tirar sua mão direita de meu rosto, sorri o fitando nos olhos enquanto ambos recuperávamos o ar. Sorríamos um para o outro sem ter o que dizer, e, certamente, não precisávamos. 

Escutei um barulho de algo bater, nada muito alto, mas eu incrivelmente conhecia aquela batida de porta por escutá-la todos os dias, afinal, sempre que escutava Jullie fechar a porta de sua casa começava a pegar minhas coisas para sair da minha e irmos para a aula. Olhei na direção de sua casa e Peter fez o mesmo sem soltar minha mão. 

- Ela nunca vai nos perdoar, né? – perguntei observando Jullie com seus cabelos ruivos atravessar a rua.

- Ela vai sim, só dê tempo ela – ele sorriu coçando a nuca com a outra mão.

Permanecemos em silêncio, mas logo Peter prosseguiu:

- Eu não sei como agiria no lugar. Quero dizer, imagina te ver com o Flash Thompson, eu… – ele então fez uma breve pausa desviando o olhar rapidamente – É… Ignora o que eu falei – arqueei uma sobrancelha o fitando enquanto ele tornou a coçar a nuca visivelmente sem graça – Não a primeira parte, a última, você entendeu: você, Flash… Eu… É… Nada demais.

Gargalhei me dando conta do que ele estava falando – Não gostaria de te ver com… Sei lá, Liz Allen também. Ou até mesmo Jullie – senti meu rosto corar enquanto desviava o olhar observando Jullie sumir ao lado delas na esquina – e eu seria insana se gostasse do Flash, eu mesma me internaria no hospício.

- Qual seria o problema de me ver com a Julles?

Soltei nossas mãos cruzando os braços o fitando – Você tá mesmo me perguntando isso, Parker? 

- Desculpa “Mooouraes” – ele enfatizou meu sobrenome com o sotaque americano – Não sabia que isso poderia te deixar com essa cara de…. Lunática?

- Você está muito engraçadinho hoje – virei-me de frente para ele sorrindo – qual seria o possível problema de me ver com o Flash, então?

- Você é legal, Flash não – ele respondeu de imediato me fitando – você não respondeu minha pergunta e eu sou sempre engraçadinho, você devia saber.

- É, eu sempre soube – sorri olhando para sua casa, mais uma vez – Olha, sua Tia May terminou a sopa – desconversei tentando evitar olhá-lo enquanto sinto meu rosto queimar, eu, provavelmente estava vermelha.

Não é que eu não gostasse dele com a Julles, quero dizer, eu não gostava. Não no momento. É só que era ruim pensar em Peter com outra garota, era horrível para mim. Se fosse há algum tempo atrás, bem pouco tempo até, tudo bem. Mas naquele momento me sentia tão próxima de Peter, de maneiras diversas, que tinha medo de perdê-lo.

- Sim – percebi-o virar-se em direção de sua casa – me machuca vê-la fazer isso – demorei a compreender, mas então notei que haviam três pratos na mesa de jantar, Peter reforçou com tristeza – colocar a mesa para três. É como se ela não soubesse ou não quisesse saber que o Tio Ben se foi, por minha culpa… – senti uma pontada em meu peito, aquilo era realmente triste e não sabia que era algo tão doloroso para ambos, mas como saber se Peter jamais tocava no assunto, por razões pessoais, ou não sei.

Escutei sua voz mais uma vez atraindo minha atenção – Obrigado Luna.

– Obrigado pelo quê? – perguntei sorrindo enquanto o fitava em seus olhos castanhos.

- Obrigado por tudo… – ele desviou o olhar novamente, não sorria, apenas olhava para sua tia sentada a mesa de jantar sozinha, olhei na mesma direção enquanto o escutava – Obrigado por me fazer esquecer um pouco meus problemas, por ser essa pessoa teimosa e incrível que você é. Por ter se preocupado comigo quando poderia ter me odiado quando escolhi o Stark.

Não consigo esconder o sorriso – De nada, Pete. Eu sempre vou me preocupar contigo – fiz uma breve pausa coçando a nuca, abaixei a mão após perceber que sua mania estava passando para mim – eu não sabia que ficaríamos tão próximos, algum dia. Claro que isso é demais, mas eu nunca imaginei estar aqui agora, com você. Eu conheço o Homem-Aranha e Os Vingadores, isso é legal pra caramba! – Rimos juntos enquanto eu me exaltava – Mas assustador também, e desde o princípio tive você comigo, o que, com toda certeza, fez muita diferença em minha vida. Então, se alguém tem que agradecer, esse alguém sou eu. Obrigada por sempre estar comigo.

- De nada. Conhecer Os Vingadores foi incrível né? Tipo, uau! – ele riu virando seu rosto para me fitar – eu tive um “xis um” com o Capitão!

- E você apanhou pra caramba! – zombei segurando a risada o fitando.

- Alguém me distraiu… A segurança dela era mais importante… – ele arqueou a sobrancelha defeituosa, mas imensamente charmosa, me fitando – E… Era o capitão! – Peter levantou os braços em forma de protesto enquanto se virava em minha direção – Você sabia que ele é do Brooklin? Ele deve gostar do Nets… Tô quase mudando de time.

Gargalhei o fitando – Não faço ideia do que você está falando, mas, se não fosse por mim, você seria esmagado por aquele contêiner – brinquei – E eu posso me virar sozinha, cabeça de teia – sussurrei de modo que ele não ouvisse – mas obrigada, sério.

- Mas olha, temos uma heroína aqui! Uma que batia no peito para falar que não era uma e, espera um pouquinho – ele ergueu as mãos olhando para seus dedos como se estivesse fazendo contas – essa “não-sou-uma-heroína-como-você-Parker!” me salvou quantas vezes? Ah, sim – ele sorriu mantendo quatro dedos levantados – quatro vezes!

Ri o fitando – Pare com isso.

- E ela até tem um traje, senhoras e senhores! – ele ergueu os braços em minha direção como se estivesse me mostrando para uma plateia inexistente.

Andei até ele começando a ficar sem graça, dei-lhe um tapa de leve no ombro e ri ainda mais de sua cara de protesto.

- Ela está me batendo, é uma heroína maluca! – ele falava alto olhando para os lados enquanto ria, passou seus braços em volta de minha cintura voltando a me fitar – e agora está presa! 

Gargalhei fechando os olhos brevemente – Você não se cansa de ser engraçado?

Ele balançou a cabeça negativamente me fitando nos olhos com um pequeno sorriso nos olhos – Nem um pouco.

- Que bom – respondi olhando em seus olhos castanhos – não pare.

- De te beijar? Nem pretendo. 

Sorri com sua resposta e mais uma vez aproximamos nossos rostos, mas antes mesmo que pudéssemos beijar um toque telefónico fez com que nossas atenções deixassem de ser o beijo. Olhávamos ao nosso redor procurando pelo toque e então Peter apontou para o meu pescoço, abaixei o olhar até minha roupa e não vi nada além de algo brilhando, Peter sorriu me soltando.

- Você é tipo um notebook da Apple.

- Que? – o fitei confusa tentando olhar para o que ele tanto olhava. 

- Juro que não estou olhando para… – ele ergueu o olhar até meu rosto ficando sem graça e então compreendi do que se tratava – é que tem uma lua prateada piscando ai.

Passei as pontas dos dedos de minha mão direita acima de meus seios, mais precisamente entre a garganta e eles, senti algo em alto relevo e como se fosse um botão, pressionei os dedos e então a voz de Capitão se tornou sonora, ele chamava meu nome: 

- Luna? 

Olhei para Peter quem me fitou maravilhado com a tecnologia, ele colocou a máscara no instante em que respondi ao Capitão.

- Sim?

- Homem-Formiga e Pantera Negra estão de volta antes do esperado – ele falava – o plano se iniciará mais cedo, não temos tempo a perder. Preciso de você e Homem-Aranha aqui.

- Estamos a caminho, Cap – Peter recarregava seu lançador de teias – por aqui, tudo em ordem.

- Certo, Homem-Aranha. Vejo vocês em breve.

- Tchauzinho, Cap.

Peter bateu continência mesmo sabendo que Capitão não estava vendo-o. 

- Pronta, lunática? 

- Quando você vai parar com os apelidos? – perguntei me aproximando dele.

Ele passou seu braço esquerdo em volta de minha cintura novamente – Não sei. Até você escolher um codinome. 

- É – balancei olhando para cima – conto com sua ajuda. 

- Lulu? – ele perguntou lançando a teia no prédio a nossa frente.

Fiz uma careta – Certo. Vamos continuar pensando.

Peter apenas riu e lançou a teia no prédio mais próximo, meu cabelo, como de costume, voava para trás por causa do vento e eu apenas sorria aproveitando as sensações daquele momento que sempre parecia como a primeira vez. Escutava a respiração de Peter abafada por causa da máscara e então levantei meu rosto de modo que o fitasse, pude vê-lo virar seu rosto em minha direção e eu não precisava de ver seus lábios para saber que ele sorria.

- O que foi? – ele perguntou soltando uma risada abafada – você está atrapalhando minha concentração aqui, se formos... Essa não!

Escutei uma explosão segundos antes de perceber que não estávamos mais no alto, Peter não lançava mais sua teia no alto do prédio e nem mesmo me segurava firme em seu braço, eu estava caída ao que achava ser um chão, mas na verdade me esforçava para levantar da cobertura de um prédio, do mesmo tipo em que estávamos antes de sermos chamados por Capitão. Com os braços trêmulos tentava me erguer sentindo uma pontada em minha barriga, provavelmente tinha me machucado com o tombo, mas, na verdade, tudo o que me importava era com Peter.

Meus olhos encontraram a silhueta de Peter se levantando na outra ponta do prédio, ele estava encostado no parapeito e, pelo visto, se não houvesse um por ali ele teria vazado e caído, mas se ergueria com sua teia. Me levantei tomando impulso para frente pronta para ir até ele, mas senti algo puxar-me para trás através dos cabelos, senti uma pontada de dor incômoda em minha nuca, já que, quem quer que fosse, me puxava com força a ponto de, de jeito maneira, me deixar alcançar Peter.

- Onde pensa que vai, garota brilhante?


Notas Finais


Os dois tão muito fofos, socorro! Foi lindo escrever isso. Mas claro, tudo o que é bom dura pouco né? Desculpem a demora, tô começando a me enrolar com a faculdade e só peço que tenham um pouquinho de paciência. Amo vocês.
Beijos!


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