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História Civil War: Moon. - Caramba!


Escrita por: Seola______

Notas do Autor


Mais um! Espero que gostem e não deixem de comentar! Beijos <3

Capítulo 7 - Caramba!


Peter aterrissou na porta da joalheria, os letreiros indicavam seu nome e a entrada, eles brilhavam como se nada estivesse acontecendo pelo lado de dentro, mas o alarme alto e ensurdecedor nos mostrava completamente o contrário. Lá dentro podíamos ouvir, parados na calçada, barulhos de vidros sendo quebrados e vozes se apressando. Peter lançou uma teia para o alto, perto do letreiro colorido, e então retirou sua mochila jogando-a para cima na direção da teia. A mochila grudou na mesma e ele então me puxou para o canto escuro, enquanto mantinha seu rosto próximo ao meu, o escutei sussurrar mesmo sem lhe enxergar:

- Você fica aqui.

- O que?

- É muito perigoso – ele soltou meus braços – se eu precisar de qualquer coisa, eu te chamo. 

- Mas eu vim…

- Eu sei. Eu não tive ninguém para me ensinar ou ajudar no princípio e apanhei muito por isso. Ainda apanho e, acredite, isso não é nada legal.

- Eu posso ajudar – sussurrei.

- Eu sei e é por isso que a chamarei se precisar. Mas agora eu preciso que fique aqui.

- Tudo bem.

Ele então me deu um tapinha nas costas e correu em direção a porta quebrada da joalheria. Meu coração estava a mil, minha cabeça latejava e o bolo em minha garganta evitava que eu engolisse a saliva. Respirei fundo fechando os olhos tentando me manter calma. Eu precisava mesmo estar ali? Que merda deu na minha cabeça pra decidir ir a uma cena de crime como aquela? Eu não era uma heroína e todo meu nervosismo apenas confirmava isso me deixando ainda mais nervosa. 

Merda, todo aquele papo de poderes e suas responsabilidades pareceram tão inspiradores quando Peter falou, mas ali, tão próxima de um bando de ladrões e do Homem Aranha eu estava amedrontada e com medo de qualquer barulho que escutava, me assustava até mesmo com o vento que bagunçava meu cabelo e fazia com que as pontas esbarrassem na nuca causando cócegas o que me fazia virar para trás assustada pensando que era alguém por perto.

Levantei o olhar até a mochila cor caqui presa na teia, tentava respirar fundo enquanto sentia minhas mãos tremerem no bolso da jaqueta de Peter com o logotipo da escola, tentava pensar em coisas boas de modo que parasse de tremer e segurasse o vômito e foi quando percebi que mesmo estando amedrontada eu não estava me sentindo quente por dentro a ponto de não conseguir segurar meus poderes. Eu não sentia nada além de enjoo, o que era constante nas situações em que ficava ansiosa. Mas não quente, não via as coisas mais claras, ou seja, meus olhos ainda estavam pretos, não estava prestes a ficar fora de controle como normalmente acontecia ao me apavorar e aquilo me fez sorrir. Eu estava aprendendo a me controlar? Era isso que tudo aquilo significava? 

Fechei os olhos forçando-me a pensar nos poderes, como quando a vez em que brilhei em frente ao espelho e vi meu próprio reflexo antes de brilhar ao extremo e cair fraca no meu quarto em minha antiga casa. Meus olhos ficavam em uma cor tão prateada que, às vezes, pareciam brancos brilhantes, assim como a Lua. Abri os olhos sentindo meu interior arder, mas eu queria que aquilo acontecesse, pelo menos o suficiente para que eu pudesse fazer algo ao invés de ficar estocada naquele chão. Eu estava ali para ajudar e era isso que eu faria.

Abri os olhos conseguindo enxergar tudo ao meu redor. O canto que antes parecia escuro agora estava claro graças à minha visibilidade noturna, era apenas uma das habilidades que possuía. Pude escutar um barulho oco vindo do lado de dentro da joalheria e então andei em direção à porta de vidro recém quebrada passando por cima dos cacos de vidro com cautela. Quando dei o primeiro passo para o lado de dentro pude escutar um grito abafado vindo pelo meu lado esquerdo, mas parecia longe o suficiente para me preocupar, olhei na direção do grito e então vi a silhueta de Peter sendo erguida por um homem enorme quem o segurava acima de sua cabeça como se fosse um haltere de malhação. 

Peter voou em direção ao vidro e em uma fração de segundo atravessou o mesmo, com um logo de diamante desenhado, com tanta força e brutalidade que voou para a rua juntamente com os cacos do vidro recém quebrado.

Virei-me em direção à rua correndo até Peter no instante em que o localizei caído ao chão se esforçando a levantar, seus braços estavam trêmulos e sua roupa um tanto quanto rasgada. Abaixei-me atrás de si o puxando para minha direção enquanto o chamava pelo nome. 

- Luna… O que você está fazendo aqui? – ele disse tentando se levantar mais uma vez.

- Vamos lá – sussurrei olhando para frente – se levanta.

- Sai daqui, Luna – ele sentou-se no asfalto ofegante – esses caras… Eles são fortes.

Observava o homem enorme, que havia acabado de jogar Peter para o lado de fora, andar lentamente em nossa direção, a medida que ele se aproximava meu coração acelerava devido à adrenalina, mas não pensei duas vezes antes de me colocar na frente de Peter andando na direção do homem. No instante em que ele me viu parou de andar me fitando, estiquei os braços para baixo apenas o encarando tentando parecer o mais séria possível.

- Saia da frente, garota. 

Não respondi, apenas senti meu estômago embrulhar cada vez mais, minha respiração começava a falhar enquanto eu tentava parecer tranquila. 

- Eu quero o Homem-Aranha.

- Boa sorte com isso – falei o fitando.

O homem sorriu, o que me fez arrepiar completamente. Seu sorriso parecia repleto de maldade e pensei em correr na direção oposta a ele, mas eu não podia fazer isso. Eu usaria meus poderes para pará-lo ou pelo menos tentaria. O que, bem lá no fundo, pensava ser uma ideia completamente idiota porque eu não sabia ao certo como faria isso, mas ao menos tentaria. Deveria tentar. Por Peter, por mim. Fixei meus pés no chão enquanto sentia meu coração acelerado perto da boca e fiquei ainda mais nervosa quando o homem, enorme e sorridente, começou a correr em minha direção como um touro atrás da bandeira vermelha em uma tourada.

A medida que o homem se aproximava eu mentalizava algumas coisas ruins de modo que meu corpo se aquecesse o suficiente para criar um escudo à minha volta. Eu não sabia nenhum golpe de luta e muito menos sabia utilizar meus poderes de modo ofensivo sem que todos ao meu redor saíssem machucados, por isso o escudo parecia mil vezes melhor. Senti o poder saindo de meu peito e soube que, mesmo invisível, o escudo já me protegia sem seu brilho ofuscante, lancei um rápido olhar para Peter quem se levantava totalmente me fitando, ele lançou a teia rapidamente acima da minha cabeça grudando-a no topo de fachada do prédio saindo do campo de defesa que havia criado para nós dois.

O homem parou a centímetros de mim quando viu Peter passar por cima de si pendurado na teia indo na direção da joalheria, ele virou-se bruscamente na direção dele e, urrando, correu na direção de Peter tentando alcançá-lo. Peter grudou na parede, bem acima do vidro recém quebrado que estampava o logo da loja. Olhando na direção do brutamontes ele desafiava a gravidade mantendo parte do seu corpo no ar e se mantinha na parede apenas com as mãos e os pés. 

- É a mim que você quer, fortão. Esquece a garota. 

O homem urrou correndo na direção da parede.

- Isso mesmo, siga o papai.

Fazendo uma acrobacia Peter aterrissou ao chão bem ao lado do homem, ainda dentro do meu escudo acompanhava com o olhar Peter fazer o homem cada vez mais de bobo, ele pulava, rolava, lançava a teia, se afastava e se aproximava do homem quem desferia golpes no ar. Talvez ele fosse vencido pelo cansaço de tentar alcançar o Homem-Aranha quem era muito mais rápido do que ele. O homem, urrando de ódio, socou na direção de Peter, mas seu punho encontrou a parede de tijolos amarelados ficando seu punho preso no mesmo. 

- Oh – Peter pulou de sua teia parando ao lado do homem – você tá bem? Você parece meio preso… O que rolou? 

O homem, mais uma vez, urrou de raiva tentando alcançar Peter com a outra mão, mas ele apenas deu alguns passos para trás evitando ser pego. Com a respiração normalizando senti o escudo se esvair no instante em que fechei os olhos dizendo a mim mesma que estava tudo bem, dei um fraco sorriso olhando na direção de Peter quem apontou suas mãos para o homem lançando suas teias de modo que ele ficasse ainda mais preso a parede. Peter, virando em minha direção enquanto finalizava uma piadinha sobre o homem estar grudado na parede, levantou o dedão indicando que estava tudo bem, sorri parada no mesmo lugar sentindo, novamente, frio já que a temperatura de meu corpo caiu no instante em que desativei o escudo. Olhei para o céu observando a Lua e, por um instante, sorri enquanto agradecia a ela pela coragem me dada naquela noite. Talvez eu realmente fosse capaz de mudar algo e, por mais que eu não tenha feito exatamente nada naquela noite, apenas o fato de perceber isso já era algo positivo para mim mesma.

- Ei, aberração? 

Tudo a seguir aconteceu tão rápido que só me dei conta de que não estava assim tão bem quando tentei me levantar e o grito assustado saiu de minha garganta, porém inaudível o suficiente para que ninguém me escutasse. O soco havia sido certeiro e direto na maçã esquerda de meu rosto, talvez o Brutamontes Número Dois tivesse acertado minha cabeça se eu não tivesse, por um reflexo, desviado. Rolei quase meio metro do homem em direção ao outro prédio do lado oposto da rua, bati minhas costas com força na parede de concreto, pintada de azul bebê, sentindo uma pontada de dor nas costas. Curvei meu corpo para frente, caída ao chão, cuspindo o sangue que tomava conta de minha boca em grande quantidade, havia mordido minha bochecha internamente devido ao impacto do soco, sentia a bochecha latejar junto com a cabeça recém batida na loja de roupas de bebês que se encontrava fechada, obviamente. Senti o sangue escorrer em minha perna e então percebi que minha roupa, além de suja, estava rasgada em certas partes, como minha perna esquerda. Trêmula ergui a mão direita, a única mão livre já que o peso do meu corpo estava por cima da outra, tocando minha face na direção da maçã do rosto e sentindo totalmente molhado o novo corte que havia ganho.

O mesmo cara que havia me acertado em cheio agora urrava enquanto corria em minha direção, encostei minhas costas na parede sentindo meus olhos tornarem a clarear tudo a meu redor, senti o calor dentro de mim emergir pronto para expandir em um escudo que me protegeria e foi quando senti os braços de Peter em volta de minha cintura, demorei a compreender que estava sendo deslocada do chão para outro canto ainda do mesmo lado da rua.

- De novo não, grandão – ele falava enquanto segurava a teia com uma mão e me carregava com a outra – sua mãe não te ensinou que não se pode bater em mulheres? Caramba! 

Peter me deixou no passeio em uma distância razoável de ambos os homens e se pôs em direção ao que tinha acabado de me bater, senti uma pontada na costela e apenas esperava que não tivesse me machucado muito, caso tivesse só sentiria quando realmente me acalmasse. Peter lançou a teia na direção do cara mantendo seu papo:

- Tá, você não é muito de conversar né? A maioria dos caras que luto não são e ai fico sem saber a história deles – ele alternava as mãos a medida que tampava a teia no alto dos prédios indo até ele – não importa muito também porque você bateu na minha amiga, seu babaca. E agora – ele parou ao chão com os braços esticados na direção do homem – você aprenderá que não se bate em mulheres.

- Vou te esmagar, inseto estúpido! – ele berrou com sua voz grossa.

- Caramba – Peter começou a tampar bolas de teia na direção do homem com tanta rapidez que o brutamontes se atrapalhava tentando desviar, mas ele apenas se afastava mais de Peter tentando proteger seu rosto – aranhas são aracnídeos. O que mais você não sabe? 

Senti o sangue acumular mais uma vez em minha boca e enquanto mantinha meu braço ralado em volta da minha barriga dolorida cuspi o sangue no chão soltando uma fraca risada. A teia branca e gosmenta voou diretamente em seus olhos tampando-os e, provavelmente, impedindo-o de enxergar qualquer coisa à sua frente, Peter rapidamente olhou para o outro homem quem arrancava a teia de seu braço preso à parede com a mão livre e, rapidamente, lançou mais teia na direção do cara o impossibilitando de tentar sair dali prendendo sua outra mão mais acima de seu corpo, ainda na parede. O homem ficou de costas para toda a confusão com ambas as mãos erguidas e coladas na parede enquanto seu parceiro se mexia de um lado para o outro tentando arrancar a grossa camada de teia que tampava seus olhos.

Peter lançou uma grossa camada de teia em cada lado de seu corpo grudando-as nas paredes dos prédios da joalheria e da loja infantil, respectivamente. Atrás de si fez um nó e então se colocou na frente das teias que haviam se tornado apenas uma formando um estilingue humano de aranha. Arqueei as sobrancelhas um pouco surpresa com a atitude e, mais ainda, com a imaginação de Peter em se tornar um estilingue humano-aracnídeo. Ele dava passos para trás se forçando a ir o mais longe que conseguisse, a teia se esticava, mas sequer fazia menção em arrebentar, ele, depois de um tempo considerável de silêncio, provocou:

- Para de mexer ou então você não me ajuda, cara.

Ele ergueu os braços retirando os pés do chão colocando-os na frente de seu corpo, como uma bola de canhão Peter voou na direção do homem acertando-o em cheio no tórax, ele urrou de dor voando há metros de distância de Peter e, mais ainda, de mim. Arregalei os olhos completamente assustada e maravilhada com tal situação. 

- E o Homem Aranha faz um Strike! – ele berrou parado onde o homem estava há alguns segundos, erguia as mãos fechadas para cima comemorando como um vencedor, o que me fez rir. Mas minha risada e sua comemoração duraram pouco e se esvaíram quando escutei Peter resmungar um “Oh, oh” e falar algo do sentido de aranha, virei meu rosto rapidamente para a direita logo pensando no outro brutamontes e ele, por sua vez, havia conseguido se soltar de ambas as teias o que era um pouco inexplicável devido a sua dificuldade anterior de soltar apenas uma das mãos. 

Corri em direção a Peter quem virava-se para trás já pronto para lançar a teia de aranha em algum prédio e desviar-se, mas antes mesmo que ele pudesse sair de perto ergui ambas as mãos na direção do brutamontes e Peter criando um muro de defesa prateado, fechado de uma parede à outra, da joalheria à loja infantil, o que causou um baque imensamente surdo quando o homem bateu diretamente com a testa no muro. Peter, imediatamente, olhou em minha direção com o braço direito levantado para cima e os dedos indicador, polegar e mindinho levantados de modo que apenas os outros dois estavam abaixados no botão que ativava o lançador de teias. 

O homem se virou em minha direção cerrando os punhos enquanto trincava os dentes e fazia sua cara mais medonha de malvado, faltou apenas espumar para se transformar em um enorme cachorro raivoso. Mantive minhas mãos erguidas mantendo o muro no mesmo lugar, à minha volta uma camada fina de escudo me protegia, como de costume, sempre que eu criava algo com minhas habilidades, automaticamente, eu me protegia e, naquele momento em especial eu estava grata por isso. Abaixei um pouco as mãos sentindo uma pontada na boca do estômago, eu estava cara a cara com outro cara enorme que, sem esforço algum, poderia me nocautear. Flexionei meus joelhos sentindo uma dor na perna ralada onde a calça estava rasgada e ensanguentada, sem tirar os olhos do homem notei um vulto ao seu redor, se não tivesse escutado Peter resmungar um palavrão e o barulho molhado e grudento de sua teia grudando no prédio da joalheria assustaria pensando que era o outro homem, mas era apenas Peter tentando me salvar mais uma vez. 

O homem corria em uma velocidade assustadora e então esqueci o muro prateado focando em meu escudo transparente tentando expandi-lo a minha volta, mas o que eu estava conseguindo era fazê-lo brilhar em seu tom prateado fraco e voltar a ser transparente, o homem com toda sua força socou o escudo no alto fazendo com que o mesmo tremesse e o barulho por dentro se tornasse alto o suficiente para que eu fechasse meus olhos. Mais uma vez ele socou, mas não tão forte quanto antes, ele me fitava nos olhos e eu mantinha meu escudo invisível com as mãos erguidas enquanto tentava mantê-lo por ali, para me proteger. Por mais que eu soubesse que poderia aumentar a intensidade e o brilho do escudo estava escolhendo não fazê-lo porque um mísero descuido eu cegaria o homem e por pior que ele fosse – um assaltante esquentado quem tentava me espancar e o Aranha – ele não merecia. 

Na tentativa do terceiro soco o barulho grudento me chamou a atenção mais uma vez, sua mão parou acima de sua cabeça fazendo com que ele tirasse seus olhos sedentos de mim e olhasse na direção de Peter quem, agora, se mantinha em cima de um poste cinza segurando a teia que o impedia o Brutamontes de socar o escudo novamente, ele urrou tentando puxar o braço para frente e mesmo com a vacilada de Peter ele não conseguiu se soltar recorrendo à outra mão para tentar puxar a grudenta e molhada teia mais uma vez. Peter imobilizou sua outra mão também acima da cabeça quando ele tentou puxar a teia, Homem-Aranha se mantinha agachado no poste segurando as teias como se o homem fosse seu fantoche, este, por sua vez, fazia força para frente, mas em vão devido a força que Peter também fazia para segurar a teia e, consequentemente, as mãos do homem. 

O homem urrou de raiva e retirei minha atenção de Peter em cima do poste quando, novamente, minhas mãos brilharam da cor do luar, elas estavam prateadas e eu as sentia mais geladas. Ainda com as mãos esticadas na direção do homem desativei o escudo me sentindo tranquila, ele virou-se em minha direção quando notou a claridade de minhas mãos, dei alguns passos lentos para trás e ele ameaçou vir para cima de mim enquanto Peter o dominava como um cavalo. Me sobressaltei assustada levantando as mãos em sua direção e foi quando, misteriosamente, senti a gelidão de minhas mãos se transferir para fora de meu corpo assim como quando sentia o escudo se expandir. Um jato de luz prateada – assim como a jato propulsor do Homem de Ferro, por exemplo – foi lançado na direção do homem com tanta intensidade que ele voou para trás totalmente despreparado com as pernas e os braços a frente do corpo e pronto para bater de costas na parede. Abaixei as mãos rapidamente e completamente assustada comigo mesma, não sabia que era capaz de tal coisa e pensar que havia feito algo tão inseguro e perigoso me deixava com náusea. 

- Whoa! – Peter berrou um pouco alto quando foi puxado junto do homem soltando sua teia tarde demais. 

Ele soltou a teia caindo bruscamente no chão e rolando algumas vezes por cima de alguns estilhaços de vidro até parar por si mesmo. Corri em sua direção preocupada e caí de joelhos na sua frente antes mesmo que ele pudesse se levantar. 

- Você tá bem? – perguntei preocupada. 

- O que foi aquilo?! – ele gritou se sentando no chão enquanto apontava para onde o homem estava afundado na parede.

- Eu… Eu não sei – gaguejei completamente assustada.

- Aquilo foi muito legal! – ele riu ficando de pé em um pulo, literalmente – quais poderes a mais você tem? 

Ri me sentindo um pouco mais aliviada – Eu não faço ideia. O muro foi bem novo para mim, também.

- Caramba! – ele ria – Isso tudo... Nós dois lutando... Não sei nem mais o que tô falando, porque foi extremamente perigoso e eu não devia ter aceitado que viesse, mas, ao mesmo tempo, que bom que...

Um barulho fraco e longínquo começou a tocar, logo reconhecemos ser as sirenes, provavelmente, dos policiais, o que fez com que Peter parece de tagarelar de imediato. A claridade em volta de minhas mãos sumiram e percebi que o local estava um pouco mais escuro, o que indicava que meus olhos não estavam mais prateados. Olhei para Peter, quem lançava a teia em sua mochila puxando-a para si mesmo e rapidamente a colocava em suas costas me puxando pela cintura com certa força onde quase me desequilibrei em meio aos cacos de vidro.

- Agora é hora de irmos – ele lançou teia no prédio nos tirando do meio da catástrofe – sabe como é, os policiais não gostam do Homem-Aranha.

- O que é ridículo. 

Peter riu apertando seu braço em volta da minha cintura o que fez com que eu me sentisse mais segura – Não os julgo.

- Mesmo? – perguntei o fitando enquanto sentia o vento em meu rosto.

- Sim – Peter me lançou um breve olhar lançando outra teia em outro prédio – As pessoas costumam temer o que não conhecem.


Notas Finais


E ai o que acharam? Espero que tenham gostado e vejo vocês no próximo! <3


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