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História Clementine - Capítulo 3 - Minha força e inteligência são testadas.


Escrita por: Duda_104

Capítulo 4 - Capítulo 3 - Minha força e inteligência são testadas.


Os dois agentes nos colocaram em uma enorme sala. 

Eles nos acordaram bem cedo e fomos forçadas a sair de lá. Minha mãe não saía do meu lado e nem eu do dela. Passamos por diversos corredores até chegarmos em um elevador, onde a minha mãe tomou coragem o suficiente para perguntar.: 

— Para onde estão nos levando? 

— Vamos reunir todos as pessoas que farão parte do experimento. — respondeu ele, sério. 

Minha mãe me dirigiu um olhar de conforto. Eu gostaria de saber o porquê de colocarem uma garota de 13 anos naquele experimento de sobrevivência. Mas logo me lembro de quem eu sou a filha e penso que possa ser por causa do meu pai. Se eles sabem que Jane Foster já foi a amante de um Vingador, saberão que ela teve uma filha com esse Vingador. 

Penso no que eles acham de mim. Aposto que pensam que eu tenho poderes igual ao meu pai. Destemida e corajosa como ele. Que tem um coração de guerreira. Que não tem medo de nada e que está mais preocupada em honrar e orgulhar o pai do que ela mesma. Devia ser isso o que os meus irmãos estariam fazendo enquanto eu fazia a minha maratona de filmes e séries. 

Quando o elevador parou, podemos ouvir um homem gritando "Me tirem daqui!". As portas se abrem e vemos o dono da voz sendo jogado para trás. Muitos rostos, tanto de homens quanto de mulheres, se voltaram para nós. Depois que nos despacharam aqui, os agentes foram embora e alguns ficaram nos vigiando. O que me incomodou foi muitos olhares sobre mim. Eu achava que receberia crítica de muitos ali. E eu recebi olhares desse tipo, mas outros foram um olhar de pena. Após olhar ao eu redor, eu percebo o porquê o olhar de pena. Não havia mais nenhuma outra criança além de mim e de outro garoto dois dedos mais alto do que eu. Claro que tinha adolescentes ali, mas eu era menor. Tentei desviar os olhares de todos sobre mim. Eu me sentia como a escola. Se você estiver sozinho, muitos olharão para você e te julgarão em pensamentos. E era isso o que estava acontecendo. 

Meus olhos já lacrimejam, imaginando que estávamos ali para morrer. Que iriam nos matar agora. Abaixei a cabeça, pretendendo não chorar na frente de todos. Não quero que tenham pena de mim, mas não posso reclamar, pois eu mesma sentiria pena de mim se eu estivesse no lugar deles. Dou graças a Deus que uma voz feminina bem familiar fez todos desviarem a atenção de mim. Suspiro aliviada. 

— Olá a todos — cumprimentou a mulher. A mesma do holograma — Vocês foram escolhidos para fazerem parte do experimento, como muitos já sabem. Devem estarem se perguntando o porquê de escolhermos logo vocês. — ela fez uma pausa. — Muitos de vocês tem algum tipo de relação entre a SHIELD. A minoria era um agente mas está aposentado, outros tem um passado criminal d outros tem parentes de agentes da SHIELD, e outras, como as senhoritas Jane e Clementine Foster, tem alguma relação com os Vingadores. 

Alguns olhares caíram em nós. Sinto meu rosto esquentar, pois alguém deve estranhar eu ter alguma relação com os Vingadores. Isso, que tal avisar para o mundo inteiro quem eu realmente sou? Pensei, irritada. 

— O nome do projeto é Apocalipse. Reunimos 80 pessoas que serão postas em uma arena — explicava ela — Estão separados em quatro grupos de 20. Vocês são o grupo do Norte. Em outras salas, estarão os grupos Sul, Leste e Oeste. Durante a arena, vocês saberão de que grupo o outro é. Estaremos monitorando vocês. Nesta arena, vocês estarão sujeitos a qualquer tipo de perigo e morte. Terão de sobreviverem ao extremo ao ar livre. Será cada um por si. — ela continuou — Nessa arena, também testaremos outros experimentos que criamos e que tentarão matar vocês. Está arena acabará apenas com um objetivo que estará censurado à vocês. Apenas eu saberei a hora em que acabar e falarei este objetivo no dia em que chegar a luta pela vida de vocês. Agora, com vocês, o general Alex Thompson, o instrutor de vocês. 

Era impressionante como ela falava aquilo com o maior orgulho, como se não fôssemos morrer. Não é ela que está nessa arena. Quer dizer que ela basicamente assistirá 80 pessoas se matarem em uma arena. Um homem se aproximou onde ela estava. Ele usava uma pesado de uniforme militar. Tinha uma postura séria e severa. A coluna ereta, a cabeça levantada e os olhos parecendo com os de um gavião, passando por todos ali presentes. 

— Sou o general Alex Thompson, serei o instrutor de vocês que ajudará a se prepararem para essa luta — se apresentou ele — Vocês irão amanhã para a arena — eu congelei, pois mal chegamos e seremos postos para lutarmos uns contra os outros — Ajudarei vocês a se preparem e saberem as regras básicas do lugar. Falarei apenas uma vez as regras da arena — todos ficarem em silêncio. — Assim que chegarem na arena, estarão dentro de cápsulas, um quilômetro distantes de cada pessoa. Estarão espalhadas aleatoriamente. Na região onde estarão, haverá utensílios que poderão usar para sobreviver, também aleatórios. Poderão encontrar desde água até uma arma. Muitos de vocês pensarão na possibilidade de matar alguém, antes que este mate você. Mas, nos primeiros 10 minutos, estão proibidos de qualquer tipo de luta. Se alguém desobedecer esta regra, será fuzilado. A arena para aonde irão será uma cidade abandonada. Haverão câmeras escondidas onde poderemos vigiar vocês. 

Ele continuou. 

— Hoje, começaremos os testes. Esses testes serão para testarmos as suas capacidades de sobrevivência. Na hora, saberão o que fazer — instruía ele — O Teste tem duas fases. A força e a inteligência. Testaremos individualmente a capacidade de cada um de sobreviver. Mais tarde, instruirei a vocês como funcionará direito a arena. 

Todos se mantiveram em silêncio, enquanto ouviam aquilo. 

— Estão se perguntando do porquê de fazermos isso — supôs o general — Até onde os cientistas sabem, os humanos têm um grande limite para a sobrevivência
 Em situações extremas, são capazes de matar só para se manterem vivos. E nós veremos isso nos próximos dias. Vocês serão obrigados a fazerem escolhas difíceis que farão vocês viverem ou morrerem. 

Quer dizer que eles vão fazer uma espécie de jogo com a gente? Eu já vi essa ideia em algum lugar... 

— O experimento acabará quando faltar poucos de vocês em cada grupo. Quando isso acontecer, serão levados até um local onde lutarão. O grupo que permanecer vivo ganha e sobrevive. 

Ele continuou falando, mas não prestei mais atenção. Não sei se foi por causa do déficit ou não, mas eu estava com os pensamentos na arena. 

Eles nos instruíram a nos sentarmos em mesas de refeitório. Eu comia a comida cautelosamente, pois eu sentia medo de que eles colocassem algo na comida. Eu e minha mãe não falamos nada durante o café da manhã inteiro. Haviam conversas ali, mas nem tanto assim. Ainda prevalecia o clima pesado sobre o local. Guiei os meus olhos pelo local. Instantaneamente, meus olhos caem em um cara que me olhava de soslaio. Ele era um pouco mais alto do que eu. E estava do lado de uma garota. Como em todos os outros uniformes, eles têm o seu nome gravado na frente e nas costas. O do garoto estava gravado "Carlos" e na da garota "Ellie". 

Os dois pareciam terem a mesma idade. Desviaram os olhos de mim e olharam para um homem que tem escrito "Kenny" no seu uniforme. 

Desviei os meus olhos ao ouvir a voz de alguém dizendo para as pessoas de uma mesa o seguirem. Disseram que seria para algo que seria a entrevista. 

Quando chegou na nossa mesa, fomos para uma sala de espera. Todos tiveram de se sentarem em banco encostado na parede. Junto de mim e da minha mãe, estavam mais dez pessoas ali. Nos entregaram números em papéis. No meu estava escrito "08". Chamaram o número de minha mãe depois de chamarem duas pessoas. Ela olhou para mim, receosa. 

— Fique aqui, Clem. Vai ficar tudo bem — eu assenti para ela e um agente a acompanhou até outra sala. 

Olhei para frente, nervosa. 

Eu pressentia algo ruim que estava prestes a acontecer comigo e com a minha mãe. Eu sabia disso. Sentia isso. E já estava bem óbvio observando melhor a nossa situação. 

Eu não sei se fico nervosa com o fato de estar rodeada de estranhos ou de ser testada para saber se consigo sobreviver ou não. Praticamente, não receberemos nenhum tipo de treinamento. Apenas algumas dicas e instruções. É como se eles quiserem estudar o instinto de sobrevivência e assassino de cada um de nós, apesar de não termos experiência. Eu gostaria de saber qual seria a finalidade deles. 

Graças a Deus, o teste seria individualmente. Mas a nota de cada um seria dada publicamente. É a mesma coisa que um professor falar a sua nota de matemática, quando todos falam que a prova foi boa e que sabem que acertaram muitas questões, e você leva uma nota bem baixa. 

Me assunto ao ouvir o meu número. Sou levada até uma sala acompanhada por dois agentes, um em cada lado. Ao chegarmos, me deparei com um percurso de treinamento. No canto esquerdo, haviam armas de mira; pistolas, arco e flecha, lanças e facas. No outro lado, tinha o tal percurso. Haviam dois "jurados". Ambos devem serem cientistas. Ao lado deles, o general Alex Thompson segurava uma prancheta. 

— Everett, os eu está fazendo? — o general perguntou rudemente a um homem que não havia percebido. Ele estava agachado e pegava algumas lanças do chão. 

— Me mandaram eu colocar as lanças no lugar — falou ele, calmamente. 

— Eu sei o que você é, Everett. E criminosos como você eu aprendi a não confiar. Sempre estão planejando algo — disse o agente. — Andando!

Por fim, ele saiu da sala. Mas antes, ele deu uma última olhada para mim e, de alguma forma, notou o meu nervosismo. 

— Clementine Foster — ele falou quando parei de frente do mesmo. — É uma pena não conviver com o seu pai! 

Não senti firmeza nas suas palavras. 

— Eu estou impressionado com você, Clementine. Não é o que eu esperava de alguém como você — ele se referiu ao meu pai. Um dos cientistas receberam a prancheta que ele segurava — Poucas notas altas. Pior desempenho em esportes na sua escola... E não apresenta nenhum poder ou dom. 

Continuei a encara-lol concordando com tudo o que ele dizia. 

— Seu pai vai ficar decepcionado! — disse — Não é à toa que ele te deixou com a sua mãe... 

Eu queria dizer ara ele calar a boca e que aquilo não era verdade. Mas, quanto menos eles saberem da minha vida, melhor. Apenas cerrei os punhos. 

— Você ainda tem chances de me impressionar, Clementine — ele continuou — Sabe, eu odeio o seu pai. Sabe o porquê? 

— Sempre tem alguém contra os Vingadores — retruquei. 

— Exatamente. E eu sou esse alguém. — ele se aproximou mais de mim — Vou deixar o mistério no ar. Talvez seu poder seja vidência. 

Os dois cientistas se aproximaram. 

Eles me instruíram o que fazer. Primeiro, eu terei de usar as armas. E descobri ser um desastre com armas. Optei primeiro pelo arco e flecha. Por mais que faça tempo que não uso um, eu consegui acertar o alvo pelo menos. Depois, veio a pistola. Eu a segurei meio que tremendo. Só podia acertar dez balas. 7 delas nem acertaram o alvo e três atingiram a barriga. O mais certo seria na cabeça, onde seria morte certa. Jogando as facas, minha força não foi o suficiente para se fincarem no alvo. As lanças foram piores ainda. Podia sentir o olhar de reprovação deles. Ainda bem que somente eles viam tudo. 

Após aquilo, eles testaram minha força, velocidade e inteligência. Na parte do inteligência, a minha mente explodiu. Haviam alguns exercício mentais que eu tinha que fazer que duraram um bom tempo. Eles me deram alguns minutos para descansar e beber água até vierem os testes de força e velocidade. 

Percebi que os dois me olhavam com indiferença. Me olhavam desse jeito logo depois de saberem que não possuo nenhum poder herdado do meu pai. Parei de frente para os obstáculos. Eram bem longos. Havia escalada, cordas, parkour... Coisas que me fizeram sentir medo. Eles iriam cronometrar o meu tempo até completar o percurso do outro lado. 

— Comece! — falou a cientista, 

De imediato, corri. Pulei os dois primeiros obstáculos. Mas, ao me aproximar da torre de escalada, me veio um grande nervosismo. Minhas mãos já suavam de nervosismo enquanto escalava. Depois de dois segundos escalando, eu quase escorrego. A minha sorte é que eu não sai muito do chão. Ao cair, eu tento de novo, sem coragem de olhar para a cara dos dois jurados. Cheguei no topo com dificuldade. Depois, veio um que reconheci como se fosse um brinquedo que tinha na oração de se pendurar. Pendurei-me com dificuldade. Eu devo dizer que, quando criança, eu amava aquilo. Na época em que eu gostava de sair, minha mãe notava a minha empolgação para ir ao para o parque. Eu ia direto até o playground e depois para aquele brinquedo, eu ficava me pendurando. Faz muito tempo que não usava isso, mas não perdi o jeito. 

Passei com facilidade até. Após isso, veio a corda. Segurei com as duas mãos, receosa. Não pude apoiar os meus pés, pois já descia. Eu quase cai, mas consegui me equilibrar. Pra mim, já bastava. Minhas mãos ardiam. Depois veio o parkour. Já nos dois finais, eu quase caio, pois pisei em falso. Tive que me segurar firmemente, ao sentir o meu pé doendo. E eles continuavam sérios. Consegui pegar impulso e continuei maia devagar por causa da dor. 

Cheguei até o final com a respiração ofegante. Meus pulmões doíam. Meus joelhos e o meu pé direito também doía. Eu estou com medo de tê-lo tossido. Os jurados se aproximaram de mim. 

— 1 minuto e 35 segundos — ela falou aquilo com ar de reprovação. 

Eu não entendi bem o porquê. O percurso é longo. Mas vendo pela perspectiva de uma pessoa maia velha do que eu, faria aquilo no dobro do meu tempo. Algo me diz que eu demorei mais do que devia. 

Eles me dispensaram. Agora é oficial, eu sou a pior. Claramente vou levar uma nota daquelas bem baixas. Fui recebida por médicos para me examinarem. Meu pé estava bem melhor. Não foi nada de demais, só pousei de mal jeito. Fiquei na ala médica a tarde inteira. Eu, sinceramente, não tenho a menor vontade de saber a minha nota. Eu preferia sabe-lá individualmente. Pelo visto, eu vou me sair muito mal. 

Fui depois dispensada e levada até a sala Central, onde todos estavam reunidos. Consegui achar a minha mãe e fiquei do lado dela. Ela me contou sobre o seu teste. Minha mãe, há um ano atras antes de comprar um carro, tinha que correr até o ponto de ônibus. E digamos que ela fazia bons exercícios até chegar lá. Ela corre bastante rápido. 

Comecei a olhar os rostos ao meu redor. A maioria eram adultos. E tinham boa forma. Eu me assustava com os rostos ali, temendo que eles estivessem me observando. Deixei para me desesperar quando eu estiver sozinha, pois a mesma mulher do holograma se apresentou e, com um papel em mãos, anunciava o resultado dos testes. 

A maioria que surgiu levou uma nota maior do que 7. Alguns deles eu tentava memorizar, mas acabo desviando a atenção para algo não muito irrelevante, a causa do Déficit de atenção. 

— Ellie Jackson — ela falou — 7. 

Eu não encontrei a garota, mas a cara dela deve ser de surpresa. 7 é uma nota boa. 

— Carlos Kincaid — ela continuou — 8. 

Meu coração começou a acelerar. 

— Jane Foster — gelei ao ouvir o nome de minha mãe — 7. 

Eu e ela soltamos a nossa respiração. 7 pode não ser a maior nota de todas, mas foi melhor do que ganhar menos. Nunca imaginei que minha mãe tiraria uma nota assim. Aposto que até ela está surpresa. 

— Clementine Foster — meu coração parou pela segunda vez. 

Aquilo era pior do que receber a nota da prova. Seria a prova das minhas chances de sobreviver ou não. 

— 4.



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