História Clareia a minha vida, amor, no olhar. - Lelliot Kavanaugh

POV ALEX

 - Eu sou Galina Kavanaugh, um estalar de dedos meu e vc tá na rua rapaz! Não sei onde vc está com a cabeça de achar que eu vou obedecer às ordens daquela fedelha de não vir aqui! VOCÊ!

Ela diz, apontando pra mim e eu me assusto.

 - Você deve ser a nova infeliz escrava da minha neta, vá chamá-la agora, por favor!

 - Sra. Kavanaugh, lamento, mas a srta. Kavanaugh está em reunião.

 - Senta aqui, Elliot! - Ela diz e o menininho, com o olhar muito triste e resignado, senta na poltrona.  – Como é seu nome, minha filha?

- Vause, Alex Vause. É um prazer conhecer a senhora...

 - Filha, não precisa ser gentil que eu sei que minha neta já fez a minha caveira pra você. Tem quanto tempo que você está aqui?

 - Comecei hoje, senhora.

Ela vem pro meu lado com o dedo no meu rosto e diz:

 - Ótimo, então fique claro. Você não vai conseguir me segurar aqui. Aquela criança é filha dela! Responsabilidade dela!

Sra. Kavanaugh começa a alterar a voz e o menininho chora, silenciosamente.

A porta da sala se abre e Megan sai de lá, vermelha como uma pimenta:

 - vovó...

 - TEM 12 DIAS QU EU TE LIGO SEM RESPOSTA MEGAN! O QUE VC PENSA QUE TÁ FAZENDO???

Ela grita e vai direto pra orelha de Megan e o menino se encolhe, Megan se encolhe tbém e olha pra mim envergonhada.

 -  Ai! Vó, entra aqui... vamos conversar. Alex, você pode cuidar de Elliot pra mim, um minutinho só?

- Claro srta. Kavanaugh.

Eu digo e olho pra ele, que abaixa a cabeça. Eu me aproximo dele, sorrindo e ele sorri timidamente.

 - Oi...meu nome é Alex. E o seu?

- Lelliot...Muito prazer Al, Ale..Alex.. Posso te chamar de Al? É mais fácil!

Ele diz e vejo que tem dificuldades com a letra “L”.

 - Claro! Me chame do que vc quiser!

Eu digo e lá da sala dela eu ouço os gritos delas, e ele se encolhe e diz:

 - desculpa... Elas sempre brigam assim por minha causa.

Ele diz e aquilo me dói no fundo da alma.

 - Não, Lelliot, elas não estão brigando por sua causa. Eu estou organizando algumas coisas pra sua mãe em pastas com etiquetas. Vc quer me ajudar?

Ele levanta a cabeça e os olhos verdinhos brilham.

 - Eu posso?

 - Claro! Vem cá!

Peguei ele pela mão e sentamos na minha mesa. Ele me ajudava com as etiquetas nas pastas e por fim a briga lá dentro cessou. Elas saem do lado de fora, Megan com o olho vermelho e Red com a cara de poucos amigos.

 - Oi Megs! – Ele diz e percebo que ele não a chama de mãe – Al tá me deixando ajudar a organizar as suas pastas!

 - É mesmo, filho? Você tá fazendo o serviço da Vause?

 - Mãe, se vc não puder ficar comigo, pode me deixar no Canil, igual vc faz com a “Flida” quando vai viajar, eu não importo!

Ele diz inocente e vejo que isso afeta as duas da mesma forma.

 - Até o menino sabe que vc gosta mais da cadela do que dele!

A sra. Kavanaugh fala e Megan se abaixa perto dele, e diz:

 - Vem cá meu amor.

Ele vai pro lado dela e a abraça e ela diz:

- Canil é para cães, meu bem. Vc vai ficar comigo na minha casa. Tudo bem?

- Obaaaaa! Eu posso dormir na sua cama?

 - Claro, meu anjo! Você pode tudo! Ou quase…

 - Mommy, eu posso ficar aqui com a Al, ajudando ela?

 - Não, filho.. vc vai ficar comigo na minha sala. Tá bom?

 - Mas Megs... Eu gostei dela. Ela se parece comigo. Megs...Alex é meu pai?

Nós caímos na risada e Megan disse.

 - Não meu bem, Alex não tem a maquininha de menino. Igual vc tem. Pra termos bebês, a gente precisa ter a maquininha de menino e maquininha de menina.

 - Mas então, se ela não é meu pai vc pode namorar com ela. Porque vc namora meninas, igual eu!

 - Naquela hora eu queria morrer. Eu e ela.

 - Filho, pra se namorar, as duas pessoas precisam querer. Vc nem sabe se a Alex gosta de namorar meninas como a mamãe...

Ele sussurra no ouvido dela mas todas nós ouvimos e ele diz:

 - vou “descoblir” tudo e te conto!

- kkkkkkkkkkkk tudo bem! Eu espero seu relatório Lelliot Kavanaugh!

 - Entendido Megs Kavanôt! Ele diz e eu me derreto de fofura.

A avó pega a bolsa dela que estava na poltrona, se despede de Megan e Elliot e se vira pra mim, novamente com o dedo no meu nariz, quando Megan estava se virando pra ir pra sala.

 - e vc mocinha, aprenda uma coisa, se vc ficar nessa de acobertar sua chefe em troca de benefícios sexuais eu acabo com sua carreira. Vc não sabe do que eu sou capaz!

Megan vira imediatamente e a ira que eu vi nos olhos dela assustou a todos, inclusive a avó.

Ela foi pra cima de Red, puxando Elliot e muito vermelha:

 - NÃO GALINA! ELA NÃO!! Vc pode me fazer passar por criança na frente dos meus funcionários, me ridicularizar na frente do meu filho! Mas Vc não vai rebaixar Alex a uma prostituta igual vc faz com todas as minhas secretárias. Ela é muito melhor que toda essa merda aqui.

Ela diz, se vira e sai, puxando Elliot e batendo a porta da sala dela.

Meu coração fica acelerado e a avó disse:

 - Me desculpe, minha filha. Sua chefe me tira do sério. Jamais eu quis insinuar isso.

 - Tudo bem sra. Kavanaugh. Já que sou uma aproveitadora aos seus olhos, vou aproveitar meu baixo conceito e dizer que a briga de vocês duas deixaram Elliot achando que ele é a causa de tudo. E ele não merece isso.

 - Diga isso a ela. Com licença.

Ela sai e esbarra em Emilly na saída. Se cumprimentam e Emilly chega com uma interrogação na testa.

  -Circo dos horrores.

 - Cadê ela?

 - Na sala dela, com Elliot.

 - Ai... Ela tem uma reunião agora. Emilly disse e eu levanto indo em direção à sala dela.

 - Vou lá ver o que consigo fazer. 

**

POV MEGAN

Quando minha avó disse aquilo pra Alex, eu saí de mim. Nunca na vida tinha agido desse jeito com ela. Meu Deus, o que essa mulher tava fazendo comigo? Comecei a chorar compulsivamente, de cansaço emocional.

 - Mommy senta aqui no meu colo. Vou fazer igual a vc quando eu caio e choro. Vou cantar uma música.

Eu não resisto aquele amor e ele senta no sofá, e eu deito, encolhida com a cabeça nas coxas fofinhas dele. E ele começa a fazer carinho no meu cabelo e canta:

 - blilha, blilha estlelinha...

Eu começo a chorar mais ainda. Meu filho é mais maduro que eu. Ele me dá um amor imenso e eu não sei como retribuir.

Uma batida leve na porta anuncia o que acho ser Alex.

- “Entla”! Elliot diz e eu rio.

Alex entra sorrindo e diz:

 - Srta. Kavanaugh, a senhora tem uma reunião daqui a 10 minutos. Quer que eu adie?

 - Não, não posso! Eu digo levantando, secando as lágrimas e arrumando meu cabelo. – Meu Deus! Eu tô um desastre!

 - Não tá não, Megs! Vc tá linda! Não é Al?

Elliot diz e vejo que as bochechas de Alex coram imediatamente.

 - Tá sim, Lelliot, mas acho que ela precisa lavar o rosto.

  -Filho, eu preciso trabalhar agora, vou pedir o Taylor pra levar vc pra casa e vc fica com a Mary, tá bom?

 - Tudo bem, mommy. Eu posso tomar sorvete?

 -Não muito, pra não atrapalhar o jantar.

 - Mommy, vamos jantar hambúrguer? E batata frita?

 - Só no fim de semana, né? Esqueceu do combinado?

 - Ahhhh é! Tudo bem, eu espero!

 - Ótimo! Srta. Vause, meus contatos estão na agenda. Liga pra minha casa e diz a Mary pra esperar Elliot lá, ele pode sorvete, uma taça. E avisa ao Taylor pra subir e pegar a mala dele e leva-lo lá.

 - Mommy, a Al não pode me levar? Ele diz, segurando ela pela mão.

 - Filho, a Srta. Vause está trabalhando.

 - Mommy, mas é rapidinho... Só me deixar lá! O Taylor não conversa comigo!

Como resistir a um pedido desses?