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História Clementine - Capítulo 8 - Uma menina tenta me devorar.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!

Calma, eu não abandonei a fanfic. Eu tive de atualizar as outras e eu meio que fiquei sem criatividade agora postar esse capítulo. Mas enfim, eu voltei e vou escrever os próximos. Desculpa pela demora!!!!!

Pergunta: já assistiram o trazer de Power Rangers e Logan? Não? Então vai logo assistir pq Logan me tocou (só eu que se lembra sempre de The Last of Us?).

Enfim, vamos ao que interessa e boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 9 - Capítulo 8 - Uma menina tenta me devorar.


Eu achava que não conseguiria dormir naquele lugar, mas o sono me venceu. E eu tinha que descansar para ter forças amanhã. 

Eles nos levaram até o que parecia ser uma fazenda de engenho abandonada. Praticamente tudo ali era abandonado. Fiquei próxima de Lee, e não sabia se ficava com medo dele ou de todos ali. Lee conhecia esse tal de Kenny. Não sei como, mas conhece. Também conheci, durante a viagem de carro, Madelyn e Kelly. 

Eles nos deram novas roupas e um banheiro. Eu e Lee tomamos banho, em banheiros diferentes, claro. Me era confortante sentir a água fria depois de suar tanto. Me lembrou do chuveiro da minha casa, quando eu reclamava com a minha mãe que a água sempre vinha fria. Vestimos novas roupas, e parece que ninguém do lado de fora se importou, já que a maioria ali nem vestia mais o uniforme que nos deram. A mulher chamada Madelyn disse que tinha achado apenas um vestido branco rodado, e que a única calça que tinha o meu tamanho está lavando. Não me importei, pois ela também achou uma leggin preta. Vesti o vestido e coloquei a leggin, mas também encontrei um casaco rosa meio escuro para me aquecer. Peguei o meu boné. Vestiu-o, não querendo deixar de usá-lo. 

Lee também vestiu roupas novas. Percebi ao vê-lo com uma camisa azul com botões. Era bom não ver mais ele com aquele uniforme que nos deram. 

Aposto que adormeci feito pedra. Quando acordei, sai do quarto improvisado que nos deram e desci as escadas. Aquela devia ser a casa de algum fazendeiro bem rico. Pouco a pouco me aproximo da sala e, ainda na escada, escuto uma voz grossa e masculina que nem se importava se o mundo inteiro ouviria ou não. 

— Vocês só podem estarem malucos — continuou a reclamar — Vocês trazem mais pessoas aqui e não me avisam? 

— Já estamos te avisando, Josh — retrucou Kenny, também gritando, mas parecendo mais calmo que o chamado Josh. 

— Kenny, não temos tanta comida e água! — gritou — E vocês trazem mais assassinos! 

— Eu conheço Lee! 

— E ele estava com uma criança! — acrescentou Madelyn. — O que você queria que fizéssemos? Que uma criança ficasse por aí, sozinha? 

— Eu sei sobre você, Everett! Eu sei bem o que fez! — afirmou Josh, apontando o dedo para Lee. 

Desci as escadas lentamente, sem atrair a atenção de ninguém. 

— Pai, chega! — disse Kelly, parando o idoso. Apesar dele ser um, vejo que até para ele eu perderia. — Kenny fez o certo em trazê-los para cá! E estamos atrás de Carlos! 

Alguns olhares foram para mim, parando a discussão. O.k., talvez eu não devesse ter saído. 

— Clem — disse Lee. 

Josh revirou os olhos. 

— Estavam falando de mim? — fiz uma pergunta bem óbvia. Madelyn e Kenny se entreolharam. 

— Não tem que se preocupar com nada, Clementine — Madelyn se pronunciou. Olhou para Josh com desdém — Pois você pode ficar aqui o tempo que quiser. 

Ele olhou para Madelyn, furioso. Kenny ficou entre eles. 

— Eu tenho que encontrar a minha mãe — falei, direta e tentando parecer decidida. Eles me olharam. 

— Claro. Nós vamos achar a sua mãe — garantiu Kenny. Ele também olhou para Josh — Todos nós vamos ajudar! 

O mais velho bufou e saiu do local, não sem antes de dirigir um olhar para Lee. A mulher chamada Kelly caminhou até Lee. 

— É, eu sei. Um homem difícil — pôs as mãos na cintura — Apenas o ignore! Eu vou tentar conversar com ele... Bem, ele não vai me ouvir, mas sou a filha dele, então... 

— É uma boa — disse Lee, olhando para ela — É mais provável que ele te ouça. 

— Sabe, é difícil quando ele está nessa situação. Pensava que não passaria mais por isso depois que saiu do exército — contou Kelly. Ela sorriu para Lee — Achava que o único problema que teria é de conhecer um dia seu genro. 

Percebi que ela olhou diretamente para Lee, que sorriu de volta sem amostrar os dentes. Posso não ser especialista em amor, apesar de chorar muito ao assistir Titanic, mas vejo o olhar que Kelly dirigiu a Lee, e o sorriso que ele retribuiu de volta. Olho para os dois, entendendo tudo e depois olho para Kenny, que me via encaixando o quebra-cabeça. 

Eu e Lee comemos o café da manhã, coisa que eu não devia fazer há muitos dias, talvez. Depois, Lee ajudou Kelly e Madelyn na pequena horta que tinham. Não tive nenhum sinal de vida de Josh, e nem quero ter. Já está na cara de que ele não pensa coisa boa de mim e de Lee. Andei pela casa, procurando pelo meu machado. Não irei ficar sem nada para em defender, por mais que estivesse com eles. Achei em um dos quartos, onde guardavam várias armas. Dentre elas, duas pistolas, um revólver e três riffles. O resto era de facões, canivetes e, por último, o meu machado. Tinham muitas coisas para se defenderem, então, não se importaram de eu ficar com o machado. Desci as escadas e cheguei até o que parecia ser o jardim do lugar. 

Era de tamanho médio, cercado por uma cerca marrom clara. Ao entrar, tinha um rasto de terra pelo chão, até chegar em uma árvore grande com um balanço de pneu. Me aproximei dele, lembrando-me de brincar com aquilo diversas vezes. Mais à frente, tinha um banco. A grama estava mais alta, latas e pneus pelo chão, e uma casa na árvore. Sempre quis ter uma, mas, por conta de viver em um apartamento, é impossível de se ter. Segurei meu machado com as duas mãos, e olhei para o nada. Treinei o ataque quando estiver no meio da luta. Onde acertar com o meu machado, e como acertar. 

— Você o achou! — afirmou Kenny. 

Olhei para ele, nervosa e pega no flagra. Ele carregava consigo uma serra e algumas tábuas de madeira. Deixou-as em cima do banco. 

— Minha mãe o deixou para mim — falei, tentando fazê-lo compreender. — Quando começou. 

— Sua mãe foi bem corajosa — diz ele. — Ela vai encontrar você. Deve estar bem determinada. 

— Ela está — concordei. Pegou a serra e cortou uma das tábuas. 

— Uma mãe ou pai fará qualquer coisa pelo filho — falou. 

Isso me fez pensar nela, viva, procurando por mim nesse lugar e enfrentando os perigos por aí. E depois no meu pai, lá em Asgard, com a sua família e cuidando de Odin, salvando o mundo ao lado dos Vingadores e nem sabendo de minha existência. 

— Segure mais abaixo — instruiu ele, se aproximando de mim e pegando a minha mão. 

Colocou-a mais abaixo do cabo onde eu segurava. 

— Sempre que alguém te atacar, tente acertar pela cintura — falou ele — Vai fazê-lo recuar e te dará tempo de fugir ou de planejar outro ataque. O ruim do machado é que, quando acertar na cabeça de um dos zumbis, tem que fazer força para tirá-lo... 

— Zumbis? — pergunto. 

— Sim. Eles também irão te atacar — ele me avisou — Acerte apenas na cabeça. Chegando no cérebro, ele morre por completo, ou... Eu não sei, eles já estão mortos. 

— Então como é que eles estão... "Vivos"? — fiz aspas com as mãos, sem soltar o machado. 

— Eu não faço a mínima ideia do que eles fizeram. Só sei que eles são um experimento que deu muito errado — olhou para os lados — E que pode nos matar a qualquer momento. 

Minha confiança por Kenny até que aumentou. Me ensinou o modo certo de usar aquele machado, de modo que eu consiga defender e atacar. 

— Nós vamos encontrar a sua mãe — ele garantiu de novo. — Não vou deixar que mais alguém perca alguém que ame. 

Sorri para ele, agradecida pela ajuda. Meus olhos caem em algo que está em cima da mesa onde ele serra as tabas de madeira. A foto de uma mulher. 

— É a minha esposa — ele notou o que eu fazia. É inevitável. Parece que o TDAH me deixa mais curiosa. — Dja. Ela... Também fazia parte dessa droga de experimento. 

Olhei para ele, já imaginando o que aconteceu com ela. 

— Ela sacrificou a sua vida para me salvar quando tudo começou — conta ele, olhando para a foto — Eu chorei. Gritei mais alto que podia. Ela não morreu, eu acho. Atraiu os Estaladores para longe de mim. Estou procurando por ela... — suspirou — As chances dela estar viva são mínimas, eu sei. Mas eu não poso pensar no pior... 

Desviei meus olhos dele. 

— Eu também espero que a minha mãe esteja viva — falei — Ela não é uma guerreira como Lady Sif, mas é forte e independente. E eu não consigo pensar nela morta... 

— É assim que temos que pensar — ele pôs a mão no meu ombro — Pensar no pior só vai nos atrasar e piorar nossas mentes. 

Levantei meu olhar para ele. 

— O que elas querem é que nós lutemos pelas sobrevivência — disse Kenny — Não desista, Clementine. 

Ele voltou para a sua serra. 

— Pra você também, Kenny — ele sorriu. 

Na mesma hora, Josh apareceu na porta, cansado. 

— Kenny, tem Estaladores vindo — alertou Josh. 

Kenny, na mesma, correu até ele. 

— Vou avisar aos outros. Leve Clementine até o esconderijo — disse Kenny, saindo. 

Josh caminhou até mim e me levou até a cerca. 

— Me siga! 

— Para onde vamos? 

— Para o esconderijo na floresta! 

Estranhei. Ele parecia apressado com algo. Poucos minutos depois, ele para. Pegou um rádio que provavelmente se comunicava com Kenny. Olhei ao redor, confusa. 

— Onde fica esse esconderijo... 

Senti algo acertando a minha cabeça. Caiu dura no chão, perdendo a consciência, sem fazer a mínima ideia do que houve. 

*** 

Eu corria sem rumo, sem saber para onde ir e qual seria o caminho certo. 

Ao meu redor só se vê mata fechada. Mal vejo o céu escuro. Quem dera o meu machado aqui. Mas não sei onde ele está. Para o meu azar, eu devo tê-lo perdido. Em meio à escuridão, sendo guiada pelos instintos, enxergo uma porta no meio de toda aquela escuridão. Está muito distantemente mim ainda. Ultrapassou as pedras e os galhos pelo caminho. Me atrevo a olhar para trás, temendo que ele estivesse atrás de mim ainda. E o vejo distante, mas sei que pode correr em uma incrível velocidade até mim. 

Ele me olhava, mas não consigo identificar o seu olhar por causa da máscara que me assustava desde sempre quando vi o filme Pânico. A máscara branca do maníaco, coberto por uma capa. De alguma forma, eu sabia quem era. Ele acenou de modo assustador e disparou até mim. Voltei a correr, mas á medida em que o maníaco parecia ser o Mercúrio, eu parecia ter pedras nos meus pés. Faço um grande esforço e consigo alcançar a porta. Abro-a rapidamente e uma luz invade os meus olhos. 

Me deparo agora em um lugar bem aleatório. Ao meu redor, parecia ser uma sala de um castelo medieval. Era enorme e extenso. Nada de guardas pelo local. Tudo brilhava dourado e um tapete vermelho me levava até um trono gigante, onde vejo um idoso com um tapa-olho. Odin. 

Ele me observava me aproximando dele. Quando olhei ao redor, não vi nada. Mas ao tentar de novo, vejo o meu ali parado, com uma espécie de capacete com dois enfeites em cada lado, segurando o seu Mjlönir. Percebi que Lady Sif também estava lá, e me olhava desconfiada enquanto segurava a sua espada. O.k., me bateu um medo dela. Na verdade, sempre tive medo dela. Imaginei que quando me conhecesse, definitivamente me odiaria. 

Ao redor dele, vejo três pessoas. Um garoto, provavelmente com 18 anos, ao lado do pai. Uma garota no meio, loira, um pouco menor do que ele. E outra garota ao lado de Lady Sif, com cabelos loiros mais puxados para o castanho, um mistura do cabelo loiro de Thor com o cabelo escuro de Lady Sif. Percebo outro filho deles. Mas este estava escondido atrás de Lady Sif, me olhando assustado. Não conseguia ver o rosto de nenhum deles, pois brilhavam uma luz forte e amarela. Mas sei que estavam vestidos com roupas asgardianas, talvez de guerra. Volto a olhar para frente. 

— Isso é inadmissível, Clementine Foster — a voz de Odin soou por todo o local — Como você e a sua mãe puderam fazer uma coisa dessas? 

— Eu... — Odin e Lady Sif me apavoravam. E Loki... Acho que todos me apavoravam. 

— Você e a sua mãe pagarão os seus erros neste experimento! — gritou ele. 

Vi Thor dando um passo à frente. 

— Você é a minha filha? — olhei para ele, desesperada. 

— Eu posso explicar... 

— Eu sabia que não deveria confiar em Jane — disse ele. Ouço raios cindo do lado de fora — Você não é digna de ser chamada de Odinsson. 

Recuei aos poucos para trás. Até que bate de costas para alguém, e imagino ser quem era. Afasto-me rapidamente, vendo o vilão do filme Pânico á minha frente, erguendo a sua faca. Ele tirou a sua máscara, mostrando o rosto de Loki, sorrindo. 

— Boa sorte, Clementine — disse ele, avançando em mim. 

Acordo assustada, ouvindo sons estranhos. 

Foi só um sonho, Clementine. Foi só um sonho... Repeti essa frase para mim mesma diversas vezes. Espero que eles não tenham o dom de ver os sonhos das pessoas, pois achariam estranho verem Loki vestido de maníaco. Não foi a primeira vez que tive aquele sonho. Quando criança, assisti ao filme Pânico e fiquei duas semanas sem dormir direito, pensando que o maníaco iria me pegar. Mina mente associava o eu medo por ele com Loki e todos lá de Asgard. Os sonhos têm significados. E gostaria de saber o significado deste. Se Loki quer me assustar, já é uma boa dica que dou a ele. Me assuste fantasiado daquilo. 

Mas não tenho tempo de pensar nisso, pois ouço mais barulhos. Grunhidos, parece. Quando olho ao redor, eu me seguro para não gritar. No início, acho ser pessoas. Mas olho direito, e percebo o jeito lento e desengonçado deles caminhando. O cheiro de carne podre, e cobertos de sangue e com membros faltando. Não consigo acreditar naquilo. Me debati, mas sinto que os meus membros estão amarrados contra um tronco. 

Zumbis. O som deles me acordou, graças a Deus. O meu azar? Um deles se aproximava de mim. Ele, ou ela, pois era uma criança, rastejava até mim. Devia ter oito anos de idade. Seus cabelos loiros estavam armados, e os seus olhos, a sua íris estava preta. Cheirava a cadáver, coisa que ela era. Sua pele se descascava. Tinha alguns cortes que não lhe incomodavam. Vestia um vestido cor de rosa, já rasgado, abaixo de um roupão tá,bem sujo e estragado. E ela não tinha boca. A mesma parece ter sido arrancada e deixava os dentes amostra. O seu ursinho ficou para trás, do mesmo estado que ela estava. Imaginem o meu desespero agora. 

Só as minhas pernas estavam livres, e, quando ela se aproximava de mim, eu a chutei. Fiquei agoniada e assustada. Vejo outros zumbis que não sabia a categoria se aproximando também por causa do barulho dos meus chutes contra as folhas no chão. Minha boa está tapada por um pano branco. Me lembro de Josh, e penso o quão sua ele foi. Só podia ter sido ele. Como fui idiota... Alguém naquele momento provavelmente esfregaria a minha cara "Não confie em estranhos". Mas, perante aquela situação, como pensar nisso? Josh me prendeu ali. Eu sabia que ele não era flor que se cheire, mas não sabia que ele era uma flor fedorenta e de mau caráter. 

Os zumbis se aproximaram de mim. "Não entrar em pânico". Como eu não vou entrar em pânico? Quando eles já se aproximavam, um tiro na cabeça os fazem cair. Mais tiros os acertaram, respigando sangue no meu rosto. A menina na minha frente também foi atingida. A pessoa me desamarrou e tirou o pano da minha boca. 

— Foi Josh — falo em meio às tossidas, sem ver o rosto da pessoa. 

Ele me pega no colo e foge comigo. Ao olhá-lo, vejo o quanto fiquei feliz em ver Lee ali, me salvando. 

 

 

 

 

 

 



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