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História Civilian - Drunk In Love


Escrita por: xxxumaico

Notas do Autor


Eu sei que eu demorei, mas esse capítulo é muito importante, então, deixem opiniões <3

Capítulo 6 - Drunk In Love


Fanfic / Fanfiction Civilian - Drunk In Love

Civilian – Drunk In Love

Isabelle Walsh

O som das ondas do mar que eram o cenário principal do meu sonho – interrompido pela luz do dia – ainda habitava meus ouvidos e era mais real do que qualquer uma das vezes em que eu, Elena e meus pais havíamos viajado para a praia. Senti que aquele sonho era produto das lembranças que tive antes de dormir e dos esboços de uma vida que imaginei para mim e minha família, mas que jamais aconteceria.

Minhas sapatilhas de ballet caíam de uma das bolsas no chão; elas apenas faziam com que eu me lembrasse do que havia perdido para o fim do mundo. Apanhei-as e me levantei rapidamente, preocupada pelo fato de que Elena não dormia ao meu lado; ao sair da barraca, corri meus olhos pela extensão do acampamento e não a encontrei. Normalmente, numa situação como aquela, eu entraria em desespero, mas me sentia protegida por viver ao lado de Shane e sabia que a possibilidade de minha irmã estar com ele era alta.

– Bailarinas dançam na terra? – eu ouvi a voz rouca do caipira que me tirara do sério tantas vezes num curto período de tempo.

– Você fala comigo agora? – questionei-o em um tom provocador.

Os olhos azuis do arqueiro tornaram-se ainda mais cerrados quando minha provocação chegou até seus ouvidos:

– Vim para devolver isso. – ele estendeu uma foto em minha direção.

A fotografia era um registro da primeira aula de piano de Elena. Eu estava agachada para me igualar à sua altura e meus braços a envolviam em um abraço; vestida num collant preto e segurando minhas sapatilhas em minha mão livre, lembrei-me daquela tarde em que ensaiei até meus pés doerem para uma apresentação do próximo fim de semana. Aquele fim de semana jamais chegou.

– Não é minha. – eu disse ao pegar a foto. – Deve ser de Elena. Em qual lugar achou?

– Estava em cima da cama em que eu fiquei na fazenda.

Daryl me respondia em um tom que nunca havia o visto utilizar. Ele, de repente, parecia ser capaz de estabelecer uma conversa civilizada com outra pessoa. Surpresa mas ansiosa por não perder a chance de poder finalmente dialogar com o caipira, eu tomei o lugar de fala:

– Ela é muito curiosa, deve ter ido te ver sem que você tivesse percebido. – eu disse, ainda observando a foto. – Ela também queria agradecê-lo.

Dixon acenou com a cabeça e, observando-o voltar para sua barraca, o seu comportamento comum veio à tona novamente. Algo que me torna estúpida deve ter destravado em mim naquele momento porque eu decidi, finalmente, contestá-lo.

– Daryl.

Ele se virou para mim e eu respirei fundo antes de questioná-lo:

– Por que não fala comigo?

– Eu não falo com ninguém.

– Sim, mas por quê? – eu me aproximei dele. – Nós todos perdemos alguém...

– Eu sei. – Daryl me interrompeu e eu sorri ao percebê-lo falando.

– Deixe-me terminar. – pedi pacientemente. – Nós todos perdemos alguém, mas fica mais fácil superar se falarmos uns com os outros.

– Vai dar uma de analista para cima de mim agora? – ele rebateu sarcasticamente.

– Sabe, quanto mais tenta afastar as pessoas, mais você se afasta de si mesmo.

Eu fui em direção ao trailer, deixando aquele caipira teimoso para trás. Ao entrar no veículo, corri os olhos pelo local a fim de encontrar Elena, mas logo ouvi uma doce e familiar voz vinda do fundo do trailer. Caminhei lentamente em direção a aquele som, deparando-me com a imagem mais graciosa que já havia visto desde que os mortos-vivos declararam o fim: El estava deitada sobre o colo de Carol e ouvia atentamente a história que Peletier lia a ela.

– Hey. – eu fiz com que minha presença fosse notada. – Espero não atrapalhar.

– Belle! – El sorriu abertamente e veio em minha direção, abraçando-me.

– Cuidado, meu bem. – eu suspirei ao sentir meu ferimento doer por conta da pressão que Elena aplicou no local.

– Desculpe. – ela afrouxou o abraço.

– Tudo bem. – eu acariciei seu rosto. – Por que não vai procurar o tio Shane? Ele já deve estar chegando com todos.

– Eu vou mostrar o livro para ele. – Elena pegou o livro das mãos de Carol que sorriu ao observar a empolgação dela.

– É, boa ideia.

Carol tinha o semblante triste e era algo que não conseguia disfarçar. O silêncio do trailer parecia evidenciar que algo faltava ali, e eu estava certa de que ela podia lembrar da filha, Sophia, a cada instante. Coloquei-me em seu lugar, imaginando se Elena fosse a garota perdida, e eu não sabia dizer se conseguiria me manter forte como Carol parecia manter-se. Minha irmã era minha única válvula de escape para todo aquele pesadelo.

– Eu sinto tanto por não poder fazer nada em relação à sua filha, Carol. – sentei-me ao lado dela. – Gostaria muito de procurar junto com os outros.

– Você precisa se recuperar, Isabelle, tudo bem. – ela pegou em minhas mãos num ato de conforto. – E não queremos que seu tio me culpe caso você piore. – eu sorri, mas em meu interior achava errado que todos do grupo temessem Shane. – Falando nisso, tem tomado os antibióticos?

– Sim, eu e Carl vamos brigar pelos últimos comprimidos. – eu brinquei e a fiz sorrir. – Eu sei que vão encontrá-la, mas precisamos de esperança.

– Se fosse Elena…

– Se fosse Elena, eu sei que você estaria do meu lado. – apertei suas mãos sobre as minhas. – Obrigada, por tudo.

– Você é doce, querida. Eu é que tenho que agradecer.

Nossa conversa fora interrompida quando ouvimos o barulho de um carro se aproximando do trailer. Andrea e Shane haviam chegado juntos em um veículo; eu achei estranho que apenas os dois tivessem ficado para trás, mas decidi não comentar o ocorrido.

– Alguma coisa? – Carol questionou-os.

– Nada hoje. – respondeu meu tio.

– Eu sinto muito, vamos cobrir mais terreno amanhã. – Andrea completou.

– O que aconteceu por lá? – desta vez, Dale perguntou.

– O lugar estava tomado. – disse Shane.

Ao ver que Andrea e Carol saíram juntas, eu percebi que Dale pareceu não estar satisfeito com a resposta de meu tio. Pude notar que ele logo o questionaria, então, observando Elena sentada e entretida com seu livro, eu decidi ajudar Shane:

– Tio – chamei-o, ainda no degrau do trailer. – Podemos conversar?

– Claro. – ele veio em minha direção e eu segui para o interior do trailer. – O que aconteceu, amor?

– Bom, você me diga.

– O que quer dizer?

– Não se lembra do lema? – eu o questionei com um sorriso divertido no rosto. – “Sem segredos entre nós”.

– Sim, eu lembro. – meu tio se apoiou na pia e eu senti que ele cederia. – Você está impossível, garota.

– Eu cresci, Walsh. – apoiei-me ao seu lado. – Pode me contar! Você e Andrea, certo?

– Errado. – ele respondeu, mas eu ainda não estava convencida.

– Ela ou Lori? – eu o coloquei contra a parede e ele finalmente percebeu que não conseguiria mentir.

– Ela foi somente desta vez. – ele admitiu. – Lori… ela é mais.

– Eu me sinto horrível por ter que esconder isso do Rick. – revelei, mesmo que receosa acerca de sua reação.

– Eu também, querida. – Shane desencostou-se e ficou em minha frente. – E o que você está fazendo com essas sapatilhas nas mãos?

Olhei para minhas mãos e notei que ainda segurava as sapatilhas. Esqueci-me ou apenas pensava sobre a decisão de me livrar delas ou não.

– Eu estava pensando em dar um fim nelas.

– E por que, Bells? – meu tio pareceu ofendido ao ouvir minha afirmação. – Você dança tão bem, seu pai…

– Meu pai queria que eu fosse para Juilliard. – eu o interrompi. – Eu ia conseguir por ele.

– Porque ele sabia do seu talento como eu sei.

– Meu talento não serve para nada num mundo como este, tio. – eu me aproximei dele e beijei seu rosto. – Amo você.

Meus dias não eram cheios de ação como os do restante do grupo e, entre antibióticos e posições de repouso, eu não tinha nada para fazer. Eu estava sentada no chão da varanda da casa, El dormia deitada sobre uma das minhas pernas e eu observava, de longe, cada movimento feito no acampamento. Eu estava desfrutando do momento em que Shane ainda não havia nos encontrado porque, provavelmente, estava preso às suas complicações românticas.

– Isabelle. – ouvi o barulho da porta batendo e olhei para trás. – Ainda bem que te achei aqui. – era Maggie Greene. Ela carregava uma garrafa de bebida nas mãos.

– Desculpe por estar na frente da sua casa, só precisávamos ficar um pouco sozinhas… já vamos sair.

– Não há problema. – Maggie se agachou em minha frente. – Eu queria te dar isso. – ela me estendeu a garrafa.

– O que? – eu perguntei, confusa e pronta para recusar a garrafa.

– Não é para você, exatamente. – ela sorriu e colocou o objeto no chão. – Era do Otis, ele tinha isso há anos e eu achei certo que seu tio recebesse.

– Shane? Por quê?

– Porque ele tentou fazer tudo para salvá-lo naquela noite. – explicou Maggie. Eu havia ouvido falar sobre a noite em que Otis morrera, mas meu tio não gostava que eu a mencionasse. – E eu não sei como entregar a ele, então achei que você poderia. É whiskey irlandês.

– Tem certeza? – eu perguntei ao analisar a garrafa. – Parece uma bebida bem importante.

– Meu pai tem problemas com álcool. É melhor que esteja fora da casa.

– Será entregue, pode deixar. – garanti e ela se levantou rapidamente.

– Obrigada, Isabelle. – Maggie sorriu ternamente e se preparou para entrar novamente.

– Maggie? – chamei-a, ainda que não a olhasse.

– Sim?

– Você acha que Daryl gostaria? – a única resposta que obtive fora o silêncio. – Do whiskey.

Eu ouvi o barulho das tábuas de madeira rangendo, o que denunciava que Maggie estava se sentando ao meu lado. Elena revirou-se e balbuciou antes de se estabilizar novamente, por isso ficamos em silêncio por alguns instantes.

– Você e Daryl? – ela sussurrou. – Nunca imaginaria.

– Não! – eu neguei prontamente. – Mas ele salvou nossas vidas heroicamente, talvez pudesse ser um bom presente, mesmo que ele seja um grosseiro.

– Você gosta dele? – Greene sorriu maliciosamente e me dei conta de que parecíamos duas melhores amigas trocando confidências.

– Você gosta do Glenn? – eu sorri da mesma forma e pude perceber, sob a luz do luar, que seu rosto corou.

– Eu perguntei primeiro.

– Daryl e eu nunca trocamos mais do que duas palavras. – suspirei e a encarei novamente. – E é impossível gostar de um homem como ele.

– Entendo. – ela me respondeu num tom perverso. – Bem, eu e Glenn…

– Eu os vi saindo duas vezes juntos.

– Nós transamos na farmácia. – revelou, proferindo as palavras rapidamente.

Eu ri mais alto do que deveria diante da sinceridade de Maggie e consegui afirmar, naquele momento, que estávamos de fato desenvolvendo uma amizade. Olhei para Elena e agradeci internamente por ela não ter acordado perante minha conversa com Greene. Eu voltei meu olhar para ela, que sorria, envergonhada, e aguardava uma resposta de minha parte.

– Uau, as coisas são rápidas por aqui.

– Não temos mais tempo a perder, certo?

– É, está certa.

– E sendo assim… – ela pegou a garrafa, colocando-a em meu campo de visão. – Eu acho que Daryl adoraria o whiskey.

– Você não presta.

– Não mesmo!

Maggie decidiu levar Elena para o acampamento e me disse para ir até a barraca de Daryl. Eu havia decidido entregar-lhe a bebida, mas não tivera segundas intenções naquele ato como Greene imaginara. Dixon poderia ser considerado um homem atraente, mas, para mim, ele não era mais do que um cara grosseiro e estúpido – que, mesmo assim, havia salvado a vida da minha irmã –, porém, instigava-me sua posição de esconder seus sentimentos atrás daquela muralha de selvageria. Eu queria mostrar minha gratidão e saber o que havia dentro dele.

– Oi. – eu me agachei para entrar na barraca, que já estava aberta, e o vi furando o tecido de seu abrigo com uma flecha.

– Está me seguindo agora, garota?

– Bela recepção. – eu me sentei próximo dele, que estava deitado numa espécie de maca escoteira improvisada. – Eu não vou me prolongar, só queria te dar isso para agradecer de novo. – estendi a garrafa.

– Conseguiu isso como? – ele se virou de lado e pegou o whiskey.

– Maggie me deu.

– E você bebe, por acaso? – Dixon perguntou em um tom zombeiro.

– Eu…

Estava pronta para dizer ao arqueiro que Maggie estava apenas me usando como um instrumento para que a bebida chegasse até meu tio, mas ele fora eficaz em me irritar mais uma vez ao duvidar de mim; não que eu fosse a pessoa mais adequada para beber, mas não gostava que questionassem minhas capacidades, que me dissessem que eu não conseguiria e sempre acabava por fazer qualquer coisa para provar o contrário, por isso, num ato de insanidade, arranquei a garrafa de suas mãos.

– Você quer uma ajuda? – ele utilizou a mesma tonalidade de antes e eu olhei com escárnio.

– Não. – neguei ao forçar o lacre e conseguir abrir a garrafa.

Em um ímpeto, virei o conteúdo da garrafa contra meus lábios e senti o gosto amargo do whiskey invadir minha boca. Não demorou para que eu sentisse minha garganta queimar diante do contato com aquele líquido poucas vezes provado por mim. Franzi o cenho ao quebrar o conflito entre mim e o whiskey, logo ouvindo a risada baixa de Daryl.

– Deixe-me ensiná-la, Barbie. – ele tirou a garrafa de minhas mãos e levou até sua boca.

Daryl bebeu por alguns instantes e, após terminar, amenizou sua expressão facial perturbada para que eu não pudesse debochar dele. Sim, ele era mais forte do que eu, mas ninguém era capaz de não sentir os efeitos do forte gosto daquele whiskey.

– Kilbeggan. – ele leu o nome presente no rótulo e me passou a garrafa.

– Ah, eu não…

– Não quer aprender a beber? – provocou-me e balançou a garrafa em minha direção.

– E você não precisa me ensinar. – peguei a garrafa e a virei novamente, empolgada em mostrar a ele minha resistência – que era inexistente.

– Diabos, não preciso. – Dixon comentou ao me observar beber por mais tempo do que da última vez.

Eu e Daryl montamos nosso próprio simples sistema em que tentávamos beber a mesma quantidade e, sem perceber, eu já podia notar os efeitos do álcool. Minha cabeça parecia girar no mesmo lugar e eu sentia tudo com cada vez mais intensidade, principalmente a vontade de questionar Dixon.

– O que está lendo, Daryl Dixon? – eu perguntei ao ver um livro jogado próximo de seus pés.

– É só uma porcaria que Andrea trouxe para tentar pedir desculpas. – ele chutou o livro para o chão. Eu ri sem motivo do ato. – O que? Já está alta?

– Você e eu somos parecidos, Daryl. – afirmei, dando outro gole na bebida.

– É mesmo? – o caipira perguntou ironicamente e agarrou a garrafa. – Por que? – ele fechou os olhos ao beber e eu aproveitei para me levantar e sentar ao seu lado, à beira da maca.

– Porque os cavalos fogosos se conhecem pelo porte. – engoli em seco, desejando mais uma vez o conteúdo da garrafa. Peguei-a e bebi novamente, suspirando logo em seguida. – E as pessoas apaixonadas pelos olhos.

– O que?

– Você não lê? – eu sorri divertida por ele não ter reconhecido a citação.

– Algo sem figuras? – ele indagou, como se sua resposta fosse óbvia. – Não tem nada para ver, é claro que eu não leio.

– Livros ampliam a nossa visão. – eu rebati e bebi mais uma vez após ele fazer o mesmo. Meus olhos ardiam e eu sentia o estranho desejo de me aproximar cada vez mais. – E o que você vê em mim, Daryl? – eu arfei ao constatar que ele respirava próximo de meu pescoço.

Dixon permaneceu em silêncio, mas pela primeira vez direcionou seus olhos a mim, diretamente. Eu não sabia se era por efeito do whiskey, contudo, seus olhos azuis reluziam contra os meus. Seus lábios estavam entreabertos e molhados pelo álcool, o que o tornava ainda mais convidativo para mim. Cada sensação era ampliada e eu percebi que o resultado de ter dado o último gole na garrafa não seria bom.

– Droga, Barbie. – eu senti suas mãos geladas alcançarem minha nuca.

Aquele toque arrepiou cada centímetro do meu corpo que havia se tornado vulnerável à frente dele. Algo dentro de mim esbravejou quando seus lábios tocaram os meus; mesmo que o contato tivesse sido brusco, ainda havia delicadeza – tudo naquele caipira soava como uma antítese. Minhas mãos foram em direção ao seu abdome e, através da camisa xadrez rasgada, molhei-me com o suor dele.

– Nós não deveríamos fazer isso. – meu último grito de sanidade apareceu como um sussurro.

– Tem razão.

Daryl agarrou minha cintura e posicionou-me sobre ele, o que fez com que nossas intimidades se conflitassem. Sem, por algum momento, quebrar o beijo, Dixon retirou minha jaqueta enquanto eu tentei me livrar de sua camisa. Eu podia sentir sua língua explorar cada parte de mim sem sequer ter desbravado qualquer outro lugar do meu corpo exceto minha boca. Eu rompi o beijo a fim de recuperar o ar, mas nada ali me ajudaria a respirar melhor: olhar para ele me fazia ofegar.

Libertei-me de minha camiseta e o deixei percorrer meu colo. Ter seus lábios movendo-se pelos meus seios era como sentir pequenos choques elétricos tomando conta, aos poucos, de todo o meu corpo. Eu não sentia meu ferimento latejar, talvez porque toda a dor estivesse mascarada pelo desejo.

Dixon me deitou e suas mãos caminharam por toda a extensão de minhas pernas, ao fim, abrindo-as. Ele desabotoou minha calça e, com a minha ajuda, retirou-a. Minhas próprias mãos se livraram da peça que me impedia de estar nua. Eu rangi meus dentes ao sentir a língua de Daryl cursando circularmente meu sexo, alternando com movimentos de pressão. Ele permaneceu na região pelos poucos minutos necessários para me fazerem quase chegar ao êxtase; ao notar que eu estava prestes a tremer e liberar todas as sensações presas dentro de mim, Daryl seguiu todo o percurso até minha boca.

Eu não estava apenas bêbada por conta álcool, mas também por ele. Dixon me explodia em coisas que eu jamais havia sentido antes. A nossa atração física era algo desconhecido e não poderia imaginar o que seria mais forte do que aquilo. Eu o prendi por meio de sua cintura, agarrando-a com minhas pernas. Cravei minhas unhas ao tecido do travesseiro quando o senti, finalmente, dentro de mim.

– Porra. – Dixon murmurou próximo ao meu ouvido.

Eu arfei quando ele se movimentou em meu interior e, com seu dedo, atingiu minha região máxima de prazer, que já sinalizava minha satisfação. Eu o sentia mais fundo a cada investida e, embora minha pouca experiência me trouxesse dor, era algo mínimo perto da vontade de tê-lo mais próximo. Cada movimento era como um golpe e, enquanto Daryl esfregava lentamente seu dedo em meu clitóris, eu me contorcia.

Eu quebrei nossa conexão ao rolá-lo e deixá-lo por baixo de mim. Meu maxilar tremeu com o choque de sua intimidade roçando pelo meu sexo e ele vibrou ao segurar minha cintura e descer todo o meu corpo em sua direção. Eu me elevei e desci em seu membro lentamente, logo tornando o movimento semelhante ao de uma cavalgada. Abri os olhos para vê-lo; nada me satisfez mais do que observar sua boca entreaberta soltando suspiros a cada ato. Nós tentávamos evitar o som descontrolado dos gemidos, porém, muitas vezes, eram inevitáveis.

Selamos nossos lábios em um beijo, seu gosto amargo se tornou delicioso. Eu não consegui me conter quando ele agarrou minhas duas pernas e me posicionou para trás; cheguei ao meu nível máximo de prazer, agarrando seus cabelos e mordendo seu lábio inferior fortemente. Dixon me deitou de bruços e elevou minimamente minha cintura, atingindo-me novamente e, ainda afetada pelo orgasmo, não fui capaz de reagir como antes. Ele me adentrou por mais algumas poucas – todavia, intensas – vezes e tombou sobre mim, apertando meus braços.

Sua respiração ofegante e o líquido que me molhou denunciavam que ele havia chegado ao ápice. Todas as consequências que aquele ato impensado poderia trazer não me vieram à cabeça naquele momento, eu apenas decidi deixar o efeito do álcool terminar de me tomar por completo e adormeci poucos minutos depois.

 


Notas Finais


Fiquei receosa entre o primeiro contato Daryl/Isabelle ser sexual, mas acho que isso vai deixar ainda mais difícil com que eles desenvolvam algo emocionalmente, então achei interessante.
Espero que tenham gostado <3

P.S.: as cicatrizes do Daryl não são mencionadas nesse capítulo por conta do álcool, mas não foi algo esquecido, assim como o restante dos traumas dele.


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