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História Clear Skies - Rosas


Escrita por: lauraspecter

Notas do Autor


Olaaar amores, amoras e amorinhos! Como vocês tão? Espero que estejam bem!

Demorei, mas voltei. Vamos lá que tenho bastante coisa pra falar antes de vcs lerem a história (sorry not sorry).

FIRST: Leim as notas finais pq é bem ~ importante ~

Second: Dedico esse cap ao meu squad mais LINDJO desse mundo todo, SS Squad <3

Third: Chegamos a 86 fav! Isso me deixa MUITO feliz, agradeço de coração cada pessoa que fav/comenta a fic, porque isso me anima demaix!

E por último, mas não menos importante, espero que vocês gostem do cap e qualquer erro culpem a Nat, autora do meu amorzinho Tristeza de Verão, pq ela que beta essa história heheh.

Boa leitura margaridas!

Capítulo 6 - Rosas


Fanfic / Fanfiction Clear Skies - Rosas

— Bom, senhor Robin, pelo que pude observar com seus exames, você está muito bem. – disse Amelia, simpaticamente, afastando-se da maca onde o loiro estava sentado. – Se tudo continuar assim, rapidamente você poderá voltar a trabalhar. – Robin, que até então estava sorrindo, espantou-se com a fala da médica. Como assim ele ainda não poderia voltar a trabalhar?

— Mas, eu já tive alta hospital há uma semana, o acidente foi há duas... Você mesma disse que eu estou bem, por que eu não posso voltar ao trabalho? – perguntou, de forma indignada, terminando de fechar, com certa dificuldade, devido ao braço com tipoia, os botões da camisa que havia sido aberta para o exame. Levantou-se da maca e sentou na cadeira em frente à mesa da médica, ao lado da irmã. Amelia soltou um riso fraco com a indignação do paciente.

— Quantas vezes vou precisar te lembrar que você passou por uma cirurgia, hein? – questionou a médica, ainda sorrindo. – Robin, eu sei que, por achar que seus exames estão bons, significa que você já esteja apto para retomar suas atividades, mas não é assim. Ainda precisa cicatrizar, seus reflexos ainda precisam estar mais fortes... Por isso, é recomendado que você espere um pouco até voltar as suas atividades normais. – Robin encostou na cadeira e jogou levemente a cabeça para trás, aquilo era o fim para ele.

— Obrigada por falar isso, porque se eu falo, ele diz que eu sou exagerada. – falou Ruby, sorrindo, feliz por estar certa, e aliviada pela médica recomendar que o irmão não se precipitasse.

— Tudo bem. – respondeu, levantando a cabeça e olhando para a médica. – Quanto tempo?

— Você me disse que é advogado, certo? – Robin assentiu, balançando a cabeça para cima e para baixo. – Daqui a um mês eu quero te ver de novo. Se seus exames estiverem cem por cento, você poderá voltar ao trabalho e voltar a realizar atividades físicas. – o homem abriu a boca em espanto, um mês era tempo demais. – Mas, aos poucos – a médica enfatizou bem a última palavra – você pode voltar a trabalhar em casa. Nada de horas e horas na frente do computador, ou lendo... Poucos períodos apenas, de preferência durante o dia, pois a claridade é melhor para a leitura. – a situação não era a que ele queria, mas ao menos era melhor que nada.

— Eu posso sair de casa, não é? – Robin perguntou, receoso, com medo de que a doutora King negasse.

— Pode, Robin, mas com cautela. Nada de ir a shows, lugares lotados e coisas do tipo. E não fique fora de casa durante muitas horas. Opte por lugares calmos, ao ar livre. – respondeu Amelia

— Ela não está falando em escalar e fazer trilhas, você ouviu, não é, Robin? – a mais nova disse, o provocando, sabendo que o irmão amava aquele tipo de atividade.

— Nem ouse! Isso só poderei liberar conforme o resultado de nossa consulta daqui a trinta dias. – falou Amelia

— Tudo bem, vou tentar me controlar. – Robin disse, sorrindo, achando graça da forma que a médica havia falado.

— Mais alguma dúvida? – perguntou Amelia, solicitamente

— Creio que não. – Robin disse, se levantando, vendo a irmã e a médica fazerem – Obrigado, doutora King.

— Não há o que agradecer, Robin. – a médica disse, com um singelo sorriso nos lábios. – E não se esqueça de tomar a medicação que lhe receitei se você tiver dores de cabeça. Caso qualquer sintoma anormal apareça, venha imediatamente ao hospital, certo?

— Sim, senhora. – Robin achava graça da maneira autoritária que a médica falava, mesmo com sua pequena estatura.

— Eu marcarei nossa próxima consulta de rotina para daqui a um mês. A secretaria te ligará confirmando, tudo bem? – o rapaz assentiu, logo depois ele e a irmã se despediram da doutora. Poucos segundos após sair do consultório da médica, que ficava dentro do próprio hospital, Robin lembrou-se que havia esquecido de perguntar algo para ela.

— Doutora King, – disse o rapaz abrindo com cautela a porta da sala, que estava entreaberta. Ele viu Amelia virar-se para ele e sorrindo, continuou. – Eu já estava me esquecendo... Você sabe me informar se a doutora Mills está trabalhando hoje? – Amelia sorriu com o canto dos lábios ao ouvir a pergunta do homem.

— Está sim, Robin. Agora, pela manhã, ela está em uma palestra, mas, se não estou enganada, até meio-dia já deve ter terminado.

— Ah, sim... Obrigado, doutora! – o homem abriu um sorriso, já planejando o que iria fazer. – Até mais. – saiu do consultório, indo ao encontro da irmã.


xxx

Robin e sua irmã haviam acabado de entrar no carro após a consulta com a doutora King. Ele sabia que a irmã não gostaria muito dos planos dele, contudo, se ela não colaborasse, nem que ele precisasse fazer a parte principal a pé, mas ele iria colocar o plano em ação. Ela estava ligando o carro, quando Robin resolveu pedir para que ela mudasse de rota:

— Rubs, passa em uma floricultura antes de irmos para casa? – pediu o mais velho, sentado no banco do carona de seu próprio carro, visto que o gesso o impossibilitava de dirigir. Ele percebeu pelas feições da irmã que ela achara inusitado o pedido.

— Floricultura? Para que você quer ir em uma floricultura? – disse a morena, olhando para a frente, atenta as ruas da cidade que ela não era muito familiarizada.

— Ah, não sei... Estou pensando em comprar, sei lá, um carro. – debochou Robin da pergunta da irmã e a viu revirar os olhos, de forma irritadiça com a resposta dele.

— Besta. – xingou o irmão – Para que você quer flores?

— Você vai saber em breve. Da para ir para a floricultura, por favor? – Robin respondeu, de forma seca, pois não queria conta-la ainda o que planejava fazer. A irmã bufou, claramente já irritada.

— Não sei se você se esqueceu, mas eu não moro em Boston irmãozinho. Você precisa me guiar até onde tem uma floricultura, senão, a gente vai ter que ficar rodando essa cidade atrás de uma.

— Tudo bem, eu vou te guiando, bravinha. – isso era comum entre eles, desde que eram pequenos, discutiam por tudo, mas eram carne e unha, mesmo morando em cidades diferentes.

xxx

— Você poderia me dizer o que vai fazer com essas flores? A gente já está aqui há quase meia hora, está na hora do almoço e eu estou com fome. – Ruby estava demasiadamente curiosa, e o irmão não parava de pedir a opinião da mais nova a respeito de qual buquê de flores poderia levar. Já era a terceira vez que ela perguntava, e o rapaz decidiu parar de “torturá-la”.

— Irei dar para a doutora Mills, quando for lhe pedir desculpas. – declarou o loiro, olhando dois maços de flores distintos, buscando decidir qual era mais bonito.

— Quando você vai fazer isso, Rob? Você precisa ir pra casa, lembra o que a doutora King te falou?

— Será rápido, eu juro. – olhou para a irmã em tom de súplica. – A gente sai daqui, passa no hospital, eu falo com ela rapidamente e vamos para casa. Eu só preciso fazer isso. Desde que eu estava internado, toda hora era algum imprevisto diferente e eu não pude pedir desculpas a ela. – ele sabia que havia uma chance de não conseguir falar com a médica, mas ao menos ele deixaria as flores.

— Ok... Está certo. – a morena viu um sorriso surgir nos lábios do irmão e sentiu-se satisfeita por não negar o pedido dele, ela sabia como se desculpar era importante para o mais velho. – Mas, flores, Rob? Sério mesmo? Meio cafona, não acha? – o dono da floricultura que estava perto do casal de irmãos limitou-se a lançar um olhar de ódio a Ruby, fazendo com que Robin tivesse que segurar o riso. A contragosto, ela resolveu acatar a ideia. – Prefiro essas flores, – disse apontando para as astromélias em um tom rosa claro – com essas aqui. – finalizou, apontando para as rosas em um tom rosa “pink”.

— Sabia que você me ajudaria. – de maneira provocativa, o mais velho falou para a morena, ambos sorrindo.


xxx

Robin estava parado em frente a recepção do hospital, esperando ansiosamente pela médica que já havia sido chamada. Dessa vez o destino parecia favorável a ele, ao menos por enquanto, visto que Regina havia respondido ao chamado, estando livre no momento. Ele estava em pé, observando a bela entrada de pé direito alto e paredes de vidro do hospital, segurando com a mão direita o buquê que havia comprado minutos atrás. Ouviu atrás de si a voz da médica, em um tom doce e curioso.

— Chamaram por mim? – ouviu Regina perguntar a uma das recepcionistas. Robin virou-se, e da melhor maneira que conseguiu, escondeu o arranjo de flores atrás de si. Deu alguns passos até aproximar-se da médica, que ao perceber alguém entrando em seu campo de visão, desviou os olhos da secretária e encarou o homem que sorria.

— Eu chamei, doutora Mills. – Robin falou de forma simpática, e viu as orbes castanhas da médica transparecerem curiosidade.
 Regina lembra-se do homem, afinal, como esquece-lo depois de toda a situação que vivenciaram? Contudo, desde que ele havia recebido alta há alguns dias, ela não imaginaria que o loiro voltaria a procurá-la. Forçando a memória, ela lembrou do nome do loiro e o respondeu:

— Em que posso ajuda-lo, senhor Locksley? – perguntou, em um tom de voz calmo e profissional.

— Será que poderíamos conversar por um instante? Prometo ser breve. – a coragem que habitava o corpo de Robin até minutos atrás, parecia esvaecer pouco a pouco. A presença da médica lhe causava um nervosismo sem tamanho, principalmente devido os olhos cor de avelã: intensos, tempestuosos e ao mesmo tempo, sem vida. – E não se esqueça, pode me chamar de Robin.

— Claro. – Regina disse, solicitamente, andando poucos metros, parando ao lado de uma fileira de cadeira vazias no hall de entrada do hospital. Quando ficaram mais uma vez frente a frente, a morena viu Robin mostrar o braço que estava escondido atrás das costas. Involuntariamente a médica se espantou. Ele segurava um buquê de tamanho mediano em suas mãos e estendeu o mesmo até a médica.

— Tome, para você. – disse sorrindo, tentando controlar o nervosismo. Ele percebeu que a morena não havia previsto isso, pois seus olhos demonstravam espanto e suas bochechas começaram a adquirir um tom mais rosado. Agora que ela não me perdoa mesmo.

Ele viu os braços da médica irem até o buquê de forma robótica, como se não quisesse segurar as flores. Relutantemente, ela acabou pegando o arranjo e o segurou em seus braços. O silêncio entre eles tornou-se gritante e Robin presumiu que ela estava chocada demais para proferir qualquer palavra. Tomando a iniciativa, ele resolveu acabar com a calada que se fazia presente:

— Espero que goste das flores. – engoliu o nó que havia formado em sua garganta ao ver o constrangimento estampado no rosto da médica ao ouvir as palavras que ele dissera segundos antes. – Eu... Eu não sei ao certo como me redimir com você, não queria chegar aqui de “mãos abanando”.

— Não era necessário Robin, realmente. – ela nunca havia sido tão sincera na vida. Regina queria que um buraco fosse aberto embaixo de onde estava, para que ela pudesse se esconder. – E sobre aquele assunto... São águas passadas. Você não precisava se dar ao trabalho. – nesse quesito, a morena não estava sendo tão verdadeira, visto que ela havia tido pesadelos com ele duas vezes desde o incidente. Por fora, era óbvio que ela não tinha ressentimento sobre o que tinha acontecido entre eles, mas seu subconsciente parecia guardar a mágoa das palavras tão afiadas. Assassina.

— Me desculpe, doutora Mills, mas eu sou obrigado a descordar. O que eu lhe causei... Eu me envergonho até hoje. Eu transferi a culpa que estava sentindo para você, e isso é errado em tantos níveis... – Robin falava de forma sincera. Os olhos azuis do loiro emitiam tanto remorso que Regina, por um breve instante, esqueceu-se do incômodo que era estar próxima ao homem e queria lhe oferecer o conforto que ele parecia necessitado. – Não existem palavras para dizer o quão arrependido eu estou pela forma que te tratei.

— Fique tranquilo, Robin. O que aconteceu, aconteceu, está no passado e não vale a pena ficarmos lembrando disso. – a médica falava em um tom sério, mas, com empatia pelo homem. Prolongar essa conversa seria desnecessário e eles já estavam chamando atenção o suficiente. Em um hospital movido por fofocas, chamar atenção nunca era algo positivo.   – Eu não guardo remorso algum do que aconteceu, mas se você precisa me ouvir dizer que eu te perdoo, então pronto, eu te perdoo. – ouvir aquelas palavras pareciam ter tirado uma tonelada das costas de Robin. Ele voltou a sorrir e a os olhos acompanharam o movimento dos lábios. Ao ver a cena, Regina não pode deixar de mostrar um tímido sorriso também. Ela vira o quanto o homem havia ficado feliz, e talvez, o perdão dela realmente significasse muito para ele.

— Obrigado, doutora Mills. Eu fico muito aliviado em ouvir essas palavras.

— Não há o que agradecer, senhor Locksley. – a médica sorria, sem mostrar os dentes. Os olhares dos dois estavam se cruzando e eles pareciam hipnotizados demais para quebrar o laço estabelecido. Alguns segundos depois, quando a situação estava se tornando constrangedora e íntima demais, em um lapso de realidade, a morena desviou o olhar, fazendo com que Robin fizesse o mesmo. Ambos não sabiam mais o que dizer, mas ainda estavam parados um em frente ao outro, sem saber como proceder. Regina precisava sair dali, seu desconforto estava gritante. – Eu... Eu preciso ir, sabe? – disse, sem jeito, claramente envergonhada. A mentira também estava evidente em sua voz, pois, como estava em horário de almoço, não tinha nenhuma obrigação no momento.

— Ah, sim, claro! – Robin falou, passando as mãos pelo cabelo, também demonstrando nervosismo. – Obrigado, mais uma vez! – sorriu pela última vez e viu a médica lhe retribuir um breve sorriso, antes de despedir-se e voltar apressada para dentro do hospital. O loiro observou até que ela sumiu de vista e liberou o ar que não havia percebido estar segurando. Aquela conversa não havia sido nem boa, nem ruim. Se pudesse descrever, certamente diria que foi uma situação estranha.

xxx

Regina andava apressadamente pelos corredores do hospital, com o buquê de flores apoiado em seu braço. A vergonha de receber as flores havia se transformado em ira no momento em que ela começou a passar pelo hospital e receber olhares curiosos das pessoas que lá trabalhavam. Regina, sempre tão discreta com sua vida pessoal, recebendo flores no trabalho? Com certeza era algo que colocava um holofote sobre a médica. E ela odiava isso.

Estava no andar de seu escritório, onde planejava deixar as flores, quando avistou uma lixeira no corredor. Rapidamente mudou de ideia e jogaria as flores lá mesmo. Aquele buquê de nada lhe significava, a não ser o constrangimento que havia sido carrega-lo pelo hospital. Quando estava próximo o suficiente para descartar o presente, ouviu Alicia falar autoritariamente:

—Nem ouse, Regina Mills! – a morena levantou a cabeça e viu a médica vindo em sua direção oposta. Regina revirou os olhos, notoriamente irritada pela interrupção da colega.

— Eu não quero esse buquê. Se você gostou, toma, – estendeu o arranjo para loira que já estava próxima – pode pegar. – os braços de Raver continuaram cruzados e os olhos da mais velha demonstravam indignação.

— O presente foi para você, eu não vou aceitar. – Alicia falou o que era óbvio para ela. – As flores são tão lindas! Quem te deu? Um pretendente? – indagou de forma provocativa, sabendo que Regina odiava esse qualquer conversa que envolvesse esse tópico. Como uma resposta automática, a mais nova saiu andando de forma irritadiça com o buquê nas mãos. Alicia riu da situação, pois se Regina não havia dado resposta alguma era porque estava deveras zangada. A loira andou rapidamente até alcançar a morena e perguntou de forma mais séria. – Sério, Rê, quem te deu?

— Ah, já acabou a sessão piada? Que pena, Ali. – respondeu brava, sem olhar para a direção da colega.

— Deixa de ser boba, só estava te provocando porque eu adoro quando você fica brava assim, me faz dar boas risadas. – o sorriso não deixava o rosto da loira, que se divertia com a situação. A morena fitou a colega, ainda mais irritada pelo divertimento de Alicia com o ocorrido. Contudo, resolveu falar quem havia lhe dado as flores. Quem sabe assim, a mais velha a deixaria de lhe importunar?

— Robin Locksley. – cuspiu as palavras, voltando olhar para frente. Ao ouvir aquele nome, Raver sabia que não era apenas um nome qualquer. Matutou em sua mente por alguns instantes até lembrar-se da importância dele para a carreira de sua pupila.

— O paciente da King? Não acredito! – exclamou surpresa, pois nunca imaginaria que o homem seria tão formal com as desculpas que tanto falara enquanto estava hospitalizado.

— Pois é... – Regina limitou-se a dizer.

— Aposto que você está arrependida de não ter conversado com ele enquanto ele ainda estava internado. – a morena a olhou com curiosidade, buscando entender onde Alicia queria chegar. – Vamos combinar que as chances dele te dar flores eram bem menores. Mas você ficou fugindo do pobre coitado, e está aí, recebendo flores em frente ao hospital inteiro. – finalizou, rindo, fazendo Mills revirar os olhos, mais uma vez.

— Obrigada por me lembrar, Alicia. Sério, estou amando. – falou a mais nova, de maneira emburrada, abrindo a porta de seu consultório que era tão pouco usado. Alicia estava adentrando ao ambiente quando o bip do seu pager disparou. A loira olhou rapidamente a mensagem e viu que era um caso que requeria certa urgência. Irritar ainda mais Regina teria que ser postergado.

— Merda. – disse a mais velha, ainda olhando para seu pager. – Preciso ir, Rê.

— Isso, vai fazer algo útil e me deixa em paz. – resmungou a morena, sabendo que Alicia, por mais que fosse sua superior, não se importaria com a fala dela visto a intimidade que haviam adquirido ao longo dos anos.

— Cuide bem dessas flores, ? – Raver falou rindo, deixando rapidamente o local.

Regina pôs o buquê em cima de sua mesa. Não havia vaso algum onde pudesse colocá-lo. Encarando as belas flores, sentiu raiva do que havia ocorrido. Entretanto, sentia compaixão pelo ato do homem, conversar com ela pareceu realmente importante a ele. A morena bufou, ainda encarando as plantas. Robin Locksley não havia deixado a sua mente desde que haviam se encontrado minutos atrás, e de uma maneira que ela não sabia explicar, sabia que ele permaneceria em sua mente por um tempo considerável durante o dia. Ainda que fosse associado ao sentimento de raiva. E compaixão. E ira. E empatia. Maldito seja Robin Locksley.


xxx

Já era noite quando Regina adentrou seu apartamento, segurando o buquê em suas mãos. Ela havia optado por levar o arranjo para casa, pois lá era o lugar que menos frequentava no seu dia-a-dia, portanto não precisaria ficar vendo as flores e lembrando-se do ocorrido sempre que visualizasse o arranjo. Ela pensou em joga-las fora, como havia planejado, mas algo a impossibilitou. Não sabia ao certo se era devido a compaixão que havia sentido ou pelas palavras de Alicia em sua cabeça, mas ali estava ela, com as flores em mãos.

Logo da porta do apartamento, pode ver que Zelena estava deitada no sofá juntamente com seu namorado, Mark, provavelmente assistindo algo que a morena não conhecia. Regina, antes de seguir o pequeno corredor de entrada, que dava até a sala, adentrou a cozinha, uma vez que a porta da mesma se encontrava no corredor de entrada do apartamento. Colocou as flores na bancada que separava a cozinha e a sala, e cumprimentou a amiga e o namorado dela. Zelena, entretida pelo que estava assistindo, respondeu rapidamente a colega, voltando seus olhos para a televisão em instantes. Contudo, no rápido momento em que olhou para Regina, a ruiva viu algo que não era habitual a morena portar: flores. A curiosidade foi maior que o desejo de continuar o filme, e Zelena pausou o mesmo.

— Flores? Pode contar tudo, Regina Mills. – a ruiva disse, animadamente, levantando-se do sofá e indo até a bancada olhar melhor o arranjo. A morena estava procurando um vaso nos armários da cozinha, visto que para ela parecia ser o local mais óbvio para encontrar um.

— Não é nada do que você está pensando. – respondeu Regina, desviando sua atenção dos gabinetes para a amiga, reforçando em sua expressão facial o que havia acabado de falar. A médica conhecia a ruiva, sabia que na mente animada de Zelena, ela provavelmente já estava planejando um casamento e os nomes dos filhos de Regina com quem quer que tivesse lhe dado as flores.

— Como não? É um buquê, Regina. É alguém especial. – disse sorrindo, sentando-se em um dos bancos que ficava no lado da sala da bancada.

— São realmente muito bonitas. – confirmou Mark, que havia levantado do sofá e agora estava em pé atrás de Zelena, com as mãos no ombro da namorada.

— Foi de um paciente, sua boba. – constatou a morena, sem olhar o casal, ainda procurando pelo vaso. – Zel, onde tem vaso nessa casa? – perguntou Regina, já ficando irritada por não achar o objeto.

— Eu pego o vaso, mas me fala quem te deu as flores. Eu trabalho com nomes, querida, você já deveria saber. – a ruiva disse, com curiosidade, não escondendo o sorriso do rosto. Regina encarou a amiga com uma sobrancelha levantada, demonstrando irritação pela animação da colega por algo tão insignificante.

— Mark, como você aguenta namorar com uma pessoa dessas? Eu hein! – a morena questionou, recebendo como resposta uma risada do homem. Ele e Zelena estavam juntos há quase três anos, portanto, ele já estava acostumado com a provocação que sempre ocorria entre as duas.

— Anda, Regina, eu tenho um filme para terminar de ver. – insistiu a ruiva, batendo a palma das mãos na bancada algumas vezes, demonstrando que tinha pressa.

— Lembra daquele paciente que eu operei a noiva e ela acabou falecendo? – cedeu Regina, sabendo que Zelena não pararia de perguntar tão cedo caso ela não falasse.

— Aquele que te xingou? – questionou Mark, sabendo da história, pois Zelena havia contado a ele. Regina sabia que a amiga só não contava ao namorado o que ela pedisse segredo, e não se importava pelo fato dele saber.

— O próprio. – afirmou a morena.

— Olha só... Quem diria que Robin Locksley sabe como ser gentil? – a ruiva disse com certo espanto. Regina não estranhou o fato da amiga ainda lembrar do nome do homem, mesmo que haviam falado sobre ele apenas uma vez e cerca de duas semanas antes. A memória de Zelena era muito boa, ainda mais para guardar o nome de alguém que havia machucado sua amiga.

— Também fiquei surpresa, mas, agora pega o vaso. – a morena disse, tentando colocar um fim naquele assunto que já havia lhe roubado tempo e pensamentos demais durante o dia.

Zelena levantou-se e foi até o pequeno móvel que ficava embaixo da televisão da sala, e pegou o vaso que estava guardado no interior do compartimento, enquanto seu namorado voltou-se a sentar no sofá, mexendo em seu celular.

 Sabendo que a morena não sabia mexer direito com plantas, Zelena adentrou na cozinha e informou que arrumaria as flores para que elas durassem mais e as colocaria na água. Regina agradeceu a colega e saiu do cômodo, enquanto a ruiva tirava o papel transparente que estava envolto no arranjo.

— Rê! – chamou Zelena, enquanto a morena passava pela sala, em direção ao quarto.

— Oi? – Regina parou de andar e se aproximou da bancada da cozinha, vendo que a amiga estava com o braço esticado e na mão havia o que parecia ser um papel.

— Toma, o cartão. – falou a ruiva, vendo surgir uma expressão de dúvida no rosto da amiga. – O cartão que veio com as flores. – esclareceu a ruiva. – Você não tinha visto?

— A minha cara de espanto para quem já tinha visto que tinha um cartão. – zombou a morena, pegando o envelope mediano que estava nas mãos da colega.

A curiosidade de Regina foi mais forte, e ela resolveu abrir o envelope no mesmo instante. O que mais senhor Locksley poderia ter escrito que ele não havia lhe falado pessoalmente? O pequeno cartão de cor creme, tinha grafado em sua superfície uma letra elegante, rebuscada, mas sem perder o toque masculino.

“Doutora Mills,
Martin Luther King uma vez disse: “O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício. ”
Espero que a partir de hoje, esse possa ser nosso recomeço.
Atenciosamente, R. Locksley”

Regina não sabia o que sentir ao ler as palavras escritas no cartão. Ela já estava farta de todo aquele assunto. Perdão, flores, desculpas... Ela só queria sossego e mesmo distante, Robin Locksley parecia ter feito do seu pensamento a sua morada naquele dia. A melhor solução seria um bom banho e dormir. Amanhã era outro dia. Outro dia em que ela esperava que Robin Locksley a deixasse em paz.

Ao terminar de ler, a morena jogou o cartão em cima da bancada e saiu em direção ao quarto, deixando uma Zelena intrigada, sabendo que aquelas flores e o cartão provavelmente haviam significado muito mais do que a morena queria deixar transparecer.


Notas Finais


Voltei! E ai, o que acharam? Comentem para eu saber!

Agora vamos ao que importa. Último dia 06 foi meu aniversário e para comemorar os vários fav’s da fic, eu soltei 6 spoilers da história. Eu disse que o Robin faria algo que deixaria a Regina brava nesse cap hahahah
Aqui ta o link pra quem quiser ver todos os spoilers: https://twitter.com/specterparrilla/status/784164027253526528

Outra coisa: vocês preferem que eu faça um twitter ou um Tumblr só pra postar coisas da fic? Pra ficar mais fácil e tals... VOTEM AQUI PFVR: https://twitter.com/specterparrilla/status/788121539405344773

Bom, acho que é só isso mesmo. Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo capítulo. Beijs de luz :*


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