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História Clareia a minha vida, amor, no olhar. - Sala de reuniões


Escrita por: AuroraF

Capítulo 14 - Sala de reuniões


POV ALEX

Sentei na minha cadeira e comecei a rever uma quantidade enorme de coisas que a gente tinha pra uma quinta feira. Imediatamente peguei o telefone pra ligar pro empreiteiro.

Ele disse que em menos de uma hora chegaria pra entregar as plantas.

Senti o olhar de Emilly em mim e disse, ainda olhando pra tela do computador:

- você não tem trabalho pra fazer com o sr. Johnson?

Ela corre e senta perto da minha mesa e diz:

- Me conta, tudo! Vcs chegaram juntas e ela não chegou xingando ninguém! O que vc fez?

- Leite, canela e mel. Eles tomaram café lá em casa.

- Eles????

- É... Ela e Elliot.

-OOoownt que gracinha!!! E como foi?

- Foi bom, realmente acho que Megan não é tão bruxa quanto as outras secretárias disseram. Temos muitos gostos em comum.

Emilly me olha com olhar de que eu estou perdida e diz:

- Megan? Já é Megan?

- Ela pediu que fosse. Assim como vc a chama pelo primeiro nome. Não sei o que ela viu em mim, mas deve saber que eu não vou sair daqui correndo depois do primeiro grito dela. Deve ser por isso que ela não fica com a carranca que ela distribui pros demais.

- Ai Deus! Será que vamos passar pelo período de calmaria que rolava antes?

- Não sei Emilly. Sei que preciso manter meu emprego e vou fazer tudo que eu puder pra isso acontecer.

- Eu tenho certeza disso, mas garanto, ganhar pontos com ela facilita muito!

O telefone da mesa toca e eu atendo:

- KCC, diretoria executiva, Alex Vause.

Uma voz de homem, muito sexy por sinal diz:

- Bom dia, srta. Vause. Sou Scott Klein, da empresa alemã que está negociando com a srta. Kavanaugh, preciso falar com uma certa urgência com ela.

- Tudo bem, sr. Klein, vou verificar se ela pode antendê-lo no momento.

- Fico agradecido pela gentileza, srta. Vause, Auf Wiedersehen ( até logo)

- haben Sie einen schönen Tag, Herr Klein (tenha um bom dia, senhor Klein).

Ainda meio mexida com a voz do desconhecido, chamei na ala da Megan:

- Vause...

- Srta. Kavanaugh, o sr. Klein, da empresa alemã diz precisar falar com vc com uma certa urgência, posso transferir a ligação.

- Claro! Obrigada!

POV MEGAN

Atendo o telefone e Scott já brinca:

- Aposto todo meu dinheiro que sua secretária nova é a mais gostosa que vc já teve! Que voz é aquela? E falando alemão????

Meu sangue ferveu na hora e eu quebrei o lápis que tava na minha mão.

- Certamente vc não ligou pra falar sobre minha secretária, Scott.

- Que foi, já se apaixonou por ela?

- Scott, meu tempo é precioso e cada segundo dessa sua conversa mole me faz perder no mínimo uns 2 mil dólares por segundo. Vc pode ser mais objetivo?

- Calma, calma... Eu preciso saber se eu vou perder meu tempo indo aí em NY ou nós vamos poder negociar aquela construção aqui na Alemanha. O empreendimento é gigantesco e ousado, mas preciso saber se vocês tem pernas pra nos acompanhar.

- Certamente vc não perderia seu tempo me ligando se não tivesse certeza disso, Scott. Precisamos conversar, a reunião está marcada, não está? Basta vir e conferir com seus próprios olhos do que somos capazes. Se vc não sair daqui com o contrato de execução assinado, eu mesma me encarrego de encontrar uma construtora pro seu empreendimento.

- Gosto de vc, porque vc é ousada. Estarei aí, pelo menos sua secretária deve compensar a viagem. Deixe ela pra mim, Kavanaugh.

- bom dia, Klein.

Bati o telefone com toda força que eu tinha na mesa e levantei furiosa! Como aquele filho da puta tinha coragem de falar assim??? O ódio estava me consumindo por dentro e uma vontade imensa de quebrar a minha sala toda. Um toque leve denuncia a entrada de Alex.

- Entra!

- Srta.Kavanaugh, o empreiteiro está aqui com as plantas, você quer que prepare a sala de reuniões?

- Não Alex, a gente senta aqui no chão com um planta gigante pra analisar!

Quando vi, tinha dito. Olhei pra Alex, ela estava vermelha como um tomate.

- Tudo bem, Srta. Kavanaugh, a sala estará pronta em cinco minutos. Com licença.

- Alex…

Ela se vira e sai, com a cabeça baixa.

- DROGA!

Pego minhas coisas e saio, rumo a sala de reuniões. Quando chego na sala, ela tá debruçada na mesa, organizando a planta aberta pra gente analisar. Aquela bunda fenomenal pra cima, aos olhos de qualquer um.

- Alex, confesso que sua bunda pra cima é uma visão belíssima, mas tenho aqui cerca de 300 funcionários que não seriam tão respeitosos quanto eu.

Ela se levanta assustada, ajeita o vestido e diz:

- Desculpe, srta. Kavanaugh, parece que eu decidi jogar pelo ralo as duas horas de calmaria em duas atitudes ridículas nos últimos 10 minutos.

- Alex…

- Tudo bem, isso não vai se repetir!

- Alex… me desculpa! Eu tô nervosa. Agitada com a visita desse alemão e ele ainda fez a gentileza de te cantar e eu saí de mim. Me desculpa, eu sei que a culpa não é sua….

- Ele me cantou????

- Deixa isso pá lá, eu já coloquei ele no devido lugar.

- Com todo respeito, srta. Kavanaugh. Se ele me cantou, eu tenho direito de saber que tipo de pessoa eu estou lidando.

- Deixa isso pra lá, não vale a pena…

- Megan…

ela diz, chegando perto de mim e eu desisto de lutar:

- Ele disse que era pra eu deixar você pra ele.

- Hurensohn!!

- o pote do palavrão recebe Euro tbém!

- Ele tinha que ser cretino pra compensar aquela voz sexy.

Meu sangue ferveu de novo, um gosto amargo na boca. Ciúmes????

- Eu resolvi a situação, Alex. Só queria que você tivesse cuidado com ele. Scott é um cara que não aceita perder, nós já disputamos algumas mulheres e se ele sentir minimamente que fazer alguma coisa com você me afeta, ele passará como um rolo compressor sem se importar com o que você sente.

- Ele não vai fazer nada, porque você é inatingível.

- Algumas coisas me atingem mais do que é prudente, Vause. Você é uma delas.

Antes dela esboçar qualquer reação e eu cair na realidade do que eu disse, sr. Reynolds entra na sala e diz:

- Srta. Kavanaugh, estou à disposição para esclarecimentos.

- Com licença…

Alex diz e sai, deixando um climão super estranho entre a gente.

Duas horas depois eu ainda estava tentando entender muita coisa sem explicação sobre uma parte da construção quando a batida de leve anuncia a chegada dela.

- Srta. Kavanaugh, ligaram da escola de Elliot, acho que ele está encrencado.

Meu ânimo, que já não era dos melhores, despenca consideravelmente.

- transfere a ligação, Vause. Sr. Reynolds, acho que terminamos por aqui. Vou terminar de analisar as plantas e se tiver alguma dúvida, faço contato.

- Tudo bem, Srta. Kavanaugh. Estou à disposição. De qualquer forma, vamos adiantar o aterramento e a fundação.

- Ótimo, me mantenha informada.

Ele se levanta e aperta minha mão. Assim que ele sai, atendo o telefone na sala de reuniões mesmo.

- Pois não, Megan Kavanaugh.

- Serta. Kavanaugh, sou eu, Allison Hendrix, a conselheira da escola.

- Como vai, sra. Hendrix?

- Vou bem, mas precisamos conversar sobre Elliot. Você tem um tempo pra conversarmos sobre ele?

- Tenho sim… você precisa que eu vá aí?

Eu pergunto, já ficando preocupada.

- Não precisa, Megan. Só gostaríamos que você e sua namorada tivessem uma conversa com Elliot. Ele reagiu muito irritadamente quando um colega fez uma brincadeira e mal gosto. Nós entendemos que foi um ato de defesa dele para com a sua namorada. Mas ele machucou o coleguinha no parquinho.

- Namorada? Eu pergunto confusa.

- É… ele disse aos colegas que aquela moça que estava com vocês hoje cedo é a sua namorada.

- Sra. Hendrix… o que o coleguinha disse sobre Alex?

- Srta. Kavanaugh, nós já até chamamos os pais do Joshua para uma conversa, não é a primeira vez que ele diz esses termos na escola, ele disse que a nova mãe de Elliot era uma tremenda gostosa.

-Deus! Essas crianças estão cada dia piores. E Elliot bateu nele?

- Sim, o empurrou no parquinho, Joshua arranhou o cotovelo.

- Sra. Hendrix, eu peço sinceras desculpas pelo comportamento do meu filho, vou conversar com ele ainda hoje e amanhã ele vai se retratar com o colega. Transmita minhas sinceras desculpas aos pais de Joshua e diga a eles que eu estou à disposição.

- Ok, srta. Kavanaugh. Eu só comuniquei porque é uma atitude inédita dele.

- Realmente… Elliot tem um sentimento de posse por Alex. É outro assunto que preciso ajeitar com ele.

- Tudo bem, converse com ele e conte conosco, caso precise.

- Obrigada, sra. Hendrix!

- Por nada, Megan.

Desligo a ligação e fico com a cabeça entre as mãos, debruçada em cima da mesa, tentando descobrir o que eu vou fazer com aquela criança!

**

como a porta estava aberta, entrei devagar e a vi sentada com a cabeça nas mãos.

- Srta. Kavanaugh… tá tudo bem?

Ela se assusta e levanta. Com o rosto preocupado. Me olha por longos minutos e diz:

- Vause… senta aí!

Eu me sento, esperando já pelo pior.

- O que foi, srta. Kavanaugh, aconteceu alguma coisa com Elliot?

-Ele empurrou um coleguinha na hora da recreação. Parece que o menino machucou o cotovelo.

- Mas o que aconteceu? Elliot não é um menino agressivo.

- Nunca foi, mas o coleguinha disse que a namorada da mamãe dele é uma tremenda gostosa.

Foi inevitável rir e Megan me repreende.

- Não tem graça, Vause. Meu filho tá com um sentimento de posse sobre você que é preocupante. Desde que ele conheceu você que só tem atitudes condenáveis a uma criança de 5 anos, expondo nós duas numa situação mega esquisita e constrangedora!

Ela se levanta e começa a andar pela sala, de um lado pro outro.

- Srta. Kavanaugh, Elliot é uma criança, experimentando uma coisa que nunca teve. Você mesma disse que nunca namorou ninguém e ele sente falta disso. É pedir demais que ele entenda que aquilo hoje foi uma encenação. Encenação daquilo que ele mais quer. Ele quer te ver feliz, quer ver a casa dele completa.

- Ele não pode querer uma coisa que nunca vai ter Alex!

Ela diz, batendo a mão na mesa e eu me aproximo mais dela:

- você não pode dizer que ele nunca vai ter porque você pode até pensar, mas você não manda no seu coração, mais cedo ou mais tarde, vai aparecer uma pessoa que vai fazer você ter aqueles planos antigos que estão guardados aí.

- você não tem nada pra fazer não, Vause?

Ela pergunta e eu assusto, mas depois entendo que ela simplesmente quer fugir do assunto.

- Tenho sim, desculpe por ser invasiva. Com licença.

- Alex…

ela vem pro meu lado e me segura pelo braço. Volto instantaneamente e nossos corpos se chocam.

Só assim percebo que ela é mais baixa que eu. Pouca coisa, mas é. Mas esse pensamento passa apenas correndo na minha cabeça, porque sinto que ela se aproxima e se agiganta na minha direção.

Ela se aproximou devagar, com os olhos nos meus lábios, lentamente, dando a chance de eu impedir se quisesse…

… mas eu não queria!

 

**

 


Notas Finais


Espero que gostem!
Beijos!


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