1. Spirit Fanfics >
  2. Clementine >
  3. Capítulo 4 - Thor deve ouvir minhas preces.

História Clementine - Capítulo 4 - Thor deve ouvir minhas preces.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!

Eu queria agradecer por todos os comentários e favoritos da fanfic, isso me anima demais para escrever mais capítulos.

Espero que gostem. Boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 5 - Capítulo 4 - Thor deve ouvir minhas preces.


A primeira coisa que eu tive vontade de fazer é xingar meio-mundo. Bater em algo até quebrar ou eu não aguentar mais. Me esconder em um canto escuro para chorar descontroladamente. Sei que era apenas uma nota, mas também era a prova da minha sobrevivência naquele lugar.

E, claramente, a minha sobrevivência é um lixo. 

Eu tive a impressão de que todos me olhavam. Mas, olhando ao redor, apenas u,as cinco pessoas me olharam. Eu não sei se sabiam que eu era a filha de Thor. Mas deviam me reconhecer como a filha de Jane Foster. Por segundos, imaginei Thor, Odin, o meu irmão... Todos de Asgard que minha mãe conhece me vendo naquela situação. Não tenho palavras para descrever a vergonha que sinto agora. O quão vermelha e o quanto de suor frio eu teria caso eles estivessem ali. 

Ela continuou a falar mais nomes, até que acabou. Como ali tinham parentes de agentes da SHIELD e criminosos, notas como a minha foram mais difíceis de achar. 

— Vocês só terão essa noite como descanso — anunciou ela — Amanhã de manhã, depois que referem o café da manhã, serão mandados até a arena. 

O general Alex Thompson de aproximou mais. 

— Vocês serão postos em tubos individualmente — avisou ele, enquanto no telão atras dele, aparecia uma representação geográfica do lugar. Os pontos azuis deviam serem os tubos. — Estarão 500 metros distantes de outra pessoa. Ao seu redor, em uma distância de dois metros, terão mochilas com suprimentos para sobrevivência. Vocês receberão o básico, água, comida, roupas e armas. Mas devem estarem avisados que os suprimentos serão diferentes para cada um. Isto é, em alguns, podem virem apenas roupas. Outros podem vir tudo menos armas. — ele continuou — Nos primeiros 10 minutos, estará proibido a morte de qualquer um. Estarão avisados de quando os 10 minutos acabarem. Estarão em uma floresta, onde ao redor tem algumas cidades abandonadas. Dentro delas, podem pegar suprimentos. 

Todos prestavam atenção, e eu me esforçava para estar concentrada e não deixar que o meu medo me impeça de decorar as instruções. 

— Nessa área, colocamos alguns dos nossos experimentos — dizia o general. No telão, apareceu uma criatura que claramente não vai me deixar dormir essa noite — Eles fazem parte do experimento zumbi. Infelizmente, nossos medicamentos e experiências resultaram nisso. Mas acreditamos terem alguns artifícios que serão bem úteis para nós. São divididos em 5 estágios — os 5 tipos de seja lá o que for aquilo apareceram. — O nível 1 é o menos agressivo. Ainda estão infectados, mas não têm nenhuma sede de sangue. Mas, ao vê-los, irão te atacarem. Não são rápidos e sentem o seu cheiro de longe. — esse tinha uma aparência mais normal. A pele suja e se descascando, os olhos brancos como os de um zumbi, com a íris amarela, os dentes e os membros podres. — O nível 2 é mais difícil. É rápido e pode ouvir os seus passos há quilômetros de distância. Sempre andam em grupos — estes tinham uma apareça quase que parecia com os do nível 1, a não ser pelos dentes grandes demais e sujos de sangue — O nível 3 é o mais forte. Também andam em grupos, mas só saem de noite. A luz do sol os incomoda e os fazem se queimarem. — estes os rostos eram mas esquisitos. A cabeça estava quase aberta, e não tinham olhos — O nível 4 é mais conhecido pelo cientista que o criou de Estaladores. Antes de morrer para um deles, gravou um áudio falando que, ao se aproximarem, eles emitem um som. Eles são cegos, mas tem a audição apurada. — aquele me deu medo. Eles não tinham cabeça, era algo branco, como se fosse fungo ou algo assim. — E, por último, o nível 5. Não conseguimos imagens dele. É muito rápido para qualquer câmera pega-los. Por isso, os deixamos logo na arena. Tudo o que sabemos é que vivem em árvores altas e nas florestas. 

Apesar de sentir curiosidade e intrigada com o nível 5, os Estaladores me causavam medo. O telão se fechou e a atenção se voltou para os dois. 

— Queremos desejar boa sorte aos que irão lutar bravamente amanhã — ela "parabenizou" — Amanhã, a vida de vocês mudarão. Alguns vai acabar, e outras irão continuar. Deem o melhor de si amanhã. 

Fuzilei-a com o olhar. Seja lá quem era aquela psicopata, ela com certeza tinha algo com a SHIELD. Por que ela teria interesse logo em mim e na minha mãe. Não somos as únicas a ter afiliação com os Vingadores. Pepper, a esposa de Tony Stark, Beth, a de Bruce, a família de Clint... Eles poderiam saberem disso facilmente. Por que pegaram logo nós duas? E, pelo que minha mãe soube com a amiga dela, Pepper, ainda tinham os filhos deles. 

Fomos levados até as nossas "celas". Me recusei a falar com a minha mãe. Ela sabe que eu estava abalada demais. Quando chegamos, me senti mais livre dos olhares dos outros sobre mim. Minha mãe passou a mão nos cabelos. Desabei-me na cama e fiquei olhando para a parede. 

— Clem — ela me chamou. Sentou-se do meu lado. — É muita ironia eu perguntar, mas você está bem? 

Eu olhei para ela. 

— O que mais falta eles fazerem? Nos arrumarem e fazermos um desfile em carruagens com roupas extravagantes? — supus — Será que é isso o que aquela garota que me esqueci o nome, que tem um arco e flecha, sente? Que estava condenada à morte? 

Ela deixou uma lágrima sair e me abraçou. 

— Eu sinto muito, Clem — eu retribui o abraço. — Eu sinto muito! 

— A culpa não foi sua! — afirmo. 

Alguém abriu a nossa cela, nos fazendo parar o abraço. O agente disse que nos levaríamos até o banheiro. Eu já tinha ido antes, então só a minha mãe foi. Ela ficou hesitante em me deixar sozinha ali, mas a assegurei que estava bem. 

Na verdade, eu precisava de um tempo sozinha. Apenas alguns minutos. Quando saíram, levantei-me e ajoelhei-me de frente para a parede. Eu não costumo fazer isso. Eu fazia isso antigamente, quando estava com medo de algo ou quando ia receber a nota da prova. Sei que ele não me responde, mas pode me ouvir. 

— Pai... — me forcei a chamá-lo assim — Eu não se você pode me ouvir... — eu continuei, com a voz trêmula — Mas se estiver, quero que saiba que estou em perigo... Eu e minha mãe estamos em perigo... — eu fiz uma pausa — Eu não sei onde estamos. Talvez você possa nos achar. Minha mãe me disse que você pode sentir seus filhos chamando por você. Eu posso não parecer muito com você, mas eu sou a sua filha. 

As lágrimas desceram. 

— Eu não sou de fazer isso. Mas eu estou assustada... — minha voz falhou — Eu vou morrer... Eu preciso da sua ajuda! Eu preciso de você! Talvez você, ou os Vingadores... — continuei a chorar — É só isso o que eu te peço! Se você já sentiu algo pela minha mãe... Se você se importa mesmo com ela... Nos ajude, Thor... Por favor! — limpei as lágrimas com as costas das mãos — Por favor, pai... 

Encostei a minha cabeça na parede. 

— Eu vou morrer! Eu não quero morrer... 

E nada aconteceu. Ficou apenas eu naquele lugar, chorando pelo homem, que devia ser o meu pai, que não sabe da minha existência... 

*** 

Levara muito tempo até eu conseguir fechar os olhos. 

Mas só consegui dormir apenas meia hora. Acordei de repente. Eu já ia me mexer e me levantar, mas antes, eu vejo a minha mãe em pé, de costas para mim. Eu finjo estar dormindo ao se virar. Abro os olhos e a vejo de novo olhando para frente. 

Minha mãe é forte. Além de ser uma mãe solteira por vários anos, ela cuidou de mim e me protegeu. Às vezes, ao me lembrar da vida dura que ela tinha quando engravidou de Thor, me sinto culpada. Na época, ela era apaixonada por astronomia e era uma cientista que estudava essa área. Ela é muito inteligente. Mas tudo foi por água abaixo depois que ficou grávida de mim. Pelo visto, o chefe dela soube da sua relação com Thor e não queria mais problemas. 

Eu não sei dizer se minha mãe conseguira sobreviver. Mas, contando com a vez em que ela me contou que deu um tapa na cara de Loki, ela pode bater em qualquer um. Fará de tudo para sobreviver. Fará de todo para me deixar viver. Eu sei disso. Ela é independente e não irá tirar essa ideia tão cedo de sua cabeça. Minha mãe pode até não saber artes marciais, mas sabe muito sobre armadilhas. Ela er suma astrofísica, então sabia de matemática e cálculos. Só me resta saber se nos encontraremos quando tudo começar. 

— Nos salve — a voz de minha mãe atraiu a minha atenção — Por favor, Thor. Salve a sua filha! 

Ela disse apenas isso. Os próximos minutos foi de um longo silêncio. Apesar de me ver num poço sem fundo, havia a esperança de que Thor nos salvasse. Até Loki seria de grande ajuda nessas horas. 

Depois de muito tempo, fecho os olhos. Dormir é uma ótima forma de fugir da realidade. 

*** 

Forcei-me a comer o café da manhã, apesar de não ter a mínima vontade de fazer aquilo. 

Em algumas horas, eu possivelmente estarei clamando por comida e água. Mas também não quero usar a floresta como banheiro enquanto eles me monitoravam. Minha mãe fazia o mesmo que eu. 

Todos ali já estavam vestidos com os seus "uniformes". Uma calça preta de algodão, um blusa branca, onde nos lados haviam uma cor vermelha, indicando o nosso grupo e coturnos pretos. O grupo do Norte, o meu, terão a cor vermelha. O do Sul, azul. O Oeste, amarelo e o Leste, verde. Nossos nomes não estavam neles. Mas tínhamos um colar para cada um, com o número gravado. O meu era 08, e o da minha mãe, 11. 

Após aquilo, todos ficaram disponíveis para nos preparamos; ir ao banheiro, comer as suas possíveis e últimas comidas... Até que fomos levados até aviões. Foi no terraço, e finalmente vejo a luz do dia. Olhando ao redor, já se percebe que estamos longe da civilização, e até da terra firme. Tudo aos meus olhos era mar. Estávamos em um pá base no meio do mar. Agora sim eu sinto a minha agonia de estar dentro da água, há vários metros da superfície. Nos mandaram fazer fila indiana. Quando chegou a minha vez de entrar no avião, uma agente mandou-me esticar o braço. A obedeci e ela agarra o meu pulso. Prendeu uma pulseira preta nele. 

— O quê que é isso? — indaga a minha mãe atrás de mim. 

— Rastreador — respondeu — É impossível de tirar. Mas se conseguir, será morta. 

Não a questionei e assenti com a cabeça. Quando ponho o pé em cima da rampa, ouço um tumulto mais atrás da fila. Todos olham, até a agente do meu lado. Um homem derrubou um dos agentes e correu até a beirada do terraço. Quando chegou na ponta, eu sabia o que ele iria fazer. Mas dois agentes correram a tempo e o jogaram no chão, antes que cometesse aquela bobagem. Ele lutou contra os dois agentes, desesperado. Gritava toda hora "Não! Me solta! "Eu vou morrer! Eu não vou morrer ali!". 

Ele levou um chute na barriga, o deixando calado por alguns segundos enquanto tossia. 

— VOCÊS VÃO MORRER! — gritou ele, olhando para todos enquanto cópia sangue — TODOS VÃO MORRER QUE NEM FANTOCHES! 

— Clem! — minha mãe retirou-me dos devaneios em voz abaixa. Ela não quer que eu veja essa cena. Honestamente, ninguém quer. 

O homem olhou para mim de repente, depois para o garoto chamado Carlos. Aposto que se a outra garota, Ellie, estivesse e não tivesse entrado, ele também olharia para ela. 

— ELES VÃO SER OS PRIMEIRO A MORRER! — continuou a gritar — AS CRIANÇAS VÃO SER OS PRIMEIROS A MORRER! OS VINGADORES NÃO VÃO VIR! 

Um dos agentes falava com alguém pelo comunicador, talvez anunciando o que estava acontecendo. O homem tentou se suicidar de novo, mas foi impedido. O agente olhou para o outro e acenou com a cabeça. O mesmo pegou a arma de sua cintura e atirou em um só movimento. 

O som do tiro fez todos ficarem chocados e assustados. Levei um pulo de susto ao ver a bala atingindo a cabeça. Eu, definitivamente, não dormirei nunca mais com aquela cena. Tive vontade de chorar, mas não chorei. Apenas fiquei com os olhos lacrimejados. 

Olhei para o mar, onde o homem agora morto queria mergulhar. De repente, esse pensamento me ocorreu. Talvez o mesmo pensamento dele. Se for para morrer, não quero morrer como fantoche. Não quero morrer daquela maneira. Nossas vidas só tem um único caminho. A morte. Quanto mais cedo chegarmos ao fim do caminho, menos iremos sofrer. Será que essa seria uma boa ideia para mim? Me pouparia do sofrimento. 

Pensei por um tempo que sim, mas logo me recordo da minha mãe. Ela só tem a mim. Se eu morrer, ela talvez vai querer essa atitude. Eu não quero isso para ela. Além do mais, eu quero alcançar meus objetivos, além de não serem completados nessa situação em que me encontro. Ainda há esperança em mim. Esperança de que alguém venha nos resgatar. Que os Vingadores irão nos resgatar. Que Thor irá nos resgatar. Ele deve ter ouvido as nossas preces. 

Pegaram o corpo do homem morto e segui o meu caminho. Repeti para mim mesma para não olhar para trás.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...