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História Cliche - Embriagues parte 2


Escrita por: secretshadow

Notas do Autor


EU NÃO ME AGUENTEI E VIM AQUI DOIS DIAS DPS GENTE APROVEITA ESSA MINHA ONDA PQ DO JEITO Q EU TÔ NÃO SEI QNT VAI DURAR UAHAUHAUA BOA LEITURA!!!!!!!!!1!!!

Capítulo 24 - Embriagues parte 2


Fanfic / Fanfiction Cliche - Embriagues parte 2

Ás vezes, eu me perguntava se eu tinha algum problema, outras eu apenas aceitava que minha mãe deve ter me deixado cair de cabeça quando eu era menor, porque eu não conseguia entender como eu achava que Harry estava bonito. 

Não, me deixa explicar melhor, afinal, ele não é bonito, ele é maravilhoso. Só que qualquer ser humano, depois de vomitar as suas tripas na privada, deveria no mínimo ficar com cara de morto, mas Harry parecia gostar de desafiar as leis naturais.

Ele estava com a cabeça apoiada na parede branca, sentado perto da privada -com a tampa felizmente fechada-, tinha acabado de passar água na boca e eu dei um chiclete de menta para ele tirar o gosto ruim, seus olhos fixados em mim, que do outro lado, com certeza eu deveria estar com cara de paisagem. 

-Oi? -eu perguntei ao perceber que sua boca estava se mexendo e, na verdade, ele estava tentando falar comigo.

-Desculpa por estragar a noite.

-Ah, a noite ainda tá legal -tentei animar ele- mas o sapato do Liam você, com certeza, estragou -eu lembrei da imagem de alguns momentos atrás e fechei meus lábios, segurando o riso.

Harry revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

-Quem é ele? 

-Ele quem? -eu perguntei meio confusa, mas ao ver o olhar crítico no rosto de Harry logo entendi a quem ele estava se referindo- Ah, você tá falando do Liam, saquei. 

Pressionei meus lábios numa linha fina e olhei para as minhas unhas, vendo que precisava urgentemente tirar o esmalte. Ouvi um pigarro e levantei o olhar, encontrando os olhos de Harry.

-Ah -falei pela segunda vez, lembrando que não tinha respondido-o- ele é meu ex. 

O moreno deu de ombros, como se não ligasse muito para a minha resposta, porém dessa vez eu estava o olhando atentamente, meu sensor de curiosidade ligado.

-Por que a pergunta? 

-Por nada -Harry disse, mascando o chiclete e me fazendo dar uma brisada na sua mandíbula definida.

-Hã... -eu meio que acordei, voltando a falar- Já que entramos nesse assunto-

-E já saímos.

-Por que você empurrou o Liam daquele jeito? -perguntei, ignorando o que ele havia dito anteriormente.

-Ele estava tirando proveito de você.

-Em um abraço concedido? -minha voz soou incrédula.

-Não era o que parecia.

Eu deixei minha cabeça dar uma caída para o lado, olhando para Harry com uma expressão que dizia "Sério isso?". Eu estava prestes a continuar meu pequeno interrogatório que estava sendo preparado na minha cabeça quando Harry prendeu sua atenção numa mosca que estava voando perto da privada e tentou acaricia-la, levando seu dedo indicador atrás do seu minúsculo corpo.

-E ele ainda está bêbado -murmurei para mim mesma, encostando minha cabeça na parede atrás de mim e olhando para o teto.

Harry pareceu ouvir o que eu disse, franzindo sua sobrancelha e soltando uma risada nasalada.

-Então, me diz de novo porque você está solteira? -ele perguntou, apoiando sua cabeça em sua mão que estava fazendo suporte na privada, seu rosto com uma impressão de quem estava realmente interessado.

-Por que você está solteiro? -devolvi a pergunta. 

-Porque o amor é estúpido e eu não quero gastar meu tempo com isso -ele pareceu responder no automático. 

-Mas como você pode dizer isso se nem tentar? 

Harry suspirou, parecendo estar explicando como somar 2+2 para uma criança. 

-Se eu tentar, as chances são que eu vou ter meu coração quebrado e eu já tenho o suficiente de mim assim.

O assunto ficou meio mórbido..

Eu nunca soube direito como confortar uma pessoa e muito menos o que falar em uma situação dessas, então decidi dar alguns pulinhos com a minha bunda e virei meu corpo, sentando ao lado de Harry. Nossos braços estavam se roçando e me perguntei se deveria colocar a mão em seu ombro, mas não sabia o quão bêbado Harry estava para fazer uma aproximação tão grande, mesmo que eu já tenha feito coisa pior. Com isso em mente, eu soltei um suspiro e me contentei com o pequeno contato entre nós.

-Você acha que é o único? -perguntei, olhando para o espaço entre nossos braços- Todo mundo tem cicatrizes. 

Sabia que os olhos de Harry estava fixados em meu rosto, porém eu não me mexi, sem coragem para tal. 

-Onde está seu pai, Abby? 

De todas as coisas que ele poderia ter falado, essa com certeza eu não havia esperado. Pega de surpresa, acabei deixando transparecer nas minhas feições o meu desconforto e a minha falta de resposta. Meus lábios se abriram levemente, e estralei os dedos num tique nervoso. 

-Ele está por aí, em algum canto, provavelmente em um bar enchendo a cara -eu soltei uma risada forçada, deitando minha cabeça para o lado e olhei para Harry- ou com a sua outra família, na verdade, a sua verdadeira já que minha mãe e eu caímos na categoria da "outra" -fiz aspas com os dedos e dei de ombros- mas quem se importa?

Percebi a mudança no olhar de Harry e me afastei um pouco dele. 

-Não me olha assim -neguei com a cabeça, franzindo as sobrancelhas- eu não quero essa dó no seu rosto toda vez que você olhar pra mim... Pode parar, Harry.

-Mas-

-Mas nada, você fez uma pergunta e eu respondi, simples assim, nada mudou e nada vai mudar -eu comecei a me enervar, falando rápido e gesticulando com a minha mão.

-Por que você se afastou? 

Eu fiquei quieta, sem saber o que dizer. 

-Você... Você se afastou. -ele olhou para o chão, o espaço onde eu estava sentada antes agora vazio- Volta.

Não sabia se a bipolaridade e a mudança rápida de assunto de Harry era por causa da bebedeira, mas eu não reclamei, uma parte -ou talvez eu por inteira- feliz que o tópico da conversa havia mudado. 

Para minha surpresa, novamente, Harry arredou a bunda para perto de mim.

-Por que você não está namorando o... Liam? -eu segurei o sorriso ao notar o nojo no tom de Harry.

-Porque nós terminamos.

-E por que? -ele insistiu.

-Por que a curiosidade? 

-Nada, é que... -Harry coçou a orelha, parecendo sem graça- vocês estavam se abraçando e sorrindo e tal.

-Então você admite que ele não estava abusando de mim? 

Harry bufou, olhando para o teto.

-Não foge na pergunta.

-Não sabia que eu estava num interrogatório.

-E não está. 

-Aham... -prolonguei o 'm', olhando cética para Harry- Que tal assim: eu te digo o motivo do término do meu namoro com Liam e você me diz quem quebrou seu coração.

Harry pareceu ponderar por alguns segundos, mastigando o chiclete. Bem quando eu pensei que ia recusar, ele levantou do chão e dize antes de sair pela porta:

-Eu vou precisar de uma bebida antes. 

•••

Vinte minutos depois, Harry voltou. Claramente, ele tinha pegado mais de uma bebida e ingerido mais do que eu tinha pensado. 

Com as pernas sem coordenação motora, ele cambaleou até o meu lado e se jogou no chão; antes que eu pudesse perguntar ou até dizer alguma coisa, ele já começou a falar, sua língua enrolando as palavras, mas agradeço ao Deus da bebedeira que eu ainda conseguia entender o que Harry estava dizendo.

-Eu nunca realmente fui assim, tipo, musculoso e gostoso, -eu levei meu queixo para trás, surpresa com a sua honestidade, porém fiquei quieta e esperei ele continuar- e quando eu estava no primeiro ano do colegial, tinha essa garota que eu era estupidamente apaixonado -ele suspirou, revirando os olhos- eu usava óculos e blusa social para a escola, meu cabelo sempre escondido abaixo de camadas e camadas de gel, e eu sempre achava que estava arrasando -Harry riu, me olhando de lado, com um sorriso sarcástico no rosto- mas -ele esticou o 's' e levantou seu dedo indicador na frente do meu rosto- eu nunca achei que tinha uma chance com a Teresa, até que um dia ela me chamou pra ir tomar milkshake depois da escola e eu, ingênuo, aceitei. Durante uns dois meses nós sempre saíamos depois da escola e depois de um tempo, eu decidi pedir ela em namoro. Eu tinha levado um buquê de rosas pra escola e iria pedir no meio da sala -ele estava olhando para o teto, e tomou um gole da garrafa que tinha trago- obviamente, ela não aceitou, não, não, pior -tentou se corrigir, falando rápido e abanando os dedos- ela me humilhou na frente de todo mundo. Ela riu de mim e perguntou quem iria ficar com alguém como eu, dai eu pirei e questionei o porquê dela ter saído comigo nos últimos dois meses, até que ela disse que era uma aposta que tinha feito com as amigas. 

Harry soltou um suspiro longo e depois virou o rosto para mim. Seus olhos mostravam que a ferida ainda não tinha se fechado totalmente, mas seu rosto estava neutro que eu cheguei a me perguntar se eu não estava vendo coisas.

-Fim. Essa é a melancólica história de como eu tive meu coração quebrado -ele falou como se estivéssemos  conversando sobre o tempo- agora é a sua voz, pode desembuchar. 

-Harry... Onde estão seus pais? 

Até aquele momento eu não tinha me perguntado do paradeiro dos pais dele, mas ao ouvir a sua história, eu lembrei que quando fui para sua casa havia apenas um quarto -o dele-, porém não tinha dado muita atenção por estar mais focado no pornô que havia encontrado e depois no trabalho de física. 

-Na casa deles...? -ele disse, incerto.

-Mas você mora sozinho.

-Sou emancipado -deu de ombros- agora chega de falar de mim, é sua vez.

Eu respirei fundo tirei a garrafa da mão de Harry, dessa vez eu tomando um gole. Eu estava esperando uma história dramática, ou sei lá, algo mais emocionante, porém eu teria que me conter com a simplicidade da vida dele -tirando a parte em que ele era fechado pra Deus e o mundo.

-Liam e eu somos amigos infância e desde pequenos nossos pais falaram que éramos perfeitos juntos, mas sempre deixamos de lado esse papo porque tínhamos nove e oito anos e nessa época a última coisa que as meninas querem saber é se o amiguinho gosta dela -eu comecei- mas quando chegamos na idade dos doze anos, eu não sei direito o que aconteceu, mas acabamos vendo amor onde não tinha e namoramos por uns três anos, até que ele descobriu que há mais peixe no oceano e eu descoberto que o time de basquete tinha uns moleques bem gatinhos. 

Eu tomei mais um gole da garrafa e devolvi para Harry. 

-E depois? -ele perguntou, ávido para saber mais.

-Depois nada, a gente terminou e fim, cabou, bye-bye, saionara -eu acenei com a mão, depois fiz um gesto de continência.

-Só isso? Cê deve tá de zoera comigo! 

-Quê? Por que? -ri, vendo Harry se frustrar.

-Eu pensei que teria coisa mais emocionante -eu pensei na ironia dos nossos pensamentos e sorri internamente- mas a história de vocês é muito fanfic.

Eu deitei a minha cabeça e sem acreditar no que tinha ouvido.

-Fanfic? E o que é isso? 

-É um 'mundo' paralelo, -ele fez aspas, dando ênfase na palavra- onde você pode escrever com quem você quiser, criando histórias com pessoas famosas.

-Mas só pessoas famosas? -perguntei curiosa- Poderia ser com pessoas que conhecemos? 

-Não sei, acho que sim -ele deu de ombros.

-Interes-Harry! -eu gritei assustada, vendo ele se curvando rapidamente na privada.

O cheiro de vômito voltou a rodear aquele minúsculo banheiro e eu voltei a passar a mão nas costas de Harry, pelos próximos quinze minutos.

-Isso que dá ficar bebendo mais do pode -balancei a cabeça negativamente, ouvindo o som da música lá fora se misturar com as tosses de Harry.


Notas Finais


gente relaxa que não vai ter drama de familia entre o pai da abby ou os pais do harry kkkkkk é que eu realmente não acho que ia dar certo com o caminho que eu quero ir com a fanfic

tá, okayyyyy, talvez tenha uma parte três dessa noite.............


e talvez aconteça algo que td mundo esteja esperando............



ATÉ A PRÓXIMA UAHAIAJKAJABSBS


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